Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
.....................
claude_bloc@hotmail.com

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O Micróbio - José do Vale Pinheiro Feitosa

José Roberto é professor de odontologia em Recife, escreveu um livro e publicou esta história. O Hélder Gurgel é dentista cearense e repassou-me por via oral, pois não li o livro do Zé.

Vinha o Zé Roberto de Recife para o Cariri onde faria uma Conferência. Lá pelas tantas, em Serra Talhada, param para fazer um lanche numa churrascaria de beira de estrada. Enquanto lanchavam viam numa mesa próxima uma pessoa, no meio da tarde, bem relaxada tomando uma cerveja. Estava com a roupa branca dos profissionais de saúde.

Enquanto o Zé ralava pelos sertões, o colega estava ali num bem bom. Lá pelas tantas o “colega” acabou a geladinha e veio na direção deles e de repente parou e cumprimentou o Zé com manifesta alegria. Sem lembrar-se de quem se tratava, este o chamava professor com orgulho de aluno, o Zé foi levando o desconhecimento em “banho Maria”.

O “colega” estava feliz com a situação vivida, contava ao Zé que tinha boa clientela de odontologia, possuía fazendas e uma boa criação. Estava casado, morando numa mansão digna de coronel do sertão, onde a boa vida se estendia aos seus. E foi neste contato que uma pulga acordou a memória do Zé. Agora sabia quem era o “colega”.

Era o Micróbio. E o apelido do “colega” vem a ser o miolo desta história. Aos eventos.

O Micróbio chegou com a casca grossa dos sertões no primeiro ano da faculdade de odontologia. Com as botas de vaqueiro cheirando a couro cru, um cigarro no bico, protuberância abdominal das cervejas. Estava nas cadeiras básicas da faculdade. Naqueles idos do Micróbio ainda existia prova oral. Com o irascível professor de microbiologia.

O aluno era questionado diante dos colegas, numa prova transparente a todos. Chegou a vez do nosso Micróbio. Ele veio pela sala como um boi laçado resistindo ao laçador. Ao sentar-se na cadeira de examinado, foi como um malho batendo na piçarra das estradas de então.

O professor examina aquele “animal” indócil e os olhos do mestre faíscam de estranhamento. Olhou para a lista com o nome do aluno e quase soletrando cada letra dele, perguntou ao aluno de chofre: O que é um micróbio?

O examinado tomou um susto pela pergunta e logo tratou de puxar um cigarro da amassada e suada carteira de sua blusa manchada.

Não deu tempo e o professor vociferou: O senhor não pode fumar aqui. Pode devolver o cigarro para o lugar de onde veio. O aluno se encolheu um pouco, mas como todo bom sertanejo bateu firme com os dois pés com as botas cheirando a couro cru, como a esperar o ataque do mestre.

O professor subiu um tom no mal estar que aquele matuto lhe provocava e tascou a pergunta: Seu fulano o que é um micróbio?

Silêncio constrangedor na platéia. O pessoal das últimas cadeiras ainda ousou um riso de mangofa pelos cantos da boca. O nosso examinado quase fica escornado com a manobra perversa do mestre.

Um micróbio é....E um grande intervalo a subtrair conteúdo à resposta. O mestre a esperar e o aluno com a voz interrompida por um bolo na garganta. O mestre tenta desatolar a vaca no brejo: Um micróbio é o que mesmo seu fulano?

Um olhar para o teto altíssimo do salão e de lá nenhum caibro a lhe soprar a resposta. Olhou para um lado e para o outro até que o movimento do pescoço parece ter soltado o bolo que interrompia a resposta e de lá ela saiu a penetrar fundo as ouças do professor: Um micróbio é uma coisa bem pequenininha. E fez assim: juntado o indicador e o polegar como a espremer alguma coisa muito pequena. Assim como se mata piolho.

O mestre só faltou saltar da cadeira de indignação e gritou: Pequenininha como seu fulano?!...

O coitado do aluno estava num canto de cerca, cercado pelos dois lados, pelas costas e pela frente. E o mestre com o vozeirão, a faces rubras de ódio, repetiu a pergunta a querer saber o quanto o micróbio era pequenininho.

Animal preso e sem saída não tem outro jeito. É negociar uma saída, baixar o fogo da broca do patrão e dar pelo menos uma franguinha de presente. Foi como o aluno presenteou ao mestre: Assim como um mucuim!

Um mucuim seu Fulano? Um mucuim seu Fulano? Como do tamaaanho de um mucuiiiim?! Se antes o vulcão estava aos estrondos, agora havia entrado em erupção.

Eita com os seiscentos mil demônios! A coisa andava quente pru lado do examinado e ele vai cedendo. É preciso fazer mais concessões aos limites do infinitamente pequeno. E ele foi rápido para vencer o desastre da ira vulcanoclástica: Do tamanho do ôi do mucuim! Se for menor do que o ôi do mucuim, eu não acredito!

Agora o Zé Roberto lembrava-se do causo completo. Ao se despedir do “colega”, o Zé na sua ironia nunca abandonada perguntou-lhe: E o micróbio?

Ao que o “colega” respondeu: Nunca precisei dele!

Senhores, Porquê não Revitalizar o Largo da RFFSA em Crato ?? - Por: Dihelson Mendonça

Tudo parado e Morto...

Img_3435


Tem coisas que custam muito caro. Concordamos que o município não tenha verbas para refazer todo o asfalto da cidade, não possa refazer as pontes nos distritos, a Estrada de Santa Fé, etc, mas há muitas coisas no Crato que só precisa mesmo de BOA VONTADE; DE INICIATIVAS. Será que faltam idéias ou será falta de criatividade ?

Por exemplo: Eu não consigo entender porque a prefeitura ainda não revitalizou há 2 anos, aquele espaço do Largo da RFFSA. Eu não me conformo em ver um grande espaço daqueles entregue às traças, ou melhor, aos traficantes, aos delinquentes, ao nada!

Ali bem que poderia funcionar restaurantes de comidas típicas, dezenas ou centenas de barracas com vendas de artesanato, lembranças, atrações musicais, shows, espetáculos, um espaço aonde o povo do Crato pudesse frequentar e se divertir. Eu imagino aquilo ali cheio de crianças sorrindo, de velhos, de pessoas de todas a idades conversando, trocando idéias...Um espaço aonde os turistas poderiam frequentar, sabe ? Pra que lugar mais aprazível do que o Largo da RFFSA e o Centro Cultural do Araripe ? Aliás, eu não entendo porque o próprio Centro Cultural do Araripe que leva o nome de ARARIPE, símbolo maior da nossa cidade vive parado.

Já imaginou que coisa boa seria, um local que faz bem à alma da gente, que traz paz ao interior das pessoas ? Quando existiu lá o "Café Estação", eu até imaginei que a coisa fosse melhorar, pois era o ponto de encontro da cidade. Ou ruim ou bom, o "Café Estação" era o que havia na cidade. Agora não tem mais nada! Nem café, nem estação e nem nada!

Volto a dizer: Ali é uma grande área que está desprezada, uma área nobre que poderia ser usada como na cidade de GUARAMIRANGA, para barracas com artesanato do Crato, do Cariri. É fomentar o turismo, atrair pessoas, parar com esse marasmo que existe no Crato de toda noite depois das 20 horas não existir mais pessoas no centro. Isso é um absurdo! Vamos revitalizar a nossa cidade, gente!

Agora: Custa caro fazer isso ? Será que custa caro trazer as banquinhas de artesanato ? Não!
Parece que o que é mais caro na cidade, é ter visão das coisas; É ter idéias boas e que não precisam de muita verba para por em prática. É desta auto-crítica que estamos precisando. Perdemos muitos projetos grandiosos, monumentais para a vizinha cidade de Juazeiro, mas não podemos jamais perder a nossa inteligência, a nossa capacidae em descobrir novos caminhos para tornar muito melhor a vida de todos os Cratenses!

Senhores, eu tiro o meu chapéu para tanto Marasmo!


A Cidade de Guaramiranga-CE, cidade 100 vezes menor que o Crato e que Funciona:

Alegria estampada em cada lugar...o dinheiro corre...comerciantes, turismo, incentivo...

IMG_9649

Artesanato local para turista ver e comprar...

IMG_9699

Sempre existem shows, e quando não tem, a própria população faz o seu show, aqui um grupo tocando chorinho numa mesa enquanto espera a refeição. Muito aprazível!

IMG_9684

As barracas vendem coisas interessantes e não sujam a cidade. Olha só o chão limpinho...

IMG_9681

As pessoas se alimentam, se divertem, se reencontram, é ISSO que tá faltando no Crato!

Image1

Aonde os amigos de encontram e se divertem:

IMG_9717

Será que custa caro fazer tão pouco ? Será que não falta o mínimo de força de vontade ?

EU QUERO VER 200 ÓTIMOS NESSA POSTAGEM NO BLOG DO CRATO. VAMOS LÁ, POVO DO CRATO, DEMONSTREMOS A NOSSA FORÇA ? já estamos com 100 votos em poucas horas. Que tal levarmos uma cópia protocolada ao Sr. Prefeito quando atingirmos 200 votos ? É o equivalente a 200 assinaturas, gente! Vamos lá...

Por: Dihelson Mendonça

Pensamento para o Dia 21/09/2011


“A mente concebe um objeto e brinca com ele um pouco, mas logo o descarta e corre atrás de outro que acha mais atraente! O Sadhaka (aspirante espiritual) tem que estar sempre atento a essa tendência da mente. Quando a mente pula de um lado para o outro, ela deve ser trazida de volta para o caminho e objeto corretos através da concentração e meditação. Essa é a prática espiritual correta. Se o aspirante não se esforça para alcançar esta unidirecionalidade e permite que a mente siga seus caprichos, esta prática merece ser chamada de "meditação macaco", um tipo de meditação que é realmente muito prejudicial ao progresso espiritual. Você deve redirecionar a mente para se concentrar, focar e ser unidirecionada. Concentração lhe confere alegria divina, sabedoria além da medida, visão interior, introspecção às verdades mais profundas, compreensão mais clara e união com Deus.”
Sathya Sai Baba

Vale conferir - José Nilton Mariano Saraiva

Duas horas e quarenta e cinco minutos de projeção (durante os quais você não consegue tirar o olho da telinha), um roteiro inteligente e uma fotografia soberba. O resultado é um “faroeste” daqueles (só visto nos nossos “tempos de menino”), enfocando a importância da “ferrovia” no desbravamento e afirmação do oeste norte-americano, com seus ônus e bônus (e o mais importante, sem nenhum índio por perto), além de uma novidade em filmes da espécie: a ganância humana e o surgimento do tema corrupção, já àquela época.
Tendo por protagonistas a jovem, belíssima e exuberante italiana Cláudia Cardinale (exalando beleza por todos os poros, embora que discretamente), Charles Bronson (como o mocinho durão, esbelto e praticamente em começo de carreira) e Henry Fonda (como o vilão da trama e numa atuação soberba, com o seu olhar frio e implacável), o filme ERA UMA VEZ NO OESTE é algo de magistral e digno de ser visto por quem aprecia um “faroeste” diferente de tudo que você imagina - inclusive e principalmente o “duelo final” entre os personagens Bronson X Fonda é de arrepiar - quando finalmente Fonda tem a resposta que o incomoda e o persegue durante toda a trama: quem na realidade era Bronson (na realidade, testemunha ocular do assassinato de um irmão, perpetrado por Fonda, lá atrás). De quebra, num segundo DVD, a opinião de consagrados diretores sobre o filme e a história/bibliografia de todos os principais personagens. Vale conferir.

Adendo:

O ator norte-americano Charles Bronson foi uma das vítimas do Mal de Alzheimer. Perto de perder a vida, aos 81 anos, em 2003, o ator de ERA UMA VEZ NO OESTE praticamente havia esquecido a sua identidade e não se lembrava de nada de seu passado como astro de Hollywood.