Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

ENVIE SUA FOTO E COLABORE COM O CARIRICATURAS



... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

Para participar, envie suas fotos para o e-mail:. e.
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claude_bloc@hotmail.com

terça-feira, 16 de novembro de 2010

CARIRIANAS


SOBRE NÓS

Zé Nilton(*)

Recentemente peguei uma mania de ficar pensando pelas madrugadas adentro. Altas horas e eu ali matutando coisas. Antes me pegasse transido do alumbramento bandeiriano quando disse “pensando na vida e nas mulheres que amei”. Não é. Até porque, contrariando Martinho da Vila, pouco as tive. Conto nos dedos. E aqui pra nós eu não sei elas mas eu ainda hoje mantenho uma incomensurável paixão por cada uma. Ih, dirá você que “já passou, já passou”, ele continua com seus superlativos. E eu lhe direi: continuo.

Mas voltando, há momentos melhores pra gente pensar que quando nos entregamos às insônias das horas mortas? Só sabe quem se encontra no limiar da quadra perigosa dos sessenta. Estou nessa.

E assim pensando pensei noutro dia, na ante véspera do amanhecer, sobre a questão da identidade. Sobre os elementos formadores da identidade de um povo. Aí me veio à lembrança a famosa definição do termo Cariri, lida em todos os compêndios de história como sendo um qualificativo tupi, que significa – calado, silencioso –, em contraposição a outros índios tidos como palradores incoercíveis.

Para começo de conversa, após o Tupi o Cariri detém grande importância para a construção da identidade do povo brasileiro, notadamente do Nordeste. Povo numeroso ocupava grande extensão do Nordeste Central, abrangendo uma área cultural desde o norte da Bahia até o sul do Piauí, concentrando-se pelos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.

Só para você ter uma idéia, quando no Século XVIII inicia-se o paulatino processo de ocupação das terras do sul da província do Ceará, inaugura-se igualmente o processo de genocídio e etnocídio das populações indígenas por empresas portuguesas, paulistas e mesmo nordestinas, por um lado, e por outro por contingentes familiares à procura de terras para a criação de gado, de pedras preciosas e do enriquecimento fundiário. E no meio disto tudo as missões catequéticas fazendo um jogo dúbio entre religião e poder.

Mesmo antes da presença de entradas e bandeiras, de forças militares, de curraleiros e de aventureiros, é bom que se diga, os primitivos habitantes das terras do Nordeste já vinham sofrendo um lento processo de dizimação, mercê de guerras intertribais pelo domínio de melhores áreas para a sobrevivência. É sabido que os Índios Tapuias, como eram denominados todos os índios não tupis, tanto por estes como pelos agentes das entradas e bandeiras, habitavam primitivamente o litoral e sofreram um paulatino processo de expulsão por grupos tupi-guarani para o interior. No interior das províncias tiveram que lutar com outras tribos por locais mais amenos e urbertosos, como beira de rios, planaltos, baixios. O nomadismo indígena levou a extinção quando não aculturação e mistura com outras guildas como sobrevivência étnica.

Um momento de grande turbulência ocorreu na maior tragédia entre os índios do Nordeste de um lado, e de outro, de colonos, de posseiros, de vaqueiros, de militares e missionários na chamada “Guerra dos Bárbaros”, ou Confederação dos Cariris. A maior rebelião dos silvícolas em terras nordestinas se arrastou por quase cinquenta anos, entre 1683 a 1713, com períodos de tréguas, de menor ou maior combate. Os agentes sociais de cabo da superioridade pela força das armas de fogo, das estratégias de combate e do apoio vezes velados vezes por interpretações das dúbias leis do estado português, enfim cumpriram seu ideal, o enfraquecimento da moral indígena e sua rendição às entradas e posses de suas terras.

Este famoso levante por parte das populações indígenas, desde o Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará como um todo resultou numa tomada de atitude do conjunto das tribos frente ao moto-contínuo de violência, covardia, subjugação e escravidão de famílias indígenas praticados por hostes de ádvenas de todas as partes. Crônicas missionárias falam de homens brutais e sanguinários, desconhecedores de leis e de limites da condição humana, despreparados para o exercício da alteridade cujo único interesse a mover sua inteligência e bravura para adentrar os longínquos, desconhecidos e temerosos sertões resumia-se tão-somente na busca do enriquecimento.

Tribos da nação Cariri destas bandas dos Cariris-Novos participaram do levante contra os bárbaros a partir de 1713 como os Icó, os Cariri, os Jenipapo, os Jucá, os Cariú entre outras, na segunda fase da Guerra, declarada pelos índios mansos e aldeados.

A visão idílica e romanceada com a qual alguns historiadores e escritores descrevem a vida das populações indígenas não condiz com a realidade de sua permanência no solo brasileiro, principalmente no nordestino. Desde que o homem branco guiado pelos tupis domesticados e escravizados (os bárbaros) pisou em solo nordestino, plantaram uma rotina de beligerância e desassossego no seio dos povos indígenas.

Usaram e abusaram de seus adjutórios em conflitos estranhos a seus interesses, recrutando-os sob pena de severos castigos para servirem em frentes de batalhas em decorrência das invasões holandesas na Bahia e em Pernambuco, da francesa no Maranhão, da guerra dos Palmares em Alagoas, do projeto expansionista da Casa da Torre, na Bahia, das lutas de potentados familiares como a dos Monte e Feitosa (nos Inhamuns e Cariri) e, por último, em movimentos pela independência como a Revolução de 1817 e na Guerra do Pinto ,em 1832. Saibam que o governo cearense convocou os últimos remanescentes indígenas para perfilarem-se juntos às forças restauradoras em favor da coroa portuguesa.

E saibam também quer quando ainda se chamava a nossa região de cariris-novos tribos que ocupavam seu espaço eram por demais fragmentadas em função dos embates tribo a tribo e dos constantes avanços de colonos e posseiros em guerras de conquista nesses tristes vales.

E digo mais, para extirpar de vez os últimos dos moicanos em terras caririenses, já que o grosso dos indesejáveis havia sido levados a pé para o litoral, em 1790, em 1860 guarnições bélicas dos estados da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará insurgiram-se contra remanescente dos Cariri, reduzidos entre Jardim e Milagres. Foi um massacre. O escocês Gardner noticia essas pobres figuras ainda tentando sobreviver, em 1834.

É isto. Nas minhas faltas de sono estou pensando em nós. Continuamos calados, silenciosos, arredios, amedrontados... Os bárbaros estão à vista, palradores e cheios de Crato.

Está tudo certo. Não há nada a dizer.

(*)*Antropólogo. Professor do Departamento de Ciências Sociais da URCA
E-mail: figueiredo.jnilton@gmail.com

"Cariricaturas em prosa e verso"- Edição Especial


-Sem  ônus para os  escritores.
-Número de textos por autor : 2 + release + fotografia
-Reciprocidade : 5 livros para cada autor.


Autores convidados: todos os nossos colaboradores !

-Os textos deverão ser enviados para o e-mail de Stella ,até no máximo, 15 de Dezembro de 2010.
-Fase de revisão : o necessário .

- stelasiebra@yahoo.com.br

Curtíssima.Liduina Belchior.


Amar o ser
ou sentir dó?
Amar é o sentido.
A folha só cai por
determinação.

Olhando Nada. Por Liduina Belchior.

O olhar dirigido
a um só ponto
sem olhar para
nenhum dos lados
o ponto focado,
lêdo engano, era
o foco errado.
O olhar lânguido
querendo ver mais
se estendeu até o
infinito e o infinito
fica entre o óbvio
e o incompreensível.

O Mundo diz não aos dólares "fake" dos EUA - Eric Margois no Huffingyon Post

Este artigo de Margolis é o que melhor resume os resultados da Reunião do G20. Resultados que se traduziram por um tremendo não às políticas americanas de emitir 600 bilhões de dólares para tentar sair da crise. Isso já ocorrera com aquilo que o articulista chama de uma "bofetada que se ouviu em todo o planeta". Isso por que "a agência estatal chinesa de avaliação de créditos reduzindo a avaliação do crédito dos EUA e o questionando como economia líder do mundo". Na prática "a China denunciou “a deterioração da capacidade de pagamento” de Washington e previu que a emissão de bilhões em papel-moeda resultará “fundamentalmente em redução da solvência nacional”.

O articulista traduz bem o que significa a ação americana: "exportam inflação para o mundo inteiro, para reduzir sua gigantesca dívida, pagando os credores com dólares desvalorizados." A União Europeia, o Japão, China, Brasil e Rússia uniram-se na oposição à segunda “flexibilização quantitativa” de Washington, vendo nela uma ameaça à estabilidade financeira e ao comércio global. Também muito significativamente, reagiram contra a tentativa, pelos EUA, de culpar a moeda chinesa desvalorizada, pela instabilidade atual. Washington acusou a China de manipular sua moeda para mantê-la subvalorizada. Alemanha e Brasil, para grande embaraço dos EUA, acusaram os EUA de também manipular a própria moeda. O dólar depreciado faz crescer as exportações norte-americanas e prejudica as nações que exportam para os EUA. Os economistas chamam isso de “matar de fome o vizinho” – prática comercial destrutiva e predatória que teve papel importante na depressão mundial dos anos 1930.

"A onda de dinheiro fake de Washington está provocando erosão no valor do dólar, principal moeda de troca mundial. Nos dois últimos meses, o dólar norte-americano caiu mais de 6% em relação às principais moedas. Investidores assustados estão correndo para o ouro, que já valorizou 17% em 60 dias.

O governo Obama, que acaba de levar “uma surra braba” [dos eleitores nas eleições de meio de mandato, e precisa desesperadamente reduzir o desemprego, aposta que mais terapia de choque trará a economia de volta à vida. Mas a dívida interna, gigantesca, já levou ao colapso financeiro de 2008, nos EUA.

A dívida interna dos EUA atinge a cifra estratosférica de 14 trilhões de dólares. Ninguém trata vítima de envenenamento com mais veneno. É quimera imaginar que conquistaremos a prosperidade gastando dinheiro emprestado. Antes de 2007, os EUA viveram à larga, crendo em créditos inexistentes. Esse tempo acabou, mas ninguém se atreveu, até agora, a contar aos eleitores.

Além de desestabilizar o câmbio e o comércio, o maremoto de moeda norte-americana jorra sobre os mercados emergentes, onde os investidores norte-americanos vão em busca de melhores taxas de juro que os miseráveis 0,03% que encontram em casa.

De fato, é bem possível que os fóruns econômicos da semana passa na Coreia do Sul e no Japão tenham sido o começo do fim da era do dólar norte-americano, que comandou as finanças e o comércio planetário desde 1945. A fonte primária do poder dos EUA é a economia e a força financeira. O dinheiro tem mais poder que aviões bombardeiros e divisões aerotransportadas.

O dólar continua rei, mas a era de sua supremacia internacional parece estar terminando. À medida que o dólar enfraquece, enfraquece o poder dos EUA no mundo. A culpa por tudo isso é, integralmente, dos políticos norte-americanos e dos oligarcas de Wall Street.

Semana passada, Washington foi varrida por rara onda de bom-senso. Painel presidencial bipartidário sobre redução da dívida pública propôs corte de $4 trilhões nos gastos federais.

No alvo dos cortes propostos, todas as vacas sagradas políticas. O corte proposto na carne da mais sagrada delas – o orçamento militar – é da ordem de $700 bilhões. Um terço das bases militares dos EUA pelo mundo terão de ser fechadas. E terá de haver cortes na seguridade social e nos subsídios para hipotecas; aumento na idade mínima para aposentadorias; e congelamento total de vários dos projetos locais dos quais muitos políticos fazem meio de vida. Além de previsível aumento de impostos.

O ranger de dentes já começou. Infelizmente, cortes de gastos drásticos e impopulares são altamente improváveis, sobretudo num Congresso no qual Republicanos e Democratas estarão em eterno empate. Os EUA precisariam de um ditador econômico, para conseguir implementar todo o Plano de salvação proposto pelo Painel.

A China já tem o seu ditador econômico – por ironia, é o Partido Comunista. Os EUA, mortalmente viciados em guerras e dívidas, só têm paralisia política e fiscal."

Em outras palavra, acrescento a Margolis, o ditador econômico é o mesmo ditador político, não existe separação entre os dois. Não é repetição da história, mas um padrão a lembrar as ditaduras do anos 30.

Transportes públicos - Emerson Monteiro

Urgentes providências exigem os serviços públicos no Brasil, a exemplo dos transportes urbanos, que favorecem sobretudo os proprietários de automóveis, proprietários dos veículos e também das ruas todo tempo. Enquanto disparam suas bólides luxuosas e faiscantes para os lugares aconchegantes das residências e dos escritórios de lucrativas empresas, a pessoa tradicional, egressa das camadas já excluídas da grande massa humana, mofa pelas calçadas à espera dos ônibus trepidantes e morosos, na aventura pelo pão de cada dia.
Sempre falam nisso os parlamentares, no entanto as leis pouco representam dessa preocupação em termos práticos que demonstrem retorno correspondente do quanto custam os nossos legisladores dos três níveis. Notaram o drama do zé povinho dependurado, nos momentos de pico, nas portas empanturradas de gente até o gogó, sem ergueram a voz nas tribunas que traduza medidas correspondentes.
Desde que me entendo de gente vem sendo assim. O transporte público brasileiro deve séculos de respostas aos simples usuários das periferias na sua luta insana pelo sustento e pela sobrevivência, no ir e vir das cidades.
Nesse mundo a fora existem pesquisas de meios alternativos de combustíveis dos transportes, desde álcool de beterraba a energia elétrica, mesmo assim a gasolina ainda reinará por umas duas décadas. Barateando o custo de consumo por certo aparecerão chances de lembrar o operário, a faxineira, o estudante pobre, o pequeno empreendedor, no esforço de vencer distâncias.
O carro elétrico, no Japão, país limitado nas suas reservas petrolíferas, isenta de impostos os consumidores, facilitando uso e aquisição, numa possibilidade menos agressiva aos recursos naturais. A pesquisa da energia solar, outro meio alternativo, cresce todo momento, sem qualquer prejuízo ao meio ambiente, energia renovável e limpa.
Quando adotadas outras fontes energéticas, o petróleo achar-se-á liberado para novas aplicações durante a civilização tecnológica destes tempos petroquímicos.
A expectativa por isso de usar com mais racionalidade os instrumentos oferecidos pela natureza bem que pode somar elementos ao espírito dos governantes, no sentido de olhar a grande população em seu amplo aspecto. Será o que exige a democracia das ruas, livre de ver os índices populacionais qual peças de manobra e lucro das multinacionais, ausente de critérios justos no trato organização política.
Fiz o vídeo "Ribuliço na Pueira" para homenagear e reconhecer o valor de algumas das inúmeras pessoas com compartilho conhecimento e criatividade. Apresentei nos Sesc do Cariri em abril 2010 como parte das comemorações de meu cinquentenário. Faltam muitas pessoas neste vídeo e se fosse colocar todas, daria uma mini-série... É uma metáfora onde cada imagem que aparece, representa um enorme grupo de quem não tive acesso a fotos no momento da edição , mas que são igualmente importantes em meu processo de conhecimento e reconhecimento do Mundo. Todos são importantes, e em essência, todos somos iguais.
Abraço a todos!

Descobrindo Celso Fonseca...Muito legal !




Celso Fonseca (15 de Novembro de 1956) é um cantor, guitarrista e compositor brasileiro.


Celso Fonseca começou a tocar violão aos 12 anos e 19 dedicou-se a música como uma profissão. sua primeira influência no violão foi de Baden Powell, Fonseca já trabalhou com Gilberto Gil, Marisa Monte, Bebel Gilberto entre outros. Em meados da década de 1980 teve seu primeiro álbum a solo e também se tornou um produtor.



Perdí
Celso Fonseca
Composição: Celso Fonseca

Sim, foi assim que aconteceu
Era fácil de prever como tudo acabaria
As artimanhas que não fiz prá roubar sua atenção
e você ficar na minha

Não convidei para dançar
Desviei do seu olhar e saí da sua mira
quando você desapareceu
eu não pude acreditar que foi tudo por um triz

foi tão difícil acreditar nas promessas que não fiz
do amor que eu lhe daria
ah, quanta coisa prá dizer mas na hora de falar
não acerto a pontaria

Não convidei para dançar
Desviei do seu olhar mas jamais esqueceria
quando você desapareceu é que fui lhe procurar
era tarde e eu lhe perdia





2ª GUERRILHA DO ATO DRAMÁTICO CARIRIENSE
PROGRAMAÇÃO DO DIA 16 DE NOVEMBRO DE 2010
TEATRO RACHEL DE QUEIROZ - CRATO-CE

19h00min: DONA PATINHA VAI SER MISS (Infantil, 50min), Cia. Teatral Anjos da Alegria

Agulha no palheiro - José Nilton Mariano Saraiva

Logo após o seu lançamento no Brasil, em 2001, o adquirimos, por entender tratar-se de uma grande (literalmente), necessária e imprencindível obra. E não era pra menos: na sua elaboração, nada menos que 200 lexicógrafos e especialistas no mister participaram da empreitada, e em suas 2.924 páginas o Dicionário Houaiss nos traz cerca de 228.500 verbetes, 376.500 acepções, 415.500 sinônimos, 26.400 antônimos e 57.000 palavras arcaicas, além de um sem número de consistentes informações técnicas,
evidentemente que versando sobre a Lingua Portuguesa, daí também ter sido lançado em Portugal (sem qualquer demérito ao “Aurélio”, o Houaiss lhe dá de goleada) Temo-lo, pois, como um companheiro dileto, sempre que – como agora – queremos colocar o preto no branco, tentar passar alguma coisa pra você, aí do outro lado da telinha.
Pois foi exatamente numa dessas íntimas trocas de confidências durante a madrugada (vocês também conversam com o Dicionário, no silêncio da noite ???) que a porca torceu o rabo: a palavra que procurávamos, que não nos recordamos no momento, começava com a letra “P”, cujo vastíssimo banco de dados se encontra relacionado entre as páginas 2.099 a 2.340 do Houaiss, para onde nos dirigimos. Uma primeira pesquisa e a surpresa desagradável: nadica de nada da dita-cuja. Pacientemente, creditamos o seu “não encontro” à zonzeira típica da chegada do sono àquela hora, razão porque nos dirigimos à cozinha para bebericar um gole d’agua e “lavar a fuça”, objetivando acordar de vez. Numa nova tentativa, nada da palavra. Ficamos um tanto quanto equivocados e murmuramos cá com os nossos botões: como é que pode,
um “bichão” desse tamanho (dicionário) nao ter uma simplória palavra igual àquela. E assim fomos nos deitar com a pulga atrás da orelha.
Pela manhã, já descansado e alimentado, partimos pra encarar a fera de frente, na perspectiva de que dessa vez ela não nos escaparia. Ledo engano. A tal palavra, definitivamente, não constava do estupendo Houaiss. Inconformados, tomamos então uma decisão radical: tal qual e como que a procurar uma agulha no palheiro, sofregamente conferimos, uma a uma, da página número 01 à página número 2.924, à procura da falta de alguma página. E, realmente, para nossa surpresa, encontramos, não só na letra
“P”, mas, também, em mais duas outras letras, quatro ou cinco páginas faltando (em cada uma) e, em seu lugar, páginas repetidas, num imperdoável erro de impressão (ou organização, ajuntamento e por aí vai) para uma obra de tamanho vulto.
Imediatamente acionamos o site donde o havíamos solicitado via Internet (Livraria Saraiva) e fomos orientados a devolver o Dicionário, via sedex (evidentemente que sem custos); dias depois, recebemos um outro exemplar de volta (e aí já completo), com o agradecimento da editora responsável (Objetiva), que alegou que no “lote” em que se encontrava o que adquirimos teria havido o tal problema (repetição e falta de páginas). Se, por conta disso, houve um “recall” posteriormente (solicitação de devolução de um lote ou de uma linha inteira de produtos, feita pelo fabricante do mesmo), não sabemos e nem nos foi dado conhecimento (mas, aqui pra nós, se você chegou a adquirir um Dicionário Houaiss, confira pelo menos a letra “P”, ok ??? ).
Como o caso guarda similitude com o ocorrido com as recentes provas do Enem, achamos que seria interessante narrá-lo aqui. Sem tirar nem por. Preto no branco. Transparentemente. Pra mostrar que essas coisas acontecem, independentemente da boa intenção de alguém. E para que os apressadinhos de plantão não cometam a heresia (ou seria idiotice ???) de culpar um Ministro de Estado ou o Presidente da República por problemas menores (gráficos), como querem fazer crer, em relação ao Enem.
No mais, tirante esse detalhe (atípico), vale a pena investir no Houaiss

16 de Novembro - Dia Nacional de Combate ao racismo

Aos amigos do Cariricaturas - Foto de Pachelly Jamacaru


"Minha poesia e minha vida têm transcorrido como um rio americano, como uma torrente de águas do Chile, nascidas na profundidade secreta das montanhas austrais, dirigindo sem cessar até uma saída marinha o movimento de suas correntes. Minha poesia não rejeitou nada do que pôde trazer em seu caudal; aceitou a paixão, desenvolveu o mistério e abriu caminho entre os corações do povo. Coube a mim sofrer e lutar, amar e cantar; couberam-me na partilha do mundo o triunfo e a derrota, provei o gosto do pão e do sangue. Que mais quer um poeta? E todas as alternativas, desde o pranto até os beijos, desde a solidão até o povo, perduram em minha poesia, atuam nela porque vivi para minha poesia e minha poesia sustentou minhas lutas. (Confesso que vivi, p. 178.Pablo Neruda)."


Acho que ando me despedindo da vida. Atitude necessária de quem está de partida, mesmo sem saber o dia.
Um processo de catarse , reconhecimento da minha própria identidade, aclarando valores reais, principalmente os afetivos.
Este "point" virtual é muito mais do que uma troca de informações ...É um canteiro de sementes que florescem, morrem, revivem !
Às vezes sinto a compulsividade de alimentar o Cariricaturas , pra manter a sua vitalidade , e sinto que me excedo, mas de certa forma é algo incontrolável. Queria ter a paciência de separar o joio do trigo , e excluir o superficial, postado por mim.
Fico muito feliz , quando os colaboradores escolhem o que lhes agrada. Fico feliz quando os leitores , em busca de algo especial, nos acham !
Todo dia é um recomeçar, um repensar, um incontido entusiasmo de escrever nas nuvens, o que o meu coração gosta ou dita .
Um brinde  geral, um cachimbo de paz, um canto em uníssono.... Celebremos a vida !

socorro moreira

Perfil amigo - Por Socorro Moreira



Se a vida fosse Dezembros
E Natal fosse todo dia
Expressariam uma família
Corações em sintonia
Festa do amor/compreensão
-Papai Noel dos meus dias !

Perfil de um amigo- À poesia de Pachelly Jamacaru- Por Socorro Moreira




Declara cores
Abre a porta do invisível
Abismal encanto

Esbarro nos eus conhecidos
Eus inocentados
Enrolados nos fios da vida
Pontes de retorno
Espaços, e asas pra voar

A poesia é casada
Com todos os grãos do universo
Mesmo assim não trai
Mesmo assim , a quero !

Troca aurora por crepúsculo
Troca e retroca beleza
Perde amores ,acha cores
Perde tempo , acha rimas
Troca o dia por um sonho
Troca o sono pela vida

O carma do poeta é ficar cego
Pra tocar em todos os mistérios.

Em reverência à Pachelly
Fiz o pão do meu dia
Com o trigo da palavra
E no forno da emoção
Ganhei o cheiro de pão
E o dourado da poesia.

O Paradigma da Atual Crise do Capitalismo - resumo de um artigo de Jorge Beinstein

Artigo original: O naufrágio do Centro do Mundo

A crise pela qual passa o sistema capitalista mundial é um imenso desastre, provocando rupturas radicais, gerando processo amplo de decadência social. Vem da década de 70, deteriorando a cultura produtiva e a precarização laboral que diminui a pressão salarial sobre a rentabilidade capitalista e a competitividade internacional. Degradou a coesão laboral e o interesse dos assalariados pelas estruturas de produção. Ineficácia dos processos de inovação, déficit crônico do comércio exterior (nos EUA foi $815 bilhões em 2007).

Expandem-se os negócios financeiros e a concentração de renda. A expansão absorve capitais industriais e de atividades produtivas. Faltam recursos para as empresas se desenvolverem e competir, e o Estado para financiar gastos militares e civis. A concentração de renda nos EUA é o desastre: em 2007 os 1% mais rico da população absorveu 20% da Renda Nacional (em 1980 ERA 7%). Os 10 % absorvem quase 50% da renda nacional hoje.

A concentração além de não gerar poupança e investimento industrial, gerou consumo e negócios improdutivos. Consumo de tecnologias da informação e da comunicação num universo virtual acima do mundo mágico, onde fantasia e realidade se misturam. Resultou em desintegração social, aumento da criminalidade, criminalização de pobres, marginais e minorias étnicas. A população aprisionada é a maior do mundo nos EUA: 7,2 milhões de norte-americanos sob custódia judicial. Com menos de 5% da população mundial, têm 25% de todos os presos do planeta.

O centro dinâmico da economia dos EUA é o Complexo Industrial Militar convergindo o Estado, a indústria e a ciência. Em 2008 este Complexo gerou um gasto de 1,1 trilhões de dólares. Nesse ano, aproximadamente 30 milhões de pessoas (número equivalente a 20% da População Economicamente Ativa) viviam dele. Embora responsável pela expansão do consumo de massa, a partir daí ele se transformou em fator decisivo do déficit fiscal, causando inflação e desvalorização internacional do dólar.

A outra questão é que a sofisticação tecnológica se encapsulou nas armas e não em aplicações civis, reduzindo a competitividade industrial. A separação entre a ciência militar (devoradora de fundos e de talentos) e a indústria civil lembra o período terminal da ex-União Soviética. O Complexo está na raiz da decadência do Estado com perda da sua capacidade integradora (declínio da segurança social, predominância da cultura elitista em seus centros de decisão, etc.), da degradação da infra-estrutura, déficit fiscal crônico e aumento da dívida pública.

A dependência energética é um paradigma das agruras do futuro. Os EUA importam 65% do petróleo que consomem, num cenário mundial de redução da produção de petróleo por esgotamento das reservas. A substituição por biocombustíveis reduz a disponibilidade de terras agrícolas para alimentos, com aumento geral dos preços e efeito inflacionário. O EUA além de não aproveitaram a vantagem energética do século XX não aplicaram qualquer racionalidade para encontrar alternativas. Em parte por pressão das petroleiras cada vez mais detentoras do “espírito selvagem” do capitalismo e ávidas por lucros. Resultado: mergulharam na cultura de curto prazo da hegemonia financeira, subordinando-se completamente aos interesses imediatos dos grupos econômicos dominantes.

O modelo, revestido por um manto ideológico de liberalismo, subordinou o sistema tecnológico ocidental-moderno à cultura individualista (por exemplo, o automóvel), como estilo de vida dominante. Tal cultura vive da exploração intensiva de recursos naturais não renováveis ou na destruição dos ciclos de reprodução dos recursos renováveis. Desse modo o capitalismo industrial se tornou “independente” dos ritmos naturais, submetendo brutalmente a natureza. O que era progresso nos séculos XIX e XX, como a grande proeza da civilização burguesa, era uma de suas irracionalidades fundamentais.

O sistema produtivo perdeu dinamismo e recebeu transfusões de artificialidades: expansão do consumo privado (das classes altas), gastos militares e atividades parasitárias lideradas pelo sistema financeiro, provocando crescentes desequilíbrios fiscais, acumulação incessante de dívidas públicas e privadas. A dívida pública americana atingiu em 2008 a quantia de $ 9,5 trilhões e a dívida total dos norte-americanos (pública mais privada) estava em $ 53 trilhões o equivalente ao Produto Bruto mundial. As bolhas são a imagem de um caldeirão fervendo: consumindo muito além das suas possibilidades produtivas.

Os EUA passaram a observar na sua paisagem o levantar de vôos de uma série de tendências perversas: déficits comercial, fiscal e energético, os gastos militares, o número de presos e as dívidas públicas e privadas. Enquanto os corpos nocivos subiam, os objetos benéficos começaram a cair: redução da taxa de poupança pessoal e a queda do valor internacional do dólar, com declínio da supremacia imperial. Totalidade social decadente com convergência de fatos culturais, tecnológicos, sociais, políticos, militares, etc. Ó conjunto leva a uma visão da degradação do capitalismo estatista-keynesiano. Tem-se uma louca corrida militar contra um inimigo (terrorista) global imaginário, bolha imobiliária e das dívidas que estavam ocultas pelos números de aumento do Produto Interno Bruto e a sensação (midiática) de prosperidade.

Os EUA são o paradigma da crise mundial por ser o centro do mundo (do capitalismo global) e seu declínio é a redução do espaço essencial da interpenetração produtiva, comercial e financeira em escala planetária. Estamos numa trama muito densa da qual nenhuma economia capitalista desenvolvida ou subdesenvolvida ousa escapar (a não ser rompendo o funcionamento do capitalismo composto por classes dominantes locais altamente globais). A expansão econômica na Europa, China e outros países subdesenvolvidos e o efêmero japonês, foi apenas a prosperidade da expansão consumista-financeira norte-americana.

Os EUA tem 25% do PB Mundial é o primeiro importador global e principal cliente da China, Índia, Japão e Inglaterra, e o da Alemanha, fora da Europa. A rede dos negócios com produtos financeiros derivados (mais de 600 trilhões de dólares ou 12 vezes o Produto Bruto Mundial) articula-se a partir da estrutura financeira norte-americana. As bolhas que nascem nos EUA se espalham no mundo como, as ondas de uma pedra sobre as águas de um lago. A movimentação econômica do mundo articula-se a partir do mercado americano.

Os Estados Unidos consomem em excesso, pagando com seus dólares desvalorizados e impondo seu entesouramento (na forma de reservas) e títulos públicos, que financiaram seus déficits fiscais. Foi também, graças a esse parasitismo que europeus, chineses, japoneses, etc., puseram no mercado imperial as suas exportações de mercadorias e de excedentes de capitais. O parasitismo financeiro é norte-americano e universal e reproduz capitalismos centrais e periféricos que precisam ultrapassar seus mercados locais, para fazer crescer seus benefícios. A Europa Ocidental, o Japão e a China, exportam graças aos seus baixos salários (comprimindo seu mercado interno).

Em outras palavras é a própria “globalização” que está afundando: não a nave principal da frota (se assim fosse, numerosas embarcações poderiam salvar-se). Neste sentido as saídas apontadas não passam de ilusões conservadoras: descolamento de várias economias industriais e subdesenvolvidas da recessão imperial e renascimento do intervencionismo keynesiano. Nos países centrais houve um fenômeno duplo: degradação geral dos Estados submetidos aos grupos financeiros, perdendo legitimidade social e sendo progressivamente ultrapassados pelo sistema econômico mundial. O estado intervencionista (de raiz keynesiana) nos países centrais nunca desapareceu, apenas modificou as estratégias: reforçando a concentração de renda e os desenvolvimentos parasitários. Deixou de ser, ontem, integrador social, produtivista-industrial para ser, hoje, elitista, neoliberal e virtualista-financeiro. No mundo subdesenvolvido regrediu até ser triturado, e o retorno ao Estado interventor-desenvolvimentista é impossível: as burguesias dominantes locais, estão transnacionalizadas ou sob a tutela direta de empresas transnacionais.

A crise, neste sentido, seria da degeneração estrutural do Estado, sua insuficiência e sua impotência perante um mundo capitalista grande e complexo demais. Estaríamos numa decadência global (econômica-institucional-política-militar-tecnológica). Como os EUA não constituem um mundo à parte como a URSS, mas o centro da cultura universal, a implosão americana faria um estrago sem precedentes na história humana. Neste sentido esta seria uma crise superior à 1914 e afeta a todos, indistintamente. Todo o edifício de idéias, de certezas de diversos matizes, construído ao longo de mais de dois séculos de capitalismo industrial, está começando a apresentar rachaduras.

"Cariricaturas em prosa e verso"- Edição Especial

O livro não implicará em qualquer ônus para os seus escritores.

Com o intuito de uniformizar as postagens , disponibilizaremos espaço para 2 textos de cada autor , mais release e fotografia.

Autores convidados: todos os nossos colaboradores !

Faremos uma tiragem correspondente a 5 livros para cada escritor.
Agradecemos a atenção, e contamos com o apoio geral.

Os textos deverão ser enviados para o e-mail de Stella ,até no máximo, 15 de Dezembro de 2010. A fase de revisão terá tempo indefinido.

- stelasiebra@yahoo.com.br

Participação :

Roberto Jamacaru
Abidoral Jamacaru
Pachelly Jamacaru
Liduína Vilar
Lupeu Lacerda
Zé Flávio
Zé do Vale
Assis Lima
Geraldo Urano
Stella Siebra
Rosa Guerrera
Wilton Dedê
João Marni
Aloísio
João Nicodemos
Sônia lessa
Rejane Gonçalves
Everardo Norões
José Nilton Mariano
Izabella Pinheiro
Joaquim Pinheiro
Marcos Leonel
Jorge de Carvalho
Edilma Saraiva
Nilo Sérgio Monteiro
Vera Barbosa
Domingos Barroso
Carlos Esmeraldo
Magali Esmeraldo
Socorro Moreira
Emerson Monteiro
José Carlos Brandão

Aguardamos pronunciamento dos demais amigos do Cariricaturas...

Vamos participar desse banquete poético !

UMA BOA NOTÍCIA ! - de José Carlos Brandão



Cara amiga,

terei muito prazer em participar do "Cariricaturas em prosa e verso" - Edição especial.
Em tempo eu lhe enviarei os dois poemas e um perfil.

Um outro assunto. Está para sair um livro meu - O Sangue da Terra - pela Secretaria de Cultura do Ceará. O Coordenador Editorial, Sr. Raymundo Netto escreveu-me que ficaria pronto em 1º de novembro (já passou) ou pelo menos até 15 de novembro (está passando). Pediu-me uma foto às pressas, eu estava viajando, improvisei - e no dia seguinte me enviou o arquivo da capa. Vou ver se consigo anexá-lo aqui - quando enviei ao meu filho, ele não conseguiu abrir, vamos ver se você tem mais sorte.

Depois, gostaria que você ou alguém daí, quando fosse a Fortaleza, pegasse alguns exemplares na Secult (ou no Ideal Clube) para distribuir para os amigos. Eu ficarei muito feliz se vocês conhecessem a minha obra. - Mas vamos aguardar alguns dias. Avisarei quando o Sr. Raymundo disser que está pronto o livro. Eu mesmo não poderei ir pessoalmente a Fortaleza nem ao Crato - estou com a perna engessada, com um osso do tornozelo quebrado.

Um grande abraço,
Brandão.

Candeia



Antônio Candeia Filho. mais conhecido como Candeia (Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1935 — Rio de Janeiro, 16 de novembro de 1978), foi um importante sambista, cantor e compositor brasileiro.

Preciso me encontrar-Composição de Candeia


Música na madrugada




Diana Jean Krall (Nanaimo, 16 de novembro de 1964) é uma popular cantora e pianista canadense de jazz.

Zé pretinho - Por Norma Hauer


UMA LÁGRIMA, UMA DOR, UMA SAUDADE...


Manuel do Espírito Santo era seu nome. Ele nasceu em 15 de novembro de 1909, em Capela-Se. Estudou na Escola de Aprendizes de Marinheiros, em seu estado natal e veio para o Rio com 16 anos.
Já em 1934, em parceira com Noel Rosa e Kid Pepe, compôs seu primeiro samba, gravado por Mario Reis, de nome "Tenho Raiva de Quem Sabe". . Com Ataúlfo Alves compôs "Eu não sei porque é"; com Murilo Caldas (irmão de Sílvio) compôs "Eu não sou Deus".
Em 1937 compôs com César Brasil o samba "Quem é que não chora" gravado por Carmen Barbosa na Odeon, e, com Oscar Lavado, a marcha "Pra galinha descansar", lançado pela Dupla Preto e Branco na Victor.

Carmen Barbosa foi uma cantora de voz bonita, que gravou pouco porque morreu na véspera do dia em que completaria 30 anos. (em 3 de setembro de 1942) vítima de tuberculose (doença que levou muitos artistas, brasileiros ou não.)
Mas deixou alguns sucessos, como é exemplo “Loteria do Destino”.

A Dupla Preto e Branco foi aquela que, com Dalva de Oliveira, formou o “Trio de Ouro”.

Em 1938, compôs com Gilberto dos Santos a marcha "Glórias do Brasil" gravada por Nuno Roland.
Continuou sua vida de compositor e em 1970, seu samba "Cinzas do passado" foi relançado pelo cantor Noite Ilustrada em LP Continental
. Teve mais de vinte composições gravadas por nomes como Mário Reis, Linda Batista, Patrício Teixeira, Gilberto Alves, Gilberto Milfont, Alcides Gerardi e Nelson Gonçalves.

A música que mais marcou sua carreira foi uma valsa feita em parceria com Reis Saint'Clair, de nome "Uma Dor e Uma Saudade", gravada por Orlando Silva, incluída em um LP de mesmo nome.
Zé Pretinho, embora tivesse convivido com cantores e compositores de sua época, havendo mesmo estreado com Noel Rosa e Kid Pepe, não chegou a ser um nome muito "badalado"em nosso meio musical.

Mas aqui fica o registro de sua passagem por esse meio.
norma