Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Knife - Rockwell - Um lindo vídeo, uma linda música

O SHOW DO ANO - 3 dos maiores instrumentistas Cearenses juntos pela primeira vez no CCBNB - Neste Sábado, 30 de Abril - 20Hs

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O SHOW DO ANO - 3 dos maiores instrumentistas Cearenses juntos pela primeira vez no CCBNB - Neste Sábado, 30 de Abril - 20Hs - no ENCERRAMENTO das Festividades pelos 5 Anos do Centro Cultural Banco do Nordeste - CARIRI

FALANDO DE FLORES - Por Edilma Rocha


MILEFÓLIO - Achilla millefolium - PARA SONHAR COM O PRÍNCIPE ENCANTADO.
Uma plantinha de aparência singela e frágil, mas desde a Antiguidade tida como poderosa tanto na cura como na magia. O Milefólio é citado na mitologia grega como a planta usada numa infusão onde Aquiles, récem-nascido, foi mergulhado para que se tornasse invencível. Daí originou o seu nome. Foi usada também na guerra de Tróia para curar os ferimentos dos guerreiros. Já o nome Milefólio ou mil-em-rama é devido à forma de suas folhas muito recortadas. Muito usada em amuletos de proteção contra diferentes males e para afastar os ladrões. Colocada debaixo do travesseiro, faz sonhar com o Príncipe Encantado. Os druidas usavam caules de Milefólio para adivinhar o tempo e na China era usado para ler o I-Ching ( O livro das Mutações ).


Planta herbácea, perene e rústica, da família das compostas. Atinge de 30 cm a 1 metro de altura. Originada da Europa, América do Norte, Norte da Ásia e Sul da Austrália. Cultivada em solo bem drenado, permeável e ensolarado, moderadamente rico e úmido. Não é planta de interior. Propaga-se por sementes ou divisão da raiz. Se as flores murchas forem cortadas, a planta floresce uma segunda vez. Esta planta fortalece e estimula todas as ervas e vegetais plantados na sua proximidade.


As flores secas são usadas em decoração. Na culinária, as folhas novas ligeiramente amargas e picantes podem ser adicionadas a saladas e molhos. Na cosmética, é usada em loção tônica para o rosto. Propriedades terapêuticas : Cicatrizante de feridas da pele, úlceras internas, cólicas menstruais, hemorróidas, reumatismo e celulite. O óleo essencial de Milefólio pode ser usado em massagem, banho, xampu, emplasto e compressa. Em blends, combina bem com óleos essenciais de Angélica, Camomila e Melissa.

Edilma Rocha
Fonte - Jardim Interior - Denise Cordeiro

Pompa e circunstância - José Nilton Mariano Saraiva

Produto de uma cultura milenar bastante arraigada em todos os quadrantes do planeta (embora não necessariamente difundida) é comum e tornou-se praxe que o homem, ao decidir-se por casar e constituir família (depois de farrear e brincar à exaustão) procure uma mulher de idade inferior à sua (nem que a “distância” não seja tão grande), até pelo próprio desgaste físico-biológico ao qual a fêmea é submetida no matrimônio (quando, por exemplo, vive e realiza o sonho de tornar-se mãe, desejo de toda mulher) ou, ainda, pela latente sensibilidade e a exacerbada preocupação com a rotina diária da família.
Isto posto, sabemos, de antemão, que alguns, mais românticos e sonhadores, hão de contestar tal tese, alegando “preconceito” por parte de quem a esposa, naquela perspectiva de que, quando existe o “amor verdadeiro”, o “amor pra valer”, a “química necessária”, isso é o de menos, pouco importa, não deve ser levado em consideração.
Os fatos, entretanto, estão aí mesmo pra comprovar e corroborar: embora existam (em qualquer lugar do mundo), são raros os casamentos onde o homem é mais novo que a mulher e, quando tal acontece, normalmente - ressalvadas as famosas exceções de praxe e dignas de encômios, quando os dois vivem felizes para sempre – a tendência é que a indissociabilidade da união vá pro brejo, de forma inexorável (e com doloridas cicatrizes e acusações de parte a parte).
A reflexão acima tem a ver com o mote do dia: o casamento do herdeiro do “trono inglês”, William (28 anos), com a plebéia Kate Middleton (29 anos), numa cerimônia repleta de fausto e pompa, que a TV tratou de transformar num espetáculo de gala, transmitindo-o para todos os continentes, durante horas.
Na oportunidade, à tona vieram alguns “pequenos detalhes”, que vale relembrar: 1) William é filho do “insosso” Charles, aquele que tem cara, jeito e atitudes de babaca, e que largou a bela Diana (mãe do casante de hoje e que, desprezada pelo marido, sapecou-lhe “chifres” a torto e a direito) para juntar-se a uma anciã já casada (Camila, com o dobro da idade dele), e à qual confidenciou (quando ainda casado com Diana), que gostaria de ser o seu “tampax” (para os mais “puros”, que o desconhecem, trata-se de um absorvente íntimo); 2) antes de casar, William e Kate já moraram juntos por uns tempos (os adeptos da virgindade devem tremer nas bases), quando colegas de Universidade, e ela chegou, inclusive, a deixá-lo a ver navios, obrigando-o a implorar-lhe perdão para tê-la de volta (temos aí um futuro “barriga branca” ???); 3) talvez por isso mesmo, ela exigiu (com que intenções ninguém sabe) que fosse abolida do cerimonioso ritual de hoje a cláusula em que publicamente juraria fidelidade ao marido (e assim foi feito); 4) embora falido (ano passado teve um prejuízo correspondente a dez por cento do seu PIB), o “Estado” britânico abriu as torneiras e disponibilizou algo em torno de dezesseis bilhões de reais com a cerimônia, sem contar com o que foi gasto pela própria realeza.
Alfim e ante isso tudo, uma perguntinha tanto simplória quanto realista: como já se tornou comum referir-se e evocar a rainha da Inglaterra quando tratamos de “inutilidade”, “desnecessidade” e/ou “desperdício”, para que existe mesmo a monarquia britânica, com toda a sua cafonice e custo estratosférico ??? Por qual razão não implodi-la de vez, mandando o exército de malandros que a compõem trabalhar duro pra ganhar a vida ???

Pérola nos Bastidores (Onde está o lema?) - Claude Bloc

Claude Bloc disse...


Se na tela
Eu me escondo
Onde está o lema?

Pra não ter
Nenhum problema
Me conformo

Fecho os olhos
Abro os braços
Me transporto

Se me perco
Do teu lema
Só me importo

Se é reto
E linheiro
Eu entorto

Mas voltando
Para o lema
Que sufoco

Se é tese
Ou solução
Isso é pouco

O que vale
É esse tom
Esse lema
Sentimento
Num poema

Claude Bloc

O MAR E A GAIVOTA


Além da pedra, o mar.
Os meus pés afundavam na areia, eu ofegava.
O peixe no fundo do barco
saltava e ofegava, com falta de ar.

Numa árvore, uma bicicleta pendurada
e os pássaros brincando nos pedais.
Uma cabra pastava nas pedras,
um cachorro farejava a areia.
A gaivota beijou a água junto à rede dos pescadores.
O sol glorioso cintilava no ar.

Foi nesse dia que criei o mito da gaivota morta
sobre uma pedra, o sangue escorrendo com as espumas?
O conhecimento da morte vem aos poucos, no cotidiano
ou nos dias especiais, de dor ou júbilo extremo.
Tudo que perdemos carregamos conosco.

O mar, sempre o mar.
No princípio e no fim, o mar.
O voo branco das gaivotas, o sal,
a areia, a dança das vagas.
O infinito é aqui.

A minha língua modula as mesmas palavras.
O cavalo galopa no eterno,
com a lua e as estrelas.
Eu galopo com o cavalo eterno.