Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Por causa do inglês, estão usando plural demais em casos desnecessários

Josué Machado

No terrível caso da queda do avião em Congonhas, jornais, revistas e locutores anunciaram "as mortes" de 199 pessoas.

No de outra forma terrível caso von Richthofen, também revelaram "as mortes" de Manfred e Marísia, assassinados com a ajuda da filha, Suzane. Por que "as mortes"?

Em relação a esse crime, registraram também "as posições dos corpos". Por que "as posições"? A polícia investigou "as identidades" dos autores crime. Por que "as identidades"? No futebol, por que se diz que o juiz espera "as substituições" de Elano e de Robinho?

Seria bom lembrar que esse plural indevido não costuma ser usado por bons autores porque não se justifica em português, embora exista em latim. Mesmo assim, de vez em quando se notam sinais dele por aqui, provavelmente por influência do onipresente inglês, que o herdou do latim.

Sem perturbações

Exemplos em jornais e revistas:

"... são problemas que não causam perturbações nos espíritos das gerações seguintes."

"... Patrícia Pillar e José Wilker garantiram suas participações ao vivo..."

"Foram quase quatro anos de nossas vidas."

"O filme Casablanca teve as participações antológicas de Humphrey Bogart e Ingrid Bergman..."

Teriam sido melhores e indiscutíveis as seguintes formas:

"O acidente provocou a morte (não 'as mortes') de 199 pessoas."

"A polícia investigou a morte (não 'as mortes') de Manfred e Marísia."

"A posição (não 'as posições' dos corpos indicavam) dos corpos indicava..."

"Investiga-se a identidade (não 'as identidades') dos facínoras."

"Lula recebeu a visita (não 'as visitas') e o apoio (não 'os apoios') desinteressados de Kércia e Calheiros."

"Duplo suicídio foi a causa da morte (não 'das mortes') de PC Farias e da namorada Susana."

"... são problemas que não causam perturbação (não 'perturbações') no espírito (não 'nos espíritos') das gerações seguintes."

"... Patrícia e José... garantiram a participação (não 'suas participações')..."

"Foram quase quatro anos de nossa vida (não de 'nossas vidas')."

"O filme Casablanca teve a participação (não 'as participações') antológica de Humphrey Bogart e Ingrid Bergman".

"Dez milhões de pessoas já perderam o emprego (não 'os empregos') por causa da política econômica do governo."
"Com a saída (não 'as saídas') de José Dirceu e Luiz Gushiken do governo..."

"A direção da empresa colocou uma pessoa no lugar (não 'nos lugares') das três despedidas."

"O povo espera a volta (não 'as voltas') de Collor e de sua senhora para carregá-los nos ombros."

Latinidades

Em latim é que o nome da coisa possuída costuma ir para o plural quando há mais de um possuidor. Isso ocorre principalmente quando a coisa possuída representa dom, qualidade, tem certo caráter espiritual ou é parte singular do corpo ou do ser: nariz, cabeça, testa, pescoço, fígado, coração, mente, alma, espírito etc.
"Entreguemos as almas a Deus", se escreveria em latim.

Em português:

"Entreguemos a alma a Deus." (Mesmo sendo várias as pobres almas; se forem do Congresso, desconfia-se de que dificilmente haverá salvação.)
Exemplo em latim, referente às palavras da missa que precedem a elevação para inspirar sentimentos excelsos:

"Sursum corda habemus."
Tradução literal: "Elevemos os corações para o alto."
Sursum = para o alto, ao alto.
Corda = os corações.
Habemus = temos, no sentido de elevemos.

Embora possa haver controvérsias, em boa tradução, elimina-se o plural:
"Elevemos o coração para o alto."

Nariz japonês

O inglês, no entanto, como o latim, tem a peculiaridade de que dois ou mais possuidores levam a coisa possuída para o plural. E é provavelmente do inglês que chega a influência ao português:

"The Japanese's noses are small."

Literalmente:

Os narizes dos japoneses são pequenos."
Em português inatacável, à prova de examinadores rigorosos:
"O nariz dos japoneses é pequeno." Sim, o nariz.

Convém repetir: em português, o plural latino/anglicista não prosperou. Cá entre nós, a coisa, propriedade (alma, nariz, coração, seja o que for) dos exemplos alienígenas que se refere a mais de um sujeito (nós, japoneses, etc.), fica no singular abrangente e suficiente.

Um exemplo de interesse mais nacional e carnavalesco, como descreveu corretamente o narrador de carnavais mulatosos, com todo respeito: "Elas passaram baloiçando a bunda".

http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?

Thomas Stearns Eliot


Saint-Louis, Missouri, 1888 - Londres, 1965

Poeta, dramaturgo e crítico inglês, mais conhecido por T. S. Eliot. Estuda Filosofia em Harvard e Paris e línguas orientais em Harvard. É professor nesta universidade e no Highgate College de Londres até começar a trabalhar no Lloyd Bank de Londres. Norte-americano de nascimento e de formação, vive desde os vinte e cinco anos em Inglaterra e adopta a nacionalidade britânica. Homem de sólida cultura, dedica a sua vida à literatura e ao ensino universitário.
A trajectória poética de Eliot caracteriza-se por uma constante interrogação pelo destino humano e sobre o absoluto, acompanhada sempre da reflexão teórica. A sua primeira grande obra é The Waste Land, em que há um extraordinário jogo de imagens, de paralelismos e de correspondências. The Waste Land trata os temas da metamorfose, da ambiguidade do signo e da procura, a partir do mito do Graal e da mitologia pagã. Neste poema, como assinala o próprio Eliot, excelente crítico literário, distinguem-se três vozes: a do poeta que fala para si, a do poeta que fala a um auditório e a do poeta que se esforça por criar um personagem dramático.
A evolução de Eliot desemboca na sua obra-prima, os Four Quartets. Nesta obra lírica, procurando a conciliação entre a intemporalidade e a decadência do presente, Eliot estabelece uma ponte entre as duas vivências.
A obra dramática de Eliot é um prolongamento da sua obra poética. As peças mais notáveis são Assassínio na Catedral, The Family Reunion, The Confidencial Clerk, The Cocktail Party.
(...)
"Envelheci . . . envelheci . . .
Andarei com os fundilhos das calças amarrotados.

Repartirei ao meio meus cabelos? Ousarei comer um
pêssego?
Vestirei brancas calças de flanela, e pelas praias andarei.
Ouvi cantar as sereias, umas para as outras.

Não creio que um dia elas cantem para mim.

Vi-as cavalgando rumo ao largo,
A pentear as brancas crinas das ondas que refluem
Quando o vento um claro-escuro abre nas águas.

Tardamos nas câmaras do mar
Junto às ondinas com sua grinalda de algas rubras e castanhas
Até sermos acordados por vozes humanas. E nos afogarmos.

(tradução: Ivan Junqueira)

Eu amo tudo o que foi (FERNANDO PESSOA)

EU AMO TUDO o que foi,
Tudo o que já não é,
A dor que já me não dói,
A antiga e errônea fé,
O ontem que dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.
**
*

.

Claúdio Marzo


Cláudio Marzo nasceu na cidade de São Paulo. Capital do estado do mesmo nome, em 26 de setembro de 1940, em plena 2ª Guerra Mundial. Sua família era de classe média, mas, por causa da guerra, às vezes faltava açúcar e até café. Seu pai era metalúrgico e a mãe dona de casa. Ainda estava no ginásio, quando se interessou por teatro e começou a trabalhar. Conseguiu pequeninos papéis, no começo apenas como figurante, na Organização Victor Costa, que mais tarde se transformou em TV Globo. Ali faziam o “Tele-drama Três Leões”, onde eram encenadas peças inteiras, embora o estúdio fosse muito exíguo. Já era um rapaz, mas ainda bem jovem, quando a seguir foi pra a TV Tupi de São Paulo, e começou a ganhar papéis bem melhores. Por sua bonita figura, chegou mesmo a ter um crescimento bem rápido na carreira. Procurou estudar por conta própria, fez estudos particulares de francês, por exemplo, pois estava decidido a crescer. Foi para o Teatro Oficina, onde estudou o método Stanislawsky, com Eugenio Kusnet. Recebeu então uma proposta da TV Globo, recém-inaugurada no Rio de Janeiro. Cláudio Marzo considera que aí é que começou realmente sua carreira. Fez as novelas: “Eu compro essa mulher”; “Sheik de Agadir”; “Carinhoso”, com Regina Duarte. Fez então várias novelas com essa atriz, que nessa época se transformou na “Namoradinha do Brasil”. Era também ligado ao teatro e fez: “Dois perdidos numa noite suja”, de Plínio Marcos, tendo viajado por todo o Brasil. Participou na novela “Irmãos Coragem”, de Janete Clair, grande sucesso; e inúmeras outras. Acabou por se afastar temporariamente da TV Globo, tendo ido para a TV Manchete, onde fez a novela: “Pantanal”. Nessa novela fez três papéis, e isso o enche de orgulho, pois nem os próprios diretores acreditavam que ele pudesse fazer, por exemplo, o “Velho do rio”, depois de ter feito o “Zé Leôncio” e o filho dele. Nesse tempo aproveitou bastante a magia do Pantanal, pois sempre foi ligado à natureza. Fez também muitas outras peças de teatro, mas gosta de salientar: “O tiro que mudou a história”, que é a fase da vida do presidente do Brasil, Getulio Vargas, quando ele morre. Essa peça foi encenada no Palácio do Catete, mesmo lugar dos acontecimentos, e o público assistia, a poucos passos dos personagens, uma coisa muito importante. Em cinema também fez sucesso e ganhou prêmios. Entre outros fez: “O homem nu”, que foi grande sucesso de público e bilheteria, filme de seu amigo Hugo Carvana. Voltou novamente à Globo, onde fez, entre outras coisas: “A Indomada”, ao lado de Eva Wilma. Cláudio Marzo foi casado com três mulheres, às quais deu um filho a cada uma. Agora está casado, há 14 anos com Elinéia. Comprou há 27 anos um sitio em Nova Friburgo, estado do Rio, e é lá que passa o melhor tempo de sua vida. Ele se define como um ser humano contemplativo, sonhador, um homem que busca o equilíbrio, a harmonia e o amor.

net.saber

Gal Costa Por Eduardo Logullo


Quando GAL COSTA nasceu, no dia 26 de setembro de 1945, o mundo festejava o começo de um período histórico repleto de perspectivas otimistas, mudanças de comportamento, alterações culturais e avanços políticos. A Segunda Guerra Mundial, que embaralhou por seis anos os podres poderes das grandes potências, deixando um saldo de milhões de mortos, havia acabado 24 dias antes com a rendição oficial do Japão.

Esse dado foi tão determinante que, no Brasil, multidões foram às ruas saudar os soldados brasileiros que retornavam das batalhas travadas na Itália. A população aproveitou a euforia para reivindicar mudanças na política ditatorial de Getúlio Vargas, atrelado ao poder desde 1939. Eleições diretas são convocadas, mas o Exército, por temer a reeleição de Getúlio, promove um golpe "preventivo": Vargas renuncia em 29 de outubro. Eurico Gaspar Dutra é eleito o novo presidente e, entre os seus primeiros atos oficiais, estava o encerramento definitivo dos cassinos no Brasil.

Na França, as mulheres finalmente adquiriam o direito ao voto, até então exclusividade masculina. Carmen Miranda, residente nos Estados Unidos desde o final da década de 30, chega ao posto de terceiro artista mais bem pago do show business norte-americano. E, por ainda não existir televisão, o cinema e o rádio eram veículos extremamente poderosos e populares. Em 1945, Joan Crawford ganha o Oscar de melhor atriz pelo filme Mildred Pierce, e o trompetista Oscar Peterson faz a sua primeira gravação. O trio vocal Andrews Sisters conquista os hit parades com Rum and Coca-Cola, hoje um clássico do pós-guerra.

No Brasil, a revista de maior circulação era a extinta O Cruzeiro, fundada por Assis Chateaubriand. As rádios apontavam sucessos como Bolinha de Papel (Geraldo Pereira), Izaura (Herivelto Martins e Roberto Roberti) e Eu Nasci no Morro (de Ary Barroso). As cantoras mais importantes eram as irmãs Linda e Dircinha Baptista. O malemolente Dorival Caymmi lançava duas canções, Dora e Doralice. Com sua voz de barítono, Nelson Gonçalves encantava o Brasil com a épica Maria Bethânia, composição que o destino levaria, no interior da Bahia, a fazer um menino chamado Caetano Veloso a batizar em junho de 1945 sua irmã caçula com o mesmo nome da canção escrita por Capiba.

Eduardo Logullo



Receita de Caruru


Receita do Caruru

Ingredientes (para 25 pessoas):
200 quiabos
1 kg de camarão seco
4 cebolas brancas grandes
1 maço de cebolinha verde
1 maço de coentro
6 tomates maduros
2 pimentões graúdos
8 dentes de alho
1 copo de castanha de caju assadas e moídas
1 copo de amendoim torrado e moído
1 copo de azeite de dendê
1 colher de café de gengibre ralado

Como fazer:

Lave bem os quiabos para que saia a baba, separe sete, inteiros, para oferecer aos ibejis. Corte o restante em cubos bem pequenos. Bata no liquidificador o camarão e todos os temperos, com meia xícara de vinagre. Misture este tempero bem batido com o quiabo em uma panela grande e ponha o azeite de dendê. Leve ao fogo, colocando um pouquinho de água. Deixe cozinhar por aproximadamente 40 a 50 minutos, mexendo sempre para não grudar no fundo da panela. Acerte o sal. Quando o quiabo estiver bem cozido, perde a baba e o caruru já está pronto.

O Pavão Pede Dons Aos Céus


Conta o fabulista grego Esopo, repetindo ensinamento de origem da Babilônia, que é repetido por Fedro em Roma, finalmente incluido por La Fontaine ( França ) em seu repertório... contam todos eles que um dia o Pavão se dirigiu aos deuses do Olimpo para pedir mais dons do que havia recebido.

"Oh! deuses imortais! Que injustiça fizestes comigo! Sou o artista do colorido, mas não tenho voz nem posso voar altaneiro nos céus! Dá-me algo assim como o trinado do rouxinol e a potência do voo da águia e serei o Rei dos palcos e dos céus!"

O Senhor do Ráio e do Trovão que distribui as benesses a todos, respondeu-lhe:

"Dei-lhe a plumagem mais enfeitada, como dei a canção do rouxinol e o voo potente da águia para cada um expressar sua individualidade e poder admirar as qualidades dos outros!"

Depois de muito irritar com sua insistência as potências celestes, ameaçando não exibir seu leque de penas, acabou merecendo um castigo:

"De agora em diante, abrirás teu leque para esconder teus pés que serão desde hoje os mais feios pés de ave que posso fazer!"

Por isso é que os pés do pavão destoam de seu conjunto e o pavão abre o leque de suas penas muitas vezes, escondendo os pés desarmoniosos. Os fabulistas tiram várias morais da fábula.

Todos, afinal dizem quase o mesmo, isto é, que todos nós somos diferentes, e é bom saber reconhecer as qualidades dos outros, sem inveja, e exibir as nossas, sem vaidade . Isso é o mínimo que se pode fazer para uma convivência sadia e harmoniosa com todos.
**************************************************

Esopo - Fabulista grego do século VI d C.que teria vivido na Antiguidade, ao qual se atribui a paternidade da fábula como gênero literário.As Fábulas de Esopo serviram como base para recriações de outros escritores ao longo dos séculos, como Fedro e La Fontaine.

Fedro (em latim Phaedrus, 30/15 a.C. – 44/50 d.C ) foi um fabulista romano nascido na Macedônia, Grécia. Coube a Fedro, quando iniciou-se na literatura, enriquecer estilisticamente muitas fábulas de Esopo, todas não escritas, mas transmitidas oralmente, isto é, serviam de aprendizagem, fixação e memorização dos valores morais do grupo social.

La Fontaine - Sua grande obra, “Fábulas”, escrita em três partes, no período de 1668 a 1694, seguiu o estilo do autor grego Esopo, o qual falava da vaidade, estupidez e agressividade humanas através de animais.
La Fontaine é considerado o pai da fábula moderna.
Fontes:
-http://pt.shvoong.com/books/childrens-literature/1832260-pav%C3%A3o-pede-dons-aos-c%C3%A9us
- Wikipedia
-Imagem - Google Imagem




A festa de São Cosme e Damião



São Cosme e São Damião, os santos gémeos, morreram em cerca de 300 d.C. Sua festa é celebrada em 27 de setembro. Somente a igreja Católica comemora no dia 26 de setembro pois, segundo o calendário católico, o dia 27 de setembro é o dia de São Vicente de Paulo.

Há relatos que atestam serem originários da Arábia, de uma família nobre de pais cristãos, no século III. Seus nomes verdadeiros eram Acta e Passio.

Estudaram medicina na Síria e depois foram praticá-la em Egéia. Diziam "Nós curamos as doenças em nome de Jesus Cristo e pelo seu poder".

Exerciam a medicina na Síria, em Egéia e na Ásia Menor, sem receber qualquer pagamento. Por isso, eram chamados de anargiros, ou seja, inimigos do dinheiro.

Cosme e Damião foram martirizados na Síria, porém é desconhecida a forma exata como morreram. Perseguidos por Diocleciano, foram trucidados e muitos fiéis transportaram seus corpos para Roma.

Foram sepultados no maior templo dedicado a eles, feito pelo Papa Félix IV (526-30), na Basílica no Fórum de Roma com as iniciais SS - Cosme e Damião.

Há várias versões para suas mortes, mas nenhuma comprovada por documentos históricos. Uma das fontes relata que eram dois irmãos, bons e caridosos, que realizavam milagres e por isso teriam sido amarrados e jogados em um despenhadeiro sob a acusação de feitiçaria e de serem inimigos dos deuses romanos.

Segundo outra versão, na primeira tentativa de matá-los, foram afogados, mas salvos por anjos. Na segunda, foram queimados, mas o fogo não lhes causou dano algum. Apedrejados na terceira vez, as pedras voltaram para trás, sem atingi-los. Por fim, morreram degolados.

Santos Cosme e Damião realizando um transplante de perna, afresco de Fra Angelico.Conta-se que eram sempre confiantes em Deus, que oravam e obtinham curas fantásticas. Também foram chamados de "santos pobres".

A partir do século V os milagres de cura atribuídos aos gêmeos fizeram com que passassem a ser considerados médicos. Mais tarde, foram escolhidos patronos dos cirurgiões.

Segundo a crença popular apareceram materializados depois de mortos, ajudando crianças que sofriam violências.
Alguns grupos concentram seus esforços para demonstrar que Cosme e Damião não existiram de fato, que eram apenas a versão cristã da lenda dos filhos gêmeos de Zeus, Castor e Pólux. Esta versão é combatida por aqueles que acreditam na real existência dos irmãos, embora a superstição que o povo tem muitas vezes faça supor que haja uma adaptação do costume pagão.

O dia de São Cosme e Damião é celebrado também pelo Candomblé, Batuque, Xangô do Nordeste, Xambá e pelos centros de Umbanda onde são associados aos ibejis, gêmeos amigos das crianças que teriam a capacidade de agilizar qualquer pedido que lhes fosse feito em troca de doces e guloseimas. O nome Cosme significa "o enfeitado" e Damião, "o popular".

Estas religiões os celebram no dia 27 de setembro, enfeitando seus templos com bandeirolas e alegres desenhos, tendo-se o costume, principalmente no Rio de Janeiro, de dar às crianças (que lotam as ruas em busca dos agrados) doces e brinquedos.

*Eu morei em duas cidades que festejam o dia dos santos gêmeos, no dia 27 de setembro : Salvador e Rio de Janeiro. Festas com iguarias , participei em casas de diversos amigos. Depois de meados de setembro, todo dia tem festa na casa de um devoto. Parece o Crato, no hábito das renovações do Coração de Jesus, no mês de junho e dezembro.
Particularmente adoro "Caruru, vatapá, abará, ximxim de galinha, e os doces dos tabuleiros da baiana.

"O preparo do caruru de São Cosme e São Damião

Os devotos de São Cosme e Damião costumam “dar Caruru de Cosminho” em suas casas durante o mês de setembro e principalmente no seu dia: 27 de setembro. A festa já começa durante os preparativos, e mexe com todo o comércio de feiras em Salvador, quando se tem uma procura maior dos ingredientes para a grande festa e quando a família se reúne para cortar os quiabos em forma de cruz e depois em extreitas rodelas, preparar os temperos, torrar e triturar o amendoim e a castanha, temperar a galinha e fazer os seus pedidos também. A quantidade dos quiabos do Caruru, geralmente chegam aos milhares, a depender da promessa, devem ser cortados por quem está oferecendo, mas vale a ajudas de participantes voluntários que também fazem a sua reza e pedidos aos santos gêmeos.
Abará, acarajé, pipoca e cana cortada em tiras fazem parte do típíco prato do Caruru de Cosminho .
Nas proximidades do dia 27 de setembro, é comum encontrar, pelas ruas da Bahia, crianças, adultos , a espera de um prato de caruru, aliás, na Bahia, não se diz São Cosme e São Damião e sim São Cosme e Damião), para o caruru dos santos. A dupla imagem de madeira ou uma simples gravura emoldurada é exposta numa caixa enfeitada em papel de seda colorido, envolta em fitas e cheia de flores, rosas ou flores de laranjeira, muitas vezes. Não se pode comemorar santos tão populares nos lares baianos sem que se peça esmola para a missa.
Uma mesa farta e muitos doces fazem a festa no dia 27 de setembro .
Vale tudo para se fartar de uma prato de caruru: pode-se ir às ruas, sem a menor cerimônia, e esperar que pessoas simplesmente ofereçam as quentinhas do farto prato ou pode-se ir até a casa de familiares e amigos durante o período do mês de setembro para prestigiar os santos e saborear as iguarias afro-baianas.
Ovo cozinho cortado em rodelas, inhame, batata doce e abóbora .
Grande também é o número de lares baianos que festejam o grande dia dedicado aos dois mártires da Igreja. Tão populares como São João, como Santo Antônio, os dois santos têm a sua festa comemorada sobretudo com um grande almoço, o caruru dos santos.
No candomblé Cosme e Damião são filhos gêmeos de Xangô e Iansã. Os santos gêmeos possuem muitos simpatizantes e devotos, estes que todo ano fazem caruru para eles, chamado também de “Caruru dos Santos” e “Caruru dos sete meninos” que representam os sete irmãos (Cosme, Damião, Dou, Alabá, Crispim, Crispiniano e Talabi) cita em seu livro “Cosme e Damião, O culto dos santos gêmeos no Brasil e na África” por Vivaldo da Costa Lima.

Em casa em que haja gêmeos: ou que os santos tenham evitado partos gêmeos. Ou que promovam a festa como tradição de família. Nenhum dia melhor para se saborear um grande almoço da cozinha baiana do que o 27 de setembro.

Em casa onde existam Cosme e Damião, não entra epidemia, porque eles foram sempre considerados advogados contra “feitiços, bruxarias, mau olhado e espinhela caída”. Isso quanto às origens européias da devoção. No que se refere ao ramo africano, sabe-se que foram os nagôs que nos trouxeram os seus gêmos, Ibeji, transformados numa das maiores tradições vivas das populações baianas, especialmente. Nas casas de famílias católicas, suas imagens são comumente encontradas, em oratórios, pequenos altares ou simples prateleiras reservadas. No seu dia, estes pequenos altares tem desde de simples velas acesas, a oferendas como mel, caruru, balas e farofas de azeite. É comum també, distribuir pequenos saquinhos recheados de doces, balas e brinquedos as crianças nas ruas, comunidades onde se habita.
Tem que ter muitos doces na festa de São Cosme e São Damião .
Desde a véspera, a movimentação todas é em torno da finalização do preparo da comida de preceito: caruru, vatapá, muito camarão seco, leite de coco, azeite, milho branco, feijão preto, feijão fradinho, ximxim de galinha, arroz branco, farofa de mel, banana da terra frita, amendoim assado,coco seco cortado em tirinhas,inhame, abóbora, batata doce, pipoca, rapadura, cana cortada,acarajé, abará e ovo em rodelas.
De origem Africana, a comida baiana se revela na festa de São Cosme e São Damião .
Os primeiros a serem servidos são os donos da festa: São Cosme e São Damião. As oferendas são precisamente colocadas no altar decorado para a ocasião Procedida a cerimônia, chamam-se os sete meninos, especialmente convidados para iniciar a comilança. A tradição manda que se prepare uma roda de sete meninos. Geralmente é colocada uma toalha de mesa no chão e as crianças se sentam ao redor. Eles geralmente sentam-se no chão e comem em pequenos pratinhos de barro, ou em um único grande prato como uma bacia. Não usam talheres, usam as mãos. Mas algumas mudanças já ocorrem em torno da tradição do Caruru de cosminho como misturar meninos e meninas, comer com talheres; ao final eles levantam-se e juntos cantam a musica de Cosminho juntos com os outros convidados da festa.

“São Cosme mandou fazer
A sua camisa azul
No dia da festa dele
São Cosme quer Caruru
Vadeia Cosme, vadeia!
Vadeia Cosme, vadeia!”

“Cosme e Damião
Vêm comer teu Caruru
Que é de todo ano
Fazer Caruru pra tu

Vem cá, vem cá, Dois-dois
Vem cá, vem cá, Dois-dois

Comer um "pratinho" de caruru já faz parte da cultura baiana. D. Antônia, devota de Santo Antõnio, já perdeu as contas de quantos carurús já fez em companhia da família.

E já os garotos estão comendo, no seu lambuzado e na sua alegria, e os adultos, em redor, cantam deliciosas toadas. Se acabam, levantam a tigela e cantam:

Vamos levantar
O Cruzeiro de Jesus
No céu, no céu, no céu
A Santa Cruz

Antes, outras canções são entoadas, com grande entusiasmo dos presentes, meninos ou adultos:

São Cosme me mandou fazer
Uma camisinha azul
Quando chega o dia dele
São Cosme quer caruru

E mais:

São Cosme e São Damião
Cheira cravo, cheira rosa
Cheira flor de laranjeira
Vadeia Cosme, vadeia
Vadeia Cosme na areia

O jornalista e poeta Cláudio Tuiuti Tavares recolheu, em excelente estudo sobre Ibeji, variantes destas cantigas e numerosas outras como:

Cadê sua camisa
Dois-dois!
Dois jogando bola
Com ela
Dois jogando bola
Quem não tem pena
Mamãe
Quem não tem dó
De ver Dois-dois
Na roda
Brincando só
Cosme e Damião
Ogum e Alabá
Vamos catar conchinha
Na beira do mar

Os apreciadores da festa e do farto prato típico têm lugar certo para comê-lo gratuitamente do seu grande dia de festejo: Caruru dos Sete Poetas, Mercado das Sete Portas, Instituto de Artesanato Mauá, Mercado de Santa Bárbara, Mercado Modelo.
Padroeiro dos farmacêuticos, médicos, babeiros e cabeleireiros, São Cosme e Damião protege as crianças , os orfanatos, creches,as doceiras filhos em casa, além de proteger com doençcas como hérnia e a peste.Os emblemas dos santos são caixa com ungüentos, frasco de remédios, folha de palmeira.

Por que sete meninos são convidados de honra para o almoço de Cosme e Damião?
Havia sete irmãos: Cosme, Damião, Doú, Alabá, Crispim, Crispiniano e Talabi, todos mabaças, e é por isso que se torna necessário dar o caruru em honra de sete meninos, especialmente convidados.
Mas, se os festejos são profanos, como os famosos carurus, se das igrejas católicas saem procissões dos dois mártires, como a da Lapa à Soledade, nos terreiros dos candomblés se realizam durante todo o dia cerimônias e as mesmas comidas também são esmeradas para que Ibeji sinta, para sua maior glória, a fé dos seus devotos.

Um mês depois, no dia 25 de outubro, as cerimônias se repetem, embora com menos intensidade: comemora-se a festa de São Crispim e Crispiniano, também mabaças e confundidos na crendice popular com Cosme e Damião, cujas imagenzinhas com sua palma, sua pena e seu livro, estão em quase todos os lares da Bahia, de negros ou de brancos, de pobres ou de ricos, que tenham coração para crer, com sua fé inabalável, nos grandes protetores da saúde da espécie humana. "

(TAVARES, Odorico. Bahia; imagens da terra e do povo)

Fontes: www.dihitt.com.br/noticia/o-caruru-de-cosme-e-damiao

Comunicado Vila das Artes

SELEÇÃO PÚBLICA
Inscrição para Curso de Realização em Audiovisual da Vila das Artes vai até domingo, 27 de setembro. Somente pelo site www.ccv.ufc.br
Interessados em mergulhar durante dois anos nos estudos práticos e teóricos do II Curso de Realização em Audiovisual da Vila das Artes devem fazer a inscrição pelo site www.ccv.ufc.br, até o próximo domingo, dia 27 de setembro. O curso tem por objetivo fomentar um espaço para o surgimento de novas gerações de realizadores capazes de desenvolver parâmetros artísticos e organizacionais próprios para realizar projetos autorais que tenham como suporte os meios audiovisuais. São oferecidas 40 vagas, das quais 50% são destinadas para alunos que tenham cursado todo o ensino médio em escolas da rede pública. O edital e a grade do curso estão disponíveis no site www.fortaleza.ce.gov.br. O curso tem duração de 2 anos (1.700h/a), é gratuito e terá início em 2010 no período da manhã (8h às 12h). È preciso pagar uma taxa de R$ 20,00 para efetuar a inscrição. Outras informações pelo telefone (85) 3105-1404 ou 3252-1444.

DANÇA
Dança: investigação de movimento e produção de sentido, com Rita Aquino. Inscrições abertas pelo email escoladedancadefortaleza@gmail.com
O que te move? A partir deste questionamento, a professora de dança Rita Aquino propõe uma abordagem de corpo que fomenta a construção de padrões motores pessoais e investe nos possíveis sentidos cênicos. A oficina Dança: Investigação de Movimento e Produção de Sentido recebe inscrição até dia 29 de setembro pelo email escoladedancadefortaleza@gmail.com. As aulas são gratuitas e acontecem de 5 a 11 de outubro, de segunda a sexta das 14h às 18h e sábado e domingo das 9h às 12h. Podem participar profissionais de dança e estudantes de arte. Rita Aquino é criadora, pesquisadora e professora de dança. Mestra pelo Programa de Pós-Graduação em Dança da UFBA (2008), Especialista em Estudos Contemporâneos em Dança pela UFBA (2006) e Licenciada em Dança pela Faculdade Angel Vianna (2005), Rio de Janeiro.

REVISTA FAROL
A quarta edição da revista Farol, publicada pela Secultfor, é lançada no Passeio Público, nesta sexta, dia 25, a partir de 17h30, tendo como bandeira a defesa da gentileza.
As pessoas e os gestos espontâneos que contribuem para retirar peso e dar mais leveza à vida na cidade saltam das páginas da quarta edição da revista Farol, publicação da Prefeitura Municipal de Fortaleza editada através da Secretaria de Cultura de Fortaleza. Lançando foco sobre um valor fundamental para a convivência humana, a matéria de capa deflagra o dispositivo da gentileza como condição sine qua non para (re) estabelecer a posse da vitalidade individual e coletiva, produzindo territórios existenciais alternativos àqueles mediados pelo capital. No próximo dia 25, sexta-feira, a partir de 17h30, o Passeio Público acolhe o lançamento da revista e coloca em pauta trocas simbólicas afins. Distribuída gratuitamente entre grupos sociais organizados, associações de moradores, meios de comunicação (massivos e alternativos), eventos públicos, centros culturais, ONGs, universidades, escolas públicas municipais, secretarias municipais e órgãos governamentais diversos, Farol também pretende se inserir no âmbito dos programas sociais desenvolvidos pela Prefeitura de Fortaleza, contribuindo com a construção de políticas públicas mais afinadas com a vida nas comunidades.

CULTURA
Seminário preparatório da III Conferência Municipal de Cultura de Fortaleza, marcado para segunda-feira, dia 28, na Casa Amarela discute produção simbólica, diversidade cultural, cidade e cidadania.
Com o tema “Cultura, Diversidade, Cidadania e Desenvolvimento”, a III Conferência Municipal de Cultura prevê um ciclo de seminários preparatórios que contemplam os eixos e subeixos temáticos propostos para a Plenária Municipal. A Conferência é espaço de consulta pública onde a sociedade civil e os representantes governamentais debatem princípios e diretrizes a fim de orientar a política e a gestão municipal da Cultura. A proposta central é estabelecer, de forma participativa e democrática, um novo modelo de gestão que, após as reformulações institucionais necessárias, resulte na elaboração coletiva do Plano Municipal de Cultura e do Sistema Municipal de Fomento à Cultura, entre outros marcos legais. No próximo dia 28 de setembro, segunda-feira, o debate gira em torno da Produção Simbólica e Diversidade Cultural e Cultura, Cidade e Cidadania, a partir das 14h, na Casa Amarela Eusélio Oliveira (av. da Universidade, 2591 – Benfica). Aberto ao público. Programação: 14h - Produção Simbólica e Diversidade Cultural (Produção de Arte e Bens Simbólicos, Convenção da Diversidade e Diálogos Interculturais, Cultura, Educação e Criatividade e Cultura, Comunicação e Democracia).16h30 Cultura, Cidade e Cidadania (Cidade como Fenômeno Cultural, Memória e Transformação Social, Acesso, Acessibilidade e Direitos Culturais)

OCUPAÇÃO
Apresentação dia 1º, quinta, do Sambarroxé em Estudo na sala de dança da Vila das Artes. Às 18h30. Aberto ao público.
A Vila das Artes será palco no dia 1º de outubro para a apresentação do artista -dançarino e crítico de dança Joubert Arrais. Sambarroxé em Estudo é resultado da ocupação da sala de dança, proposta da Escola Pública de Dança da Vila das Artes para democratizar o acesso e ampliar os espaços para os profissionais de dança do Ceará. A apresentação, batizada de "conferenciarecital", esta relacionada com a demonstração artística, de caráter experimental, que o artista realizou em maio, em Aveiro, Portugal, durante o Performa 09 - Encontros de Investigação em Performance (com apoio para viagem do Ministério da Cultura, via edital de Difusão e Intercâmbio Cultural). Joubert explica que o solo de dança é um estudo teórico-prático, com viés performático, que une três manifestações culturais brasileiras de massa – o samba, o arrocha e o axé. A ocupação, realizada em agosto e na primeira semana de setembro recebeu apoio dos artistas cearenses Fauller e Wilemara Barros, da Cia. Dita, Andréa Salles e Daniel Pizamiglio.

CINECLUBE
Subvercine exibe “Um Homem Chamado Apocalipse” no cineclube de segunda –feira. Sempre às 18h30.

Toda última segunda-feira do mês o coletivo Subvercine exibe filmes do gênero western italiano em tributo ao ator brasileiro Anthony Steffen, na mostra Poeira Bala e Espagueti. No próximo dia 28, será exibido o filme “Um Homem Chamado Apocalipse”, de Leopoldo Savona. O western conta a história de Joe que recebe de seu tio uma mina de ouro como herança, mas quando chega a cidade para tomar posse, descobre que ela foi invadida por um criminoso local. Joe não pensa duas vezes para lutar pela sua herança e também pela paz da cidade. A sessão começa às 18h30 com entrada gratuita.

NOUVELLE VAGUE
Mostra Varda vai até hoje na Casa Amarela com a presença da cineasta Agnès Varda. Aberto ao Público.
A cineasta franco-belga Agnès Varda, uma das representantes da Nouvelle Vague, movimento artístico do cinema francês que teve início nos anos 60, está em Fortaleza até esta sexta-feira, dia 25. Desde segunda-feira Varda reune-se com grupos de realizadores e estudantes da cidade e lançou o seu último filme As Praias de Agnès. A cineasta também esteve na Vila das Artes. Nesta sexta, às 19h, participa do último dia da Mostra na Casa Amarela Eusélio Oliveira (Avenida da Universidade, 2591, Benfica). A entrada é gratuita

ENCONTRO DAS ARTES
Equipamento da Prefeitura Municipal de Fortaleza, vinculado à Secretaria de Cultura de Fortaleza (Secultfor), a Vila das Artes é espaço voltado para a formação, pesquisa, produção e difusão em arte. Situado no centro de Fortaleza, reúne em seu espaço as Escolas Públicas de Dança e Audiovisual, o Núcleo de Produção Digital, Biblioteca e Videoteca. Tem como parceiros a Universidade Federal do Ceará, a Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura, FCPC, e a Rede Olhar Brasil. Apoio da Kodak, Quanta e Prodança. Apoio cultural do Governo do Estado do Ceará, através da Secretaria Estadual da Cultura (Lei nº 13.811) e patrocínio do Banco do Nordeste, Fundo Nacional de Cultura e Lei de Incentivo a Cultural do Ministério da Cultura e Governo Federal. Todas as atividades são gratuitas.

Vila das Artes - Rua 24 de Maio, 1221, Centro. Fortaleza. Ceará. Brasil
Telefone (55+85) 3252-1444 comunicacaoviladasartes@gmail.com, viladasartesfortaleza@gmail.com
Escola Pública de Dança - (85) 3105-1402
escoladedancadefortaleza@gmail.com
Escola Pública de Audiovisual - (85) 3105-1404
escoladeaudiovisualdefortaleza@gmail.com

Paul Newman



Paul Leonard Newman (Shaker Heights, 26 de janeiro de 1925 — Westport, 26 de setembro de 2008) foi um ator e diretor cinematográfico estado-unidense.

Filho de um bem sucedido comerciante de artigos esportivos, Newman começou a carreira em peças do colégio e, após obter a dispensa da marinha americana em 1946, foi estudar no Kenyon College. Após a formatura, ele passou um ano na Yale Drama School indo depois para Nova Iorque, onde entrou para a renomada escola de formação de atores Actors Studio, dirigida por Lee Strasberg.
Depois de sua primeira aparição na Broadway em Picnic (1953), foi-lhe oferecido um contrato pela Warner Bros.. Seu primeiro filme, Cálice Sagrado (1954) foi quase o seu último: considerou sua performance muito ruim e publicou um anúncio de página inteira num jornal pedindo desculpas a quem tivesse visto o filme.

Saiu-se muito melhor na sua segunda tentativa, em Marcado pela Sarjeta (1956), (no Brasil, onde deu vida ao boxeador Rocky Graziano e foi aclamado pela crítica por sua grande atuação.

Com Gata em Teto de Zinco Quente e O Mercador de Almas (cuja atuação lhe valeu o prêmio de melhor ator no Festival de Cannes[1]) estabelecendo-o como novo astro de Hollywood no fim dos anos 50, Paul tornou-se um líder de bilheterias da década seguinte estrelando filmes como Desafio à Corrupção (1961), Criminosos Não Merecem Prêmio (1963), O Indomado (1963), Rebeldia Indomável (1967) e Hombre (1967), fechando os anos 1960 com o mega sucesso de crítica e bilheteria mundial Butch Cassidy / Dois Homens e um Destino (1969), ao lado de Robert Redford.

A dupla trabalharia junta quatro anos depois em Golpe de Mestre / A Golpada de George Roy Hill, outro grande sucesso de Newman e vencedor do Oscar de melhor filme de 1973.

Também produziu e dirigiu muitos filmes de qualidade, incluindo Rachel, Rachel (1968) onde dirigiu sua esposa, Joanne Woodward e ganhou o Globo de Ouro de melhor diretor. Indicado dez vezes pela Academia como melhor ator, finalmente venceu por sua atuação em A Cor do Dinheiro (1986). Por curiosidade, no ano anterior havia recebido um Oscar especial pelo conjunto da carreira.

Outros filmes importantes de Paul Newman são: Gata em Teto de Zinco Quente (1958), O Mercador de Almas (1958), Exodus (1960), Doce Pássaro da Juventude , onde refez no cinema o mesmo papel que já havia feito na Broadway (1962), Cortina Rasgada (1966), Torre do Inferno / Inferno na Torre (1974), Ausência de Malícia (1981) e O Veredicto (1982).

Fazendo menos filmes nos anos 1990, e se dedicando mais à sua fábrica de molhos e condimentos, Newman's Own (com a qual ganhou mais dinheiro que no cinema, porém dedicou quase todo o lucro à caridade e à sua equipe de corridas), Paul reapareceu em grande estilo, já aos 77 anos, em Estrada para Perdição (2002), trabalhando com Tom Hanks e o futuro James Bond, Daniel Craig, e foi novamente indicado ao Oscar, desta vez como ator coadjuvante. Em 1995, ganhou o Urso de Prata no Festival de Berlim como melhor ator no filme O Indomável - Assim é Minha Vida


Wikipédia


Baden Powell - Um violão brasileiro inesquecível !


Baden Powell de Aquino (Varre-Sai, 6 de agosto de 1937 - Rio de Janeiro, 26 de setembro de 2000) foi um violonista brasileiro, considerado um dos maiores violonista de todos os tempos.

Filho de Dona Adelina e do violinista Lino de Aquino, que deu-lhe esse nome por ser fã do criador do Escotismo, general britânico Robert Stephenson Smyth Baden-Powell. Baden Powell tinha uma maneira única de tocar violão, incorporando elementos virtuosísticos da técnica clássica e suíngue e harmonia populares. Ele foi considerado por muitos um dos maiores violonistas de todos os tempos. Explorou de maneira radical os limites do instrumento, o que o transformou em uma rara estrela nacional da área com trânsito internacional.

Conheceu Vinicius de Moraes em 1962, formando uma parceria musical, criando músicas como o Samba da Bênção, Samba em Prelúdio, Deixa e Canto de Ossanha.

Teve músicas gravadas por Beth Carvalho (Samba do Perdão, parceria com Paulo César Pinheiro), Elis Regina (Samba do Perdão, Quaquaraquaquá, Aviso aos Navegantes), todas em parceria com Paulo César Pinheiro; Cai Dentro), Elizeth Cardoso (Valsa do amor que não vem, com Vinícius de Moraes).


1937, 6 de agosto - Nascimento em Varre-Sai, à época distrito do município de Natividade, RJ.
1937 - Muda-se, com a família, para a cidade do Rio de Janeiro, morando no bairro de São Cristóvão.
1962 - Conhece Vinícius de Moraes.
1962 - Primeira viagem à Europa, quando se torna o mais prestigioso artista brasileiro. Apresentações e gravações em vários países.
1969 - Vence a I Bienal do Samba, com a música Lapinha, composta junto com Paulo César Pinheiro.
1994 - Lança, no Brasil, o disco Baden Powell de Rio a Paris.
1994, julho - Apresenta-se na Sala Cecília Meireles, a cidade do Rio de Janeiro, ao lado dos filhos Louis Marcel Powell, violonista, e Phillipe Baden Powell, pianista e tecladista. Esse concerto foi gravado em CD, com o título Baden Powell e Filhos.
2000, 26 de setembro - Falecimento na cidade do Rio de Janeiro.



Wikopédia




*Eu tive a oportunidade conhecer e cumprimentar o Baden , num show intimista , na cidade de Friburgo-Rj, nos idos de 1994. Fiquei tão impressionada em vê-lo e ouvi-lo, ao vivo, e de tão perto !
Pensando nisso , concordo com o meu amigo Pachelly : existem shows imperdíveis , e mesmo que a vida nos permita outras oportunidades, todo momento de um artísta é único e irrepetível !

socorro moreira


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Luís Fernando Veríssimo como entrevistado de Marcelo Paiva



A revista Bravo! publicou uma entrevista feita pelo escritor Marcelo Rubens Paiva com o também escritor Luis Fernando Veríssimo. Para ler a entrevista completa, acesse a matéria MRPaiva adiciona LF:

Marcelo: Vamos fingir que somos intelectuais, vamos falar coisas inteligentes. Você não se candidata de jeito nenhum a uma cadeira da Academia Brasileira de Letras?

Verissimo: Me perguntaram isso e eu respondi que nem tenho uma obra que mereça a honra de estar na academia, nem o físico para o fardão. Ainda mais que o (escritor gaúcho) Moacyr Scliar me disse que a gente não fica com a espada, é só para a fotografia. Mas a academia melhorou, depois que parou de aceitar generais e celebridades.

Marcelo: Voltando ao papo inteligente, por que a Jade, o Diego e a gauchinha Daiane dos Santos tremeram na Olimpíada? É verdade que, na hora H, o atleta brasileiro surta? Apesar do penta, temos complexo de inferioridade?

Verissimo: Pois é, dizem que nos falta uma política de incentivo aos esportes e também equilíbrio emocional aos nossos atletas. Mas eu tenho que confessar que simpatizo com o desequilíbrio emocional. Acho que deveria se dar medalha pelo melhor choro, o melhor beijo para os familiares, o perdedor mais patético etc. Fora a russa do salto com vara, que chorou como uma brasileira, os frios ganharam quase tudo.

Marcelo: É verdade que é a primeira vez no Messenger? E blog, você lê?

Verissimo: É. A Fernanda, minha filha, teve que me ensinar como funciona. Resistirei até o fim (o meu) contra o celular e estes mistérios da internet.

Marcelo: Você vê televisão?

Verissimo: Vejo mais TV a cabo. Estou sempre atrás de reprises do Seinfeld. Vejo Jornal Nacional e futebol.

Marcelo: Você ainda escreve as crônicas “em cima” do deadline?

Verissimo: É vício de jornalista. O pior é que a gente acaba fazendo os romances, também, quando o prazo está estourando. Eu sempre digo que a musa mais eficiente do escritor é o prazo de entrega.

"Um escritor que passasse a respeitar a intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel. Acabaria tratando-as com a deferência de um namorado ou com a tediosa formalidade de um marido. A palavra seria sua patroa! Com que cuidados, com que temores e obséquios ele consentiria em sair com elas em público, alvo da impiedosa atenção de lexicógrafos, etimologistas e colegas. Acabaria impotente, incapaz de uma conjunção. A Gramática precisa apanhar todos os dias para saber quem é que manda." (O Gigolô das palavras- Luís fernando veríssimo).

Luis Fernando Verissimo nasceu em 26 de setembro 1936, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Filho do grande escritor Érico Veríssimo, iniciou seus estudos no Instituto Porto Alegre, tendo passado por escolas nos Estados Unidos quando morou lá, em virtude de seu pai ter ido lecionar em uma universidade da Califórnia, por dois anos. Voltou a morar nos EUA quando tinha 16 anos, tendo cursado a Roosevelt High School de Washington, onde também estudou música, sendo até hoje inseparável de seu saxofone.

É casado com Lúcia e tem três filhos.

Jornalista, iniciou sua carreira no jornal Zero Hora, em Porto Alegre, em fins de 1966, onde começou como copydesk mas trabalhou em diversas seções ("editor de frescuras", redator, editor nacional e internacional). Além disso, sobreviveu um tempo como tradutor, no Rio de Janeiro. A partir de 1969, passou a escrever matéria assinada, quando substituiu a coluna do Jockyman, na Zero Hora. Em 1970 mudou-se para o jornal Folha da Manhã, mas voltou ao antigo emprego em 1975, e passou a ser publicado no Rio de Janeiro também. O sucesso de sua coluna garantiu o lançamento, naquele ano, do livro "A Grande Mulher Nua", uma coletânea de seus textos.

Participou também da televisão, criando quadros para o programa "Planeta dos Homens", na Rede Globo e, mais recentemente, fornecendo material para a série "Comédias da Vida Privada", baseada em livro homônimo.

Escritor prolífero, são de sua autoria, dentre outros, O Popular, A Grande Mulher Nua, Amor Brasileiro, publicados pela José Olympio Editora; As Cobras e Outros Bichos, Pega pra Kapput!, Ed Mort em "Procurando o Silva", Ed Mort em "Disneyworld Blues", Ed Mort em "Com a Mão no Milhão", Ed Mort em "A Conexão Nazista", Ed Mort em "O Seqüestro do Zagueiro Central", Ed Mort e Outras Histórias, O Jardim do Diabo, Pai não Entende Nada, Peças Íntimas, O Santinho, Zoeira , Sexo na Cabeça, O Gigolô das Palavras, O Analista de Bagé, A Mão Do Freud, Orgias, As Aventuras da Família Brasil, O Analista de Bagé,O Analista de Bagé em Quadrinhos, Outras do Analista de Bagé, A Velhinha de Taubaté, A Mulher do Silva, O Marido do Doutor Pompeu, publicados pela L&PM Editores, e A Mesa Voadora, pela Editora Globo e Traçando Paris, pela Artes e Ofícios.

Além disso, tem textos de ficção e crônicas publicadas nas revistas Playboy, Cláudia, Domingo (do Jornal do Brasil), Veja, e nos jornais Zero Hora, Folha de São Paulo, Jornal do Brasil e, a partir de junho de 2.000, no jornal O Globo.

Na opinião de Jaguar "Verissimo é uma fábrica de fazer humor. Muito e bom. Meu consolo — comparando meu artesanato de chistes e cartuns com sua fábrica — era que, enquanto eu rodo pelaí com minha grande capacidade ociosa pelos bares da vida, na busca insaciável do prazer (B.I.P.), o campeão do humor trabalha como um mouro (se é que os mouros trabalham). Pensava que, com aquela vasta produção, ele só podia levantar os olhos da máquina de escrever para pingar colírio, como dizia o Stanislaw Ponte Preta. Boemia, papos furados pela noite a dentro, curtir restaurantes malocados, lazer em suma, nem pensar. De manhã à noite, sempre com a placa "Homens Trabalhando" pendurada no pescoço."

Extremamente tímido, foi homenageado por uma escola de samba de sua terra natal no carnaval de 2.000.

© Projeto Releituras
Arnaldo Nogueira Júnior.

Jovens cratenses, no carnaval de 1974- Acervo fotográfico de Ricardo Saraiva


Há 35 anos atrás.

Quem sabe o nome desses meninos ?
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Fotos do Crato sob o olhar de Ricardo Saraiva







( restaurante popular)




( casa da cultura)
Ricardo Saraiva é neto de Júlio Saraiva, filho de Edilson Rocha e Telma Saraiva, e irmão de Edilma Rocha. Uma família de artistas definida pela Genética.
Hoje ele passou por aqui com textos muito interessantes. Faremos as postagens com as devidas ilustrações do seu acervo , que não é pequeno.
Fico impressionada e até confusa com a riqueza cultural do povo do Cariri. A responsabilidade de divulgá-la é um prazer sem tamanho.
Parabéns, Ricardo !

Gaveta da alma - Por Rosa Guerrera

Quem não acumula numa gaveta lá num cantinho da alma , vivências, recordações , fatos , despedidas, encontros e experiências !!! Quem não guarda nessa gaveta uma frase , um sorriso , um orgasmo ,o odor de um perfume , uma musica , um carinho , uma verdade ou até mesmo uma mentira ! É muito fácil se limpar uma gaveta quando ela se encontra num móvel , onde o seu conteúdo é palpável e de fácil acesso, representado por uma flor murcha , um disco , uma foto , um chaveirinho ou um poema escrito as pressas .Mas ... como é difícil limpar essa outra gaveta que guardamos dentro da alma ! A impressão que temos é que tudo que ali se encontra são cicatrizes impossíveis de serem desmarcadas. E como se o nosso próprio eu rejeitasse a idéia de destruí-las . Sempre que tomo a decisão de fazer uma limpeza na minha gaveta encontro como obstáculo a negativa do meu coração.que insiste em desfilar na minha mente tudo aquilo que guardei dentro dela! E o perfume julgado esquecido espalha o seu aroma no ar, o sorriso quase apagado aparece diante de meus olhos, frases que foram sussurradas aos meus ouvidos embalam mais uma vez as minhas lembranças , e até as mentiras vividas me parecem mais leves. Como jogar fora tantas coisas tão minhas? Como estraçalhar pedaços meus se eles fizeram parte do meu viver?
Melhor , bem melhor fechar de novo a gaveta e respeitar o que escrevi num pequeno papel preso a chave dela em letras garrafais hoje amarelecidas :” Para todo um sempre”.

Rosa Guerrera

Desafio!!!! Leia e participe


Observe a foto e aventure-se a entrar em seu domínio, em sua essência...


Socorro e eu (Claude) sempre temos em mente que a interatividade entre amigos que colaboram e/ou passeiam pelo nosso Cariricaturas é algo que certamente torna o contato e o convívio neste espaço muito mais prazeroso. Essa interatividade pode acontecer de várias formas. Usamos as trovas bem nos primeiros dias do Cariricaturas, mas agora veio-nos uma nova idéia para provocar e desafiar os demais.

Hoje o desafio é o seguinte: será postada uma foto e você, colaborador e/ou amigo é convidado a escrever nos comentários a sua impressão ou o sentimento que lhe causa esta foto.

Desta feita, o tema é subjetivo. Depois, traremos temas diversificados para que ninguém deixe de participar.

Acreditamos que seja esta uma forma de interagirmos como num bom papo, numa boa prosa.


Não deixe de participar. Sua presença é ouro.
(Uma simples frase, uma trovinha, um mini-texto estas são formas de colaborar)


Vamos lá ! "mão na massa"!
Estamos esperando! Ei, cadê você?
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Roquette Pinto - O criador do rádio no Brasil -Por : Norma Hauer

Foi aqui no Rio de Janeiro, que a 25 de setembro de 1884 nasceu Edgard Roquette Pinto, um que viria ser um dos mais importantes vultos de nossa terra.
Depois de um assisstir uma elementar transmissão de rádio no Rio de Janeiro, Através de Transmissores Colocados no alto do Corcovado, Roquette-Pinto se interessou pelo assunto e viu que o rádio seria o grande precursor da comunicação no Brasil.
Apesar do primeiro teste, o Presidente de então (Afonso Pena) não se interessou em levar o modelo adiante. Os Transmissores foram devolvidos aos Estados Unidos e tudo pararia aí não fora uma visão de futuro de Roquette Pinto.

Sozinho não poderia levar seu plano adiante. Batalhando, conseguiu o apoio da Academia Brasileira de Ciências e do engenheiro Henrique Morize e fundou a primeira emissora de rádio no Brasil, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, em 20 de abril de 1923.

No ano seguinte Inaugurou-se a 2 ª emissora, que recebeu o nome de Rádio Clube do Brasil. Ambas eram associados por Dirigidas e somente alguns privilegiados tinham acesso a receptores ainda bastante artesanais.

Surgiram quando foi rádios de galena, um material Proveniente de minério de
Chumbo, que os "camelôs" da época reproduziam escondidos das Autoridades. imbecis (Como sempre, o que hoje não é novidade).

Roquette Pinto tinha por lema o que era de rádio "para a cultura dos que Vivem em nossa terra, para o progresso do país" E com esse espírito mantinha sua emissora totalmente educativa.

No final dos anos 20 aqui no Rio já Existiam as emissoras Mayrink Veiga e Educadora
do Brasil, com todas sobrevivendo o Esforço de seus associados e proprietários,
porque não era permitida a vinculação de rádio sem comerciais.
Somente, após um decreto-lei do então "governo provisório" (?) De Getúlio, de n ° 21,111 de 1 ° de março de 1932 foi autorizada a publicidade no rádio.
Nessa mesma época, mais uma emissora entrou no ar: a Rádio Philips do Brasil, ligada à firma holandesa fabricante dos primeiros receptores de rádio que chegaram aqui, ó
Philips
Fundada um Philips Rádio, chegou Adhemar Casé outro Pioneiro. Sendo permitida a propaganda comercial, Ademar Casé, depois de Criar na Rádio Philips (PRC-6) um programa com seu nome, saiu à procura de possíveis patrocinadores, sem imaginar que, ainda Pioneiro, criaria o 1 º "jingle" em nosso rádio.
Anunciou uma padaria na Rua Voluntários da Pátria (Padaria Bragança). E quem menos fez esse jingle " 'nada? Que Antônio Nássara, CARICATURISTA e compositor, inciando sua carreira.

A partir dessa época, as rádios comerciais foram se Desenvolvendo tendão Patrocionadores para seus programas Fugindo ao estilo rádio-educativo (o sonho de Roquette Pinto).
Começaram um irradiar discos com os sucessos de então, como assim
Estavam contratar os artistas que também está iniciando suas carreiras, além daqueles que já se apresentavam em circos e teatros e viram no Rádio A possibilidade de um futuro promissor.

ROQUETTE, que já criara outra emissora (a PRD-5) Rádio Difusora da Prefeitura do Distrito Federal (atual Rádio Roquette Pinto) sentiu que estava na hora de se afastar e entregou a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro (PRA-2) ao então Ministério da Educação e Saúde, desde que mantivesse o sentido educativo.
Isso em 7 de setembro de 1936. Essa emissora ainda hoje pertence ao atual Ministério da Educação, sendo conhecida como Rádio MEC.

Cinco dias depois, um rádio Philips Se Transformou na Rádio Nacional, inaugurada como PRE-8, em 12 de setembro de 1936.

O rádio, embora não fosse aquele com o qual sonhou Roquette, não deixou de ter uma série de programas educativos, mas atrativos, criados por grandes nomes, como Almirante, Paulo Roberto, Paulo Tapajós, alguns GENOLINO Amado e outros.
Adhemar Casé Manteve seu programa em diversas emissoras até o advento da televisão, quando passou a atuar na TV Tupi e teve seu canto "de cisne" ótimo no programa "Noite de Gala", já na TV Rio.

DIA DO RÁDIO: era comemorado o Dia do Rádio a 21 de setembro (Dia da Árvore mesmo). Depois, em uma homenagem Roquette Pinto, passou um ser comemorado no dia 25 de setembro, o lógico era quew.
Soube que atualmente foi estipulado oficialmente, em decreto do Presidente Lula, que o Dia do Rádio será comemorado em 7 de novembro, data natalícia de ser por Ari Barroso.
Não sei quem colocou isso na cabeça do Lula.

Ari Barroso foi importante, mas tivemos nomes que fizeram muito mais pelo rádio do que Ari Barroso, como Almirante, Paulo Roberto, Paulo Tapajós, Ademar Casé, César Ladeira Ari Barroso ... Porque? Por causa da Aquarela do Brasil? Por causa de sua gaitinha "?
O rádio Viveu uma época de grandes nomes. Não sendo posivel homenagear a todos, o certo seria, em nome de todos, fazer uma homenagem a ROQUETTE PINTO. Foi ele quem Criou o rádio no Brasil.

Roquette Pinto, embora Fábrica de Campeões do rádio, continuou sua carreirra de professor até o início dos anos 50.

Roquette Pinto faleceu em 18 de outubro de 1954.

Norma Hauer

Literatura em Revista - Tânia Peixoto

LITERATURA EM REVISTA - CCBNB CARIRI

Alma Beat - Literatura e Contracultura

30 de setembro de 2009, 19h


Performático: Emanuel Régis

Leitura de textos dos autores da chamada Geração Beat, entremeada de exibição de vídeos, músicas e fotos, num Diálogo entre a Literatura e outras formas de arte. O movimento Beat, vanguarda artística literária com ramificações na música e na fotografia, foi um sopro de ar fresco na cultura norte-americana dos anos 50. Manifestou-se por meio de um grupo de jovens escritores que extrapolaram a arte ea vida transformando-as numa explosão criativa. Está na raiz da Contracultura, toda forma artística de questionamento da arte oficial.

Tia Auri , nos seus 90 anos - Por Socorro Moreira

(Zélia Moreira e Tia Auri)
( Tia Auri, eu, Zélia, Socorro Montoril e amigas)

Quando eu fizer um curso de fotografia com Pachelly , farei meu banco de registros , e a minha cabeça ficará mais leve.
Essa é a filha caçula de Ana Moreira ( minha avó paterna). Ontem estive em Mauriti para abraçá-la, nos seus 90 anos. Eu nunca sentira antes , a delícia de um carinho de tia, com tal intensidade e emoção. Estava lá, arrodeada de amigos, na paz do dever cumprido, reconhecendo
a gente, conversando , e ainda, pasmem...Preocupada com os trâmites domésticos. Vocês já se serviram ? Vocês já repetiram ?!
Minha tia é como foi a minha avó, meu pai e minha tia Ivone : almas apaixonadas e sensíveis !
Apaixonadas por todas as artes, e notadamente por gente !
De passos frágeis, voz delicada , rosto meigo , atesta no semblante e na palavra , que a vida foi comprida, mas a missão foi cumprida !
Ainda quero repetir com ela muitas festas semelhantes àquela !
Sua bênção, minha tia Auri !

25 de setembro - Dia do Coração - Por Socorro Moreira

A gente aprende desde cedo que é proibido falar de boca cheia. Eu sou daquelas que morre pela boca, como peixe. A diabetes chegou por necessidade de disciplina , já entendi !
Mas, e de coração cheio ? Não sei falar , quando muito sinto !
Tudo pleno impõe silêncio !
E a gente só fica por aqui escrevendo, comentando , catando poesia, fotografando o momento, porque precisamos da inteireza , enquanto ser humano. Hoje é o dia do coração. Esse que bate em ordem, e desordenadamente. Ora bandido, ora menino tal a pureza no sentir , e nas intenções do agir.
Meu coração a cada minuto vai crescendo, se elastecendo para comportar emoções , e um tanto de gente, que dele se apropria. O blogue Cariricaturas é a minha recente paixão. Uma fila( indiana) de gente, entra continuamente , em meu coração.
A grande alegria é saber que essa invasão ( presente divino) não tem competição , nem entra nas energias que o ego, nos apronta. Ela é primitiva, pura, genuína ... É algo que não se explica ... É só coração !

Minha caminhada matinal - Por Ângela Lobo

Hoje, ao sair para a minha caminhada diária, tive uma sensação diferente. Iria caminhar sozinha. Enquanto durar a festa de São Miguel, minha fiel companheira de jornada fez a opção de caminhar com o Santo. Não a censuro por isso. Poderia haver melhor companhia? Mas ponderei que o percurso do Santo é pequeno, o ritmo é lento, e, o que é pior, tem sempre um farto lanche no coroamento da atividade da manhã. Preferi fazer a minha obrigação e São Miguel há de me dar razão.
Eu não tinha com quem conversar e, por isso mesmo, saí com outra disposição: olhar a minha cidade, ainda meio adormecida, mais atentamente. Entrei na Av. Perimetral. Estranhamente, a calçada do CSU estava vazia. O sol ainda não tinha despertado. Continuei o meu caminho silenciosamente, procurando ver o horizonte, apesar da falta dos óculos, que não uso porque ficam embaçados. Um ou outro caminhante, solitário como eu, fazendo o percurso contrário ao meu, foi merecedor do meu caloroso “BOM DIIIA!”. A avenida transformou-se em rua Duque de Caxias. Desci-a até a esquina da Ratisbona, fiz a curva e deixei-a para trás. Já podia ouvir o burburinho dos topiqueiros a gesticularem e gritarem: Juazeeeiro!, no afã de conseguirem chamar a atenção dos seus prováveis passageiros. Cheguei à antiga estação, sem dar pelota para a agitação dos que disputavam passageiros no afã de garantirem o seu pão. Olhei para a praça.
- Meu Deus! A pra-ça!!! Onde está a sianinha formada pelas árvores que rodeiam a praça? Elas permanecem, coitadas, totalmente deformadas. É provável que alguém, que não tenha conhecido a beleza da forma característica que lhes fora dada, as veja sem levar susto algum. Imediatamente, voltei à minha adolescência.
Era um dia de Corpus Christi. O dia em que Jesus Eucarístico sai às ruas para abençoar os moradores. Naquela época, os colégios eram responsáveis pela ornamentação das ruas e confecção dos altares para as paradas e benção do Santíssimo. O Ginásio São Pio X encarregava-se do trajeto entre a Igreja de São Vicente e a praça em questão. Nela localizava-se o altar.
Nossa função (nós = alunas adolescentes) era sair logo cedinho, munidas de grandes cestas, para arrecadar o material que seria usado: folhas e flores de todas as cores. Saíamos com muita disposição, mas não fazíamos bagunça. Quando chegávamos a um jardim particular, pedíamos permissão e, na maioria das casas, conseguíamos ajuda. Éramos alunas do Pio X. Voltávamos com os cestos abarrotados. Ao chegar à praça, íamos separar as folhas e flores. O critério da separação era a cor.
Enquanto nossa equipe trabalhava dessa forma, as que eram consideradas mais talentosas e tinham mais responsabilidade, riscavam, a giz, no meio das ruas, os desenhos que seriam preenchidos com a matéria-prima por nós arrecadada. Em seguida, chegava a equipe incumbida do grude de goma. Traziam panelas enormes cheias daquela gosma, muitas delas ainda bastante quentes. O grude era derramado nos desenhos e as pétalas e folhas eram jogadas por cima, de acordo com as cores previamente separadas, tudo no maior capricho, para glória de Jesus Eucarístico. Ficava lindo demais!
Outra turma (comandada por dona Chiquinha) ficava na praça para dar forma ao altar, que era idealizado com a maior antecedência. Lembro que minha irmã, muito prendada, dobrava metros e metros de tecido, tudo bem igualzinho, para formar “casa de abelha”. Ia tecendo os favos com o auxílio de alfinetes. O efeito final era uma belezura. Enquanto dona Chiquinha não dava a aprovação, ficava-se a retocar os mínimos detalhes. A última palavra era sempre dela.
Tudo pronto, satisfeitas com o resultado (com certeza Jesus também aprovaria os nossos esforços), voltávamos para casa. Íamos nos preparar para a procissão. Farda de gala antecipadamente engomada (saia pregueada colocada debaixo do colchão para não amassar), nos vestíamos e retornávamos para nos colocar no lugar que nos era destinado na procissão. O comportamento tinha que ser exemplar, afinal, éramos alunas do Pio X.

Pareceu-me ouvir novamente a voz de dona Chiquinha: “aluna do Pio X tem que ser LUZ!”. Estava de volta ao presente. Com uma pergunta presa na garganta: onde estão os podadores da cidade? Por que não devolver à praça o desenho original? As árvores estão lá... Absolutamente desalinhadas!

Ângela Lobo

ENERGIA + CONSCIÊNCIA = CRIAÇÃO (I)



O QUE É "ENERGIA" E QUAL A SUA DIMENSÃO?

René Alleau (Ciência dos Símbolos) afirmou que o que menos se sabe a respeito de qualquer coisa é o princípio dela. Nesse sentido, se torna um tanto difícil definir o que é energia, isto porque a definição é sempre uma explicação de um sujeito sobre uma parcela iluminada do objeto, fenômeno ou princípio. A energia existe num processo relacional entre o indivíduo - que percebe, mede, capta, sente ou utiliza - e o fenômeno enquanto parte da realidade observada (e que transcende e envolve o próprio sujeito) que se modifica na ação de observar.

No âmbito da ciência, a energia é a capacidade de interconversão ou de realização de trabalho. Esta última, é a definição clássica, ou seja, comum da ciência. A definição moderna de energia é a de Einstein, ou seja, E = m.C2 (onde E é energia, m é massa e C é velocidade da luz). De um modo geral, nos acomodamos com a definição clássica relacionada ao trabalho e aos fenômenos de baixa velocidade e baixa freqüência. O conceito de trabalho é muito amplo. Ele tem raízes históricas, culturais, filosóficas, existenciais e éticas. Ele envolve dimensões variadas. O trabalho pode ser definido como uma diferença de potencial (no campo da física: mecânica e eletricidade), ou seja, a capacidade de mudar um estado de um objeto ou de transportar uma carga elétrica de um pólo a outro num circuito elétrico. Ele pode ser definido como o esforço humano para a consecução de um fim utilitário, econômico ou espiritual; entendido como a base histórica e econômica da existência material, moral e espiritual de uma sociedade; percebido como a mecânica da vida num processo de construção, transformação e destruição criativa ininterrupta.

Assim, a definição de energia a partir do trabalho não encontra base para sustentação. O que descrevemos da energia é o seu efeito na manifestação como trabalho ou na concentração, sutilização, modificação, conversão e deslocamento da matéria. A energia está, em síntese, associada ao poder da criação ou da destruição da natureza.

O sol emite energia luminosa e calorífica, além de energia eletromagnética e radioativa. As plantas produzem clorofila. As tempestades manifestam a força da energia dos ventos e dos campos elétricos formados entre as nuvens e a terra. A terra molhada agradece na fertilização abundante. As águas dos rios e dos oceanos são fontes de energias aproveitadas pelos homens. O homem consome a água potável para matar a sua sede, e transporta seus produtos sobre as águas dos rios e mares. O solo e o subsolo também são fontes de energias: petróleo, gás, minerais, etc. Os animais captam, transformam e emitem energias. Os peixes elétricos são um exemplo notável! O homem se locomove e age a partir da energia que armazena e capta da natureza. Em suma, onde há vida, há energia. Por isso, intuitivamente se afirma que um indivíduo doente está sem energia ou que sua energia está baixa.

A energia é tudo o que nos envolve, move, comove, afeta e nos faz viver, sofrer e transcender. Ela é raíz, a riqueza e a essência do ser na relação - de poder, equilíbrio ou submissão - com os fenômenos natural e sobrenatural. O homem está totalmente inserido e dependente dela, e nela busca sentido e significado para a sua existência, liberdade, felicidade e identidade humana natural e supra-humana sobrenatural. Ela faz parte das ações humanas, pois em tudo que faz o homem emprega uma variedade de formas e naturezas de energia. A energia é o pulsar da sagrada vida!

"Tudo que move é sagrado" - diz o poeta e cantor brasileiro.
Nesse contexto, se admitirmos por hipótese que o pensamento é também uma forma de energia sutil, toda e qualquer definição se torna limitada pela própria hipótese do pensamento-energia: o pensamento não explica o próprio pensamento - a energia não se explica a não ser pelo poder de criação, renovação e destruição. Por isso, Einstein (Como Vejo o Mundo, 3 ed., Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1981) afirmou:

“Porque os conceitos não correspondem a um conteúdo a não ser que estejam unidos, mesmo de modo indireto, às experiências sensíveis. Contudo, nenhuma pesquisa lógica pode afirmar esta união. Ela só pode ser vivida. E é justamente esta união que determina o valor epistemológico dos sistemas de conceitos” (p.164-165).

A vida em sociedade é uma gestão criteriosa (ou não) das energias humana e natural em prol da coletividade e do indivíduo. Quando a administração dessas energias é feita sem critérios humanos, ou seja, apenas com fins econômicos, as consciências-energias humanas são exploradas e a natureza destruída - como já está sendo destruída! Por isso, Gandhi afirmou que "aquele que não sabe governar a si mesmo, não sabe governar ninguém".

A energia humana se traduz em poder e transcendência em si mesma! A ideologia é a dominação do pensamento-energia de grupos humanos.

ÍNDIOS DO BRASIL (II) - AUTOR DESCONHECIDO



Pensamento para o Dia 25/09/2009


“O mundo é composto de objetos. Ele é inerte. No estado desperto, os sentidos reconhecem todos esses objetos. Mas os sentidos também são inertes. Os olhos que vêem, os ouvidos que ouvem, a língua que fala e o nariz que cheira: todos são inertes (Jada). De fato, o corpo inteiro é inerte. Mas todos esses objetos inertes são capazes de funcionar por causa da presença da consciência (Chaitanya) na mente. Portanto, precisamos compreender que todo o universo dos fenômenos é inerte (Jada).”
Sathya Sai Baba

CARTAS DO EXILIO III



REUNIÃO DOS KARIRIS
Socorro e Claude.
Do "exilio" em terras pernambucanas resolvemos matar a saudade de nosso chão sagrado. Fazemos isso isoladamente lendo com avidez e imenso prazer as noticias no Blog do Crato, no Cariricaturas e outros da rede. Mas estávamos querendo ouvir histórias, ver nossa gente e ouvir o sotaque caririense. Pois bem. Marcamos uma reunião da tribo. Acontecerá no sábado, dia 26 de setembro. Confirmaram presença para o Sarau aqui em casa: Tiago Araripe, Ronaldo Correia, Pedro Ernesto, Joaquim Pinheiro, Zé Almino, Everardo Noroes, Syme Duarte, Stela Siebra, Rosineide Esmeraldo e Yasmine Duarte. O encontro promete marcar história nesses dias de setembro. Um abraço com afeto e ternura. Aguardem noticias.