Criadores & Criaturas
"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata."
(Carlos Drummond de Andrade)
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segunda-feira, 15 de novembro de 2010
James Dean -Por Rosa Guerrera
O constante diálogo- Colaboração de Lídia Batista
Isonomia, já !!! - José Nilton Mariano Saraiva
Henry Mancini
Música bélissima , e triste !
Combina com a história de amor e renúncia.
Ruptura dos canais de socorro ao Sofrimento - José do Vale Pinheiro Feitosa
O Jornal A Folha de São Paulo foi ativa nesta prática, desde o momento que tornou manchete uma ficha falsa da candidata Dilma Roussef, elaborada por um site ligado aos quadros da repressão. Aqueles e-mails que inundaram as caixas de correio falando do jovem militar metralhado, de que a candidata não poderia ir aos EUA impedida como seqüestradora do embaixador americano nos idos de 68, como a história de ser filha de búlgaro e assim por diante. A velha máquina fascista de perseguição a comunistas e liberais da política.
Todos sabemos que a história não está fora como escrita nas folhas das cascas mortas das árvores. A história nos confronta o tempo todo, desde o momento que se leu e repassou aquelas mensagens, quanto das vezes em que as reproduziu em conversas. Lembro de uma das coisas mais impressionantes que me ocorreu no confronto direto com a história.
Era meu terceiro ano no Rio de Janeiro. Esta imensa e indigesta cidade, com a qual não tinha grandes relações e ainda decifrava seu modo de operar. Após estágio na ainda provinciana cidade de Fortaleza, agora as dimensões eram de bordas imprecisas. Onde parar e como começar? As questões eram efetivamente transcendentais e estrangeiras para mim. Estagiava num hospital de Doenças Infecciosas e Parasitárias durante a grande epidemia de Meningite da década de 70.
No meu pequeno hospital universitário, escondíamos quadros do Partido Comunista Brasileiro, naquela altura vítimas de feroz perseguição política. Então estou de plantão, quase que solitário no Hospital. Por coincidência cuido de uma criança em estado grave, acabara de fazer-lhe uma punção para tirar líquido da sua coluna vertebral e analisar a evolução da doença, quando entrou um senhor de meia idade, carregando um chapéu pela mão e de cabeça baixa.
Esperou o fim do procedimento e timidamente se aproximou da beira do leito onde eu fazia as anotações para enviar o material biológico ao laboratório. Aproximou-se e identificou-se como pai da criança. Não me pediu por palavras, mas seus olhos suplicavam por uma palavra minha e lhe relatei o estado do filho, demonstrando otimismo. O líquor (colhido da coluna) estava mais claro e aquilo era sinal de boa evolução e o quadro neurológico não parecia apontar seqüelas.
Ele relaxou e com emoção começou a falar de seu estado quase clandestino, por isso sua dor só pudera se defrontar com o estágio da doença do filho naquela hora. Ele era policial civil, recrutado pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury para atuar na repressão à esquerda brasileira em São Paulo. Se soubesse de mim lhe seria vítima e eu era uma das salvações do seu filho o qual se recuperou muito bem e deve ter dado netos àquele pai. Não o imagino, se ainda estiver vivo, como autor daquelas mensagens, mas nada impede que o seja.
Como bem diz Maria Helena Moreira Alves no seu livro sobre a ação política da ditadura: a censura sobre a tortura impõe o silêncio; este silêncio isola os que sofrem a repressão e a exploração econômica e este isolamento impede que outros setores da sociedade viessem em socorro. Enfim, uma ação política que quebrava antropologicamente o maior esteio da cultura: a solidariedade entre as pessoas. Aquela mesma que profundamente me ligou ao drama daquela família de um policial envolvido com a repressão e a tortura.
Nunca é demais perguntar-se sobre o teu papel nestas ditas horas.
Déjà vu - Perfil de um amigo - Por Socorro Moreira
Babel
"Um diastema (in) comum" -Perfil de uma amiga - Por Socorro Moreira
e um sorriso...
Que é a cara dela !
Alô, alô Kaika ! Cadê o show de Nonato Luiz ? Dia 20 de Novembro , em Crato?
CONFLITO - Marcos B. de Melo
E não poder ver o mar
É o que sinto ao te ver
E não poder te tocar
Você bem perto de mim
Atiça a minha paixão
Mais linda flor do jardim
A quem dei meu coração
Mas, numa amarga sensação
Vejo você tão distante
Um convívio angustiante
Que me remete à solidão
Marcos Barreto de Melo
Getúlio Macêdo - Por Norma Hauer
Norma
Perfil de uma amiga - Por Socorro Moreira
Abrir as portas para o amor- Por Rosa Guerrera
Algodão doce - por Socorro Moreira
O coração comporta muitos amores. A felicidade faz a opção de fidelidade. Num encontro amoroso de qualidade, ela é inerente. Não deixa entrar outros requerentes.
Pra que o desassossego, se o amor só deseja um tempo pro amor?
O malabarismo afetivo é tarefa circense. Por que deixar o circo pegar fogo?
Às vezes acontece...
Não por mal, nem por bem.Por acaso, talvez... Aí, se o sentimento de posse não existir, se a liberdade de amar foi conquistada, os sentimentos são lícitos e administráveis.
Melhor não deixar que a paixão cegue a razão.Deixar que ela seguisse por aí, sem destino, até se perder de sentir, ou transcender na poesia.
Ocultar emoções pode ser como dissolver um doce de algodão.
Gosto do branco, sem anilinas.Lembram nuvens, onde o rosa é possível.
Gosto do cinturão queimado, brincadeira que esconde aquilo que procuramos.
Gosto da ciranda de roda com passos cadenciados que exorciza o que nos traz comoção.
Enfim...Nem tudo tem explicação.
Chamo de ilusão o que deveras sinto.
Chamo de realidade o que não tem solução.
Noite de pensar, sem pesar; de sorrir à toa.
De dormir pra sonhar
E acordar, preocupada com o almoço
Sem o apetite apertar.
Romances morrem no ar.
Soltos, eles voam...
Aterrissam num lugar comum
Chamado lar.
Lá a paz é singular,
E a felicidade se cria, e se fomenta,
Na cumplicidade do abraço.
Abraços... .Cumprimentos humanos!
Alguns apertados
Outros mais chegados
Uns itinerantes...
Abraço é a expressão sagrada
Do corpo animal, se humanizando!
Seu Lunga - ( recebido por e-mail)
Os grandes LPs - ou - o velho Vinil
Os grandes LPs, o máximo para se ouvir música com o som perfeito, ou o vinil, como dizem hoje, recriando um saudosismo de um tempo que nem viveram. Mas eram sublimes os LPs, era sublime a música ouvida naqueles bolachões – mas também não os chamávamos bolachões, nome depreciativo, não, nós os respeitávamos. É bonito agora ver renascer esse respeito – pela música mais encorpada, mais autêntica. Hoje são quase infinitas as maneiras de se reproduzir uma música, mas, porque infinitas, também artificiais.
Talvez muita gente discorde desse julgamento, quem sou eu? Deem uma olhada neste blog – clique no nome: EXTINÇÃO – para conferir. Extinção! Antes que acabe. LPs do mundo inteiro – de graça! Basta pagar o frete e uma pequena contribuição para se manter esse que se autodenomina Museu do Futuro. É uma graça! Nada é de graça neste mundo, mas vale a pena conhecer. Talvez você goste. Talvez você goste pelo menos de conhecer.
U.K. PUNK ROCK: RESISTANCE 77