Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

POR ALOÍSIO


Desejos contidos
Mente aberta
Luz liberta.

La Chanson Française - Segunda Parte- José do Vale Pinheiro Feitosa

A geração posterior àquela que terminou nos anos 60, já tinha outra relação com o mundo. Não foi um salto qualitativo, já na chamada "Chanson de la Libération" havia uma enorme influência norte americana na música francesa. Agora a produção americana tomava espaço do que antes era europeu: alemanha, itália, frança, inglaterra, espanha e portugal. Evidente que igualmente o tango argentino, a música mexicana (caribenha) e a brasileira tinham igual influência.

Vou tomar dois exemplos desta era:



Tino Rossi - Besame Mucho




Django Reinhardt - Swett Georgia Brown

A geração que começa nos anos 60 já não canta apenas em francês. Mireille Mathieu, por exemplo, cantou em alemão, inglês e até em espanhol. Igualmente andaram por outras línguas ou cantando versões da canção internacional intérpretes como Charles Aznavour, Adamo entre outros. A França preparava-se para a invasão estrangeira e com o fim da guerra da Argélia, igualmente o conflito no Vietnã, inventou outro país. Agora criavam-se guetos culturais nunca vistos no país e este locus, socialmente discriminado, foi buscar na voz dos oprimidos e da juventude rebelde com o Rock e a partir daí para o ritmo e músicas das classes operárias, dos jovens desempregados, a música que nasceu entre os "banlieue" com o hip hop, o funk entre outros.

A geração da Chanson ainda era romântica e trilhava o espírito da França do pós-guerra. Uma música certamente que embalou muito sonhos de namoro como esta F Comme Femme de Salvatore Adamo. Que canta essencialmente a canção francesa mas uma mistura de itália e bélgica, nasceu em Comiso na Itália



Salvatore Adamo - F comme femme.

Mirelle Mathieu nasceu em 46, na classe operária, em Avignon. Como nós os nordestinos da época tinha treze irmãos. Cresceu ouvindo Piaf e colou sua formação de cantora ao mito. Não se conhece a influência do pai em sua formação musical, mas certamente teve alguma, embora operário possuía uma voz de tenor e sonhou muito com a carreira musical. Esta música de Mireille postada aqui nem é a mais importante de suas interpretações, mas seguramente teve muita presença no final dos anos 6o e início do 70:




Mirelle Mathieu - La Dernier Valse

Dalida, não era francesa, é considerada a maior cantora poliglota de todos os tempos, cantou em mais de 10 idiomas, vendeu discos como poucos. Era filha de italianos da calábria que migraram para o Egito, de modo que ela nasceu no Cairo. De qualquer modo ela está vinculada à cultura da Chanson foi na França que se radicou e onde construíu sua plataforma artística. No Egito ela chegou a Miss nacional e tornou-se atriz de cinema, por este motivo começando a cantar pois todos os roteiros a tinham como cantora. Já madura como cantora na França, ela se apaixona pelo músico italiano Luigi Tenco e ambos trabalham uma bela canção para o Festival de San Remo de 1967: Ciao Amore Ciao. Dada a importância desta música vou postá-la a seguir. Os jurados do festival não gostaram da canção e a desclassificaram. Quando Dalida retornou ao hotel encontrou Tenco morto com um tiro por suicídio. Isso leva a cantora ao desespero e um mês depois ela também tenta repetir o gesto do seu amor. Foi salva por uma camareira do hotel que estranhou o comportamento dela no quarto. Em 1987 novamente tentou e completou sua vida aos 54 anos de idade.



Dalida e Alain Delon - Parole Parole




Luigi Tenco - Ciao Amore Ciao

Nos anos sessenta no Crato um cantor francês tomou conta dos nossos ouvidos e por tabela da nossa alma: era Gilbert Becaud. Com sua voz poderosa e canções que ainda hoje balançam na nossa memória: Et Maintenant, Nathalie, Au Revoir, entre tantas como L´important C´est la Rose a qual trago aqui. Aliás Becaud que nascera em Toulon era conhecido como Monsieur 100,000 volts dada a energia que tinha nos seus espetáculos. Morreu em 2001 na sua casa barco que flutuava no rio Sena.




Gilbert Becaud - L´important C´est La Rose.

Jacques Brel é outro não francês ligado à cultura da Chanson francesa: era Belga, a mãe descendente de italianos e franceses e o pai de ascendência flamengo. Notabilizou-se em língua francesa e vez carreira na França, como todos aqueles de sucesso de sua epoca fulgurou no Olympia. Grande compositor o seu maior e mais representativo sucesso foi Ne Me Quitte Pas. Aqui postada.



Jacque Brel - Ne me quitte pas.

Um dos maiores dramas do século XIX e que teve imensa repercussão no mundo foi o extermínio dos Armênios executado pelo império Turco. Aconteceu como no regime nazista com os Judeus. Os armênio migraram para o mundo todo, especialmente para a França. Charles Aznavour é da colônia uma das mais organizadas e operativas da França. Aznavour é um cantor de muitas línguas, dos palcos do mundo todo. Aqui ele canta algo muito representativo dele: Que C´est Triste Venice.



Charles Aznavou - Que C´est Triste Venice.

Nana Mouskouri é grega, mas parte da Chanson Française. Agora não mais apenas uma canção localizada no espaço da França, mas na produção mundial, dos grandes palcos, especialmente na América. Aqui ela canta uma bela canção chamada Le Temps qui nous reste: Quelle importance le temps qu'il nous reste / Nous aurons la chance de vieillir ensemble / Au fond de tes yeux vivra ma tendresse / Au fond de mon coeur vivra ta jeunesse





Nana Mouskouri - Le temps qui nous reste.

Um último momento da noite. Para trazer estas bela canção de dois cantores francofônicos mas não franceses: são Canadenses. Trata-se de Jacques Boulanger e Ginette Reno. Vozes encantadoras e com uma canção bem estilo da juventude indo para a praia nos anos 70: Le Sable et la Mar.




Ginette Renno e Jacques Boulanger - Le Sable et la Mer.

ABOBRINHAS DE BOAS FESTAS - por Ulisses Germano

Que venha dois mil e onze
Rasgando o tempo e espaço
Deixando na pele o bronze
Do lazer e do cansaço

Mas se a vida segue em frente
Sendo assim, assim será
O viver  é um presente
Que ninguém sabe embrulhar

Só desejo aos meus amigos
Que aprendam a perdoar
Vendo em todos os perigos
Um jeito de se safar

Fiquem então com as abobrinhas
Que têm pouca serventia
Mas eu juro que são minhas
Não roubei da minha tia!


Festim

Será um ano novo
em cada detalhe.

Serei cruel com os meus mortos.
Deixarei todos em seus túmulos.

Que lhes ardam as carnes.
Que virem cinzas seus ossos.

Indiferente aos seus uivos
farei tricô e escreverei versos.

Será um ano novo
em cada movimento.

Lembrarei do ataque.
Dos risos enquanto eu enlouquecia.

Não mais irei procurar os chinelos
debaixo da cama.

Sei que é lá (debaixo da cama)
que eles esperam minha cabeça abaixada
o sangue nas têmporas para atacarem.

Pegaram-me tantas vezes justamente nesse instante.
Chega (meus mortos) é o fim dos tempos.

Deixarei cada um dentro da tumba.
E não pensarei em salvar nenhuma lembrança.

Não será a minha cabeça
a rolar do cadafalso.

Estarei fazendo tricô
e escrevendo versos.

A Poesia de Geraldo Urano

a fera ronda pobres e ricos
quer estrangular paramaribo
alcançar vênus e marte
abrir um precipício
oferece-me ouro e fama
uma jovem bonita
eu corro para santana
conto as coisas a um velho amigo

a fera não dorme
nem de dia nem de noite
engolindo estrelas ela vai marchando
um azul triste no céu
um verde triste no mar
uma flor soluça
no coração de gibraltar

a rainha do lar está em coma.
Aquela mulher é amada?
salvação! salvação!
enquanto crescem as beterrabas
eu vou batucando
e é só samba o meu coração.

vivemos nesse grande tempo
todos vivem se escondendo
só são corajosos nas canções
defendo-me da maldição
a moça da capa
vive chorando na solidão
vejo a luta do salmão
toco em ti com a minha mão

não venha a mim
sou uma pequena alegria
uma escada curta
uma nuvem como as outras
no céu da tarde
não venha a mim
sou apenas um tocador de gaita
uma flor da água
um cisne procurando a palavra
você sabe
não é qualquer um
que traz os sinais
mas um especialmente
tem muita gente nervosa
com as cores do mar
eu sou apenas um gaiteiro

Nove anos sem Cássia Eller





Por Enquanto
Cássia Eller
Composição: Renato Russo

Mudaram as estações, nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Está tudo assim tão diferente

Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre
Sem saber, que o pra sempre, sempre acaba

Mas nada vai conseguir mudar o que ficou
Quando penso em alguém só penso em você
E aí, então, estamos bem

Mesmo com tantos motivos
Pra deixar tudo como está
Nem desistir, nem tentar agora tanto faz
Estamos indo de volta pra casa

Mesmo com tantos motivos
Pra deixar tudo como está
Nem desistir, nem tentar agora tanto faz
Estamos indo de volta pra casa


Cássia Rejane Eller (Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 1962 — Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 2001 foi uma cantora e violonista do rock brasileiro dos anos 1990.

Portinari




Cândido Torquato Portinar (Brodowski, 29 de dezembro de 1903 — Rio de Janeiro, 6 de fevereiro de 1962) foi um artista plástico brasileiro. Portinari pintou quase cinco mil obras—de pequenos esboços e pinturas de proporções padrões como O Lavrador de Café a gigantescos murais, como os painéis Guerra e Paz, presenteados à sede da ONU em Nova York em 1956 e que em dezembro de 2010, graças aos esforços de seu filho, retornaram para exibição no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Portinari hoje é considerado um dos artistas mais prestigiados do país e foi o pintor brasileiro a alcançar maior projeção internacional.

wikipédia

A Poesia de Nicodemos

Affaire - Dalva de Oliveira e Herivelto Martins




O maor é terrível. O amor é belo

Tragédias tremendas e

briguinhas chifrins
Desdêmona e o mouro Otelo,
Dalva de Oliveira e Herivelto Martins.


( Aparício Torelly -Barão de Itararé)

Curiosidades





A Publicidade - Os Jingles da Rádio Nacional Melhoral, Melhoral É melhor e não faz mal ! Duas gotas, Dois minutos, Dois olhos claros e bonitos.
( Colírio Moura Brasil)
Detefon é que mata Moscase mosquitos Pulgas e baratas !

( autoria de Paulo Tapajós)
Pílúlas do Dr. Ross Pequeninas , mas resolvem.

Os jingles fizeram parte da nossa cultura radifônica .

Zilberto Cardoso

Um conterrâneo da Pedra Lavrada , que nos acompanha desde que iniciamos. Cochilamos em não convidá-lo como colaborador há mais tempo. Agora, esperamos o seu assentimento.
Sei que é amante do Crato , da nossa cultura, e da cultura universal, principalmente em se tratando de Música e cinema.
O Cariricaturas está feliz em ganhar mais um cronista de peso.
Seja muito bem-vindo, amigo.
Agradecemos o material presenteado:

Almanaque da Rádio Nacional
300 filmes para ver antes de morrer
No ar : PRK - 3o !

Espero fazer bom uso , partilhando com muitos esta valiosa contribuição.

Nosso abraço !

Estrada de terra - Aloísio

Estrada de terra

“Ir numa viagem que só traz
Barro, pedra, pó e nunca mais”
(Carro de Boi: Maurício Tapajós / Cacaso)

Navego através da internet
E o rumo à frente se foi
Estradas me levam de volta
Por causa de um “Carro de Boi”

Caminhos que vão dar na saudade
Andando a pé nas lembranças
Ao encontro de mim, criança
Que ficou no embarque do trem

E à distância pra contemplar
O hoje que está em mim
O ontem nunca me deixa
Nem por isso me desavim

Refazer o caminho de volta
Estrada de ferro não há mais
O único elo que me resta
É recordar o que ficou pra trás



Aloísio 28/12/2010

Nature Boy





O homem e o tempo - Texto da Internet

http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=2830&stat=3&palavras=o tempo e o homem&tipo=t

No mundo moderno, parece que o tempo é um artigo de luxo.
São constantes as reclamações a respeito de sua falta.
Muitos se dizem atarefados em excesso.
Incontáveis afirmam que o tempo parece passar cada vez mais rápido.
Envoltos em inúmeros afazeres, sentem-se autênticos reféns da vida.
Essa dificuldade humana para bem administrar o tempo não constitui algo novo.
O Espírito Emmanuel, mentor de Francisco Cândido Xavier, já tratou dela.
Certa feita, ele afirmou que o tempo não passa pelo homem, mas que o homem, sim, passa pelo tempo.
A diferença pode parecer sutil, mas é muito importante.
Quando se está parado e algo passa, surge uma certa sensação de lerdeza ou imobilidade, pois não se consegue acompanhar o que vai adiante.
O fenômeno apresenta-se diferente quando é o homem que passa e segue em frente.
Segundo o dizer de Emmanuel, é justamente isso que ocorre em relação ao tempo.
O homem é que se movimenta e direciona o seu viver, ao longo do tempo que lhe é dado.
Sendo assim, ele é quem dita o ritmo de sua vida.
Essa imagem feliz procura desvincular o ser humano de um sentir deletério em relação ao fenômeno temporal.
Ela busca capacitá-lo para viver em plenitude o momento presente.
Sem remorsos pelo que já foi.
Se erros foram cometidos, é necessário corrigi-los, mas de nada adianta escravizar-se ao passado.
Também evita ansiedades pelo que ainda será.
O importante é fazer o melhor no tempo presente.
Desfrutá-lo, em suas inúmeras possibilidades.
Ter ciência de que cabe ao homem disciplinar o próprio viver.
A mídia por vezes trabalha contra isso.
Ela passa a impressão de que o relevante é comprar muitas coisas, frequentar certos locais, distrair-se até a exaustão.
Habitualmente se afirma que o tempo é de ouro, ou que tempo é dinheiro.
Dependendo do enfoque, as assertivas são verdadeiras.
É preciso mesmo dar destinação útil ao próprio tempo.
Mas de forma equilibrada, sem se converter em escravo de atividades que se multiplicam de modo desnecessário.
E também sem se permitir torturar pelo que já foi ou pelo que virá.
Desfrutar o momento que se vive.
Se é horário de trabalho, trabalhar com serenidade, sem se angustiar pelo que ocorre em outros ambientes.
Em casa, desfrutar em paz da companhia da família.
Em momentos de estudo, apenas estudar.
Para viver em paz em meio às tormentas do mundo, é preciso tornar-se senhor do próprio tempo.
Eleger o que merece dedicação em dado instante e fazê-lo com serenidade.
Como disse Jesus, o dia de amanhã cuidará de si mesmo.
Se o hoje for bem vivido e aproveitado, certamente o amanhã será pacífico.
Pense nisso.

Redação do Momento Espírita.
Em 07.12.2010

EARL KENNETH HINES



Earl Kenneth Hines (28 de Dezembro de 1903 - 22 de Abril de 1983), também conhecido por Earl "Fatha" Hines, foi compositor, líder de bandas e um dos mais importantes pianistas da história do Jazz.



Nota !

O Crato recebe neste final de ano conterrãneos queridos. Mas cada encontro com um conhecido gera um abraço feliz .
Ontem nos confraternizamos com um lanche na P &C : Rosineide Ramos e Fernanda, Fátima e Monalissa, Loura e Ida Figueiredo, Francíria Alencar,eu e Márcia Barreto. Pela primeira vez não falamos do passado. Curtimos o café presente com gosto de alimentar a vida que pulsa apesar do tempo. Aliás essa mistura de gerações nos enche de vitalidade e esperança.
As fotos ficam na minha lembrança , até que alguém as envie !
Faça isso pra gente, Márcia querida ! Queremos também agradecer-lhe os mimos delicados que você nos ofereceu.

Abraços meus a todos que nos leem .Eles também estão vivos , nas entrelinhas do nosso afeto, e desejo de muitas alegrias.

Hábitos bons - Emerson Monteiro

Andei percorrendo o juízo na busca de um tema que correspondesse aos propósitos iniciais do ano que daqui a pouco vem chegar, e trouxe algumas ideias quanto aos hábitos positivos, para exercitar nesse novo período. A mesma energia aplicada no exercício dos vícios pode ser utilizada na adoção das atitudes do crescimento social, humano, interior, na gente. Os esforços investidos no uso das bebidas alcoólicas, fumo, excessos alimentares, falar da vida alheia, dormir demais, gastar o tempo em ações inúteis, forçar os outros a engolir nossos defeitos, tudo isto poderá conter a diferença entre gastar o tempo de qualquer jeito, ou utilizá-lo na construção das alternativas de viver melhor.
Educar diz bem o que isso representa em termos de transformação individual numa pessoa. Saber pensar formas convenientes de crescimento, abrindo espaços a mudanças de mentalidade, desenvolve as chances para construir os alicerces do futuro promissor, na criança, no jovem, no adulto, e marca pontos no progresso dos países. Enquanto, sobretudo os jovens, precisam adquirir o hábito de valorizar o seu potencial através do estudo, fugindo das drogas, dos costumes nocivos, os adultos necessitam praticar o que aprenderam na existência, dando forma aos projetos de ensinar pelo exemplo todos os seus praticados.
As metas de alterar a cantiga da história em favor dos ensinos renovadores percorrem, pois, as escolhas particulares das pessoas. Desejar o que é bom, sem exercitar a prática correspondente, nada acrescenta à herança que deixaremos aqui neste chão. As grandes safras passam pelas mãos dos que possuem vontade, coragem, disposição de transformar o quadro das épocas que viveram, dotadas dos firmes propósitos de mostrar serviço naquilo em que participaram.
Quantos hábitos bons aguardam a aceitação interna dos individuais, para o fim de acrescentar paz, saúde, progresso, a este nosso mundo ainda em fase de elaboração, o qual todo dia fornece a matéria prima de projetos válidos onde há vagas para quem quiser chegar e trabalhar.
Enquanto isto, os primeiros passos pedem visão e discernimento dos operários do porvir humano. O lado que ama sempre consegue mais em termos de reverter longas esperas de desânimo. Agir com o querer da religiosidade natural, viajar dentro dos sonhos das melhores coisas e serenar a consciência e produzir valores que tragam resultados afirmativos. Deste modo, um começo de ano apresenta o sabor das sementes doces a serem plantadas nas 365 folhas brancas, abertas para preenchimento ao gosto dos autores desse outro calendário que logo mais se inicia.

"San Francisco" , na Bahia - Por Socorro Moreira



Em 1989 eu morava em Barra do Mendes (BA), uma cidade perto de Irecê, na trilha do feijão.
Sentia-me às vezes fora da civilização, e reunia os amigos, na minha casa. Aí, virava festa!
Foi assim, no carnaval daquele ano. Um chegou de Petrópolis; duas amigas de Porto Alegre, em companhia de um amigo alemão, e três amigos franceses; outro de Brasília e mais três amigas da cidade, alem do meu filho André e da minha irmã Teresa, totalizando um grupo de 14 pessoas.
No primeiro dia de carnaval fomos todos à feira e compramos uma peça de tecido estampado, que lembrava o Havaí. Íamos cortando a fazenda em tiras, amarrando no corpo, estilizando a fantasia do bloco.
Ficamos prontos para o primeiro baile. O entusiasmo foi tanto, que torci o pé, nos primeiros pulos, e tive que engessá-lo. Enquanto a turma continuou curtindo os dias de festa, aluguei um monte de filmes, e vivi estoicamente o meu retiro.
Quase todo mundo saiu daquele encontro, praticamente casado. Eu permaneci no celibato. Entretanto , poucos dias foram mais felizes !
Enquanto Nicodemos fazia sucesso tocando guitarra e cantando Raul Seixas, um casal de franceses entoava uma canção , que aprendi a gostar, e que eles cantavam para mim, repetidamente: “San Francisco”.
Nunca encontrei esta música em cds ou vinis. Não sabia o título. Hoje a encontrei no YouTube e vibrei com o achado.
Ela tem gosto do novo, de risos, enamoramento... Todos estávamos apaixonados uns pelos outros!.
O Cariricaturas com seu poder agregador, quem sabe não alcançará a lembrança de alguns , presentes naqueles tempos?