Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

(Luis Fernando Veríssimo)

Não tem nada pior do que ser hipocondríaco num país que não tem remédio.
Eu tomo remédio para controlar a pressão.
Cada dia que vou comprar o dito cujo, o preço aumenta.
Controlar a pressão é mole.
Quero ver é controlar o preção.
Tô sofrendo de preção alto.
O médico mandou cortar o sal.
Comecei cortando o médico, já que a consulta era salgada demais.

Para piorar, acho que tô ficando meio esquizofrênico.
Sério!
Não sei mais o que é real, principalmente, quando abro a carteira ou pego extrato no banco.
Não tem mais nem um Real.

Sem falar na minha esclerose precoce.
Comecei a esquecer as coisas:
Sabe aquele carro novo?
Esquece!
Aquela viagem de férias?
Esquece!
Tudo o que o barbudo prometeu?
Esquece!

Podem dizer que sou hipocondríaco, mas acho que tô igual ao meu time: nas últimas.

Bem, e o que dizer do carioca?
Já nem liga mais pra bala perdida...
Entra por um ouvido e sai pelo outro.

Faz diferença...

"A diferença entre o Brasil e a República Checa...
É que a República Checa tem o governo em Praga, já o Brasil tem a praga no governo.

Boa noite com Cacaso !

Meio termo

(Lourenço Baêta e Cacaso)

Ah! como eu tenho me enganado
como tenho me matado
por ter demais confiado
nas evidências do amor
como tenho andado certo
como tenho andado errado
por seu carinho inseguro
por meu caminho deserto
como tenho me encontrado
como tenho descoberto
a sombra leve da morte
passando sempre por perto
o sentimento mais breve
rola no ar e descreve a eterna cicatriz
mais uma vez,
mais de uma vez,
quase que fui feliz!



Engels


Friedrich Engels (Barmen, 28 de novembro de 1820 — Londres, 5 de agosto de 1895) foi um teórico revolucionário alemão que junto com Karl Marx fundou o chamado socialismo científico ou marxismo. Ele foi coautor de diversas obras com Marx, sendo que a mais conhecida é o Manifesto Comunista. Também ajudou a publicar, após a morte de Marx, os dois últimos volumes de O Capital, principal obra de seu amigo e colaborador.

Grande companheiro de Karl Marx, escreveu livros de profunda análise social. Entre dezembro de 1847 à janeiro de 1848, junto com Marx, escreve o Manifesto do Partido Comunista, onde faz uma breve apresentação de uma nova concepção de história, afirmando que "a história da humanidade é a história da luta de classes". Sem dúvida nenhuma, Engels foi um filósofo como poucos: soube analisar a sociedade de forma muito eficiente, influenciando diversos autores marxistas.

wikipédia
Nathalia Timberg

Natália é hoje considerada uma das melhores atrizes brasileiras. Participou de muitos programas do ciclo Grande Teatro Tupi, da extinta TV Tupi, dirigida por Fernando Torres, Sérgio Britto e Flávio Rangel. Na televisão, integrou o elenco de diversos teleteatros e telenovelas, com personagens de destaque, assim como participou de um dos primeiros telejornais da Rede Globo, o Tele Globo. Alguns de seus trabalhos são considerados clássicos da teledramaturgia , como a primeira versão brasileira de O Direito de Nascer, a versão do romance A Muralha escrita por Ivani Ribeiro para a extinta TV Excelsior, A Sucessora, Elas por Elas, Ti Ti Ti, Vale Tudo, Pantanal, O Dono do Mundo, entre outros.

Fonte: Wikipédia

UM CASTELO DE VERDADE - Por Edilma Saraiva Rocha


Numa tarde comum um alerta comum.
_ Correio !
Me dirigi ao portão abri o envelope contendo um convite para um casamento, local Castelo de Petrópoles no Rio de Janeiro. Bem distante mas especial pelo casal de noivos. Fui aos poucos me programando para aquela viagem que de certo o Castelo era o título de algum Buffet Serrano.
Ao desembarcar no Rio de Janeiro seguimos juntos com outros convidados em uma Topic que já nos aguardava no aeroporto Santos Dumont para levar-nos ao destino final. A hospedagem seria no próprio Buffet e a festa era com um número limitado de convidados. Mas ao me deparar no local tive a agradável surpresa de que era um castelo de verdade. Meus olhos não perdiam cada detalhe surpreendente pelo caminho até chegar aos meus aposentos. Um quarto enorme com seis camas belíssimas e bem confortáveis e decoração digna do lugar. Um armário enorme que acomodou toda a nossa bagagem e o vestido da noite sem maiores dificuldades. A sala de banho era espaçosa e com uma certa modernidade nas instalações.
Como já era tarde todos fizeram um pequeno lanche e se acomodaram nos seus respectivos aposentos. Já conhecia outros castelos espalhados pelo meio do mundo mas como turista, não como uma hóspede. Tomei banho quente, me perfumei, vesti uma camisola vermelha e longa, nos pés um par de chinelos macios e quando todos dormiram fugi com uma pequena lanterna da mesinha de cabeceira na tentativa de explorar um pouco o lugar. O silencio era total e todos, acho que dormiam profundamente. Eu era somente um vulto solitário que vagava pelo castelo na noite pisando levemente sobre os mosaicos antigos em busca de preciosidades. Minha camisola esvoaçante refletia sombras nas paredes e com passos apressados pelo prazer das descobertas. Como não tenho mesmo temor a nada certamente não ouviria o rangi das correntes e também os vultos dos fantasmas que certamente estavam surpresos com a nova visitante noturna. Atravessei um enorme corredor repleto de janelas com vitrais assinados pelos irmãos Formentti e me deparei com uma enorme escultura la no alto próximo ao teto representando um casal enamorado esculpida em mármore branco de Carrara assinada por H. Cozzo, artista consagrado na época de 1920 no Rio de Janeiro. Em seguida encontrei uma torre contendo uma enorme escadaria de madeira de lei toda trabalhada em florais e arabescos e desci cuidadosamente ao saguão de entrada. Procurei um interruptor e acendi as luzes de um belíssimo lustre de cristal contendo 24 mangas em Bacarah bisotado, um deslumbre em pedras e luzes. Em frente uma enorme porta como numa protecção e deparei-me com uma armadura medieval protegendo a sala de espelhos que ficava atrás, uma réplica do salão de Versalhes, na França. No alto da escada 3 retratos em tamanho natural decoravam as paredes numa pintura a óleo assinados por Luiz Almeida Junior, ano 1946 e 1947. Eram imagens da proprietária da casa e de suas duas filhas adolescentes. Trabalhos maravilhosos em pintura clássica.
Escutei um barulho no andar de cima e fugi rapidamente mas não me contive em parar um pouco ao passar por uma biblioteca repleta de livros em armários fechados e com portas de vidro, mas certamente eu voltaria no dia seguinte. Entrei no meu aposento e não consegui dormir imaginando todo o esplendor que ali aconteceu em festas e saraus regados a vinhos e chás quentes servidos as damas e cavalheiros...
O dia amanheceu e pulei da cama para conhecer a verdadeira história daquele lugar mágico. Encontrei no restaurante 2 netos do antigo proprietário que trabalhavam no serviço do hotel e comecei uma investigação sobre aquele lugar. O projeto foi do arquitecto Lívio Costa com inicio em 1920 e finalizado em 1927. O proprietário se chamava Sr. Lourival Lopes Ferreira e lá era a sua residência de verão. No projeto 3 torres adornavam a construção com cobertas cónicas elegantemente recobertas em escamas de ardósia. As paredes foram revestidas com pedras de granito bruto por mestres portugueses. Sr. Lourival Lopes Ferreira foi o famoso ricaço carioca dono do Casino da Urca nos anos 20 e dentro do próprio castelo existe ainda outro ambiente para jogos de roleta, poquer e bacará lacrado definitivamente que serviu para grandes perdas da fortuna da família. Em 1960 foi vendido a um grupo de investidores e no ano seguinte passou a sede do Cauntry Club ocupando os aposentos na transformação de um hotel e aluguel para eventos sociais, agredindo o projeto inicial com construção de piscinas, quadras de esportes e desmatamento para cavalgadas.
Na estrada de Petrópoles Km 83, encontrei um castelo, percorri seus bosques, admirei as enormes hortencias azuis, orquiedeas, lírios e borboletas, escutei o canto dos passáros ao longe como uma lembrança infantil na vida adulta. Assisti a uma belíssima cerimonia de casamento mas com certeza aos meus olhos e a minha sensibilidade o meu sentimento teve um diferencial dos demais convidados.

Edilma Saraiva Rocha

Richard Burton, pseudônimo de Richard Walter Jenkins, (Pontrhydfen, 10 de Novembro de 1925 — Genebra, 5 de Agosto de 1984) foi um ator britânico nascido no País de Gales.



Marilyn Monroe, nome artístico de Norma Jean Baker, (Los Angeles, 1 de junho de 1926 — Los Angeles, 5 de agosto de 1962) foi uma atriz norte-americana.

É uma das mais famosas estrelas de cinema de todos os tempos, um símbolo de sensualidade e um ícone de popularidade no século XX.

Carmen Miranda



Carmen Miranda GCIH, nome artístico de Maria do Carmo Miranda da Cunha (Marco de Canaveses, 9 de fevereiro de 1909 — Beverly Hills, 5 de agosto de 1955) foi uma cantora e atriz luso-brasileira.[nota 1] Sua carreira artística transcorreu no Brasil e Estados Unidos entre as décadas de 1930 e 1950. Trabalhou no rádio, no teatro de revista, no cinema e na televisão. Chegou a receber o maior salário até então pago a uma mulher nos Estados Unidos. Seu estilo eclético faz com que seja considerada precursora do tropicalismo, movimento cultural brasileiro surgido no final da década de 1960.


wikipédia


CLIQUE - Por Edilma Saraiva Rocha

Entranhas em forma de flor
O mistério se apresenta sem compreensão ocular
e mergulha na intimidade desconhecida.
Na pureza do branco
tinge de sangue vermelho a fertilidade feminina.
Na propuberancia masculina o sexo
exibe a procriação.
Genes, fertilização, acasalamento e criação
se existe amor a natureza se encarrega disso.
Apenas a intimidade de uma flor.
Edilma Saraiva Rocha

Pros meus amigos ausentes e presentes - por Socorro Moreira

Eu sei que você não veio
que você não chegou
que o vazio ficou...

Eu sei que não tivemos tempo
que foi tudo rápido,
como um sorvete na praça,
num domingo quente

Eu sei que podia ter sido diferente...
Não consegui felicidade plena
Senti todas as ausências
e abracei comovida todos os meus amigos
que a vida, naquela noite, reuniu !

Preciso agora de encontros  próximos
no dia a dia...
Aqui ou alhures.
Com tempo para os silêncios , um cafézinho,
um papo, num banco da praça...
Estou carente de ficar mais tempo
com os meus amigos.
Que eles cheguem em versos, prosas,
e celebrem conosco as  alegrias da vida .
Essa curta curva ,
que nos reserva  vislumbres da eternidade
onde o que é verdadeiro, fica !

Um abraço especial em Camila Arraes, Everardo e Sônia, que estiveram conosco, antes da festa.
Abraços no invisível ... Com toda minha amorosidade !

O vídeo da festa do Cariricaturas

Acabei de vê-lo , e vivi a festa. Foi como se estivesse ausente , e começasse a participar de todos os momentos.
Edilma esteve perfeita !
Dr Zé Newton, Dona Rute , Divane, os colegas do S.João Bosco, inclusive Assis Lima, me emocionaram muito.
Escapamos das saudades, e as imagens surgiam , apagando a distância, e suavisando os efeitos implacáveis do tempo. Achei todo mundo lindo...Como sempre !
Stela com o dedo do pé , quebrado, dançava com os braços e o sorriso.
Dona Elsa, Isa,Irene, Cristina, Dona Almina, Dona Expedita ,Marisa, Magdala, Márcia, Fátima , Rosineide,
Lídia, Vera,Ana , Waldeglace, Valéria, elegantes presenças, na fita.
Emerson arrasou como repórter . Atiçou todos os escritores a falar um pouco sobre o sentido e o sentimento do momento.
Divane e a paineira branca...
Salete, nas falas expressivas...
Claude e a homenagem aos mestres.
João do Crato , e a sempre disponibilidade humana e artística.
Ouvimos Salatiel, Lireda, Cabral, Heron ,Dedê, Danja, e vimos de relance Vicelmo, Jurandir, Alemberg, Fausto,Cícero França, e muitos outros amigos e conhecidos.
Estava lá , Sônia Jamacaru, uma das fadas madrinhas.
A voz de Peixoto, Jayro, Leninha, o teclado de Hugo, o sax de Nicodemos, se alternavam num repertório maravilhoso.
Carlos expressou o seu reencontro com o Crato de antigamente ...
Podia ter sido diferente ? Podia ?Podia !
Mas fica a aprendizagem para um novo evento.A perfeição se consegue pela repetição ...!
No balanço geral , credito o esforço em comum , na reunião das pessoas que o nosso coração convidou !
* Não dá pra citar o nome de todo mundo, mas eu juro que gravei a alegria e o carinho de todos, um por um !


Realização do vídeo : Fernando Garcia.
Contatos : 99665870 ou 88524170
e-mail: fr-garcia@bol.com.br
Valor do vídeo: 35,00

COMPOSITORES DO BRASIL


"Pra escrever uma boa letra de samba,
a gente tem que ser,
em primeiro lugar, anarfabeto".


ADORINAN BARBOSA

Por Zé Nilton

Diz-se que Adorinan Barbosa é o heterônimo do cantor, compositor, humorista e ator João Rubinato. O homem é descendente de italianos, daí essa capacidade para viver o cômico e o trágico tanto na música como na vida artística.

Criou todos esses personagens no bairro do Bixiga e não no de Jaçanã como diz na música Trem das Onze. Por ali e suas imediações ele descreveu histórias dos pobres, dos desvalidos, dos boêmios, dos arruaceiros, dos trabalhadores sem valor, tirando sarro de tudo e de todos. Deu-lhes voz e vez porque os registrou no que há de melhor na Música Popular Brasileira – o samba (paulista).

O ouvido de Adorinan Barbosa foi privilegiado. Captou os sons audíveis e inaudíveis das falas e das músicas do povo. Matéria prima de sua criação artística e musical. Na música, ou melhor, no samba, música do povo, brincou com o ritmo e com as palavras. Caiu no gosto da plebe. E quando os ilustrados viram que era bom, adoraram e adotaram Adorinan, e São Paulo nunca mais parou de ser a referência de um samba genuíno, de raiz e bonito.

Aliás, quando ouço ou leio “S.Paulo, túmulo do samba”, rogo à Santa Cecília –Mãe, perdoai porque eles não sabem o que dizem...E lanço meus ouvidos para a música de Adorinan, num ato de desagravo.

Conheci Adorinan primeiro em filmes, nos de Mazzaropi. Sessão dominical das 13 horas, Cine Cassino. Tudo muito normal – o calor e o filme em preto e branco. Lembro-me de “Candinho”, “A Carrocinha” e um de cangaceiros.

Sou vidrado na voz de Adorinan Barbosa. Voz de taboca, diria meu pai. Esta voz gaga e rouca entra no ritmo e no compasso de suas músicas e lhes conferem identidade. Nunca o ouvi interpretando músicas de outros compositores. Daria certo?

Cem anos de Adorinan, nesse dia 02 de agosto. Na verdade, idade em dois nos antecipada para garantir os benefícios da C.L.T. Aqui me lembrei de outra voz rouca: Nelson Cavaquinho, antecipação de idade para servir ao Exército.

Assim como você, falaria muito de Adorinan porque ouvi e ouço muito suas músicas. Vamos ficar por aqui deixando um convite para saborear algumas de suas obras-primas amanhã no Compositores do Brasil.

Na sequencia:

UM SAMBA NO BEXIGA, com Demônios da Garoa
ABRIGO DE VAGABUNDO, com Adorinan Barbosa
BOM DIA, TRISTEZA, de Adorinan Barbosa e Tom Jobim, com Maysa
CONSELHO DE MULHER, (porgressio), de Adorina Barbosa e Oswaldo Moles, com Demônios da Garoa
TORRESMO A MILANEZA, de Adorinan Barbosa e Carlinhos Vergueiros, com Adorinan Barbosa, Clementina de Jesus e Carlinhos Vergueiros
TIRO AO ALVARO, de Adorinan Barbosa e Oswaldo Moles, com Adorinan Barbosa e Elis Regina
PROVA DE CARINHO, de Adorinan Barbosa e Hervê Cordovil com Demônios da Garoa
DESPEJO NA FAVELA, com Adorinan Barbosa e Gonzaguinha
AS MARIPOSAS, com Demônios da Garoa
TREM DAS ONZE, com Demônios da Garoa
SAMBA DO ARNESTO, de Adorina Barbosa e Alocin com Demônios da Garoa
SAUDOSA MALOCA, com Demônios da Garoa
TRISTE MARGARIDA, com Adoniran Barbosa.

Quem ouvir verá!

Programa Compositores do Brasil
Rádio Educadora do Cariri – 1020
Todas as quintas-feiras, de 14 as 15 horas
Pesquisa, produção e apresentação de Zé Nilton
Retransmissão: www.cratinho.blogspot.com



FELICIDADES

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a todos os que compõem o CARIRICATURAS.

Verdades...



"Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós.
Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós."

("Antoine de Saint-Exupery")

Crônica de Rachel de Queiroz


Talvez o último desejo

Pergunta-me com muita seriedade uma moça jornalista qual é o meu maior desejo para o ano de 1950. E a resposta natural é dizer-lhe que desejo muita paz, prosperidade pública e particular para todos, saúde e dinheiro aqui em casa. Que mais há para dizer?

Mas a verdade, a verdade verdadeira que eu falar não posso, aquilo que representa o real desejo do meu coração, seria abrir os braços para o mundo, olhar para ele bem de frente e lhe dizer na cara: Te dana!

Sim te dana, mundo velho. Ao planeta com todos os seus homens e bichos, ao continente, ao país, ao Estado, à cidade, à população, aos parentes, amigos e conhecidos: danem-se! Danem-se que eu não ligo, vou pra longe me esquecer de tudo, vou a Pasárgada ou a qualquer outro lugar, vou-me embora, mudo de nome e paradeiro, quero ver quem é que me acha.

Isso que eu queria. Chegar junto do homem que eu amo e dizer para ele: Te dana, meu bem! Dora em vante pode fazer o que entender, pode ir, pode voltar, pode pagar dançarinas, pode fazer serenatas, rolar de borco pelas calçadas, pode jogar futebol, entrar na linha de Quimbanda, pode amar e desamar, pode tudo, que eu não ligo!

Chegar junto ao respeitável público e comunicar-lhe: Danai-vos, respeitável público. Acabou-se a adulação, não me importo mais com as vossas reações, do que gostais e do que não gostais; nutro a maior indiferença pelos vossos apupos e os vossos aplausos e sou incapaz de estirar um dedo para acariciar os vossos sentimentos. Ide baixar noutro centro, respeitável público, e não amoleis o escriba que de vós se libertou!

Chegar junto da pátria e dizer o mesmo: o doce, o suavíssimo, o libérrimo te dana. Que me importo contigo, pátria? Que cresças ou aumentes, que sofras de inundação ou de seca, que vendas café ou compres ervilhas de lata, que simules eleições ou engulas golpes? Elege quem tu quiseres, o voto é teu, o lombo é teu. Queres de novo a espora e o chicote do peão gordo que se fez teu ginete? Ou queres o manhoso mineiro ou o paulista de olho fundo? Escolhe à vontade - que me importa o comandante se o navio não é meu? A casa é tua, serve-te, pátria, que pátria não tenho mais.

Dizer te dana ao dinheiro, ao bom nome, ao respeito, à amizade e ao amor. Desprezar parentela, irmãos, tios, primos e cunhados, desprezar o sangue e os laços afins, me sentir como filho de oco de pau, sem compromissos nem afetos.

Me deitar numa rede branca armada debaixo da jaqueira, ficar balançando devagar para espantar o calor, roer castanha de caju confeitada sem receio de engordar, e ouvir na vitrolinha portátil todos os discos de Noel Rosa, com Araci e Marília Batista. Depois abrir sobre o rosto o último romance policial de Agatha Christie e dormir docemente ao mormaço.

*

Mas não faço. Queria tanto, mas não faço. O inquieto coração que ama e se assusta e se acha responsável pelo céu e pela terra, o insolente coração não deixa. De que serve, pois, aspirar à liberdade? O miserável coração nasceu cativo e só no cativeiro pode viver. O que ele deseja é mesmo servidão e intranqüilidade: quer reverenciar, quer ajudar, quer vigiar, quer se romper todo. Tem que espreitar os desejos do amado, e lhe fazer as quatro vontades, e atormentá-lo com cuidados e bendizer os seus caprichos; e dessa submissão e cegueira tira a sua única felicidade.

Tem que cuidar do mundo e vigiar o mundo, e gritar os seus brados de alarme que ninguém escuta e chorar com antecedência as desgraças previsíveis e carpir junto com os demais as desgraças acontecidas; não que o mundo lhe agradeça nem saiba sequer que esse estúpido coração existe. Mas essa é a outra servidão do amor em que ele se compraz - o misterioso sentimento de fraternidade que não acha nenhuma China demasiado longe, nenhum negro demasiado negro, nenhum ente demasiado estranho para o seu lado sentir e gemer e se saber seu irmão.

E tem o pai morto e a mãe viva, tão poderosos ambos, cada um na sua solidão estranha, tão longe dos nossos braços.

E tem a pátria que é coisa que ninguém explica, e tem o Ceará, valha-me Nossa Senhora, tem o velho pedaço de chão sertanejo que é meu, pois meu pai o deixou para mim como o seu pai já lho deixara e várias gerações antes de nós, passaram assim de pai a filho.

E tem a casa feita pela nossa mão, toda caiada de branco e com janelas azuis, tem os cachorros e as roseiras.

E tem o sangue que é mais grosso que a água e ata laços que ninguém desata, e não adianta pensar nem dizer que o sangue não importa, porque importa mesmo. E tem os amigos que são os irmãos adotivos, tão amados uns quanto os outros.

E tem o respeitável público que há vinte anos nos atura e lê, e em geral entende e aceita, e escreve e pede providências e colabora no que pode. E tem que se ganhar o dinheiro, e tem que se pagar imposto para possuir a terra e a casa e os bichos e as plantas; e tem que se cumprir os horários, e aceitar o trabalho, e cuidar da comida e da cama. E há que se ter medo dos soldados, e respeito pela autoridade, e paciência em dia de eleição. Há que ter coragem para continuar vivendo, tem que se pensar no dia de amanhã, embora uma coisa obscura nos diga teimosamente lá dentro que o dia de amanhã, se a gente o deixasse em paz, se cuidaria sozinho, tal como o de ontem se cuidou.

E assim, em vez da bela liberdade, da solidão e da música, a triste alma tem mesmo é que se debater nos cuidados, vigiar e amar, e acompanhar medrosa e impotente a loucura geral, o suicídio geral. E adular o público e os amigos e mentir sempre que for preciso e jamais se dedicar a si própria e aos seus desejos secretos.

Prisão de sete portas, cada uma com sete fechaduras, trancadas com sete chaves, por que lutar contra as tuas grades?

O único desabafo é descobrir o mísero coração dentro do peito, sacudi-lo um pouco e botar na boca toda a amargura do cativeiro sem remédio, antes de o apostrofar: Te dana, coração, te dana!


Texto extraído do livro:
Um alpendre, uma rede, um açude - 100 crônicas escolhidas. Rachel de Queiroz. Editora Siciliano. São Paulo. 1993 p. 101-103.


Por Everardo Norões


Uma anotação sobre tradução

Falhas de tradução podem levar facilmente a equívocos de interpretação. Exemplo: uma tradução do ensaio O narrador, de Walter Benjamin (Obras escolhidas. Magia e técnica, arte e política. Ed. Brasiliense, tradução de Sergio Paulo Rouanet).
Certas passagens dessa tradução brasileira são quase incompreensíveis. No início do capítulo XVII do ensaio está escrito:“Poucos pensadores tiveram uma afinidade tão profunda pelo espírito do conto de fadas como Leskov”. (p. 216) Não conheço a língua alemã, mas o texto francês, traduzido e revisado pelo próprio Benjamin (Écrits français. Gallimard) diz assim: “Poucos narradores parecem tão profundamente impregnados do espírito dos contos quanto Leskov” (*). Trata-se apenas de uma frase, ou de uma palavra, mas ela muda completamente o sentido do ensaio. Benjamin não poderia se referir a “conto de fadas”, pois não são contos de fadas aqueles veiculados no passado pelos artesãos, comerciantes ou marinheiros, arquétipos de que trata O narrador. O próprio texto da tradução se contradiz, quando se refere a ‘conto de fadas’ numa página e, logo em seguida, faz referência a personagens como “o tolo”, “o inteligente”, “o caçula” etc.
Em outra passagem ( p. 201) do mesmo ensaio, lê-se: “Na riqueza dessa vida e na descrição dessa riqueza, o romance anuncia a profunda perplexidade de quem vive”. Na tradução (insistimos, feita pelo próprio Benjamin), a palavra correta não é perplexidade, mas abulia, que significa falta de vontade, de ânimo para se tomar decisão, o que é bem diferente de perplexidade.
Para um autor como Walter Benjamin, (este seu ensaio é intensamente analisado nas universidades), filósofo para quem cada palavra pode encerrar um conceito, cada pequena observação um pensamento original, a tradução imperfeita é susceptível de comprometer a formulação de uma teoria ou de tornar incompreensível aquilo que ele conseguiu expressar com o máximo de clareza.
(*) Peu de narrateurs paraissent aussi profondément imprégnés de l'esprit des contes que Leskov.(p. 291)
 por Everardo Norões

Prestação de contas dos livros "Cariricaturas em verso e prosa"

Dos mil livros editados, como foi prometido, 640 serão distribuídos entre os autorers.

-105 foram usados , como parte do ingresso ( 1 livro por mesa).

*Como cortesia, em reciprocidades de apoios:
10 p/Elmano Rodrigues (brindes em livros)
35 para Emerson Monteiro (publicidade)
20 p/Edilma Saraiva ( mtl de apoio à festa)
20 p/Pachelly (foto da capa)
10 p/Heládio ( compra antecipada , patrocinando um dos escritores)
15 p/Claude Bloc ( brinde das " caretinhas e vídeos)
10 p/Sônia Jamacaru e Marcos Jamacaru ( decoração da festa com bolas)
10 p/  a biblioteca do Sesc de Juazeiro do Norte 

115 serão vendidos para cobrir as despesas com o evento, (descontadas  as  comissões dos vendedores), sendo 95 do Cariricaturas e 20  "Poeiras na réstia" , doados pelo escritor Everardo Norões .
* Everardo nos presenteou com 50 dos seus livros:
10 foram vendidos  no dia do lançamento  p/cobertura imediata de despesas;
20 foram usados como publicidade, e distribuídos entre os formadores de opinião.


(Os livros acima referidos, encontram-se à venda ,  nos principais pontos de vendas da cidade)

O Cariricaturas possui um saldo de 30 livros, que coloco à disposição de todos .


Informamos , para nossa tranquilidade, que todas as despesas contraídas com terceiros foram prontamente quitadas : gráfica, papelaria, Músicos, aluguel do Clube , coquetel, embalagens,aluguel de mesas e cadeiras, prestação de serviços, etc.

Missão cumprida !

O Cariricaturas agradece o apoio , compreensão e participação de todos !

No próximo ano tem mais !

VOCÊ AINDA ACREDITA EM VEREADOR? – Por Pedro Esmeraldo

Com muita tristeza lamentamos a situação política de alguns vereadores cratenses: entreguistas, venais, indecisos e que não se comportam com discrição. São obtusos, não olham para frente, não tomam decisões para enfrentar os problemas. Não são resolutos, mas arredios e incompetentes.

Ultimamente, alguns deles dançam na maré mansa, aceitando a influência de abutres, e dormem facilmente entregando os pontos com habilidade.

Isto nem é bom falar porque poderemos cair na desanimação e permanecer numa ansiedade. Vimos o Crato esquecido sem comando e, pasmem!, senhores: a cidade está cada vez mais desorganizada pelos provocadores inimigos.

Por isso queremos lembrar aos nobres vereadores que não querem ter amor ao Crato e consideramos, como a maior autoridade legislativa, que não deixem o Crato cair no esquecimento. Dêem valor à prata de casa , visto que a cidade está amargurada devido a falta de amor dos políticos que entregam o Crato aos seus inimigos.

Não é de bom alvitre que todas as curvas do indiferentismo sejam provenientes desses representantes do povo. Pedindo que através do trabalho saiam da dificuldade e desempenhem bons papéis, aliando-se a pessoas honestas que tenham amor ao Crato.

Vejam bem, agora talvez não seja preciso explicar, pois temos plena convicção que o Crato sofre devido às mazelas provocadas por esses políticos inoportunos e que se vendem por qualquer preço desprezando o progresso da cidade.

Senhores, lembrem dos anos passados, quando que o Crato perdeu, na calada da noite, o Campus da UFC devido à fragilidade desses políticos. Se não têm coragem de trabalhar, afastem-se da política e entreguem o Crato a quem queira trabalhar.

Agora mesmo, deparamos com a queda SESI, em tempo passado, a mola mestra do lazer para os trabalhadores cratenses. Devido à fraqueza e á incompetência dos péssimos administradores, a cidade não evoluiu e agora estamos apreensivos, olhando para o céu e pedindo a Deus que nos afastem de nós os homens preguiçosos

Obs: Dizem que a dor ensina a gemer. Parece que esses políticos já estão sentindo a dor do desespero e da discórdia popular, já que estão querendo se movimentar em defesa da cidade.

Crato- CE, 03 de agosto de 2010

Esses nossos magistrados...

Coincidentemente, dois juízes encontram-se no estacionamento de um motel e, constrangidos, reparam que cada um estava com a mulher um do outro. Após alguns instantes silentes e de 'saia justa', mas mantendo a compostura própria de magistrados, em tom solene e respeitoso um diz ao outro:
- Nobre colega, inobstante este fortuito imprevisível, sugiro que desconsideremos o ocorrido, crendo eu que o CORRETO seria que a minha mulher venha comigo, no meu carro, e a sua mulher volte com Vossa Excelência no seu.
Ao que o outro respondeu:
-Concordo plenamente, nobre colega, que isso seria o CORRETO, sim... no entanto, não seria JUSTO, levando-se em consideração que vocês estão saindo e nós estamos entrando.Portanto... boa viagem com essa “piranha”.

Autor: desconhecido
Postagem: José Nilton Mariano Saraiva

Passante - por Ana Cecília S.Bastos

por vezes quedo-me hirta
imitando os passantes

a chuva chove a si mesma e eu
desespero-me de ser
Cacá Araújo:
CONVITE
REUNIÃO DA 2ª GUERRILHA DO ATO DRAMÁTICO CARIRIENSE 2010



SÁBADO, DIA 7 DE AGOSTO DE 2010, 15 HORAS
LOCAL: TEATRO RACHEL DE QUEIROZ - CRATO-CE
Informações: Cacá Araújo - (88) 8801.0897 / (88) 9960.4466 / (88) 3523.7430
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Almina Arraes, Alencar, Pinheiro - por José do Vale Pinheiro Feitosa


Todos sabemos das dificuldades de falarmos dos nossos. Ou de quem somos. A cultura do anti-nepotismo nos inibe e ficamos ansiosos que outros façam para que por efeito adverso as nossas declarações não se reduzam à obviedade. Eis o motivo de ter ficado muito satisfeito com uma postagem que a Socorro Moreira fez de uma das minhas mães.

Não é figura de linguagem e ou metáfora. Por circunstância como me dei por gente tive alguns pais e mais de uma mãe. De uma delas falou a Socorro e por zelo, me resguardei. Uma mãe no sentido de gerar pessoas e muitos não sabem, no afã de vangloriar a alma como o oposto, ainda não entenderam que “matéria” se origina da mesma raiz da palavra mãe – mater.

Mas hoje um irmão, da mesma mãe, alertou-me para o acorde. Qualquer deles em tom maior. E como é fácil achar esta mãe na ordem do alfabeto: ALMINA. Almina que tem Alencar, Arraes e Pinheiro num só verso. Das irmãs desta mãe tive duas tias Aldinha e Anilda e uma outra um pouco mais assim com uma mistura de fortes ligações em que só os irmãos se conhecem: Laís. Um dia este mesmo irmão deu-me o alerta que ela estaria aqui no Rio precisando ajuda: cumpri o alerta. Acompanhei cada passo dela em curso do que vamos, deste o momento em que leu no meu rosto e comentou: estou mal ele não conseguiu esconder no rosto.

Maria Alice era parte, mãe do Alfredo e da Maria José e se acrescentarmos Dr. Alfredinho já disse tudo. Violeta eu posso falar muito e vou logo parando por aqui, pois esta era amiga mesmo. No sentido real das amizades que junta deste os primeiros minutos quando ela nasceu e vai continuar até os meus últimos minutos. Mas Almina, que é um múltiplo de César, Edite, Joaquim, Zé, Amélia, Tonho e Bida. Aliás, é um coletivo, pois no metabolismo desta mãe tem a política, a justiça social e a capacidade de pronunciar a palavra nos conflitos quando muitos evitam.

Não posso compreender a vida sem esta mulher que pinta, mobiliza e navega na internet feito estes jovens twitados. Tem a apostilha que meio mundo quer. Mas tem a pintura, quando ela mostrou-me pela primeira vez, não era apenas a ilusão da perspectiva e nem das luzes pelo contraste de cores. Havia na pintura uma espécie de arquétipo, que a minha mente entendia não como uma casa determinada, mas como a “casa em si”. Isso não é pouco: uma das grandes questões da pintura é exatamente este achado, mesmo quando se decompõe em estéticas tão distintas. Aliás, o cubismo, que é esdrúxulo para a estrutura neoclássica, também só era efetivamente achado quando atingia esta região arquetípica da mente.

Como existe certa singularidade entre mãe e filhos, o que mais me anima neste momento, é compreender Almina como um ser independente e construindo a parte que lhe cabe neste mundo. Como um ser para ser admirado e respeitado além da sua natureza de mãe.

 por José do Vale Pinheiro Feitosa 
em 03.08.2009

Para Dona Almina Arrais
- Claude Bloc -

Apareço aqui hoje com um pouco de atraso porque cheguei a Fortaleza no final da tarde depois de uma deliciosa (embora cansativa) estadia em Crato. Me perdoe, Dona Almina, pela homenagem tardia, mas meu coração preferiria que eu tivesse ido dar-lhe meu abraço pessoalmente.


Eu sei quem és,
És mulher forte,
De Sul a Norte é teu o abraço
Que eu envio
Antes em ti essa grandeza
Essa ousadia da alma
Pois que
És água certa
És mãe
És bênção
És sal da terra.

***

Sempre elogiamos pessoas que por um feito qualquer se tornam verdadeiras referências, pessoas a quem admiramos e cujo comportamento gostaríamos de imitar. Muitas vezes procuramos esses exemplos longe de nós. Achamos que só aconteceram coisas e pessoas exemplares em tempos passados, pessoas que se constituíram em heroísmo histórico. Mas, se olharmos com mais persistência à nossa volta poderemos perceber que todos os dias, bem ao nosso lado, pessoas comuns como nós, fazem coisas que as tornam especiais.

Hoje é o dia de Dona Almina e venho falar dessa pessoa a quem muito admiro e que tem pelo seu exemplo de vida , sido uma pessoa muito especial para muita gente. Uma mulher meiga e suave que imprime carinho e confiança para quem dela se aproxima, para quem com ela convive ou simplesmente se acerca de sua casa para momentos de tranqüila alegria.

Tenho que hoje mostrar-lhe o quanto suas palavras me fazem e fizeram refletir sobre minha própria vida porque foi com ela que aprendi a não abandonar os sonhos.

Confesso que a admiro, pois mesmo em seus momentos de cansaço ela os ultrapassa e se ultrapassa , fazendo na verdade a grande diferença.

Dona Almina é para mim uma heroína dos tempos modernos , que luta pelos seus e sobretudo pelos direitos dos outros.

Portanto só posso dizer que, na verdade, fico orgulhosa por poder usufruir do seu olhar materno, de sua força e da determinação que lhe é peculiar e que nos mostra em cada empreitada. Pelo seu dia Dona Almina meu abraço estreito e emocionado.

Que Deus a proteja e nos abençoe.