E tu América onde encontras tua alma? No arco-íris da humanidade. Nos ameríndios de tuas terras ancestrais. Nos deficientes de melanina das terras frias do norte. Nos povos marítimos da Ásia pacífica em busca do arroz já pouco em tuas ilhas e continentes apertados.
Mas nada igual ao berço do mundo. Bem aqui ao lado deste hemisfério sul. Ninguém em sã liberdade perde os raios desta África profunda. Desta África tão alargada em mundo que todos sons parecem ali nascidos. Esta África de travessuras. De matas e planícies, desertos e montanhas. Jamais nos entenderemos sem a compreensão da África.
Como Bonga de Angola em sua canção quase portuguesa, quase brasileira, muito caribenha, uma canção de dança e encanto.
Feito Gito Baloi das beiradas da antiguidade do Índico desde remotas épocas visitadas. Este Baloi e seus sofisticados sons de um Moçambique Word Music
Ou Toumani Diabete do Mali com suas cordas quase árabes, esta bojuda caixa acústica quase muçulmana, quase africana.
E Thomas Mapfumo com seu canto igual à voz de Donga, de um verbo Clementina de Jesus.
E esta. Uma das canções mais belas do Congolês Lokua Kanza nos palcos da Europa junto com Peter Maffay.
E quanta saudade da alegria deste Pata Pata, com arranjo de nosso paraibano Sivuca e voz de saudosa Miriam Makeba da África do Sul. Teve tanto sucesso no Brasil que Miriam Makeba virou arroz de festa no país. Apareceu em vários programas de televisão e gravou diversas canções de Jorge Benjour entre outros compositores brasileiros. Além Miriam viveu exilada mais de treze anos perseguida pelo regime racista e se tornou uma voz de resistência no mundo.
E finalmente o dançante Soweto String Quartet numa das suas mais belas composições.