Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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quinta-feira, 29 de abril de 2010

Borrifos - por Claude Bloc


Hoje não havia ainda chegado perto do PC. Ando numa fase meio negra. Problemas devastando minha alegria. Reflexões severas... decepções expressivas.

Se fosse depressiva estaria no fundo de uma rede, com cara de paspalha, mas não posso me permitir deixar um minuto sequer de viver. De enfrentar as mazelas da vida. Escrever, por exemplo, me salva. Me liberta da dor. Apaga as tristezas e me permite encontrar esse bálsamo que a gente procura no fundo de um baú... Lá onde estão recolhidas e preservadas nossas alegrias e nossa história.

É, então, nesse espaço que busco me conciliar com minha consciência, com meu passado, com meu presente e com o que pressinto do futuro. Lamentar adianta? Certamente não! Mas tem um tempo pra tudo, inclusive pra afogar no peito as lágrimas e morrer um pouquinho só para a dor passar pela tangente.

Pois é, nem sempre posso sorrir. Nem sempre quero chorar. E hoje não quero nada disso. Apenas a chance de poder borrifar sobre mim essas gotinhas de felicidade que iluminam a vida de todos nós.

Um abraço sereno.
Claude

Trânsito

Se aquele carro
estivesse veloz
quebraria meus joelhos
esmagaria minhas pernas
faria do poeta mingau.

Na faixa de pedestre
os cáusticos pneus
do infame corolla
cuspiram às minha botas
toda a arrogância do miserável
a julgar-se rei dentro do último modelo:
uma carruagem de alumínio.

Encostei meus braços escravo romano
na luxuosa lataria

lancei meu olhar entidade egípcia
a faiscar o fumê do para-brisa

esbravejei, enfim, com a voz de hindu:
"meu amigo, olha o sinal..."

Até minha ira é ingênua.
Patética.

Se tal ofensa tivesse ocorrido
com os comparsas da infantaria:

teriam chutado a porta
quebrado o retrovisor

atirado contra as luzes traseiras
puxado pelo pescoço o maluco

pisado a garganta
furado os olhos.

Mas poeta pacífico que sou
apenas desejei do fundo da alma
morte súbita ao vaidoso cavalheiro.

O Político & O Correto

É fácil perceber, em nós brasileiros, a tendência inequívoca à catalogação. Parecemos um funcionário de supermercado com sua maquineta, pronto a etiquetar todos que nos cercam. Tendemos a não observar a individualidade das pessoas e as separamos por grupos de forma segregatória e preconceituosa. Os judeus são pães-duros, os portugueses burros, as louras debilóides, os árabes desonestos, os homossexuais safados, os africanos pobres, os índios preguiçosos, os paulistas trabalhadores, os cariocas malandros... e por aí vai. Estes critérios são reiteradamente explorados em piadas de toda espécie e amplificados, de língua em língua, nas rodinhas de praça, nas mesas de bar, nas barracas da praia. Superficialmente até parece engraçado e, apreciado por indivíduos fora dos grupos atacados, a coisa é tida como uma brincadeira carinhosa. Para todos efeitos, não existe nenhum preconceito no Brasil. O caldeirão étnico que fundiu a terra brasilis traz no seu bojo a franca idéia de que aqui todos convivem harmoniosamente, que todos respeitam galhardamente as diferenças várias : de cor, de raça, de gênero, de religião, de condição financeira, de opção sexual. No dia a dia, no entanto, virada a primeira página do nosso livro de história,a beleza da capa se esfuma : o Brasil tem uma cultura profundamente discriminatória. Rico nunca vai preso; a mulher tem um salário bem menor que o do homem; a homofobia é uma realidade do nosso cotidiano; o tráfico de influência é uma moeda fortíssima; a cor da pele influencia em muito na seleção de Recursos Humanos.
Gilberto Freyre foi visionário quando vislumbrou que a fortaleza da cultura brasileira se encontrava justamente nessa diversidade . As arestas existentes vão se aplainando, caminhamos para uma lindíssima confluência cultural e étnica. Só que o Brasil ainda é uma criança, brincando de esconde-esconde nos seus tenros quinhentos anos. Muitos grilhões ainda precisam ser quebrados. Há menos de duzentos anos deixamos de ser colônia portuguesa; há somente cento e vinte anos enxotamos a monarquia e a escravidão. Há pouco mais de cem anos, também, abrandamos a Inquisição. Tantas chagas não cicatrizam rapidamente e, mesmo quando fecham, permanecem cicatrizes que só o tempo ajuda a amenizar.
Certamente terá sido pensando nisso tudo que a Secretaria Especial de Direitos Humanos criou, em 2004, uma “Cartilha Politicamente Correto & Direitos Humanos”. Num governo popular, cujo presidente vindo das classes mais desfavorecidas certamente terá sentido na pele uma enxurrada de preconceitos os mais variados, a cartilha pretendia, ao menos oficialmente, cortar do uso cotidiano palavras tidas e sabidas como preconceituosas. Já tínhamos leis anteriores que combatiam a prática do preconceito: a 3688 ainda de 1941 e 7716, mais recente, de 1989. Acreditamos que é indiscutível o poder que estas leis tiveram em balizar as relações dos brasileiros na convivência com suas diferenças. A possibilidade de abertura de processos educa de maneira drástica os indivíduos. As mudanças, no entanto, se importantes , são quase sempre de superfície. As transformações culturais demandam tempo. No fundo, o preconceito apenas se mimetiza e muda suas formas. O empresário já não chama o funcionário de negro, pois isso pode dar cadeia, mas o boicota de todas as formas possíveis pois ainda o considera inferior , apesar do discurso. Ele já o havia etiquetado previamente, às vezes até inconscientemente, e o colocado na prateleira dos inferiores, por conta da coloração da pele.
Pois bem, a Cartilha carrega consigo dificuldades parecidas. A intenção parece ótima , mas de bem intencionados até o Democratas está cheio. Reflitamos sobre algumas dessas incongruências. O primeiro ponto é que a palavra ou a expressão não existem isoladas do discurso. Se eu digo, por exemplo: -- Caboclo velho, o emprego é seu, você sempre foi um grande amigo da família! O “Caboclo velho” parece ser uma forma carinhosa de tratar uma pessoa, e pode não ter qualquer viés de preconceito. Por outro lado, se se diz : --- Isso só podia ter sido feito mesmo por um afro-descendente! Temos uma discriminação visível, independente da palavra politicamente correta.
O segundo ponto é que , em algumas situações, o uso da cartilha ajuda afastar as pessoas. A indicação , por exemplo, de sempre tratar as pessoas como “eles e elas”, “senhores e senhoras”, evitando o plural no masculino que, historicamente, incluía todos, parece criar barreiras entre as pessoas. Seria melhor, por exemplo, que para compensar, nos próximos mil anos se utilizasse a forma feminina no plural para se referir a todos. Uma outra questão importante é que as palavras são muito parecidas com as pessoas. Elas envelhecem e, frequentemente, saem de moda. Vejam, por exemplo tertúlia , baile, flerte, película... hoje são termos totalmente obsoletos. Não bastasse isso, no seu dinamismo, a língua muda com o tempo, os costumes, as gerações. O termo politicamente correto nesse momento pode já não ser amanhã. “Bárbaro”, por exemplo, nos últimos tempos pode denominar uma coisa bem legal, já não é o adjetivo repugnante que aparece em “crime bárbaro”. Muitos verbetes, inclusive , tomam outros significados e dimensões. O verbo “denegrir”, lembrem, advém etimologicamente de negro e, na sua origem, é preconceituoso, mas hoje, já não tem nenhum resquício dessa conotação. Chamar um motorista de “barbeiro”, hoje, já não tem ligação direta com o cabeleireiro. Chamar uma moça de mulata é bem diferente o significado que se depreendia disso no Século XIX; mais frequentemente se trata de um elogio. Comunista hoje já não come criancinhas. Há que se falar ainda das sérias dificuldades que teremos em tornar de uso corriqueiro algumas definições politicamente corretas. Trocaremos : surdo, cego, mudo por “portadores de necessidades especiais”. A língua no seu dia a dia busca rapidamente a Lei do Menor Esforço. Vai ser complicado a fixação do termo fora da língua culta, em pouco eles poderão ser chamados de “pornes”.
A intenção da Cartilha é ótima mas é bom lembrar que não será por conta dela que os apenados terão celas mais dignas; os afro-descendentes conseguirão iguais condições de trabalho; os homossexuais e as mulheres sofrerão menos violência; os portadores de necessidades especiais conseguirão melhor acessibilidade. A luta está apenas começando. Só caminharemos quando o país deixar de se engalfinhar tentando descobrir qual é a cor mais bonita da aquarela e chegar à conclusão que o multicolorido do arco-iris pátrio é que nos dá a individualidade e a beleza inigualáveis. O politicamente correto tem sérias limitações até nome: no Brasil o político e o correto, historicamente, não se homogeneízam muito bem.


J. Flávio Vieira

Os paulistas continuam o problema - por José do Vale Pinheiro Feitosa

Tai, o pessoal da Dilma que me desculpe, mas Zé Serra é dos nossos. Fez movimento estudantil, estava ao lado das lideranças que defendiam o nacionalismo e o desenvolvimento brasileiro. Por isso teve que sair do país e depois voltou para a política dentro do PMDB, a grande federação de oposição ao que a ditadura significava. Quando o PMDB passou a ter a cara de apenas uma federação de interesses regionais, ajudou a fundar o PSDB com a bandeira da ética. Portanto, não procurem falar mal dele naquilo que ele tem de melhor. Estou com a pessoa dele, mas não com o personagem que hoje se apresenta para ser presidente.

O “personagem” tem a cabeça e o porte dos barões da Avenida Paulista, pensando que o Brasil é apenas eles e para eles. Por isso é contra o Mercosul. Por motivo específico. O motivo é que eles querem subordinar todo o resto ao modelo de São Paulo locomotiva, antes do Brasil e agora da América do Sul. Os vagões seguem lá atrás recebendo a brasa e a fumaça da Maria Fumaça. Explico melhor. Os Barões da Paulista ainda estão no tempo da Maria Fumaça.

O personagem decorou o texto e subtexto do pensamento liberal que veio desde Gustavo Corção, passando por “gênios” com Simonsen (recorde do separatismo do pai em 32) e Roberto Campos. Liberais, explico, nem tão assim, apenas a força de argumento para que tudo fique sob a guarda do núcleo único e superior do campo capitalista que se traduz, territorialmente, exclusivamente na elite paulista. As grandes famílias paulistas e todas as subordinadas no território nacional.

O texto, para que não venham cobrar-me a fonte, não é citação direta de Corção, Simonsen ou Campos. Ele passou pela CEPAL, é intelectualmente preparado e sabe fazer um “O” sem ajuda de uma quenga. É do “personagem” que falo, aquilo que representa. E ele representa aquele discurso liberal que viceja nas páginas da mídia das quatro famílias poderosas do texto paulistano: Frias, Civita, Mesquita e por adoção, os Marinho.

Uma questão deste pensamento se camufla por trás da questão Estado e Não Estado. Camufla-se atrás do discurso do Neoliberalismo, mas isso faz parte desta malandragem brasileira, “Prá Inglês Ver”. Aqui o Neoliberalismo tinha e tem um motivo. Qual seja o horror a que os fundos públicos venham a desenvolver o resto do país, tornando os outros estados mais fortes e relativizando o poder único paulistano.

Por isso mesmo as federações oposicionistas são isso mesmo, uma juntada de interesses, na maior parte das vezes, divergentes. Retornando à questão de então, quando o PMDB era muito forte em São Paulo. Hoje é muito difícil não pensar-se que as lideranças paulistanas, incluindo as velhas raposas do PSD, os medianos de movimentos de classe média e operária como Mário Covas e Almino Afonso, e o jovens intelectuais universitários como Serra e FHC não tivesse por trás o mesmo rancor aos militares. O rancor pela ousadia de alguns nacionalistas entre os líderes das forças armadas que pensaram num projeto nacional e tentaram abrir portas de desenvolvimento regional.

Agora sintam o motivo porque, mesmo sendo tão pródigo com a indústria automobilística paulistana, Juscelino Kubitschek sempre foi acusado de ser a fonte da inflação brasileira. E por quê? Por Brasília, mas não a cidade, mas a marcha para Oeste, criando novos pólos de desenvolvimento fora do círculo de giz paulistano.

Alguém, e com certa razão, apontará uma contradição. Mas se São Paulo é um mundo da concentração de capitais, o desenvolvimento regional só lhe seria favorável. É na tua cabeça, mas não na dos Barões, que são territorializados e amam os acordos unilaterais de livre comércio. São Paulo acima de tudo. Abaixo o Mercosul.

Recebido por e-mail.

Lula é eleito o líder mais influente do mundo pela "Time"
Do UOL Notícias
Em São Paulo

Em perfil assinado por Michael Moore, a história de vida de Lula é ressaltada; cineastachama o presidente brasileiro de "verdadeiro filho da classe trabalhadora da América Latina".
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito nesta quinta-feira (29) pela revista americana "Time" o líder mais influente do mundo. Lula encabeça um ranking de 25 nomes e é seguido por J.T Wang, presidente da empresa de computadores pessoais Acer, o almirante Mike Mullen, chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, o presidente americano Barack Obama e Ron Bloom, assessor sênior do secretário do Tesouro dos Estados Unidos. Essa é a segunda vez que o brasileiro aparece em uma lista da publicação. A primeira foi em 2004.

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No perfil escrito pelo cineasta Michael Moore, o programa Fome Zero (praticamente substituído pelo Bolsa Família) é citado como destaque no governo do PT como uma das conquistas para levar o Brasil ao "primeiro mundo". A história de vida de Lula também é ressaltada por Moore, que chama o presidente brasileiro de "verdadeiro filho da classe trabalhadora da América Latina".

A revista relembra que Lula decidiu entrar para a política quando, aos 25 anos, perdeu sua primeira esposa Maria, grávida de oito meses, pelo fato de os dois não terem acesso a um plano de saúde decente. Ironizando, Moore dá um recado aos bilionários do mundo: "Deixem os povos terem bons cuidados com a saúde, e eles causarão muito menos problemas para vocês".

Moore afirma que quando os brasileiros elegeram Lula pela primeira vez em 2002, os "barões do roubo", que transformaram o país em um dos locais mais desiguais do planeta, nervosamente verificaram os medidores de combustível de seus jatos particulares.

Entre os líderes em destaque também estão a ex- governadora do Alasca e ex-candidata republicana à Vice-Presidência dos EUA, Sarah Palin; o diretor do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn; os primeiros-ministros japonês e palestino, respectivamente Yukio Hatoyama e Salam Fayyad, e o chefe do Governo da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.

A lista mostra os 100 nomes de pessoas mais influentes do mundo em diversas áreas -líderes da esfera pública e privada, heróis, artistas, pensadores, entre outros.

Outras posições de destaque

Lula apareceu no ranking da "Time" pela primeira vez em 2004, dois anos depois de ser eleito pela primeira vez à Presidência, acalçando o 3° lugar da lista de "líderes e revolucionários" encabeçada, na época, peloex-presidente americano George W. Bush.

Na ocasião, Lula ganhou destaque pela posição na reunião da OMC (Organização Mundial do Comércio) no México, em setembro passado, quando liderou uma coalizão de nações em desenvolvimento que se recusaram a negociar novas regras de investimento estrangeiro até que os EUA e a União Europeia prometessem o fim dos subsídios agrícolas à exportação.

O perfil do presidente em 2004 afirmava que "ao contrário dos radicais contra a globalização, Lula, 58, insiste que quer destruir a nova ordem mundial. Ele só quer que funcione de forma mais justa." O texto lembrava também os escândalos de corrupção que caíram sob seu governo, mas ressaltava que, apesar de alegações, ele havia se tornado porta-voz do novo mundo em desenvolvimento.

Líderes mais influentes do mundo:
1° Luiz Inácio Lula da Silva
2° J.T. Wang
3° Almirante Mike Mullen
4° Barack Obama
5° Ron Bloom
6° Yukio Hatoyama
7° Dominique Strauss-Kahn
8° Nancy Pelosi
9° Sarah Palin
10° Salam Fayyad
11° Jon Kyl
12° Glenn Beck
13° Annise Parker
14° Tidjane Thiam
15° Jenny Beth Martin
16° Christine Lagarde
17° Recep Tayyip Erdogan
18° General Stanley McChrystal
19° Manmohan Singh
20° Bo Xilai
21° Mark Carney
22° Irmã Carol Keehan
23° Xeque Khalifa bin Zayed al-Nahyan
24° Robin Li
25° Scott Brown

Ano passado, Lula ganhou destaque internacional quando foi eleito personagem do ano pelo jornal espanhol El País e pelo francês Le Monde.

Mais categorias
O ex-presidente americano Bill Clinton é o primeiro na categoria dos "heróis" pelo trabalho realizado no Haiti depois do terremoto de 12 dejaneiro por meio da ONU (Organização das Nações Unidas). Segundo seu perfil, escrito pelo cantor Bono Vox, da banda irlandesa U2, "sem ele, o universo não seria tão amigável para os seres humanos."

Abaixo de Clinton aparecem: a sul-coreana Kim Yu-na, que conseguiu o primeiro ouro em patinação artística para seu país em Vancouver; o opositor iraniano Mir Hussein Musavi, e o ator Ben Stiller por seu trabalho na reconstrução de escolas no Haiti.

A cantora Lady Gaga encabeça o ranking da categoria "artistas" e recebe elogios da colega Cyndi Lauper, que mostra sua admiração pelo trabalho da nova-iorquina de 24 anos. Lauper destaca que "a arte de Lady Gaga capta o período em que estamos agora" e rasga elogios à postura polêmica de Gaga: "ela mesma é a arte. Ela é a escultura."

Além disso também aparecem a cantora Taylor Swift, os atores Ashton Kutcher e Neil Patrick Harris, assim como o produtor e popular juiz do programa de talentos "American Idol", Simon Cowell.

Depois de Lady Gaga, aparecem na lista artística: o humorista Conan O''Brien, que abandonou seu programa na rede de televisão americana "NBC"; a cineasta Kathryn Bigelow, primeira mulher a ganhar o Oscar de melhor direção por seu filme "Guerra ao Terror" e a apresentadora Oprah Winfrey.

Ex-governador do Paraná aparece em listaNa lista dos "pensadores", o urbanista Jaime Lerner, ex-prefeito de Curitiba e ex-governador do Paraná, aparece em 16° lugar por seu "maravilhoso legado de sustentabilidade urbana", destacado pelo prefeito de Vancouver.

A revista "Time" também inclui uma análise de quem de sua lista são os mais influentes na internet, através de uma análise do número de seguidores e de conexões que essas pessoas acumulam nas redes sociais Facebook e Twitter.

Segundo essa análise, Barack Obama e Lady Gaga, seguidos do ator Ashton Kutcher, da cantora Taylor Swift e da apresentadora Oprah Winfrey dominam o manejo dessas ferramentas eletrônicas.

Palavras





Odeio a beleza das tuas palavras,

a criação de um mundo de ilusão...

Procurei um caminho pra te encontrar

Cai em poças de lágrimas históricas ,escutei

de longe os lamentos dos índios e de muitos que seguiram

Dancei por você sobre os túmulos dos teus predecessores

para esquecer a maldade e o sofrimento .

Por que os teus gestos não me inspiram poesia ¿

A luz queima as imagem de pureza que eu vi nos teus olhos

Sentados um perto do outro no chão de um velho portão,

no dia do teu aniversário.

A cidade dorme sempre em um sono de intimo pecado,

e acorda nos bancos dos testemunhas .

O medo cobre todos com um manto azul escuro,

e a luz d’aurora virá para tranquilizar as almas

para mais um dia sem amor.
Assinado: Sara

AMANHÃ, AMANHÃ, SHOW MUSICAL, no Centro Cultural Banco do Nordeste.

Clic na imagem para ampliar!

Cristina Diogo, convida !

O Instituto de Ecocidadania Juriti recebe a visita no dia do trabalhador do Projeto CicloVida.

É com muita alegria que a meninada do Instituto de Ecocidadania Juriti está se preparando para receber um grupo de 30 pessoas do Projeto Ciclo Vida do Assentamento localizado em Pentecoste/CE que também é Ponto de Cultura.

Na programação vai acontecer um café da manhã e logo em seguida uma roda de acolhimento. Em seguida os visitantes vão ser convidados a participar da oficina de fosfografia ministrado pela fotógrafa Nívia Uchoa num processo de reconhecimento do entorno da sede do Instituto de Ecocidadania Juriti com foco no Riacho das Timbaúbas. Também será oferecida uma oficina circense. A tarde a Mestra Fanca vai apresentar o projeto História em Retalhos e vai escutar a história deste grupo para ser transformada em panô que posteriormente será enviada a sede do Ciclovida. A noite teremos uma aula espetáculo em homenagem aos nossos ilustres visitantes.
O Ciclovida é uma iniciativa coletiva de cunho sócio-ecológico e cultural com o intuito de, por afinidade, estabelecer discussões, conversas e trocas de sementes crioulas - como também - o uso da bicicleta como meio de transporte ecológico.


Mais detalhes no blog:http://projetociclovida.blogspot.com/

Agarrando um novo desafio - por Cristina Diogo





O Instituto de Ecocidadania Juriti agarra o novo desafio acreditando na construção de um espaço coletivo onde a cultura colaborativa possa estar exercitando a generosidade intelectual a serviço da transformação social. A Casa Recreio vai ser um laboratório de saberes e fazeres no campo da tecnologia da comunicação, das artes cênicas (teatro e circo) nas artes visuais, da música, na cultura tradicional e no apoio a inclusão com sucesso no ensino formal com foco na matemática.
Um restaurante Escola, um café e o Atelier solidário vão garantir a sustentabilidade do espaço que também abrigará uma Agência de Publicidade Social para cuidar da imagem das ongs do Cariri.
Estamos buscando trabalho voluntário nas éreas de atuação da Casa Recreio, pois nossa meta é estar entregando a Casa à comunidade cratense na primeira semana de Agosto deste ano.


Cristina Diogo
* Esse projeto agradece à generosidade da família Arraes Pinheiro, representada pela figura de Dona Almina Arraes Pinheiro !

Feliz Aniversário, Kaíka Luiz !



Grande abraço do Cariricaturas !

"Murmurando" - por Norma Hauer

ODETE AMARAL nasceu em Niterói no dia 28 de abril de 1914. Tinha pouco mais de 1 ano quando sua família mudou-se aqui para o Rio de Janeiro.
Terminado o curso primário no Colégio Uruguai, começou a trabalhar em 1929, empregando-se como bordadeira na América Fabril.
Por sua bonita voz foi sempre estimulada a cantar, até que o fez na Rádio Guanabara, em 1935., cantando o samba “Minha Embaixada Chegou”, de Assis Valente, então sucesso de Carmen Miranda.
Em seguida, Almirante levou-a para cantar na Rádio Clube. Participou da inauguração do Cassino Atlântico e pouco depois passou a cantar na Rádio Ipanema.
Em 1938, já na Rádio Mayrink Veiga, conheceu o cantor Ciro Monteiro, com que se casou em 1938.
Seu maior sucesso carnavalesco foi a marcha “Não Pago o Bonde”, de J. Cascata e Leonel Azevedo.
Mas sua carreira ficou mesmo marcada com o samba “Murmurando”, da autoria do Maestro Fon--Fon.
Odete Amaral faleceu em 11 de outubro de 1984, aos 70 anos

Por Norma Hauer

PAULO BARBOSA
Foi em 28 de abril de 1900 que nasceu o compositor Paulo Barbosa, irmão de mais dois artistas:Barbosa Júnior,comediante,produtor do programa "Picolino",na Rádio Mayrink Veiga e Luiz Barbosa, cantor falecido precocemente, mas que deixou algumas gravações e atuações no cinema nacional.

Paulo Barbosa foi, principalmente ,autor de valsas (comuns em sua época) e responsável pelo primeiro grande sucesso de Carlos Galhardo no ritmo em que ele foi "rei": "Cortina de Veludo".

Compôs ainda, "Salão Grenat", "Italiana", "Colar de Pérolas","Madame Pompadour","Lenda Árabe","Salambô" e muitos outros que foram sucessos, ainda com Carlos Galhardo.

Mas Paulo não compôs só para Galhardo, embora tenha sido um dos responsáveis pelos maiores sucessos do cantor.

Tivemos com Carmen Miranda "Casaquinho de Tricot e"Dona Gueixa"; com Castro Barbosa "Lig, Lig, Lé e" Marchinha do Grande Galo"; com Gastão Formenti "Jóia Falsa"... Enfim, Paulo Barbosa marcou a fase áurea do rádio com suas mais de 100 composições, a maioria ao lado de Oswaldo Santiago.

Paulo Barbosa faleceu em 4 de dezembro de 1955, aos 55 anos.


Norma

Dorival Caymmi


30/04/1914, Salvador (BA) 16/08/2008, Rio de Janeiro (RJ)

'O que é que baiana tem' é um dos maiores clássicos de Dorival Caymmi
Com uma obra caracterizada pelos temas praianos e músicas que destacam a beleza de sua terra natal, Dorival Caymmi é considerado um dos maiores compositores da música popular brasileira.

Neto de italianos, seu avô veio para o Estado trabalhar na reforma do Elevador Lacerda, um dos principais cartões postais da capital baiana, Caymmi nasceu em Salvador no dia 30 de abril de 1914. Sua ligação com a música vem desde a infância. Seu pai trabalhava como funcionário público e era músico amador, tocando violão, piano e bandolim, e sua mãe cantava em meio aos afazeres domésticos.

Ao completar 13 anos, interrompeu os estudos, após concluir o 1° ano colegial, e foi trabalhar no jornal "O Imparcial", onde ficou até 1929, quando o veículo encerrou suas atividades. Com 16 anos, já sabia tocar violão, técnica que aprendeu sozinho, e compôs a sua primeira música, a toada 'No Sertão'. Quatro anos depois, estreou na Rádio Clube da Bahia cantando e tocando violão, até que em 1935 ganhou o seu próprio programa: 'Caymmi e suas Canções Praieiras'. Nesta época recebeu um abajur cor-de-rosa ao vencer um concurso de músicas de Carnaval com o samba 'A Bahia também dá'.

Dois anos depois, aos 23 anos, Caymmi pegou um ita (nome dado aos navios que faziam a rota Norte-Sul do Brasil) e foi para o Rio de Janeiro realizar um curso preparatório de Direito e tentar conseguir um emprego como jornalista. Morando em uma pensão e trabalhando em um jornal do grupo 'Diários Associados', continuou compondo e cantando. Em 1938, começou a se apresentar como calouro na rádio Tupi (RJ), de propriedade de Assis Chateaubriand, e, depois de algum sucesso, passou a cantar em um dos programas populares da época, o 'Dragão da Rua Larga'.

Sucesso Internacional
Foi nessa época, final dos anos 30, que Dorival Caymmi deu um grande salto para o sucesso mundial, ao interpretar no rádio uma de suas canções, 'O que é que baiana tem'. O estilo inovador chamou atenção de uma empresa de cinema que buscava uma música para substituir 'No Tabuleiro da baiana', de Ary Barroso, que foi recusada devido ao alto cachê cobrado pelo artista mineiro, então no auge da carreira. A música, tema do filme 'Banana da Terra', impulsionou a carreira de Caymmi e consagrou internacionalmente Carmem Miranda. O primeiro encontro entre os dois aconteceu na casa do compositor. Logo após ouvir a música que seria tema do filme, a cantora portuguesa criou o figurino de roupas rendadas e balangandãs que marcou definitivamente a sua carreira.

Em setembro de 39, Dorival Caymmi começou a compor e apresentar várias obras-primas com o mar como principal inspiração, como 'Rainha do Mar', 'Promessa de Pescador' e 'O Mar', música utilizada em um espetáculo coordenado pela então primeira-dama Darcy Vargas. Já trabalhando na Rádio Nacional (RJ), conheceu a cantora Stella Maris, com quem se casou e teve três filhos, todos músicos: Danilo, Dori e Nana.

A partir dos anos 40, o compositor baiano passou a se dedicar ao samba-canção, gênero musical que vinha sendo praticado desde Noel Rosa. A música emblemática desta fase é 'Marina', gravada em 1947, por Dick Farney. Também neste período conheceu um conterrâneo que se tornou um grande amigo, Jorge Amado. Os personagens do escritor serviram de inspiração para algumas de suas canções como 'É doce morrer no Mar', 'Modinha para Gabriela' e 'Retirantes'.

Em 45, musicou um hino para a campanha do líder comunista Luís Carlos Prestes ao Senado. Mantida em sigilo durante muitos anos, a letra foi publicada pela primeira vez no livro 'Dorival Caymmi, o Mar e o Tempo', de autoria da neta Stella Caymmi. 'Vamos votar/ com Prestes votar/ Para o Partido Comunista/ Vamos votar', dizia um dos trechos do hino.

Na década de 50 surgiu um outro baiano na vida de Caymmi. Com um estilo de cantar diferente, João Gilberto gravou 'Rosa Morena' e 'Saudade da Bahia', levando a música de Caymmi para a Bossa-Nova, ritmo que explodiu em todo o mundo e influenciou toda uma geração de artistas. Na Bossa-Nova, ele também conheceu um compositor que levaria a beleza da música brasileira para o mundo: Tom Jobim. Até a morte de Jobim, em dezembro de 94, os dois compositores mantiveram um forte laço de amizade.

Títulos e homenagens
Reconhecido e premiado em vários países, Dorival Caymmi ganhou a alcunha de 'preguiçoso' por demorar muito tempo para lançar discos e apresentar novas músicas. Nunca compôs sob pressões externas e chegou a levar anos na criação de algumas músicas. Conta-se que demorou nove anos para concluir esta estrofe da letra de 'João Valentão'. 'E assim adormece este homem/ Que nunca precisa dormir pra sonhar /Porque não há sonho mais lindo / Do que sua terra não há!'.

A obra de Caymmi não pode ser considerada extensa: aproximadamente 120 canções distribuídas em 20 discos, onde se destacam as melodias praieiras, as de inspiração no folclore da Bahia e os sambas-canções urbanos. Para isto, Caetano Veloso, outro baiano, tem uma explicação. "É verdade que Caymmi compôs pouco mais de 100 músicas, mas todas são obras-primas. Quem é o compositor que pode se dar a esse luxo? Eu queira ser um preguiçoso assim."

Ao completar 90 anos, em abril de 2004, ganhou uma grande homenagem de seus filhos: um show que percorreu as principais capitais brasileiras com as suas canções. Desde que deixou Salvador, Dorival Caymmi divide seu tempo entre a tranqüilidade da cidade natal de sua esposa, Pequeri, na região de Juiz de Fora, em Minas Gerais, e o Rio de Janeiro.

Símbolo de sabedoria e sucesso, coleciona homenagens, como títulos (Cidadão Honorário do Município do Rio de Janeiro e Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal da Bahia), comendas (Orde dês Arts et dês Letters e Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho e Ordem do Mérito da Bahia), medalhas (Medalha do Mérito Castro Alves, Medalha Machado de Assis e Medalha do Mérito Santos Dumont), e um busto (modelado pelo escultor Bruno Giorgi nos anos 50) em Salvador, passando pela praça e avenida Dorival Caymmi em Itapuã, também na capital baiana. Outra grande homenagem à obra do compositor baiano aconteceu em 1986, quando a Escola de Samba Mangueira venceu o Carnaval carioca ao escolher como tema do seu samba-enredo a sua vida.

Caymmi morreu aos 94 anos de idade, de insuficiência renal e falência múltipla dos órgãos. O compositor estava em casa, mas, segundo declaração de familiares, sua saúde já estava abalada há algum tempo.

uoleducação

Quem quiser comer bolo confeitado , pode vir... Hoje tem !

Mãe é bicho besta ... Não deixa passar em branco um aniversário de filho.
Hoje, 29 de Abril, a festa é do Victor !




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Quero redimir-me aqui mesmo neste espaço.

Aqui onde Victor, esse menino tão querido, comemora sua data.

O dia passou depressa e o computador estava distante e desligado e consequentemente não pude oferecer a tempo meu abraço e meu carinho ao aniversariante neste dia.

Socorro fez o bolo confeitado e não o trouxe aqui pra gente.

Deixou-o escondidinho lá na cozinha.

Mesmo assim, senti alguma coisa no ar. Vim depressa, mas perdi um dia todo para descobrir que havia festa.

Senti o cheiro, tentei sentir o gosto, mas o vento estava na direção oposta e não consegui chegar a tempo.

Portanto, mesmo com atraso, quero deixar aqui para Victor o desejo de que ele possa de agora em diante recuperar todo o tempo perdido e preenchê-lo da mais pura e clara felicidade.


Abração, Victor!


!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Parabéns !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Claude