Criadores & Criaturas
"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata."
(Carlos Drummond de Andrade)
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terça-feira, 24 de novembro de 2009
Para meu/minha amigo/a secreto/a ... Por Claude Bloc
Zé Rodrix ( Rua Ramalhete - Zé Rodrix e Tavito)
Estudou no Conservatório Brasileiro de Música, desenvolvendo a característica da multi-instrumentalidade: tocava piano, violão, acordeão, flauta, bateria, saxofone e trompete. Tornou-se conhecido em 1967, ao vencer o III festival na TV Record daquele ano, acompanhando Marília Medalha, Edu Lobo e o Quarteto Novo defendendo a música "Ponteio". Na década de 1970, participou da banda Som Imaginário com Wagner Tiso, Robertinho Silva, Tavito, Luís Alves e Laudir de Oliveira, tocando ao vivo com Milton Nascimento e participado do LP de estréia da banda.
Desligando-se da banda em 1971, venceu o Festival da Canção de Juiz de Fora, junto a Tavito, com a canção “Casa no campo”, uma de suas composições mais famosas, que se tornaria um grande sucesso na voz de Elis Regina, e cujo trecho da letra ("compor rocks rurais") batizou o estilo de música, com influências regionalistas, tropicalistas, folk, country e rock, tocada pelo trio do qual faria parte logo em seguida, junto a Sá e Guarabyra; Sá, Rodrix e Guarabyra, conhecido como rock rural. Nessa época onde compôs músicas como: Mestre Jonas, Ama teu vizinho, Blue Riviera, O pó da estrada, Os anos 1960, Pindurado No Vapor, Primeira canção da Estrada, Ribeirão, Zepelim, dentre várias outras, além de um famoso jingle criado por encomenda da J.W.Thompson para a Pepsi, notabilizado pelo verso: "só tem amor quem tem amor pra dar".
Zé Rodrix saiu do trio em 1973, para seguir em carreira solo e participações especiais em gravações de artistas diversos, como o disco de estréia do Secos & Molhados, no qual toca piano, ocarina e sintetizador.
Passou a se dedicar mais na área de publicidade que musical na 1980, mas em 1983, o músico passou a integrar o grupo Joelho de Porco, com o qual gravou o LP e participou do Festival dos Festivais em 1985, ganhando o prêmio de melhor letra pela música "A Última Voz do Brasil". Entre 1989 e 1996 assinou a direção musical dos espetáculos "Não fuja da Raia" e "Nas Raias da loucura", de Sílvio de Abreu, e do programa "Não fuja da Raia" (Rede Globo), estrelado por Cláudia Raia. Em 1993 foi contemplado com o prêmio Kikito, no Festival de Cinema de Brasília, pela trilha sonora do filme "Batman e Robin".
Em 2001 reuniu-se novamente a Sá e Guarabyra, tendo seu show de estréia ocorrido no Rock in Rio III. Logo após o lançamento de Outra Vez Na Estrada, com o trio, em 2001, Zé Rodrix conheceu o Clube Caiubi de Compositores, em São Paulo, e passou a desenvolver parcerias com novos autores da música brasileira, entre eles Sonekka e Reynaldo Bessa[1].
Zé Rodrix morreu às 23h55 minutos do dia 21 de maio de 2009, após sentir-se mal e ser levado ao Hospital das Clínicas, em São Paulo, onde residia. Foi casado com a atriz Norma Blum e com a ex-Frenéticas Edyr de Castro. Estava casado com a escritora e produtora Julia Rodrix. Teve seis filhos: Marya, Joy, Mariana, Rafael, Antonio e Barbara.
Eça de Queirós - romancista português.
Surpresas Dolentes
Do fim de tarde
Não foste, não feriste teus passos
Nessa longa e triste estrada
Deixando-me as cinzas do tempo,
Deixando-me no ar tuas lembranças,
Teus olhares, tua presença nos livros
Nos discos, nas réstias de sol,
Nos restos de mim.
Pois não creio no que some de repente,
Não creio no que escorre entre meus dedos
No que some de minhas retinas,
No que escapa fulgás pelo ar...
Sumiste cortando o ar deste sertão
Sumiste cortando meu peito,
Colorindo o chão com o rubro do meu sangue
A chorar...
Foto: Hugo
Fonte: http://br.olhares.com/solidao_foto944574.html
25 de novembro de 1960 e "Las Mariposas"
Irmãs Mirabal
Patria Mercedes: nasceu em 27 de Fevereiro de 1924, data da Independência da República Dominicana, motivo pelo qual recebeu o nome de Patria. Artista por natureza, desde pequena tinha afeição pela pintura, na qual se refugiava nos momentos íntimos e trágicos de sua vida, criando obras de singular beleza, ternura e harmonia. Terminou seus estudos de ensino médio e se graduou em datilografia. Apesar de não haver frequentado a Universidade, a sólida base de educação familiar a converteu em uma mulher culta e desenvolta socialmente. Casou-se muito jovem, com 17 años, e dessa união nasceram: Nelson Enrique, Noris Mercedes, Raúl Ernesto e Juan Antonio, que morreu com cinco meses. Sofreu todo o rigor e a brutalidade da tirania, vendo destruído seu lar, mas seu caráter doce e terno não a arrastou à amargura. Estava consciente de sua luta.
Minerva Argentina: nasceu en 12 de Março de 1926 e desde a infância se destacou por sua inteligência. Em 1946 graduou-se em Bacharel em Letras e Filosofia. Seus amigos a admiravam e a queriam por seu caráter jovial, alegre e sincero e a respeitavam por sua inteligência e amplos conhecimentos culturais. Graduada em Direito, a quem Trujillo não queria entregar o diploma e quando o fez não le permitiu exercer sua carreira, era uma estudante fora de série. Tinha um caráter firme e decidido. Na Universidade conhece seu marido, se casa em 1955, e tem seus filhos, Minu e Manolito. Havia sido presa já em 1949 e 1951, e foi também em janeiro de 1960 junto com seu esposo, Manolo - lider do Movimento político "14 de Junho" - e seus cunhados. Nesse mesmo ano foi libertada,mas voltou a ser presa, com sua irmã María Teresa. Foi condenada a 5 anos de prisão, pena que foi rebaixada a 3 em apelação. En 8 de Agosto de 1960 foi libertada. Hoje a Facultade de Ciências Jurídicas da Universidade Autônoma de Santo Domingo, a mais antiga do Novo Mundo, leva seu nome.
Antonia María Teresa: a mais jovem, nasceu em 15 de Outubro de 1936. Mimada por seus pais e irmãs, inteligente e abnegada aos estudos, em 1954 se gradua bacharel em Matemáticas, no Liceo de San Francisco de Macorís. Esse mesmo ano ingresa na Facultade de Matemáticas da Universidade de Santo Domingo e obtém o título de Agrimensora, a inteligentíssima Engenheira Civil. Em 1958 se casa, e no ano seguinte, nasce sua filha, Jaqueline. Tenaz, valente e atrevida, foi presa pela primeira vez en 20 de Janeiro de 1960, levada à fortaleza militar de Salcedo, foi posta em liberdade nesse mesmo dia, para ser presa novamente, no dia seguinte. Foi libertada em 7 de Fevereiro. Em 18 de Março, mesmo sofrendo de uma bronquite aguda, é presa novamente. Junto com Minerva e outros companheiros, é condenada a cinco anos de prisão, pena que foi rebaixada em apelação para três anos.
Em 1995, a escritora dominicana Julia Álvarez publicou o livro No Tempo das Borboletas, baseada na vida de "Las Mariposas", e que em 2001 se tornou um filme. A sua história é também recordada no livro A Festa do Chibo, do peruano Mario Vargas Losa.
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Irm%C3%A3s_Mirabal
25 de Novembro: Dia Internacional contra a violência a mulheres e meninas*
Terça-feira, 25 de novembro de 2008 - 14h33min
por Adital
O que aconteceu no dia 25 de novembro de 1960 ?
A memória dessas valentes irmãs mártires que arriscaram suas vidas e as ofereceram efetivamente pela causa da mulher nos enche de esperança e nos dá força para continuar lutando por uma sociedade igualitária na qual mulheres e homens possamos viver em fraternidade humana.
* Publicado em Coyuntura 63 - Enviado por Carlos Morales Monzón, Diretor The Media Services.
Pedro Mir, o grande poeta nacional dominicano, em seu poema "Amém de Mariposas", de 1969, expressa de forma singular, única e poeticamente eternizada, o que significou a tragédia do assassinato das três heroínas (em espanhol).
http://www.cladem.org/portugues/regionais/Violenciadegenero/Circ2002/violen09p.asp
Imagens
Google - Imagens
PS.Vale a pena assistir ao filme que tem o mesmo nome do livro, " No Tempo das Borboletas",pois,embora romanceado, nos dá uma idéia do que foi a Ditadura de Trujillo.
Meu amigo Zé Nilton , baiano nas Índias, Nepal e Tibet
Casamento à moda antiga - por Glória Pinheiro
A dialética da compaixão - Everardo Norões
Todas as janelas da literatura de Ronaldo Brito – seja ela conto ou teatro – abrem-se para uma cidade imaginária. No entanto, essa cidade existe. E o que a torna real são seus personagens, seres que habitam ruas, praças e, sobretudo, nossos silêncios. Por onde passei ou vivi, encontrei personagens como Maria Caboré ou Sebastião Candeia, mas que se chamavam, por vicissitudes da geografia ou da cultura, Mustafá ou Mohamed, Ibraimo ou Abdelkader.Para a literatura, as tragédias humanas necessitam de um cenário; mas pouco importa se esse cenário é Crato, Recife, ou um lugarejo mítico situado em algum cosmos particular, como a Santa Maria de Onetti.No fundo, ele é sempre o disfarce de um lugar que não existe. E é esse o grande milagre da literatura.
O Crato de Ronaldo é um lugar universal e ao mesmo tempo extremamente seu, porque apenas ele o observa assim: como a Orã de Camus, a Cairo de Taha Hussein, a Maputo de Mia Couto, ou a Recife de Joaquim Cardozo.
Numa visita da banda cabaçal Irmãos Aniceto, ao país do Sul, um de seus integrantes foi levado a um alto edifício. E, então, alguém lhe perguntou o que avistava dali. – O Crato!, respondeu. Ronaldo Brito é feito do mesmo fogo e do mesmo barro desses Irmãos Aniceto.
Os personagens de Ronaldo são protagonistas de um sertão destruído, território da desolação, onde os valores arcaicos foram triturados por uma espécie de máquina infernal, mas que sobrevivem pela alquimia da imaginação,única matriz da literatura. Maria Caboré, que entrava “na simplicidade das pedras do rio, onde sentava para enxugar-se do banho”, é sua Santa Maria Egipcíaca; Sebastião Candeia, personagem de um dos contos do livro, é uma metáfora do sofrimento metafísico do autor: o combate contra si mesmo e contra esse seu mundo desmantelado e perdido. É também a contrapartida do absurdo jogo da criação, no qual ele se percebe o eterno e inevitável perdedor: por mais que pense ter criado um novo invento acaba por se dar conta de que apenas repete os pequenos dramas do homem de qualquer lugar.
A literatura de Ronaldo Brito, no seu Livro dos homens, opõe-se a uma outra literatura que sugere um sertão de brasões, de fidalgos e de reis, simples liturgia de veneração às sombras. As sombras do que somos. É uma literatura do real transfigurado, e não a figuração do irreal.
O fio da meada dos contos do Livro dos Homens nos conduz à linhagem clássica de Guy de Maupassant: narrativas com inícios e fins, pontuadas pelas contingências do humano, marcadas pelo sentido da exatidão, o rigor do estilo.
Mas, o que mais surpreende e cativa nestes contos de Ronaldo (entre os quais destacaria Qohélet) é aquela mesma paixão pelo próximo que transborda dos livros de um outro escritor, médico, como ele: Miguel Torga, o grande mestre do conto português.
Em cada uma das histórias deste livro encontramos uma pequena epopéia da loucura e da desgraça do Livro dos homens, que são, afinal, os eternos alimentos do entretenimento e da compaixão do Leitor.
por Everardo Norões
A Cigana – por Carlos Eduardo Esmeraldo
Para mim, aquele mês de novembro ficou gravado na memória como um marco significativo de muitas perdas. É que no inicio do mês, eu sofri uma grave contusão no joelho, durante uma disputadíssima partida de futebol de salão, um esporte muito em moda no Crato daquela época. Fiquei o mês inteiro preso à cama, com um extraordinário inchaço no joelho esquerdo, que deixou minha perna dobrada em ângulo de noventa graus. Não podia andar e sequer levantar-me da cama.
Uma das conseqüências dessa lesão teria sido a remota possibilidade da seleção brasileira tricampeã mundial de futebol em 1970 haver sido definitivamente desfalcada de um esforçado ponta-esquerda cratense. Uma grande perda minha e sorte do Rivelino. Além do mais, um tímido sonhador foi retirado da vida social da cidade por mais de um mês, isto é; da Praça Siqueira Campos.
Para fugir da monotonia daqueles dias, eu lia tudo que me chegava às mãos, desde Machado de Assis até as fotonovelas da revista “Capricho”. No Colégio Diocesano, por ordem do Monsenhor Montenegro, as minhas notas do mês de novembro foram repetidas, pois àquela altura já me encontrava aprovado por média. No final do mês, já estava completamente recuperado.
Em janeiro do ano seguinte, eu pisava firme com as duas pernas, sem nenhum vestígio da lesão que me prendera à cama durante um longo mês.
Certo dia, eu estava vindo do São José para o Crato, e ao descer de um ônibus defronte da estação do trem, avistei ao lado, a tal tendinha da cigana. Já não havia mais a extensa fila de antes. Não tive dúvidas. Entrei movido mais pela curiosidade, pois nunca dei muita bola para essas coisas de cartomante ou adivinhas. Não sou daqueles que acreditam em bruxarias. Para mim isto não existe. Acho mais importante deixar que as coisas aconteçam e confiar na proteção divina.
Entretanto, parece que algumas pessoas possuem algum tipo de percepção extra-sensorial, capaz de comunicar-se com os outros por algum processo telepático. A tal cigana poderia ser uma dessas. Mas acho que ela deu mesmo foi um tremendo chute. Assim que eu entrei, ela bateu com toda força na bola e acertou em cheio: “Você esteve doente, problema na perna, não foi?” Depois previu que eu faria um grande concurso nos próximos três anos, e que morreria rico e no exterior. Ao indagar em qual país, ela respondeu: “na minha terra, a Espanha!”.
Repito que eu nunca dei importância a essas tais previsões. Do meu passado, aquela charlatona acertou alguma coisa cobrando escanteios. Quanto ao futuro, tirando o previsível concurso vestibular, acredito que a cigana acertou na riqueza. Mas não necessariamente riqueza de bens materiais, como ela insinuava. A esta altura, estou mais preocupado em “ajuntar tesouros que nem a traça corrói ou os ladrões roubam”. Se eu hoje sou rico, é de felicidade, o que já uma grande fortuna.
Não foi possível ainda testar a outra previsão da artilharia daquela cigana com uma viagem à Espanha. Tenho certeza que algum dia eu e Magali iremos conhecer a Europa, inclusive a Espanha. E esperamos voltar vivos.
Por Carlos Eduardo Esmeraldo
Meu amigo secreto , dia 24.11.2009 - Por Socorro Moreira
Minha amiga secreta é nordestina com cheiro de cravo e canela. Adora gatinhos e outros bichinhos. É linda, terna, inteligente, e uma das poetisas mais sensíveis que conheço.
Conheço-a desde menina . Tem nome composto : duas santas . Uma delas é a esposa de S.Joaquim ; a outra é música . Minha amiga é uma melodia bonita !
Adivinhe quem souber !
socorro moreira
Sou ... - por Rosa Guerrera
Sou um rosto a mais na multidão que passa...
Representante fiel, de uma verdade nua,que traz nas vestes desbotadas,as marcas das estações do tempo...
Sou uma mulher apenas,que conserva na boca o sabor dos anos primaverís e no coração muitas colheitas de verões cálidos!
O outono não conseguiu embaçar o meu olhar!
O que fiz e o que vivi são páginas arquivadas,num diário de vida selado hoje,com o lacre das lembranças...
Isentei de mágoas o meu coração e transformei todos os desencontros em abraços carinhosos que ofereço gratuitamente sem promessas nem juras para o amanhã .
Sou apenas isso!
Uma mulher que compondo poesias,vai cantando em versos,o segredo de cada coração que silente ou gritante passa por mim!
por rosa guerrera
A Alma do Mundo - Chico Xavier
Quando você conseguir superar graves problemas de relacionamentos, não se detenha na lembrança dos momentos difíceis, mas na alegria de haver atravessado mais essa prova em sua vida.
Quando sair de um longo tratamento de saúde, não pense no sofrimento
que foi necessário enfrentar, mas na benção de Deus que permitiu a cura.
Leve na sua memória, para o resto da vida, as coisas boas que surgiram
nas dificuldades. Elas serão uma prova de sua capacidade, e lhe darão confiança diante de qualquer obstáculo.
Uns queriam um emprego melhor; outros, só um emprego.
Uns queriam uma refeição mais farta; outros, só uma refeição.
Uns queriam uma vida mais amena; outros, apenas viver.
Uns queriam pais mais esclarecidos; outros, ter pais.
Uns queriam ter olhos claros; outros, enxergar.
Uns queriam ter voz bonita; outros, falar.
Uns queriam silêncio; outros, ouvir.
Uns queriam sapato novo; outros, ter pés.
Uns queriam um carro; outros, andar.
Uns queriam o supérfluo; outros, apenas o necessário.
Há dois tipos de sabedoria: a inferior e a superior.
A sabedoria inferior é dada pelo quanto uma pessoa sabe e a superior é dada pelo quanto ela tem consciência de que não sabe.
Tenha a sabedoria superior. Seja um eterno aprendiz na escola da vida.
A sabedoria superior tolera, a inferior julga; a superior alivia, a inferior culpa; a superior perdoa, a inferior condena.
Tem coisas que o coração só fala para quem sabe escutar!
(Chico Xavier)
Pensamento para o Dia 24/11/2009
“Deve-se meditar constantemente no princípio da realidade de Deus e na impermanência do mundo (Brahma Sathyam, Jagath Mithya). Há que evitar-se a companhia de pessoas más e até a amizade demasiada com o bom. O apego dessa natureza o arrastará para longe do caminho a Deus. Abandone o apego ao momentâneo. Uma vez que você alcance essa atitude de não ser afetado (Udaaseenata), você terá paz (Shanti) imperturbável, autocontrole e pureza da mente.”
Sathya Sai Baba
Libertad Lamarque - por Luis Roberto
Filha de um uruguaio de origem francesa e de uma imigrante espanhola, desde os primeiros anos de vida Libertad mostrou grande talento para a atuação e principalmente para cantar, razão pela qual sua mãe apoiou-a em tudo o que pode, aos sete anos estreou-se numa peça de teatro, e aos doze anos já era uma profissional.
Em 1922 a família Lamarque foi viver em Buenos Aires onde Libertad poderia alcançar um futuro artístico. Quando Libertad completou dezoito anos, em 1926, gravou o seu primeiro disco de tangos, que foi um admirável sucesso. Os êxitos sucederam-se, mas Libertad sentia necessidade de amar e ser amada em casa com Emílio Romero, com quem teve uma filha em 1928 de nome Mirtha. Passados anos as decepções começam a surgir e Libertad pede o divórcio, mas naquele tempo era muito difícil.
Após este fato, Libertad começa a sofrer de depressões e com o desespero tenta suicidar-se atirando-se de uma janela de um hotel em Santiago do Chile, mas felizmente o toldo do hotel a salva. Logo o seu ex-marido, rapta sua filha e leva-a para o Uruguai.
Libertad acompanhada de polícia e amigos parte para Montevideu, com o propósito de recuperar a sua filha. Mas a sua carreira continuou e sempre com êxitos, embora uma grande discussão com a colega de teatro Eva Duarte, levou-a a sair da Argentina e ir para o México acompanhada pelo seu segundo marido.
Em 1945 no México todos conheciam Lamarque como uma excelente atriz dramática, uma ótima cantora de tangos, boleros e canções folclóricas da América Latina, e por estes motivos começaram a chamar-lhe a “Noiva da América”.
Quando volta a Buenos Aires, depois da queda de Peron, entrou na peça “La Dolly Levy” de Hello Dolly, o povo ansioso por aquela magnífica voz, aclamou-a com admiração, respeito e amor. Em toda a América do Sul Libertad junta multidões. Os anos passaram e em 1996 decidiu radicar-se em Miami, Flórida, acompanhada de sua ajudante Irene Lopez, e sua filha Mirtha, seu genro, cinco netos e dez bisnetos ficaram em Buenos Aires.
Com 92 anos Libertad continuava ativa, alegre, cordial e muito feliz porque tinha uma participação especial numa telenovela A Usurpadora.
Numa manhã, sentiu-se mal e teve de ser internada de urgência no Hospital do Distrito Federal mexicano, onde esteve hospitalizada dez dias, e no dia 12 de Dezembro de 2000 (dia da Virgem de Guadalupe), a Dama do Tango, a Noiva da América veio a falecer. Seu corpo foi cremado e as suas cinzas deitadas na costa de Miami.
Henri Toulouse-Lautrec popularizou a vida dos bordéis através de suas litografias
Em 1872, em Paris, ingressou no Liceu Fontanes e, em 1881, depois de bacharelar-se, decidiu tornar-se pintor. Um de seus primeiros mestres, Léon-Joseph-Florentin Bonnat, defensor das normas acadêmicas e contrário aos impressionistas, não gostava dos desenhos do aluno. Em 1883, Toulouse-Lautrec passou ao estúdio de Fernand Cormon, onde conheceu Van Gogh e Émile Bernard. Apesar do apoio do novo mestre, sentia a estética acadêmica como algo cada vez mais restritivo.
Montou seu próprio estúdio e passou a freqüentar o bairro boêmio de Montmartre em Paris, que tornaria célebre em sua obra. Ao contrário dos impressionistas, Toulouse-Lautrec tinha pouco interesse pelas paisagens e preferia os interiores. Pintou "Moulin Rouge", "Au salon de la rue des Moulins" e inúmeros retratos.
Seu estilo transgredia as proporções anatômicas e as leis da perspectiva em favor da expressividade. Os traços rápidos e as cores intensas sugeriam movimento. A simplificação do contorno e o uso de grandes áreas em uma só cor caracterizam seus cartazes, que estão entre suas obras mais significativas.
A partir de 1892, Toulouse-Lautrec dedicou-se à litografia. Entre as mais de 300 que produziu, destaca-se a série "Elles", retratando a vida nos bordéis. Nessa época o artista já estava entregue ao alcoolismo. Em 1899, após um colapso nervoso, passou alguns meses num sanatório mas voltou a beber.
Henri de Toulouse-Lautrec morreu prematuramente, aos 36 anos, no castelo de Malromé em Gironde. Apesar da excepcional popularidade de seus cartazes publicitários e das numerosas litografias, o reconhecimento da importância estética de sua obra demorou a chegar.
Não passo pela vida ! - Colaboração de Nilo Sérgio Monteiro
"Já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis. Já fiz coisas por impulso,já me decepcionei com pessoas quando nunca pensei me decepcionar, mas também decepcionei alguém. Já abracei pra proteger,já dei risada quando não podia, fiz amigos eternos,amei e fui amado,mas também já fui rejeitado, fui amado e não amei. Já gritei e pulei de tanta felicidade, já vivi de amor e fiz juras eternas,“quebrei a cara muitas vezes”! Já chorei ouvindo música e vendo fotos, já liguei só para escutar uma voz,me apaixonei por um sorriso, já pensei que fosse morrer de tanta saudade e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo). Mas vivi, e ainda vivo! Não passo pela vida… E você também não deveria passar! Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é “muito” pra ser insignificante."
Charles Chaplim
Colaboração de Glória Pinheiro
Dr. Paulo Ubiratan, de Porto Alegre, RS, em entrevista a uma TV local,
foi questionado sobre vários conselhos que sempre nos são dados...
Pergunta: Exercícios cardiovasculares prolongam a vida, é verdade?
Resposta: O seu coração foi feito para bater por uma quantidade de
vezes e só... não desperdice essas batidas em exercícios. Tudo
gasta-se eventualmente. Acelerar seu coração não vai fazer você viver
mais: isso é como dizer que você pode prolongar a vida do seu carro
dirigindo mais depressa. Quer viver mais? Tire uma soneca !!!
P: Devo cortar a carne vermelha e comer mais frutas e vegetais?
R: Você precisa entender a logística da eficiência... .O que a vaca
come? Feno e milho. O que é isso? Vegetal. Então um bife nada mais é
do que um mecanismo eficiente de colocar vegetais no seu sistema.
Precisa de grãos? Coma frango.
P: Devo reduzir o consumo de álcool?
R: De jeito nenhum. Vinho é feito de fruta. Brandy é um vinho
destilado, o que significa que, eles tiram a água da fruta de modo que
vc tire maior proveito dela. Cerveja também é feita de grãos. Pode
entornar!
P: Quais são as vantagens de um programa regular de exercícios?
R: Minha filosofia é: Se não tem dor...tá bom!
P: Frituras são prejudiciais?
R: VOCÊ NÃO ESTÁ ME ESCUTANDO!!! ... Hoje em dia a comida é frita em
óleo vegetal. Na verdade ficam impregnadas de óleo vegetal. Como pode
mais vegetal ser prejudicial para você?
P: Flexões ajudam a reduzir a gordura?
R: Absolutamente não! Exercitar um músculo faz apenas com que ele
aumente de tamanho.
P: Chocolate faz mal?
R: Tá maluco? !!!! Cacau!!!! Outro vegetal!! É uma comida boa pra se
ficar feliz !!!
E lembre-se: A vida não deve ser uma viagem para o túmulo, com a
intenção de chegar lá são e salvo, com um corpo atraente e bem
preservado. Melhor enfiar o pé na jaca - Cerveja em uma mão - tira
gosto na outra - muito sexo e um corpo completamente gasto, totalmente
usado, gritando: VALEU !!! QUE VIAGEM!!!
P S.: SE CAMINHAR FOSSE SAUDÁVEL O CARTEIRO SERIA IMORTAL...!
BALEIA NADA O DIA INTEIRO, SÓ COME PEIXE, SÓ BEBE ÁGUA E É GORDA....!
LEMBRANDO:
COELHO CORRE, PULA E VIVE 15 ANOS, TARTARUGA NÃO CORRE NÃO FAZ NADA E
VIVE 450 ANOS...
O filho de Miguel Arraes - por Armando Lopes Rafael
Tinha conhecimento, à distância, dos imensos transtornos sofridos pela família do político Miguel Arraes. Este foi deposto e preso durante quatorze meses. Até que conseguiu ser solto por algumas horas – por meio de um habeas-corpus – quando buscou e conseguiu asilo político na Embaixada da Argélia, no Rio de Janeiro. Enquanto isso seus nove filhos ficaram dispersos. Os quatro mais novos viveram uma temporada em Crato na casa da avó.
Já aposentado voltei a residir em Crato. Vez por outra visito dona Almina Arraes Pinheiro. Ela sempre me recebe com a fidalguia, uma das características daquele clã. Outro dia perguntei por Luiz Cláudio e, para minha surpresa, ela me informou que ele era médico e tinha escrito alguns livros. Emprestou-me dois: “Tempo - o de dentro e o de fora” e “Todo diálogo é possível”.
Confesso que ao lê-los tive uma agradável surpresa. Escritos com emoção, estes livros de Luiz Cláudio Arraes transmitem um amor e uma admiração raras de um filho por um pai. E isso externado através de lembranças, de frases e de momentos vivenciados entre ele e o pai. É desses escritos que faz bem a alma, pois mesmo povoados de sofrimentos, nos levam a acreditar que ainda existe gratidão, solidariedade e idealismo na humanidade...
Texto e postagem de Armando Lopes Rafael
Aterro Sanitário - Por Roberto Jamacaru
Lixo, segundo o dicionário:
SM
1 Tudo que se varre para deixar limpa uma casa, rua, jardim etc;
2 Restos de coisas inaproveitáveis;
3 Imundície, sujeira, cisco, entulhos.
Certos conceitos do lixo...
Nem todo lixo é lixo!
Nem tudo que cheira mal é lixo!
Nem todo luxo é lixo!
Nem tudo que comemos é comida...
Quem produz o Lixo...
Em primeiro lugar o homem!
Em segundo lugar o homem!
Em terceiro lugar o homem...
Em milionésimo lugar o homem...
Em... O homem!
O Lixo médio anual de uma pessoa...
90 latas de bebidas;
10 vezes seu próprio peso em refugo doméstico;
107 garrafas ou frascos;
02 árvores gastas com papel;
70 latas de alimentos;
45 kg de plástico;
N vezes a soma de tudo isso em falta de consciência ecológica!
Lixos materiais...
Lixo doméstico
Lixo industrial
Lixo agrícola
Lixo radioativo
Lixo hospitalar
Lixo informático
Lixo espacial
Lixo bélico
Lixos éticos...
Lixo moral
Lixo cultural
Lixo político
Lixo religioso
Lixo social
Lixo jurídico
Onde estão depositados os lixos...
Nas ruas
Nos aterros sanitários
Nos esgotos
Nas lagoas
Nos rios
Nos mares
Nas matas
No espaço
Nas ideologias opressivas do terror
Nas mentes incompetentes de muitos poderosos
Na exploração malévola a Deus
Nas consciências de muitos de nós!
Os sobreviventes do Lixo...
O porco no lixo
O urubu no lixo
O cachorro no lixo
O rato no lixo
O mosquito no lixo
A larva no lixo
O germe no lixo
O fungo no lixo
A bactéria no lixo
O homem no lixo
Qual é o sistema sócio-político-econômico mais lixo do mundo?
O sistema comunista?
O sistema capitalista?
Ou sistematicamente os dois?
Qual dos lixos abaixo é o mais pernicioso?
O lixo nacional?
O lixo estrangeiro?
Diplomaticamente, um é pior que o outro?
Lixo verde-amarelo:
Lixotrânsito
Lixoimposto
Lixoinsegurança
Lixoimpunidade
Lixopolítico
Lixodesemprego
Lixofome
Lixojuros
Lixodroga
Lixo mídia
Os perigos e as utilidades do lixo...
O lixo infecta!
O lixo fertiliza!
O lixo contamina!
O lixo alimenta!
O lixo incomoda!
O lixo emprega!
O lixo espelho meu...
O meu lixo diz que eu sou
O teu lixo diz quem tu és
O seu lixo diz o quem você é
Os nossos lixos dizem quem nós somos
Os vossos lixos dizem quem vós sois
Os lixos deles dizem quem eles são
LIXenciamentos Nacionais:
Lixenciamento para desmatamento das reservas florestais;
Lixenciamento para escavação das dunas litorâneas;
Lixenciamento para exploração dos jogos da “sorte”;
Lixenciamento para a prática de esportes, caças e pescas predatórias;
Lixenciamento para o uso de porte de armas;
Lixenciaturas pagas;
Lixenciamentos e lixitações do governo etc.
Quem?
Quem é lixo?
Quem está no lixo?
Quem gosta de ser lixo?
Quem depende do lixo?
Quem comanda o lixo?
Quem é vitima do lixo?
Quem? Quem?
Se você virar lixo: embeleze a vida transformando-se em objeto de arte!
Caso não seja você a parte útil e selecionada de um todo, não se preocupe, pois um belo dia a escolhida também se tornará lixo!
Tem muita gente que está pouco se lixando em ser, em deixar de ser ou mesmo em continuar sendo lixo, isto porque o que é lixo para alguns, é, com certeza, riqueza para outras!
Segundo a teoria cíclica de Lavoisier: “Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma...!”.
Portanto...
Hoje uma pétala de flor, um corpo qualquer, um bem... Amanhã, lixo!
Hoje lixo... Amanhã uma matéria orgânica, uma germinação, uma planta, uma folha, uma flor, um fruto, uma nova semente, uma vida, de outra vida, de outra vida, de outra vida... Em prol de uma nova e abençoada vida!
Do livro:
“Viagem a uma Estrela”
de Roberto Jamacaru de Aquino