Será um ano novo
em cada detalhe.
Serei cruel com os meus mortos.
Deixarei todos em seus túmulos.
Que lhes ardam as carnes.
Que virem cinzas seus ossos.
Indiferente aos seus uivos
farei tricô e escreverei versos.
Será um ano novo
em cada movimento.
Lembrarei do ataque.
Dos risos enquanto eu enlouquecia.
Não mais irei procurar os chinelos
debaixo da cama.
Sei que é lá (debaixo da cama)
que eles esperam minha cabeça abaixada
o sangue nas têmporas para atacarem.
Pegaram-me tantas vezes justamente nesse instante.
Chega (meus mortos) é o fim dos tempos.
Deixarei cada um dentro da tumba.
E não pensarei em salvar nenhuma lembrança.
Não será a minha cabeça
a rolar do cadafalso.
Estarei fazendo tricô
e escrevendo versos.
em cada detalhe.
Serei cruel com os meus mortos.
Deixarei todos em seus túmulos.
Que lhes ardam as carnes.
Que virem cinzas seus ossos.
Indiferente aos seus uivos
farei tricô e escreverei versos.
Será um ano novo
em cada movimento.
Lembrarei do ataque.
Dos risos enquanto eu enlouquecia.
Não mais irei procurar os chinelos
debaixo da cama.
Sei que é lá (debaixo da cama)
que eles esperam minha cabeça abaixada
o sangue nas têmporas para atacarem.
Pegaram-me tantas vezes justamente nesse instante.
Chega (meus mortos) é o fim dos tempos.
Deixarei cada um dentro da tumba.
E não pensarei em salvar nenhuma lembrança.
Não será a minha cabeça
a rolar do cadafalso.
Estarei fazendo tricô
e escrevendo versos.
Um comentário:
Um final tricotado
A linha é o verso
Agulha é o poeta...
Não existirá o frio , nesta neve vida.
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