Criadores & Criaturas
"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata."
(Carlos Drummond de Andrade)
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quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Anos Incríveis - Série de TV
Anos Incríveis (em inglês : The Wonder Years) foi uma série americana de televisão criada por Carol Black e Neal Marlens. Durou seis temporadas na rede americana ABC, de 1988 a 1993. No Brasil, o programa já foi exibido pela TV Cultura, TV Bandeirantes, Multishow e Rede 21, até voltar à TV Cultura.
Kevin Arnold (Fred Savage) - Um estudante americano típico freqüentando a escola secundária no final dos anos 60 e início dosanos 70.
Gwendolyn "Winnie" Cooper ( Danica Mc Kellar) - Interesse amoroso principal de Kevin. Vive no mesmo quarteirão que ele. O primeiro beijo de ambos e a morte de seu (dela) irmão mais velho no Vietnã têm importante papel no episódio-piloto. Em um dos episódios seus pais decidem se divorciar , como resultado da tristeza pela morte do filho.
Paul Pfeiffer (Josh Saviano ) - Melhor amigo de Kevin. Extremamente inteligente e excelente estudante. Ele é alérgico a quase tudo.
Jack Arnold ( Dan Lauria ) - O pai de Kevin, veterano da Guerra da Coréia. Inicialmente, trabalhava na Norcom, uma empresa grande, mas em uma posição mediana de gerência que ele detestava. Mais tarde, começa seu próprio negócio construindo e vendendo mobília feita a mão.
Norma Gustavson Arnold (Alley Mills) - Mãe de Kevin e dona-de-casa. Conheceu Jack quando era caloura na faculdade. Quando ele terminou o curso, ela se mudou com ele e não terminou o curso.
Karen Arnold (Olívia D´Abo) - Irmã hippie mais velha de Kevin. Ela se casa e se muda para oAlasca. Faz uma participação especial no último episódio.
Wayne Arnold (Jason Hervey ) - Irmão mais velho de Kevin, diverte-se atormentando física e psicologicamente Kevin e Paul.
Lista de episódios
1ª Temporada
01 - "Pilot" - Piloto
02 - "Swingers" - Os Balanços
03 - "My Father's Office" - O Escritório do Meu Pai
04 - "Angel" - Anjo
05 - "The Phone Call" - O Telefonema
06 - "Dance With Me" - Dance Comigo
2ª Temporada
07 - "Heart of Darkness" - Na Escuridão
08 - "Our Miss White" - A Senhorita White
09 - "Christmas" - Natal
10 - "Steady as She Goes" - Namorando
11 - "Just Between You and Me...and Kirk and Paul and Carla and Becky" - Só Entre Mim, Você, Kirk, Paul, Carla e Becky
12 - "Pottery Will Get You Nowhere" - A Cerâmica Não Leva a Lugar Nenhum
13 - "Coda" - Coda
14 - "Hiroshima, Mon Frere" - Hiroshima, Meu Irmão
15 - "Loosiers" - Pernas de Pau
16 - "Walk Out" - A Manifestação
17 - "Nemesis" - Nêmesis
18 - "Fate" - Destino
19 - "Birthday Boy" - O Aniversário
20 - "Brightwing" - Asa Brilhante
21 - "Square Dance" - A Quadrilha
22 - "Whose Woods Are These?" - De Quem São Essas Terras
23 - "How I'm Spending My Summer Vacation" - Minhas Férias
· 3ª Temporada
24 - "Summer Song" - Canção de Verão
25 - "Math Class" - Aula de Matemática
26 - "Wayne on Wheels" - Wayne Motorizado
27 - "Mom Wars" - Guerras Com Mamãe
28 - "On the Spot" - O Holofote
29 - "Odd Man Out" - O Rejeitado
30 - "The Family Car" - O Carro da Família
31 - "The Pimple" - A Espinha
32 - "Math Class Squared" - O Professor de Matemática
33 - "Rock 'n Roll" - Rock'n Roll
34 - "Don't You Know Anything About Women?" - Você Não Entende Nada de Mulheres
35 - "The Powers That Be" - O Poder Constituido
36 - "She, My Friend, and I" - Ela, Meu Amigo e Eu
37 - "St. Valentine's Day Massacre" - O Massacre do Dia Dos Namorados
38 - "The Tree House" - A Casa na Árvore
39 - "Glee Club" - O Coral da Oitava Série
40 - "Night Out" - A Festa
41 - "Faith" - Fé
42 - "The Unnatural" - Nada Natural
43 - "Goodbye" - Adeus
44 - "Cocoa and Sympathy" - Chocolate e Simpatia
45 - "Daddy's Little Girl" - A Queridinha do Papai
46 - "Moving" - A Mudança
· 4ª Temporada
47 - "Growing Up" - Crescendo
48 - "Ninth-Grade Man" - O Homem da Nona Série
49 - "The Journey" - A Viagem
50 - "Cost of Living" - O Custo de Vida
51 - "It's a Mad, Mad, Madeline World" - O Mundo Maluco de Madeline
52 - "Little Debbie" - A Pequena Debbie
53 - "The Ties That Bind" - Os Laços Que Nos Unem
54 - "The Sixth Man" - O Sexto Homem
55 - "A Very Cutlip Christmas" - Feliz Natal Senhor Cutlip
56 - "The Candidate" - O Candidato
57 - "Heartbreak" - Um Coração Partido
58 - "Denial" - A Recusa
59 - "Who's Aunt Rose?" - Quem é Tia Rose?
60 - "Courage" - Coragem61 - "Buster" - Buster
62 - "Road Trip" - Na Estrada
63 - "When Worlds Collide" - Quando Mundos se Chocam
64 - "Separate Rooms" - Quartos Separados
65 - "The Yearbook" - O Anuário66 - "The Accident" - O Acidente
67 - "The House That Jack Built" - A Casa Que Jack Construiu
68 - "Graduation" - A Formatura69 - "Looking Back" - Recordando
· 5ª Temporada
70 - "The Lake" - O Lago
71 - "Day One" - O Primeiro Dia
72 - "The Hardware Store" - A Loja de Ferragens
73 - "Frank and Denise" - Frank e Denise7
74 - "Full Moon Rising" - A Lua Cheia
75 - "Triangle" - O Trângulo
76 - "Soccer" - Futebol
77 - "Dinner Out" - Jantando Fora
78 - "Christmas Party" - Festa de Natal
79 - "Pfeiffer's Fortune" - A Fortuna Dos Pfeiffer
80 - "Road Test" - A Carta de Motorista
81 - "Grandpa's Car" - O Carro do Vovô
82 - "Kodachrome" - Leituras Coloridas
83 - "Private Butthead" - O Nosso Idiota
84 - "Of Mastodons and Men" - De Mastodontes e de Homens
85 - "Double Double Date" - Encontros e Desencontros
86 - "Hero" - Herói
87 - "Lunch Stories" - Histórias de Almoço
88 - "Carnal Knowledge" - Ânsia de Amar
89 - "The Lost Weekend" - O Fim de Semana Perdido
90 - "Stormy Weather" - Tempestade
91 - "The Wedding" - O Casamento
92 - "Back to the Lake" - De Volta ao Lago
93 - "Broken Hearts and Burgers" - Corações Partidos e Hamburguers
6ª Temporada
94 - "Homecoming" - Voltando Pra Casa
95 - "Fishing" - A Pescaria
96 - "Scenes from a Wedding" - Cenas de um Casamento
97 - "Sex and Economics" - Sexo e Economia
98 - "Politics as Usual" - Politica Como Sempre
99 - "White Lies" - Pequenas Mentiras
100 - "Wayne and Bonnie" - Wayne e Bonnie
101 - "Kevin Delivers" - As Entregas de Kevin
102 - "The Test" - O Exame
103 - "Let Nothing You Dismay" - Não Deixe Que Nada o Desanime
104 - "New Year" - Ano Novo
105 - "Alice in Autoland" - Alice no País Dos Automóveis
106 - "Ladies and Gentlemen...The Rolling Stones" - Senhoras e Senhores... Os Rolling Stones
107 - "Unpacking" - Recomeçando
108 - "Hulk Arnold" - Hulk Arnold
109 - "Nose" - O Nariz
110 - "Eclipse" - O Eclipse
111 - "Poker" - Pôker
112 - "The Little Women" - Mulheres
113 - "Reunion" - A Reunião
114 - "Summer" - Verão
115 - "Independence Day" - Dia da Independência ( Último epsódio )
http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Wonder_Years
Vísceras - Domingos Barroso
em sair sábado.
Vestir-me com zelo,
piscar para o espelho
[sorrir diabólico]
Uma energia abissal
Já me traga
deixando sobre a mesa
solitária a fruteira
e sobre o armário
aquela flor agora curva.
Pensando bem,
ainda não é tempo
de queimar os ossos.
Minha urna funerária
perdi em meio a bagunça
das caixas marrons
cuecas encardidas
livros antigos
versos rasgados
cascas de laranja
ossos de galinha
vestígios macabros
da primeira separação.
[Talvez seja o momento
de jogar as sementes de mucunã
na toalha branca engomada
e invocar os orixás ]
Domingos Barroso
Um frio febril - por José do Vale Pinheiro Feitosa
O tempo é elástico. Expande-se naquilo que se denominou espaço. Mas o calor é primordial, tende a esgotar-se na elasticidade do tempo.
Ambas as retenções que conceituam nossos corpos vivos estão no cosmo e temos uma dificuldade imensa de imaginar que pela natureza elástica, não tenham um estado de origem. Uma vez que o tempo se elastece somos levados irremediavelmente para imaginar uma origem de máximo repouso desta natureza elástica. Igualmente se deve ao calor igual paradigma, localizando-o em primórdio explosivo quando surgiu o calor.
Acontece que nenhum corpo vivo se origina espontaneamente no cosmo. Há uma descendência e, portanto, uma gênese. Isso significa que nenhum ser vivo tem um lugar ou um tempo ou um calor devido no cosmo. Todos dependem da originalidade e suas conseqüências (que se diga não deixa de ser uma parte da originalidade).
Ao que dialogo com você em estado febril. Após uma alternância entre o frio do outono italiano, seus trens e prédios em estágio de produção de calor em ambiente de calefação. Tantas tosses, igualmente assoadas nas narinas (nisso os europeus são escrachados, fazem um canto nasal úmido em pleno restaurante), por momento suores e noutro a frígida natura com olhar nas montanhas e seus picos nevados.
Com o centro do compasso no lago de Como girando por Zurique, Lugano, Turim e Milão. Toda a vizinhança do planeta em seu hemisfério norte pronto para o inverno com aquele frio que é frio mesmo se não venta. Mais ainda frio se uma brisa contempla todas as nossas fossas e transita na superfície como em busca do mais profundo do nosso corpo.
Eis o frio externo. O frio que está fora de nós e vem como um exército para nos conquistar.
Mas já nos trópicos escaldantes deste Rio de Janeiro, tão belo e sujeito a chuvas e trovoadas, outro frio me dominou o corpo. Um frio que vem do calor. Um frio sem externalidade. Um frio que vem de dentro, com tremores sob qualquer variação deste tão homogêneo tempo quente de verão carioca. É um frio de filigranas, um ventilador que assopre qualquer vento todo o corpo se abala numa calda instável de “morte e de dor”.
Mesmo que a cabeça esteja escavada por tanta bacteriemia, o corpo dolorido de uma sova jamais sofrida, é no âmago de meu corpo que nasce este frio febril. Um frio que na vizinhança do possível nos afaga com a verdade que o corpo se conceitua em tempo e calor. Sem os dois é apenas matéria comum sem originalidade, gênese ou conseqüências.
A poesia de Domingos Barroso
Não leves a sério
teus sonhos -
são filhos do vento, das nuvens
dos grãos de areia, dos búzios.
Observa-lhes o esplendor
da morte súbita.
Acalma-te -
logo mais tarde
outras mortes,
vêm mais sonhos.
Por enquanto,
contenta-te
com o cursor
piscando.
a solidão do parasita
Caso fechasse os olhos
agorinha mesmo para sempre
pensaria em ti
cuidando dos meus despojos
e plantando a árvore
que esqueci.
Se a febre
me queimasse as retinas
ficasse cego dentro da tua alma
sei que não seria triste
nem muito difícil
encontrar teu silêncio
e nele envolvido
abrigar-me.
Mas deixemos de tolices,
prepara-me um banquete.
Apenas não te esqueças:
quero as verduras lavadas
com o perfume das tuas mãos.
Maturar-se
O vento
mesmo fraquinho
quando bate nas minhas pernas
arrasta meu corpo
enquanto alguma coisa dentro
(alma, talvez vazio)
um centímetro não se move.
Da mesma forma
debaixo do chuveiro
cabelos molhados
cílios, unhas, cutículas
mas algo dentro
(alma, talvez vazio)
continua fogo aceso.
Deitado agora
na cama box solteiro
as pernas cruzadas
os dedos dos pés siameses
tenho clara ideia da minha presença -
a boca do estômago se contrai
involuntariamente.
Lá fora
as calçadas desafiam-me:
"vem, poeta
descobrir nossos segredos
de meio-fio"
Travessuras
Quando criança
fiz delicadas cirurgias
no abdome de lagartixas -
era comum extrair-lhes
pequenos besouros
e sementes.
Também normal
submeter as cigarras
ao exame de próstata -
do palito de fósforo uma estaca
enfiava-lhes entranhas adentro.
Cruzavam paralelos, canteiros, eixos, calçadas
igualzinho a helicópteros de guerra americanos.
Entretanto
o que mais me extasiava -
pisar nas bundinhas das tanajuras
em noite de calçadas chuvosas.
Havia quem saboreasse
tal iguaria ao óleo.
Eu tinha nojo -
e com meu tênis kichute
continuava a esmagar-lhes
as suntuosas bundinhas.
a flacidez da alma
Ao teu redor
as flores sorriem
e a hóstia suplica
um pouco de vinho.
Não estás salvo,
foge -
mergulha a cabeça
dentro do vaso sanitário.
Conta até 60.
Não acredito:
nem um minuto consegues
debaixo do teu próprio mijo?
Antigamente
com a concha da mão cheia
curavas até tua dor de ouvido.
Lembras?
Deixa de nojo patético
e mergulha -
Agora conta até 120.
Museu Carlos Costa Pinto - Salvador - Bahia
A Fundação Museu Carlos Costa Pinto é uma instituição cultural particular mantida através de convênio com o Governo do Estado da Bahia.
Um dos destaques do Museu é a coleção de pratarias (religiosa, civil e regional), uma das maiores do Brasil, exposta de acordo com a função dos objetos. Da ourivesaria sacra podem ser vistos objetos litúrgicos variados: cálices; cruzes e lanternas processionais; vasos para água e vinho; castiçais, conchas de batismo etc.
Da ourivesaria civil (ou profana), melhor representada, fazem parte objetos de uso cotidiano e aqueles utilizados em ocasiões especiais, como nascimentos, casamentos, saraus e batizados. Galheteiros, bandejas, tigelas, cestas, cafeteiras, castiçais, candelabros, serviços de chá, entre muitas outras peças, permitem vislumbrar os interiores domésticos e os hábitos diários. O conjunto, por sua vez, fornece um retrato preciso da opulência das elites baianas e das igrejas nos períodos Colonial e Imperial. Embora as peças de prata da coleção sejam quase todas portuguesas e brasileiras (sobretudo baianas), há alguns exemplares vindos da França, Inglaterra e Alemanha. A maioria das peças pertence à segunda metade do século XVIII - considerado o auge da ourivesaria -, algumas pertencem ao século XVII e poucas ao século XIX.
As jóias constituem outro ponto alto da coleção do Museu. Por meio delas é possível conhecer não apenas os adereços que adornam as imagens sacras, mas também as jóias usadas pelas mulheres das elites e aquelas que compõem o traje das crioulas baianas. A riqueza dos adornos das escravas domésticas e das libertas chama a atenção dos pesquisadores, levando-os a se perguntar sobre as formas de mobilidade e distinção social na sociedade colonial. Os escravos domésticos, apontam os pesquisadores, seguem os senhores no trajar, sobretudo em ocasiões solenes. Além disso, as restrições ao luxo no vestuário são sistematicamente burladas por mucamas e amas-de-leite. As alforriadas, por sua vez, utilizam as jóias não apenas como sinal de distinção, mas como forma de acumular bens, destinados à sobrevivência e à compra da liberdade de parentes. As jóias de crioula, como são conhecidas, compõem o traje domingueiro das baianas como também aqueles usados em cerimônias e procissões. Têm como características principais o volume, o brilho e a variedade: correntões, pulseiras e brincos de formas diversas, em geral de ouro (embora não sejam peças maciças). Nesse conjunto, as pencas de balangandãs ocupam lugar à parte, por sua originalidade. Levadas junto ao corpo, presas a uma corrente, as pencas reúnem objetos de metal com formas variadas, agrupados numa base denominada "nave" ou "galera": moedas, figas, chaves, dentes, romãs, cocos de água etc. Os elementos que compõem as pencas de balangandãs são reunidos em função de seus sentidos mágicos e rituais. São talismãs e amuletos que afastam "mau-olhado", que trazem sorte, que "abrem portas e caminhos", ou que indicam "fartura", "riqueza" etc. A coleção do Museu possui 27 pencas de balangandãs de prata, datadas dos séculos XVIII e XIX.
Ouro, ametista e pérola século XIX
Esculturas
Joalheria Crioula - Balangandãs
Pinturas
A Coleção de 139 pinturas representa o perpetuação de momentos : refúgios,interiores e pessoas.
Voltamos ao passado através de artistas tais como : Georgina Albuquerque, Alfredo Araújo, Henrique Bernadelli, Gutman Bicho, Artur Alves Cardoso, Castagneto, Henrique Cavalleiro, Carlos e Rodolfo Chambelland, G. Conceição, Milton da Costa, Raul Deveza, Fausto Gonçalves, Maurice Grun, Horácio Hora, Francisco Manna, Mendonça Filho, Manuel Paraguassú, Antônio Parreiras, Pedro Peres, Manuel H. Pinto, J. Rodrigues, Manuel Lopes Rodrigues, João Francisco Lopes Rodrigues, Virgílio Lopes Rodrigues, Bustamante Sá, Mirabeau Sampaio, Sante Scaldaferri, Oscar Pereira da Silva, Presciliano Silva, João Thimoteo, Alberto Valença, Simão da Veiga, Eliseu Visconti, Rescala, Carlos Bastos, Albano Neves Sousa, Jenner Augusto, Emídio Magalhães, Lígia Milton and Jorge Costa Pinto.
Porcelanas
Miscelânea
Caixa de chá em laca e prata
As 43 estátuas sagradas são feitas em madeira policromada e marfim e datam do século XVII ao século XIX. Essas figuras eram feitas em Portugal, Goa, Bahia e Espanha.
Santa Eulália - madeira policromada século XIX - Europa
O Casal
Carlos de Aguiar Costa Pinto nasceu em 24/12/1885, em Salvador - Bahia. Era filho de Joaquim da Costa Pinto e Sophia Henriqueta de Aguiar Costa Pinto.Iniciou sua carreira profissional na Magalhães e Cia., empresa importadora e exportadora, chegando ao cargo de diretor presidente.Importante colecionador de obras de arte, reuniu ao longo de sua vida significativa coleção, fazendo com que permanecesse na Bahia um dos mais importantes acervos do país.Faleceu em 07/12/1946, com 60 anos, sem ter realizado o sonho que seria a instalação de um Museu.
Margarida Ballalai de Carvalho Costa Pinto nasceu em 02/12/1895. Era filha de João Pereira de Carvalho e Helena Ballalai de Carvalho, tradicional família baiana. Casou-se com Carlos Costa Pinto aos 17 anos. Não tiveram filhos.
Os seus objetos de toucador, leques de tartaruga e madrepérola, porta-buquês de lava e coral, e suas jóias ela dando um exemplo de desprendimento, doou para a coletividade essa fortuna, preservando na Bahia, a memória de três séculos de arte, cultura e literatura.
Ao doar as peças de sua coleção, constituindo uma fundação e instituindo o Museu Carlos Costa Pinto, também conhecido como "Museu da Prata", D. Margarida iria dar à coletividade um exemplo superior de desprendimento, preservando para a Bahia, a memória de três séculos de arte, cultura e literatura.Faleceu em 23/03/1979, com 83 anos.
Endereço: Avenida Sete de Setembro, 2.490 (Vitória) - Salvador /Bahia - Brasil. Tel: (75) 336-6081 Visitação: 2ªs, 4ªs e 6ªs feiras, das 14:30 às 19:00hs; sábados, domingos e feriados, das 15:00 às 18:00 hs.
Pesquisa e Imagens
http://www.museucostapinto.com.br/
http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=instituicoes_texto&cd_verbete=4983
Almas Gêmeas - por Rosa Guerrera
Por Ana Cecília S. Bastos
Guilherme Tell - A lenda
Guilherme de Bürglen era conhecido como um especialista no manejo da besta. Na altura, os imperadores Habsburgos lutavam pelos domínios de Uri e, para testar a lealdade do povo aos imperadores, Hermann Gessler, um governador austríaco tirano, pendurou num poste um chapéu com as cores da Áustria, numa praça de Altdorf. Todos que por lá passassem teriam de fazer uma vénia como prova do seu respeito. O chapéu era guardado por soldados que se certificariam que as ordens do governador fossem cumpridas.
Um dia, Guilherme e seu filho passaram pela praça e não saudaram o chapéu. Prenderam-no imeditamente e levaram-no à presença do governador que, reconhecendo-o, o fez, como castigo, disparar a besta a uma maçã na cabeça do filho. Tell tentou demover Gessler, sem sucesso; o governador ameaçaria ainda matar ambos, caso não o fizesse.
Tell foi assim trazido para a praça de Altdorf, escoltado por Gessler e os seus soldados. Era o dia 18 de Novembro de 1307 e a população amontoava-se na expectativa de assistir ao castigo (e, sobretudo, ao seu culminar). O filho de Guilherme foi atado a uma árvore, e a maçã foi colocada na sua cabeça. Contaram-se 50 passos. Tell carregou a besta, fez pontaria calmamente e disparou. A seta atravessou a maçã sem tocar no rapaz, o que levaria a população a aplaudir os dotes do corajoso arqueiro.
Não obstante, Guilherme trazia uma segunda seta. Gessler, ao vê-la, perguntou por que ele a trazia. Tell hesitou. Gessler, apressando a resposta, assegurou-lhe que se dissesse a verdade, a sua vida seria poupada. Guilherme respondeu: "Seria para atravessar o seu coração, caso a primeira seta matasse o meu filho".
Indignado, Gessler mandou o rebelde para a prisão alegando que dignaria a sua promessa deixando-o viver — mas preso, no castelo de Küsnacht. Guilherme foi levado acorrentado de imediato para um barco em Flüelen, onde esperou que Gessler e seus soldados embarcassem. Não muito distante do porto, deu-se uma tempestade. O Föhn, um vento do Sul, causava ondas tão altas que dificultou a viagem, praticamente arremessando o barco contra as rochas. Os que lá viajavam, assustados, gritaram: "Só Guilherme Tell nos pode salvar!". Gessler libertou Tell, que conduziu barco em segurança ao sopé da Montanha Axenberg, perto de uma rocha chamada Tellsplatte.
Quando amarrou, Tell tirou uma lança a um soldado, saltou do barco e, empurrando-o com os pés, fugiu pelo cantão de Schwyz. Gessler conseguiu sobreviver à tempestade e chegou ao castelo de Küsnacht nessa mesma noite. Tell ter-se-ia escondido nuns arbustos num beco que levaria à residência do governador. Assim que Gessler e os seus apareceram, Tell matou-o com uma seta da sua besta, libertando o país da tirania do governador. Segundo a lenda, este evento marcou o início a revolta que ocorreu a 1 de Janeiro de 1308.
Aleijadinho - arquiteto e escultor brasileiro
Aleijadinho foi arquiteto e escultor do Período Colonial, sendo considerado o artista mais importante do estilo Barroco no Brasil. Apesar de, formalmente, só ter recebido a educação primária, cresceu entre obras de arte, já que, além de seu pai, um dos primeiros arquitetos de Minas Gerais, conviveu muito com o tio Antônio Francisco Pombal, conhecido entalhador das principais cidades históricas mineiras.
Aleijadinho deixou mostras de seu talento em Ouro Preto, Sabará, Caeté, Catas Altas, Santa Rita Durão, São João del-Rei, Tiradentes e Nova Lima, cidades de Minas Gerais, onde desenhou e esculpiu para dezenas de igrejas. Em Mariana, assinou o chafariz da Samaritana e, a Congonhas do Campo, legou suas obras-primas: as estátuas em pedra-sabão dos 12 profetas (1800-1805) e as 66 figuras em cedro (1796) que compõem a Via-Sacra.
Ocupado com encomendas que chegavam de toda a província, Aleijadinho tinha mais de 60 anos quando começou a esculpir as famosas imagens de Congonhas do Campo. Nessa época, já deformado pela doença que lhe inutilizara as mãos e os pés, trabalhava com o martelo e o cinzel amarrados aos punhos pelos ajudantes. Apesar de ter sido respeitado em sua época, Aleijadinho, após sua morte, foi relegado a um quase esquecimento. O reconhecimento de que sua obra – o Barroco reconstruído dentro de uma concepção rigorosamente brasileira – havia sido a expressão máxima desse movimento no Brasil foi uma conseqüência da Semana de Arte Moderna de 1922.
netsaber
O pensamento de Marcel Proust
Deixemos as mulheres bonitas aos homens sem imaginação.
Só se ama o que não se possui completamente.
Para tornar a realidade suportável, todos temos de cultivar em nós certas pequenas loucuras.
Só nos curamos de um sofrimento depois de o haver suportado até ao fim.
A felicidade é salutar para o corpo, mas só a dor robustece o espírito.
Se sonhar um pouco é perigoso, a solução não é sonhar menos é sonhar mais.
Para quem ama, não será a ausência a mais certa, a mais eficaz, a mais intensa, a mais indestrutível, a mais fiel das presenças?
A sabedoria não se transmite, é preciso que nós a descubramos fazendo uma caminhada que ninguém pode fazer em nosso lugar e que ninguém nos pode evitar, porque a sabedoria é uma maneira de ver as coisas.
As pessoas querem aprender a nadar e ter um pé no chão ao mesmo tempo.
O ciúme é muitas vezes uma inquieta necessidade de tirania aplicada às coisas do amor.
É espantoso como o ciúme, que passa o tempo a fazer pequenas suposições em falso, tem pouca imaginação quando se trata de descobrir a verdade.
Em amor é um erro falar-se de uma má escolha, uma vez que, havendo escolha, ela tem de ser sempre má.
Uma vez descoberto, o ciúme passa a ser considerado por quem é objecto dele como uma desconfiança que autoriza a enganar.
O homem é a criatura que não pode sair de si, que só conhece os outros em si, e, dizendo o contrário, mente.
Os verdadeiros paraísos são os paraísos que se perderam.
Marcel Proust
Iberê Camargo
Desde a juventude, mostrou-se atraído por personalidades independentes, como Guignard e Goeldi. Na Europa, estudou com mestres como Giorgio de Chirico, Carlos Alberto Petrucci, Antônio Achille e André LotheAo longo de sua vida, Iberê Camargo sempre exerceu forte liderança no meio artístico e intelectual. Teve sua obra reverenciada em exposições de renome internacional, como a Bienal de São Paulo, a Bienal de Veneza, a Bienal de Tóquio e a Bienal de Madri, e integrou inúmeras mostras no Brasil e em países como França, Inglaterra, Estados Unidos, Escócia, Espanha e Itália.
O pintor morreu aos 79 anos, em Porto Alegre, em agosto de 1994, deixando um acervo de mais de sete mil obras. Grande parte delas foi deixada a sua esposa, Sra. Maria Coussirat Camargo, e integra hoje o acervo da Fundação Iberê Camargo.
Na Semana da Música ... " A Música de Mozart "
da Ansa, em Londres
Especialistas do Instituto de Neurologia de Londres afirmam que a música de Wolfgang Amadeus Mozart(1756-1791) pode funcionar melhor que remédios tradicionais no tratamento de diversos males, até mesmo de doenças complexas como a epilepsia.
Seguindo os indícios, os médicos descobriram que "doses" de Mozart aumentariam a capacidade matemática e visual, reduziriam o estresse e dores de artrite, além de produzir efeitos positivos no coração e em fetos, no caso de gravidez (estimulando o cérebro do bebê).
Professores, alunos e funcionários do Curso de Ciências Econômicas da URCA prestam homenagem a Alderico Damasceno
Na noite de ontem, 17/11, em vez de aula e trabalho, os corpos docente, discente e os funcionários do Curso de Ciências Econômicas da Urca prestaram um merecido e inadiável tributo a Alderico de Paula Damasceno, que durante sua profícua e longeva permanência como professor do Departamento de Economia dessa Universidade, construiu uma sólida relação de amizade e respeito para com todos.
O Salão da Terra, no Campus do Pimenta, permaneceu lotado durante a solenidade que durou 90 minutos. Muitos estudantes permaneceram todo o tempo em pé, devido à grande quantidade de presentes.
O Coordenador do Curso de Economia, prof. Lima Júnior, que foi aluno de Alderico, coordenou o evento e apresentou outros professores do curso, muitos dos quais também foram alunos do saudoso professor.
O professor Marcos Eliano, atual decano desse Curso, relatou a longa convivência que teve com Alderico, destacando que essa relação antecedeu a própria Faculdade de Filosofia do Crato (instituição embrionária da URCA), pois uma irmã do falecido, Madre Damasceno, era diretora de um educandário de Mauriti, cidade caririense onde Eliano nasceu.
Na sequência, usaram da palavra os professores Felisberto Nunes, Rosemeire Matos, Valéria Pinho, João Luís da Mota, Carlos Rafael, Pedro Veras, Lima Júnior e Micaelson Lacerda, quando foram destacadas várias situações de puro ensinamento ministrado pelo Mestre Alderico, a exemplo da paixão e do amor com os quais exercia o magistério, sua imensa competência no ensino da História e da Economia, além da Geografia e da Filosofia, e sua imensa generosidade para com os colegas, alunos, funcionários e com a própria URCA.
Alderico dedicou cerca de sessenta dos seus noventa anos de vida à educação, quando contribuiu diretamente na formação de várias gerações de estudantes que hoje, na sua grande maioria, são profissionais de proa.
Por tudo isso, Mestre Alderico é merecedor de eternos votos de gratidão e homenagem.