Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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quarta-feira, 7 de abril de 2010

Pablo Picasso - Frase

( 25 de outubro de 1881 / 8 de Abril de 1973 )

"Ne Me Quitte Pas" por Maysa

( Letra e música - Jacques Brel 1959 )

Ne me quitte pas
Il faut oublier, tout peut s'oublier qui s'enfuit déjà
Oublier le temps des malentendus
Et le temps perdu à savoir comment
Oublier ces heures qui tuaient parfois
A coups de pourquoi le cœur du bonheur
Ne me quitte pas, ne me quitte pas
Ne me quitte pas, ne me quitte pas
Moi je t'offrirai des perles de pluie
Venues de pays où il ne pleut pas
Je creuserai la terre jusqu'après ma mort
Pour couvrir ton corps d'or et de lumière
Je ferai un domaine où l'amour sera roi
Où l'amour sera loi, où tu seras reine
Ne me quitte pas, ne me quitte pas, ne me quitte pas, ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Je t'inventerai des mots insensés que tu comprendras
Je te parlerai de ces amants-là qui ont vu deux fois leurs cœurs s'embraser
Je te raconterai l'histoire de ce roi
Mort de n'avoir pas pu te rencontrer
Ne me quitte pas, ne me quitte pas, ne me quitte pas, ne me quitte pas
On a vu souvent rejaillir le feu d'un ancien volcan
Qu'on croyait trop vieux
Il est, paraît-il, des terres brûlées
Donnant plus de blé qu'un meilleur avril
Et quand vient le soir pour qu'un ciel flamboie
Le rouge et le noir ne s'épousent-ils pas
Ne me quitte pas, ne me quitte pas, ne me quitte pas, ne me quitte pas
Ne me quitte pas, je ne vais plus pleurer, je ne vais plus parler
Je me cacherai là à te regarder, danser et sourire et à t'écouter
Chanter et puis rire
Laisse-moi devenir l'ombre de ton ombre, l'ombre de ta main
L'ombre de ton chien
Ne me quitte pas,
ne me quitte pas,
ne me quitte pas,
ne me quitte pas.

Dircinha Batista por Norma Hauer

PIRATA DA AREIA
Foi a 7 de abril de 1922 que nasceu, em São Paulo, a cantora DIRCINHA BATISTA, irmã de Linda Batista , ambas filhas de um ventríloquo: Batista Júnior.

Dircinha começou sua carreira em 1930, com apenas 8 anos, quando gravou seu primeiro disco; aos 12 gravou o segundo, com "A Órfã" e "Anjo Enfermo"; em 1935 fez parte do filme "Alô Alô Brasil" e, no ano seguinte, de "Alô,Alô Carnaval",no qual as irmãs Miranda (Carmen e Aurora) lançaram o samba "Cantoras do Rádio".

. Nesse filme, ela apresentou, muito brejeira, o samba "Pirata da Areia",que foi seu primeiro sucesso

.Em 1938,outro grande sucesso "Periquitinho Verde"; depois vieram "Tirolesa","Se Eu Tivesse Um Milhão","Meu Trolinho" e muitos outros.

Tomou parte ainda em vários outros filmes, como "Entra na Farra" ( com Carlos Galhardo, Arnaldo Amaral e seu pai Batista Júnior);"Futebol em Família","Banana da Terra", "Tudo Azul" e alguns outros.
Teve um caso amoroso com o locutor Carlos Frias, que a abandonou, fazendo-a cair em depressão, abandonando o meio artístico.

Seu fim de vida foi triste, nunca se livrou da depressão e, tal como sua irmã, foi auxiliada pelo cantor José Ricardo.

Faleceu, depois de José Ricardo, em 18 de junho de 1999, sem completar 77 anos.

Norma

Mauro Faustino por Artur Gomes

o mundo que venci deu-me um amor
um troféu perigoso esse cavalo
carregado de infantes couraçados.
o mundo que venci deu-me um amor
alado, galopando em céus irados
por cima de qualquer muro de credo
por cima de qualquer fosso de sexo.
o mundo que venci deu-me um amor
feito de insulto pranto e riso
amor que força as portas dos infernos
amoré que galga o cume ao paraíso.
amor que dorme e treme, e que desperta
e torna contra mim e me devora
e me rumina em cantos de vitória.

http://juras-secretas.blogspot.com

Pablo Picasso


Pintor, escultor, desenhista e ceramista espanhol 25-10-1881, Málaga 8-4-1973, Mougins


Um dos grandes gênios da pintura contemporânea, filho de um professor de Desenho e Pintura, deslocou-se ainda jovem para Barcelona, onde estudou Belas-Artes e pintou seus primeiros quadros de tendência acadêmica, entre os quais se destaca Ciência e Caridade (1897). No início do século XX, partiu para Paris, cidade em que se instalou em 1904 e onde recebeu a influência de Gauguin e Toulouse-Lautrec (período azul, com obras de tema popular, e período rosa, centrado no mundo do circo). Na primavera de 1907, pintou na capital francesa As Senhoritas de Avignon, quadro com que rompe com a profundidade espacial, ao representar as figuras numa simultaneidade de planos, e inicia, assim, seu período cubista. Entre 1908 e 1911, desenvolveu sua fase analítica por meio da decomposição das formas, especialmente de paisagens como as de Horta d'Ebre, ao mesmo tempo que reduz a sua gama cromática aos cinzentos. Em 1912, interessou-se pela técnica da colagem: Natureza Morta com Cadeira de Palha, com que inicia também sua passagem para o cubismo sintético, no qual prevalece a reconstrução do objeto através de seus planos essenciais. Ao mesmo tempo, sua gama cromática amplia-se de novo, como se observa em Natureza Morta Dentro de uma Paisagem (1915). Depois de passar por uma fase realista e outra com influências surrealistas, a guerra civil imprimiu uma marca profunda em sua produção. Assim, o bombardeamento da cidade de Guernica levou-o a criar Guernica, exposto no pavilhão espanhol da Exposição de Paris em 1937, como protesto pela violência sem sentido da guerra, sentimento também expresso no quadro Matanças na Coréia (1950). A partir de 1947, interessou-se especialmente pela cerâmica e pela reelaboração de obras clássicas: Mulheres de Argel, de Delacroix (1955), As Meninas, de Velásquez (1957), ou Merenda Campestre, de Manet (1960).
UOL Educação

Dulce Pontes




"Nascida no Montijo, nos arredores de Lisboa, do outro lado do rio Tejo, em 1969, a menina Dulce Pontes foi introduzida na tradição do fado por seu tio Carlos Pontes, fadista e amante das corridas de touros. Aos sete anos começa a frequentar o Conservatório Nacional de Música em Lisboa sendo o piano o seu instrumento de eleição. Ali desenvolve a curiosidade sobre a matéria e adquire o hábito da pesquisa e do estudo da música, criando bases para o desenvolvimento de uma sólida carreira como cantora e compositora.

Nos seus discos, Dulce conta sempre com colaborações de músicos como Leonardo Amuedo, que ela considera sua alma gémea musical, Wayne Shorter, Jaques Morelenbaum, Trilok Gurtu, Justin Vali, Kepa Junkera, Waldemar Bastos, Maria João, Myrdhin, Anders Norudde, Stefanos Korkolis, entre muitos outros artistas de primeira linha."

Jacques Brel




Jacques Romain Georges Brel (Schaerbeek, Bélgica em 8 de Abril de 1929 – Bobigny, França em 9 de Outubro de 1978) foi um autor de canções, compositor e cantor belga francófono. Esteve ainda ligado ao cinema de língua francesa.

Nosso Planeta - por Isabela Pinheiro





Em nosso planeta tem vários países tem a China

E dando uma volta na esquina,

O Japão.

Vamos ver e aquele menino ruivo, João, é do Japão.

E os Estados Unidos tem vários vestidos do Brasil, viu?

Mas que pais engraçado tem festa de carnaval que nem tem manual

E a França tem Paris que tem muitos javalis,

E a Grécia? De lá vem o alfabeto, seu Beto.

E em nosso planeta tem muito mais, tem pais e cidade,

Tem são Paulo, Rio de Janeiro, que tem muito herdeiro

É assim nosso planeta.

É feliz mas a poluição tem que acabar

Se não um dia a gente vai se danar.

É nosso lindo planeta que está sendo ameaçado

Por nossas mãos ingratas.

Nele vivemos e ele esta morrendo.

Vamos salvar nosso planeta.


Isabela Pinheiro



Isabela pose.jpg

Ouro

Quanto mais batalho
pressinto a luz voraz
em cada dedo com calo

em uma simples topada
meus dias abençoados.

Quanto mais empunho
minha espada
lanço doces olhares
aos transeuntes
às árvores
às pródigas formiguinhas
(já retornaram ao vaso sanitário)

Quanto mais acordo
minha alma dança
toca flauta
e piano
mexe os dedos dos pés
enlouquece os pulmões.

Quanto mais imagino
a verdade me revigora
na palavra inesperada
no silêncio risonho.

E não vejo dor capaz
de turvar este vazio.

A crença absoluta
no que se perde
e se liga
ao instante.

COMPOSITORES DO BRASIL


Reprisando Zé Clementino.

Por Zé Nilton

Muitos amigos e varzealegrenses de todos os cantos não usufruiram da atração do programa Compositores do Brasil, da última quinta feira, quando foi homenageado o compositor Zé Clementino.

Não ouviram o excelente Antonio Morais discorrer sobre a vida, a obra e o homem que reabilitou com sua música o imortal Luiz Gonzaga, tal qual fizeram com outras ações, um Carlos Imperial e um Caetano Veloso.

Aliás, Antonio Alves de Morais, hoje administrando um dos blogues mais visitados da região, o Blog do Sanharol, afiliado do Blog do Crato, está se revelando um exímio folclorista, mercê de seu vasto conhecimento sobre os outros lados das histórias, histórias do povo, memórias passadas e vivas da região do Cariri.

Como é reconfortante saber que há um Antonio Morais e um Antonio Correia, este historiando a Ponta da Serra, contribuindo para inserila numa nova história de seu povo.

Pois bem, o excelente compositor brasileiro, Zé Clementino, nesta quinta feira, na Rádio Educadora do Cariri, às 14 horas.

Na sequencia:

Estou roendo sim, de Zé Clementino, com Trio Nordestino
Eu sou do banco, de Zé Clementino e Hildelito Parente, com Dominguinhos.
Não deixo não, de Zé Clementino, com Trio Nordestino.
O jumento nosso irmão, de Zé Clementino e Luiz Gonzaga, com Luis Gonzaga.
Capim Novo, de Zé Clementino, com Luiz Gonzaga
Chinelo de Rosinha, de Zé Clementino, com Trio Nordestino.
Contrastes de Várzea Alegre, de Zé e Paulo Clementino, com Luiz Gonzaga.
Fazenda corisco, de Zé Clementino, com Dominguinhos.
Xote Dos Cabeludos, de Zé Clementino, com Luiz Gonzaga.
Mais uma dose pros cabeludo, de Zé Clementino, com Zé Nilton
Contrastes de Várzea Alegre, de Zé Clementino, Luiz Gonzaga.

Quem ouvir, verá!

Programa: Compositores do Brasil
Rádio Educadora do Cariri
Pesquisa, produção e apresentação de Zé Nilton
Todas as quintas de 14 às 15 horas
Apoio Cultural: CCBN.

Pensamento para o Dia 07/04/2010



“Você repete o nome do Senhor, canta Bhajans e realiza meditação para alcançar uma mente unidirecionada, não é? Uma vez que essa firmeza seja conquistada, seu significado interior lhe será revelado e o esforço se tornará desnecessário. Aqueles ansiosos para tornarem-se aspirantes, para alcançar a salvação, não devem ceder a argumentos e contra-argumentos. Você não deve ser seduzido pela astúcia dos maus sentimentos! Você deveria ver suas próprias falhas e não repeti-las. Você deve guardar e proteger esse estado da mente com um único foco, com os olhos fixos na meta, e rejeitar como lixo todas as dificuldades, derrotas e perturbações que possa encontrar em seu caminho.”
Sathya Sai Baba

Uma prática mambembe de futebol



Pedro Esmeraldo

Enquanto o cratense vibra pela permanência do time do Crato no quadro de elite do futebol cearense, temos receio de não podermos continuar com forças suficientes para mantermo-nos lá, já que não possuímos estruturas emocionais tanto quanto necessários para conduzir um esporte de qualidade, nesse setor.

Não temos organização, não temos renda suficiente para dirigir o esporte, pois avisamos que a nossa indústria, ainda incipiente e modesta não oferece condições para manter o time com boas qualidades técnicas. Os nossos dirigentes, às vezes inconsequentes, são inadmissíveis, não possuem estrutura para dirigir com eficiência e coragem um time de futebol. Haja vista que, agora há pouco tempo, um senhor achou de abandonar a chefia do clube por falta de competência técnica e admistrativa. Causa-nos arrepio, pois, que poderíamos levar o time com coragem e eficiência a fim de alcançarmos uma posição de relevo nas disputas finais no campeonato cearense.

Em primeiro lugar, isto é a nossa opinião, deveríamos estimular o povo para que tenha mais amor ao esporte, visto que é dentro da prática esportiva, evitaremos o vício da droga e da ociosidade. Devemos enaltecer com mais brilhantismo todas as práticas de esporte, quer seja futebol, quer seja basquetebol, ou qualquer outro tipo de modalidade esportiva, num corpo sadio, temos por meta que o esporte fará bem a saúde e ao mesmo tempo, teremos como principio utilizar uma palavra latina: mens sana in corpore sano,isto é, um corpo sadio numa mente sadia.

Após a grande decepção que sofremos, devido o procedimento errado de uns, jamais poderemos esmorecer, mas elevar o espírito a fim de suportar com galhardia o terremoto psicológico que grafa em nosso meio.

Por outro lado, pedimos a compreensão da diretoria do Esporte para que trabalhem juntos, não visando lucro financeiro exagerado, mas com altruísmo, deveremos chegar a um ponto de apoio, trabalhando com amor e compreensão mútua. Com isso evitaremos um tsunami financeiro, mas trabalharemos com boas qualidades técnicas.

Infelizmente ainda, não possuímos grandes recursos, mas se tivermos boa vontade para enfrentar a luta, tentaremos alcançar a nossa glória que por certo virá, visto que com boa vontade e amor, ao trabalho afastaremos a juventude dos passos prejudiciais à saúde.

Se assim fizermos, com a boa vontade de Deus e com disposição para a luta, afastaremos a juventude da ociosidade que contamina a mente dos jovens.

Crato 05/04/2010

Dona Almina , na mídia !

A POESIA DE JOSÉ AUGUSTO SIEBRA 1881-1960

QUATRO HORAS DA MANHÃ

Nesta hora me levanto,
Como é linda a natureza!
O galo solta seu canto,
A lua no céu acesa.

Chama o sol o caburé,
Gargalha o gordo jacu,
Qual sentinela de fé
Apita logo a nambu.

Muge a vaca no chiqueiro
E vai da cama se erguendo.
Se levanta o bom vaqueiro
E vem na cuia batendo.

Vai o céu iluminando
Seu manto de pedraria
As estrelas se apagando
Para dar entrada ao dia.

Nas árvores frondosas
Solta seu canto o xexéu
E as estrelas medrosas
Vão se escondendo no céu.

Surge além no horizonte
O incêndio da alvorada
Doura a cabeça do monte
Sua noiva coroada.

Vem o sol com seus eflúvios
E seu raio que mais brilha,
Vai coroando de luz
A fronte de minha filha.

As avezinhas garbosas
Vão desprendendo seu canto
E saudando com firmeza
O lindo festão do campo.


A poesia de José Augusto Siebra é deleite para nossa alma; dá pra fechar os olhos e ficar imaginando o espetáculo do dia chegando, lá no sítio Malhada, onde ele vivia, e usufruirmos, também, da beleza e harminia da natureza. Fico sempre muito tocada pela poesia do meu avô, feliz, feliz, pois seus versos me preenchem a alma. Por isso quero compartilhar com todos que navegam no Cariricaturas esse momento de doce ternura.
Stela Siebra Brito

Uma nesga de céu azul - por José do Vale Pinheiro Feitosa

Chover vários dias isso conhecemos. Andaremos com os pés molhados, os braços respingados. Isso não tem importância: chover vários dias em seguida.

Chover como torneira aberta afoga a vigília do presente e apreende a esperança do próximo minuto. Como choveu no Rio de Janeiro! Tanto que agora estou com a alma a comemorar uns pequenos rasgos de azul no céu. Nem meia hora se passara quando tudo estava fechado com as águas escorrendo, se infiltrando, inundando.

Informam que apenas em quatro horas caiu mais de 100 milímetros na região metropolitana do Rio. Em alguns bairros isso ultrapassou os 150 milímetros. E até compreendo a praticidade dos meteorologistas medindo as chuvas em milímetros, mas nada mais irreal nestes metros que nos afogam.

Eu deveria me encontrar de férias em algum lugar e nem li a revista O Cruzeiro, pois não me lembro de ter ouvido falar nas enxurradas de 1966. Mas todas as demais, a de 1988 e 1996, eu estava com água na cintura. Se me perguntarem o momento mais impressionante que vivi, foi em 88.

Era um domingo molhado. Pingara a noite toda. Sentamos na cozinha para tomar café por volta das 08h30min. A janela da área de serviço que se abre também para a cozinha mostra a Pedra da Gávea e dos Dois Irmãos. Qual foi o nosso susto simultaneamente no primeiro gole de café. O céu estava literalmente enegrecido. Mas não era apenas a cor, era uma massa sufocante que lentamente se deslocava em nossa direção. O inevitável tomaria nossas vidas.

E a chuva caiu com torneiras abertas. Não eram pingos, eram milhares de jatos disputando cada milímetro do terreno. A rua da janela da frente se tornou uma cachoeira. Nosso prédio sustenta-se sobre pilotis. Descemos até ele para verificar se algo de anormal ocorria. A Clínica Santa Genoveva já fora soterrada matando dezenas de idosos.

Hoje duas imagens vindas do noticiário se fixaram. Eram duas mulheres jovens. Uma negra, com um casaco branco com desenhos pretos, toda molhada, ainda rindo e dizendo que tentara chegar até ao trabalho, não dera e, agora, patinava nas poças no rumo de casa. A outra sob um guarda-chuva, os pingos em volta, era de classe média, na beira da Lagoa inundada, inteiramente desorientada. Olhou para o repórter e perguntou se na direção que viera daria passagem. Não tinha como chegar ao trabalho e não sabia o que fazer.

A palavra subentendida em certos discursos da mídia, especialmente a Míriam Leitão no Bom Dia Brasil de hoje: é o aquecimento global. Não é. É o de sempre: populações migrantes para as grandes cidades, com o espírito selvagem do capitalismo a dar um jeito, qualquer jeito em suas vidas. Nas encostas volúveis, seja por necessidade ou pela vista e prestígio com as mansões dos ricos.

O Aquecimento Global pode ser uma verdade, mas nas circunstâncias não passa de empreiteiro de obras. E como gostam de uma obra superfaturada!

A poesia de Geraldo Urano


A serpente colorida de Nova Iorque é amiga do luar do sertão. O blues das orquídeas negras deixa molhada a boca da santa França. Eu que brinco no útero das montanhas e no regaço dos lagos, sou a estrada clara.

Pérola nos bastidores - por Corujinha Baiana

Trocou a lua pela asa delta ?
Fez muito bem o poeta !
Afinal,
la luna “ è mobile,
qual piuma al vento
muta d'accento
e di pensiero”
Logo,logo,
minguante ...
Enquanto Ícaro
sem se esquecer do Sol
sonha livre nas alturas

Estrada do Sol

Bom dia, Cariricaturas !

Mais um dia amanhecendo.Céu nublado e o ar parado. Silêncio , no meu pedaço de rua.Meu filho dorme , eu rezo, e ponho em ordem os pensamentos , torcendo por um dia azul.
Ando inquieta , saturada dos doces , que em mim amargaram-se.Sim, hoje é um dia especial ... Não sei se desejo que passe rápido ou deixo que ele se arraste... De noite quero a paz aquietada no alívio de um dia cumprido e comprido...Que Deus ilumine os nossos passos, e encha de amor o nosso coração.

São João Batista de La Salle - O Santo do dia !


João Baptista de La Salle (Reims, 1651 — Ruão, 1719) é um santo católico francês. Foi ordenado sacerdote e dedicou-se à educação de crianças e à fundação de escolas para crianças. É fundador de uma congregação religiosa, os Irmãos das Escolas Cristãs, ou Irmãos Lassalistas. Foi canonizado pela Igreja Católica. Sua festa litúgica é comemorada no dia 7 de abril. É considerado o padroeiro dos professores.

Brincadeira - por Ana Cecília S.Bastos







O muro mágico da brincadeira.
Tempo em suspenso, vozes e movimento como heras enramando-se no vácuo.
O brincar estende cortinas mágicas e envolve tudo, até o olhar austero, imediato e alheio.
Subo nesse palco e, surpassando distâncias, posso ainda conceber a intensidade, o momento presente pleno, a vida.
Gritos, luta, emoções extremas, vividas sem transição, tudo se realizando ali.
O escuro.
O espaço.
A terra, poeira ou água.
A terra molhada de chuva.
Narizes escorrendo.
Pó, lanhuras que nem doem, que se esquecem de doer, pés descalços, pele rajada, joelhos sempre arranhados. Cor de criança.
Rolar na terra,
terra que invade nariz, boca, olhos, garganta, alma,
o gosto de ser do mesmo corpo da terra,
sangue e veias, por essas vias irmanados.
Correr, lutar, coração saindo pela boca,
sempre disparado.
Irmãos e primos, um só organismo, bicho enorme de mil cabeças, braços e pernas,
movimentando-se sozinho e junto.
O mesmo coração de menino ou de menina,
o mesmo desespero de chegar.
O exercício lúdico dessa aflição de busca,
eterna companheira.
E o fim, a meta? Essa é a questão jamais colocada, pois brincadeira é coisa que não tem fim, nem precisa ter, ela é em si mesma, repetindo-se todo o tempo, terminando e começando sempre, fazendo funcionar o organismo.
Brincadeira é permanência em si mesma, desde que faça disparar o coração.
Desde que reúna vozes e ímpeto, vultos em labirintos de claros-e-escuros,
uma eventual fogueira,
vagalumes,
besouros e sapos,
estrelas cintilantes,
dor e machucados,
euforia e pranto,
destemor e medo pânico,
a vida em desabalada carreira.
Frêmito, ânsia.
Alegria, sofreguidão.
Infância.

Pipa. Foto de Mário Vítor. por Ana Cecília

Cicatriz - por Everardo Norões


Nenhuma água
apaga a chaga
se na pele
se acende a cicatriz
Feliz que, como Ulisses
teve quem a visse
e a lavasse
e nos seus traços
percebesse
toda viagem vertigem.

"Pojeto água pra que te quero"!- Nívia Uchôa

Parabéns, Feliz Aniversário, Virgínia Moura !

Hoje à noite estaremos nos reunindo no Crato Tênis Clube para abraçar Virgínia Moura !





"Vírgínia é uma grande mulher. Cheia de paixão e de força. Alguém que ama a vida, apesar das intempéries. E alguém que - embora saiba muito - não troca sua intuição e seu sentimento pelo frio racionalismo.
Ela é capaz de amar profundamente, mesmo com o coração em frangalhos. Consegue dar abrigo e conforto aos amigos mesmo enquanto padece de intensas dores na alma. Na casa dela tudo é feliz e estamos sempre bem alimentados! rs. Lá, o sono é tranqüilo, a música é agradável e as companhias são magníficas. Ela é dona da morada mágica onde todos os sonhos se realizam. Virgínia é uma pessoa abençoada por anjos, santos e pássaros encantados. É uma professora que ensina coisas que não encontramos nos livros; com ela, a gente aprende a alegria, o amor à vida e a coragem diante dos temores.
Ela é tudo isso e muito mais. Áries, áries! Virgínia é fogo! "

'Horto - Ao pé do Padim'