Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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domingo, 1 de novembro de 2009

Poema na lua cheia - Por Socorro Moreira - Para o poeta Artur Gomes


era gase ,véu de noite
um mês em cada ano
palavra cara
carne viva
corpo e dor
de manhã letras
cruzadas no amor
lua cheia da loucura
grega fala
não te escuto
rosa , rima
eu te sinto
violeta não te culpo
fogo pira
endoidamos
morremos tantos sonhos
e acordamos
eu te amei
no último vexame
cortados de serras
nos deixamos.

(Socorro Moreira)

Jura Secreta 13 - Artur Gomes


o tecido do amor já esgarçamos
em quantos outubros nos gozamos
agora que palavro itaocaras
e procuro outras ilhas
na carne crua do teu corpo
amanheço alfabetos grafitemas
quantas marés endoidecemos
e aramaico permaneço
doido e lírico
em tudo mais que me negasse
flor de cactos flor de lótus
flor de lírios
ou mesmo sexo sendo flor
ou faca fosse hild hilst
quando então se me amasse
ardendo em nós flechas de fogo
se existisse
pulsando em nós salgado mar
e olga risse
por onde quer que eu te cantasse
ou amavisse.

artugomes
http://fulinaima.blogspot.com/



* Artur , grande poeta, que honra tê-lo entre os nossos seguidores.


Permita-nos viver os seus poemas !


Fui ver o mar
pus meu coração de molho,
nas ondas, em alto-mar,
Não sei o que fazer
com esse sonho
que me põe
a absorver
esse céu,
o sal, o infinito.

.
Texto e foto por Claude Bloc
.

Estanco - Por Claude Bloc

Não sei se paro ou se estanco
na beira de praia,
olhando as ondas
descanso ?


essa ansiedade permanece
quando me alongo
num dia branco.

A maresia me consome
me (des)compenso
nova vida, nova medida
de tempo-espaço.


O mar azul, o meio azul,
redemoinho
o torvelinho, o (contra)passo.
No rodopio das ondas
em (des)compasso
de novo estanco
descanso
meu sentimento.


Texto e fotos por Claude Bloc

João Gilberto e Caetano - Avarandado

Segredo do casamento - Stephen Kanitz -(Colaboração de Edmar Cordeiro)


Meus amigos separados não cansam de me perguntar como eu consigo ficar trinta anos casado com a mesma mulher. As mulheres, sempre mais maldosas que os homens, não perguntam a minha esposa como ela consegue ficar casada com o mesmo homem, mas como ela consegue ficar casada comigo.
Os jovens é que fazem as perguntas certas, ou seja, querem conhecer o segredo para manter um casamento por tanto tempo. Ninguém ensina isso nas escolas, pelo contrário. Não sou um
especialista no ramo, como todos sabem, mas, dito isso, minha resposta é mais ou menos a que segue.
Hoje em dia o divórcio é inevitável, não dá para ninguém aguentar conviver com a mesma pessoa por uma eternidade. Eu, na realidade, já estou no meu terceiro casamento – a única diferença é que me casei três vezes com a mesma mulher. Minha esposa, se não me engano, está em seu quinto, porque ela pensou em pegar as malas mais vezes do que eu.
O segredo do casamento não é a harmonia eterna. Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher. O segredo no fundo, é renovar o casamento, e não procurar um casamento novo.
Isso exige alguns cuidados e preocupações que são esquecidas no dia-a-dia do casal. De tempos em tempos, é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, voltar a se vender, seduzir e ser seduzido.
Há quanto tempo vocês não saem para dançar? Há quanto tempo você não tenta conquistá-lo ou conquistá-la como se seu par fosse um pretendente em potencial? Há quanto tempo não fazem uma lua de mel, sem os filhos eternamente brigando para ter a sua irrestrita atenção?
Sem falar nos inúmeros quilos que se acrescentam a você, depois do casamento. Mulher e marido que se separam perdem 10 quilos num mês, por que vocês não podem conseguir o mesmo sem separar? Faça de conta que você está de caso novo. Se fosse um casamento novo, você certamente passaria a frequentar lugares desconhecidos, mudaria de casa ou partamento, trocaria seu guarda-roupa, os discos, o corte de cabelo e a maquiagem. Mas tudo isso pode ser feito sem que você se separe da sua(seu) companheira(o).
Vamos ser honestos: ninguém aguenta a mesma roupa, o mesmo batom, com os mesmos amigos, com as mesmas piadas. Muitas vezes não é a sua esposa que está ficando chata e mofada, são os amigos dela (e talvez os seus), são seus próprios móveis com a mesma desbotada decoração.
Se vocês se divorciassem, certamente trocaria tudo, que é um dos prazeres da separação. Quem se separa se encanta com a nova vida, a nova casa, um novo bairro, um novo círculo de amigos.
Não é preciso um divorcio litigioso para ter tudo isso. Basta mudar de lugares e interesses e não deixar acomodar. Isso obviamente custa caro e muitas uniões se esfacelam porque o casal se recusa a pagar esses pequenos custos necessários para renovar um casamento. Mas, se
você se separar sua nova esposa vai querer novos filhos, novos móveis, novas roupas, e você ainda terá a pensão dos filhos do casamento anterior.
Não existe esse tal “estabilidade do casamento”, nem ela deveria ser almejada. O mundo muda, e você também, seu marido, sua esposa, seu bairro e seus amigos. A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter somente uma relação estável, mas, além disso, saber mudar
junto. Todo(a) companheiro(a) precisa evoluir, estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria pensado fazer no início do casamento. Você faz isso constantemente no trabalho, por que não fazer no próprio casamento? É o que seus filhos fazem desde que vieram ao
mundo.
Portanto descubra o novo homem, ou a nova mulher que vive ao seu lado, em vez de sair por aí tentando descobrir um novo e interessante par.
Tenho certeza de que seus filhos os respeitarão pela decisão de se manterem juntos e prenderão a importante lição de como crescer e evoluir unidos apesar das desavenças.
Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão: por isso, de vez em quando é necessário casar-se de novo, mas tem que fazê-lo sempre com o mesmo par.

Stephen Kanitz

Noite de lua em Arajara - Foto de Heládio Teles Duarte -

Noite de lua, noite de novenas na pequena vila de Arajara.
A fé a tradição lado a lado.
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******************
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Nem sei - Por Claude Bloc

À noite, nada nego e nada escondo
a ela ofereço
meu sorriso mais sincero.
Rendo-me à lua
e pelas ruas me fantasio de fada
ou coisa assim...
Por fim, recolho minhas asas
(ou a vassoura),
conforme o drama
ou o programa,
rezo um poema,
deito e adormeço
e nem sei mais
se essa noite
e nem sei mais
se essa lua
ainda cabe
no espaço torto
do meu sonho.

Benvinda - Chico Buarque

Benvinda
Chico Buarque
Composição: Chico Buarque
.
Dono do abandono e da tristeza
Comunico oficialmente que há um lugar na minha mesa
Pode ser que você venha por mero favor, ou venha coberta de amor
Seja lá como for, venha sorrindo
Ah, benvinda, benvinda, benvinda
Que o luar está chamando, que os jardins estão florindo
Que eu estou sozinho
Cheio de anseio e de esperança, comunico a toda gente
Que há lugar na minha dança
Pode ser que você venha morar por aqui, ou venha pra se despedir
Não faz mal pode vir até mentindo
Ah, benvinda, benvinda, benvinda
Que o meu pinho está chorando, que o meu samba está pedindo
Que eu estou sozinho
Vem iluminar meu quarto escuro, vem entrando com o ar puro
Todo novo da manhã
Oh vem a minha estrela madrugada, vem a minha namorada
Vem amada, vem urgente, vem irmã
Benvinda, benvinda, benvinda
Que essa aurora está custando, que a cidade está dormindo
Que eu estou sozinho
Certo de estar perto da alegria, comunico finalmente
Que há lugar na poesia
Pode ser que você tenha um carinho para dar, ou venha pra se consolar
Mesmo assim pode entrar que é tempo ainda
Ah, benvinda, benvinda, benvinda
Ah, que bom que você veio, e você chegou tão linda
Eu não cantei em vão
Benvinda, benvinda, benvinda. benvinda, benvinda

Luzes da Ribalta - Charles Chaplin

A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.

Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara para a faculdade.

Você vai para colégio, tem várias namoradas, vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando. E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria perfeito?

Charles Chaplin

Sorri quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos vazios

Sorri quando tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorri quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados doridos

Sorri vai mentindo a sua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz

Charles Chaplin



Sonetos ao Pai - Augusto dos Anjos

I
A meu Pai doente.

Para onde fores, Pai, para onde fores,

Irei também, trilhando as mesmas ruas...

Tu, para amenizar as dores tuas,

Eu, para amenizar as minhas dores!

Que coisa triste! O campo tão sem flores,

E eu tão sem crença e as árvores tão nuas

E tu, gemendo, e o horror de nossas duas

Mágoas crescendo e se fazendo horrores!

Magoaram-te, meu Pai?! Que mão sombria,

Indiferente aos mil tormentos teus

De assim magoar-te sem pesar havia?!

- Seria a mão de Deus?! Mas Deus enfim

É bom, é justo, e sendo justo, Deus,

Deus não havia de magoar-te assim!
II

A meu Pai morto

Madrugada de Treze de Janeiro,

Rezo, sonhando, o ofício da agonia.

Meu Pai nessa hora junto a mim morria

Sem um gemido, assim como um cordeiro!

E eu nem lhe ouvi o alento derradeiro!

Quando acordei, cuidei que ele dormia,

E disse à minha Mãe que me dizia:

"Acorda-o"! deixa-o, Mãe, dormir primeiro!

E saí para ver a Natureza!

Em tudo o mesmo abismo de beleza,

Nem uma névoa no estrelado véu..-

Mas pareceu-me, entre as estrelas flóreas,

Como Elias, num carro azul de glórias,

Ver a alma de meu Pai subindo ao Céu!

III
Podre meu Pai! A Morte o olhar lhe vidra.

Em seus lábios que os meus lábios osculam

Microrganismos fúnebres pululam

Numa fermentação gorda de cidra.

Duras leis as que os homens e a hórrida hidra

A uma só lei biológica vinculam,

E a marcha das moléculas regulam,

Com a invariabilidade da clepsidra!...

Podre meu Pai! E a mão que enchi de beijos

Roída toda de bichos, como os queijos

Sobre a mesa de orgíacos festins!...

Amo meu Pai na atômica desordem

Entre as bocas necrófagas que o mordem

E a terra infecta que lhe cobre os rins!

(Eu, 38)

Um domingo, no clima de finados - por Socorro Moreira


Mais uma vez não visitarei a casa dos mortos. Fico na casa dos desterrados. Aposento limitado , cheio de fantasmas , zoada do futebol na TV, cochichos nos e-mails. Passei um tempo na rua. Um almoço que não era o meu; companhias ávidas por batata frita ; vontade de achar o que é meu. A cidade entristecida pelas velas de finados ; rosas guardadas, terços retirados das caixas.

Ah, meu pai, se eu pudesse resgatar tua presença ! Resgataria com certeza , outras a mais. Porisso acredito na promessa do juízo final, na ressurreição da carne, e na comunhão dos santos...!

O Carircaturas tem poder agregador. Haverá noutro plano um blogue de mesma natureza, se formando ? Aqui é um ensaio , um planejamento de reunião definitiva, mesmo que a gente não enxergue o corpo, não escute a voz, nem dispare o coração , no contato de todas as horas. São as nossas almas que, enfileiradas, e com espontaneidade vão se aproximando , e ficando !

Ninguém vê - Por Claude Bloc


Reinvento caminhos
no céu dessa noite quente,
Estrelas existem
Estão presentes.
ninguém vê!

Coso o céu e o mar
no fundo do meu peito quente,
Sei que o amor existe.
Está presente.
ninguém vê!
Texto por Claude Bloc
Imagem: Google Imagem

My Fair Lady -

George Bernard Shaw


G. Bernard Shaw (ele detestava o "George" e nunca o assinava, nem pessoal nem profissionalmente) nasceu no ano de 1856 em Dublin, dentro de uma família de classe média, descendente de protestantes escoceses. Seu pai era um comerciante falido, com problemas de alcoolismo e de vesgueira (que o pai de Oscar Wilde, famosso cirurgião de Dublin, tentou corrigir sem êxito); sua mãe era cantora profissional, discípula particular de Vandeleur Lee, um professor muito conhecido pela originalidade de sua metodologia e abordagem no ensino do canto.

Quando Shaw completou dezesseis anos, sua mãe abandonou o marido e o filho, para viver com Vandeleur Lee em Londres, juntamente com a irmã mais velha de Shaw, Lucy (que posteriormente viria a ser uma grande cantora lírica). Shaw ficou em Dublin com seu pai, terminou seus estudos (que detestava profundamente) e foi trabalhar como funcionário público em uma repartição (que detestava tanto quanto a escola).

Assim, não era por acaso que as peças de Shaw, principalmente "Misalliance", estavam sempre
impregnadas de relações problemáticas entre pais e filhos: crianças que cresciam longe dos pais; filhos abandonados, órfãos, herdeiros adotados; pais que exigiam injustamente obediência e afeto dos filhos, etc.

Em 1876, Shaw deixa Dublin e seu pai, mudando-se para Londres, onde passa a viver com a família de sua mãe. Morou com a mãe e a irmã enquanto fazia carreira na área de Jornalismo e Letras. Seu primeiro trabalho criativo foram obras em prosa; escrevera cinco romances (o primeiro deles apropriadamente intitulado "Immaturity"), sem publicá-los. Lia vorazmente nas bibliotecas públicas e na sala de leitura do Museu Britânico. Envolveu-se com a política progressiva. Ao fazer comícios em praça pública na Hyde Park e nas reuniões socialistas, aprendeu a superar seu medo de falar em público e a não gaguejar. E, para atrair a atenção das massas, desenvolveu um estilo discursivo enérgico e agressivo, que é nitidamente percebido em todos os seus textos.

Fundou, com Beatrice e Sidney Webb, a Fabian Society, uma organização que visava transformar a Grã-Bretanha num estado socialista, sem revolução mas por uma legislação progressiva e sistemática, com base na persuasão e na educação das massas. A Fabian Society viria a contribuir mais tarde para a fundação da Escola de Economia de Londres e do Partido dos Trabalhadores. Shaw dava palestras na Fabian Society e escrevia panfletos sobre arte progressiva, que incluiam "The Perfect Wagnerite", uma interpretação do Anel de Nibelungo de Wagner, e "The Quintessence of Ibsenism", baseado em uma série de leituras sobre o teatrólogo progressivo norueguês Henrik Ibsen. Paralelamente, como jornalista, Shaw trabalhou como crítico de arte e crítico musical (assinando sob o pseudônimo "Corno di Bassetto") e, posteriormente, de 1895 a 1898, como crítico teatral para a "Saturday Review", onde seus artigos eram assinados com as iniciais "GBS".

Em 1891, a convite de J.T.Grein, empresário, crítico teatral e diretor de uma sociedade
progressiva para novas peças teatrais, The Independent Theatre, Shaw escreveu sua primeira
peça, "The Widower's Houses". Ao longo dos doze anos seguintes, produziu mais de uma dúzia de peças, embora quase sempre falhasse em persuadir os donos dos Teatros de Londres a produzi-las. Algumas foram encenadas em outros páises; uma delas (Arms and The Man) foi produzida sob os auspícios de um administrador experimental; outra (Mrs.Warren's Profession) foi censurada pelo examinador de peças de Lord Chamberlain (funcionário civil que, de 1767 a 1967, era encarregado da censura de todos os dramas encenados na Inglaterra); muitas de suas peças foram exibidas em apresentações únicas por sociedades privadas.

Em 1898, após uma enfermidade séria, Shaw se aposentou como crítico teatral e se mudou da casa de sua mãe (onde ainda vivia) para se casar com Charlotte Payne-Townsend, uma irlandesa financeiramente independente. O casamento (que possivelmente não chegou a ser sexualmente consumado) durou até a morte de Charlotte, em 1943.

Em 1904, Harley Granville Barker, ator, diretor e teatrólogo, vinte anos mais novo que Shaw, que apareceu numa produção privada de "Candid", de Shaw, foi nomeado para dirigir o Teatro da Corte de Sloane Square, em Chelsea (longe da "Teatrolândia" no movimentado West End), transformando o local num teatro experimental, especializado em dramas atuais e progressivos. Durante quase um ano, Barker produziu três peças de Shaw (que levavam oficialmente o nome de Barker como diretor, mas eram efetivamente dirigidas por Shaw). Shaw começou a escrever novas peças, levando especialmente em consideração a interferência de Barker. Nos dez anos seguintes, apenas uma das peças de Shaw (Pigmalião, em 1914) foi produzida por Barker, ou por seus amigos e colegas de outras organizações de teatro experimental na Inglaterra. Com os direitos autorais, Shaw, que se tornara independente financeiramente através do casamento, ficou rico. Ao longo da década, permaneceu atuante na Fabian Society, no governo da cidade (era membro do sociedade de St. Pancras em Londres) e nos comitês encarregados de eliminar o rigor da censuara na dramaturgia e de fundar um Teatro Nacional subsidiado.

A eclosão da guerra em 1914 mudou a vida de Shaw. Para ele, a guerra representava a queda
do sistema capitalista, o último suspiro dos impérios do século XIX e um trágico desperdício
de jovens, tudo sob a égide do patriotismo. Expressava suas opiniões em uma coluna jornalística, intitulada "Consenso sobre a Guerra". Esses artigos se transformaram em um desastre para a imagem pública de Shaw: ele passou a ser tratado como um despatriado num país que adotara como seu, falava-se até em traição. Parou de produzir suas peças e só conseguiu escrever uma única grande peça durante os tempos da guerra, "Heartbrake House", onde projetava sua amargura e desesperanças sobre a política e a sociedade britânica.

Após a guerra, Shaw recuperou sua força e reputação como dramaturgo, produzindo uma série de cinco peças sobre a "evolução criativa", "Back to Methuselah" e "Saint Joan", em 1923. Em 1925, ganhou o prêmio Nobel de Literatura. (Como não precisava do dinheiro, doou o prêmio para a produção inglesa do dramaturgo suíço August Strindberg, que nunca recebera um Nobel pela Academia Suíça). As peças de Shaw eram produzidas e reencenadas regularmente em Londres. Várias companhias teatrais nos Estados Unidos também começaram a produzir com freqüência suas peças, antigas e recentes (especialmente o Guild Theatre de Nova Iorque e o Hedgerow Theatre, em Rose Valley, PA, que se tornou internacionalmente conhecido por promover as peças de Shaw e do dramaturgo irlandês Sean O'Casey). No final de 1920, foi lançado um festival de Shaw na Inglaterra (em uma cidade chamada Malvern, por coincidência).

Shaw viveu o resto de sua vida como celebridade internacional, viajando pelo mundo e sempre envolvido com política externa e interna. (Visitou a União Soviética, a convite de Stalin, e esteve rapidamente nos EUA, a convite de William Randolph Hearst, pisando em terra firme por duas únicas vezes, uma para a palestra no Metropolitan Opera House, em Nova Iorque, e outra para almoçar no castelo de Hearst, em San Simeon, California). E continuou a escrever milhares de cartas várias peças.

Em 1950, Shaw caiu de uma escada, quando enfeitava uma árvore em sua propriedade em Ayot St. Lawrence, na cidade de Hertfordshire, arredores de Londres, vindo a falecer poucos dias depois das complicações do acidente, com 94 anos de idade. Ele estava trabalhando em uma nova peça (Why she Would Not). Em seu testamento, legou boa parte de seus bens a um projeto voltado para a reforma do alfabeto inglês. (Apenas um volume foi publicado com o novo "Alfabeto de Shaw": uma edição paralela de seu "Androcles and the "Lion"). Após o fracasso do projeto, os bens foram repartidos entre outros beneficiários de seu testamento: a Galeria Nacional da Irlanda, o Museu Britânico e a Academia Real de Artes Dramáticas. Os direitos autorais das peças de Shaw (e do musical My Fair Lady, baseado em "Pigmalião") contribuíram para estabilizar os orçamentos dessas instituições a partir de então.

O corpo de Shaw foi cremado. Desejava que suas cinzas fossem misturadas com as de sua esposa, Charlotte, que falecera sete anos antes, e espalhadas em vários cantos de seu jardim. Durante sua longa carreira, Shaw escreveu mais de 50 peças.
traduzido de: http://www.english.upenn.edu/~cmazer/mis1.html

Pier Paolo Pasolini



Pier Paolo Pasolini era filho de Carlo Alberto Pasolini, militar de carreira, e de Susanna Colussi , professora do primeiro grau, natural do Friuli, Casarsa della Delizia, ao norte da Itália.

Pier Paolo Pasolini era um artista solitário. Antes de ficar famoso como cineasta tinha sido poeta e novelista. Entre seus livros mais conhecidos estão Meninos da Vida, Uma Vida Violenta e Petróleo (livro).

De porte atlético e estatura média, Pasolini usava óculos com lentes muito grossas, realizou estudos para filmes sobre a Índia, a Palestina e sobre a Oréstia, de Ésquilo, que pretendia filmar na África (Apontamento para uma Oréstia Africana). Era homossexual assumido.

Seus filmes são muito conhecidos por criticarem a estrutura do governo italiano (na época fortemente ligado à igreja católica), que promovia a alienação e hábitos conservadores na sociedade. Além disso, seu cinema foi marcado por uma constante ligação com o arcaísmo prevalecente no homem moderno.

Prova disso é a obra Teorema (Filme), em que um índividuo entra na vida de uma família e a desustrutura por inteiro (cada membro da familia representa uma instituição da sociedade).

Dirigiu os filmes da Trilogia da Vida com conteúdo erótico e político: Il Decameron, I Raconti di Canterbury e Il fiore delle mille e una notte. Pasolini, em um determinado momento da sua vida, renegou esses filmes, afirmando que eles foram apropriados erroneamente pela insdústria cultural, que os classificava como pornográficos.

Essa trilogia foi filmada na Etiópia, Índia, Irã, Nepal e Iêmen. Os filmes eram mal dublados em italiano. Pelo conteúdo pretensamente classificado como erótico, foi proibido nos Estados Unidos e só foi exibido na década de 80. No Brasil só foi exibido após a abertura política.

Gostava de trabalhar com atores amadores e do povo.

Foi assassinado em 1975, seu corpo tinha o rosto desfigurado e foi encontrado em uma praia tranquila em Ostia. Os motivos de seu assassinato continuam gerando polêmica até hoje, sendo associados a crime político ou um mero latrocínio. O cineasta foi assassinado por um garoto de programa, que segundo as autoridades italianas, tinha o intuito de assaltá-lo. Porém existe um estudo bem minucioso de âmbito acadêmico, que ostenta a questão do crime político.

Wikipédia

Luchino Visconti

Luchino Visconti di Morone nasceu em 2 de Novembro de 1906 em Milão, «quando a cortina subiu no Scala», como ele próprio dizia. Filho de Giuseppe Visconti, duque de Modrone, e de Carla Erba, herdeira de uma ffortuna feita na indústria química, sendo um dos sete filhos do casamento, que durou até 1924, tendo tido uma infância bastante privilegiada.

Durante sua juventude contactou com importantes intelectuais e artistas, como o maestro Toscanini, o compositor Puccini e o escritor D'Annunzio. Como é natural, interressou-se desde cedo pela música e pelo teatro, mas também pelos cavalos, que se tornaram uma paixão. Tendo feito o seu serviço militar em 1926 na arma de cavalaria, passou a criar cavalos puro-sangue destinados às corridas de cavalos, logo que foi desmobilizado, de 1928 a 1936, não pensando em muito mais do que isso. Quando este interesse começou a esmorecer, e depois de ter realizado uma viagem à Alemanha, foi viver para Paris tornando-se amigo de Coco Chanel. A costureira apresentou-o ao realizador Jean Renoir com quem trabalhou brevemente no filme Une Partie de campagne, realizado em 1936, experiência que fez com que se interessasse seriamente pelo cinema. Nesta época, em que a Frente Popular governou em França, Visconti, que tinha sido um apoiante do fascismo, aderiu ao comunismo.

Em 1937, Visconti passou por Hollywood antes de regressar a Roma. Já Itália participou no filme de Renoir La Tosca, que terminou com o auxilio do assistente do realizador francês, devido ao regresso deste a França com o começo da Segunda Guerra Mundial. A partir de 1940 ligou-se ao grupo do jornal Cinema. Para financiar o seu primeiro filme vendeu algumas jóias da família. Ossessione de 1942, uma adaptação não autorizada do livro de James M. Cain O carteiro toca sempre duas vezes, teve dificuldades com a censura fascista, mas o resultado foi um enorme sucesso em Itála. No fim da Segunda Guerra Mundial Visconti permitiu que seu palácio fosse utilizado como centro de comando secreto por membros da resistência comunista, e participou em acções armadas contra os ocupantes alemães. Estas actividades fizeram com que fosse preso pela Gestapo em 1944, durante um curto período de tempo. Vingou-se do tempo passado na prisão quando filmou a execução do chefe da policia política italiana Pietro Caruso, para o documentário realizado em 1945 - Giorni di gloria.

O partido comunista italiano encarregou-o de produzir uma série de três filmes sobre pescadores, mineiros, e camponeses da Sicília, mas só o La Terra Trema - Episodio del mare foi realizado, em 1948. Este filme, juntamente com Rocco e i suoi fratelli, de 1960, que documentam as dificuldades das classes trabalhadoras, foram censorados pelos sucessivos governos de direita que dirigiram a Itália no pós-guerra. Mas, a partir dos anos sessenta, os filmes de Visconti tornaram-se mais pessoais. Talvez os seus trabalhos mais importantes sejam Il Gattopardo [O Leopardo], de 1963, e a Morte a Venezia [Morte em Veneza], de 1971. A adaptação exuberante do romance de Giuseppe di Lampedusa, saído em 1958, que retrata o declínio da aristocracia siciliana durante o Risorgimento, era um assunto que lhe estava próximo devido à história da sua família.

Não sendo o mais fácil dos diretores (a actriz Clara Calamai afirmou que era «um senhor medieval com chicote»), Visconti granjeou mesmo assim o respeito dos seus actores. Apesar de ser conhecida a maneira como tratou Burt Lancaster durante a rodagem do Leopardo, este actor afirmou que Visconti era «o melhor director com quem trabalhei até agora ... um sonho para um actor".

Luchino Visconti encenou diversas peças de teatro, incluindo obras de Jean Cocteau e Tennessee Williams. Era tão famoso como director de ópera como o era como realizador de cinema, sendo reconhecido o seu trabalho com Maria Callas, que afirmou que fora Visconti que a ensinara a representar.

Abertamente bisexual, como o seu pai, os filmes de Visconti têm poucas personagens explicitamente homosexuais, embora haja frequentemente nos seus filmes um erotismo encapotado de teor homosexual. Favoreceu sempre actores principais atraentes, tais como Alain Delon, e a sua obsessão no fim da vida foi pelo actor austríaco Helmut Berger que dirigiu no filme La caduta degli dei [A queda dos deuses] (1969), Ludwig (1972) e Grupo di famiglia in un interno (1974).

O seu hábito de fumar (até 120 cigarros por dia) provocou-lhe um ataque de coração, que lhe debilitou bastante a saúde, mas recuperou o suficiente para fazer L'Innocente antes de morrer em Roma em 1976. O funeral de Luchino Visconti teve a presença do presidente italiano Giovanni Leone e do actor Burt Lancaster. Houve quem ridicularizasse o estilo de vida de Visconti - opulento é o mínimo que se pode dizer -, já que era reconhecidamente marxista. Salvador Dali afirmou sarcásticamente que o realizador «era um comunista que só gostava do luxo». Visconti explicou a um repórter americano em 1961, que «eu acredito na vida, isso é o essencial ... e acredito numa sociedade organizada. E penso que tem hipóteses.

Netsaber

Morte em Venezan( Luchino Visconti, 1971)- Thiago Macêdo Correia


Gustav von Aschenbach é um músico determinado a fazer de sua obra a busca incessante pela perfeição. A criação da beleza é, não somente o objetivo, quanto todo caminho. Mas segundo um amigo de Aschenbach a beleza não pode ser criada, ela simplesmente existe. E assim sendo seria a busca de Aschenbach algo totalmente vão – e, por sua vez, sua vida. A visita com propósitos de descanso à Veneza revelará para Aschenbach a mais terrível das surpresas: a beleza personificada. E com ela a obsessão apaixonada, um amor impossível, a decadência gradativa e a finitude do ser.

Luchino Visconti realiza uma obra verdadeiramente irretocável. É possível notar o cuidado absoluto de Visconti em cada plano do filme, em cada movimento concebido exaustivamente (nos extras do DVD há um breve documentário sobre o trabalho do diretor), o que torna Visconti o maior esteta que já pisou na Terra e os planos de Morte em Veneza ainda mais impressionantes que de outro filme que prima pela tal beleza, Barry Lyndon. E com o filme de Kubrick este guarda uma semelhança feliz: o uso do zoom. Visconti não ousa aproximar sua câmera de seu personagem e ele nos coloca na posição de voyeur (mesma do personagem diante do mundo ao redor), quebrando a observação geral para nos aproximarmos relativamente de Aschenbach. Mas ao mesmo tempo que essa aproximação é incentivada, ela revela também um caráter de ironia daquele ser que Aschenbach se torna com o desenvolver do filme. Em determinado momento o músico expõe em palavras uma força interior que ele já não mais era capaz de guardar, mas sua figura só é capaz de causar um tristeza absoluta. Acompanhamos Aschenbach e entendemos seu possível estado interior por meio da música extraordinária que permeia todo o filme (poucas falas, longos silêncios), mas seu declínio é dificultado pela estruturação extraordinariamente complexa do filme. Visconti relativiza o tempo e o espaço e muitas vezes é difícil manter a convicção que antes havíamos sustentado, diante de alguma constatação. Até mesmo a paixão por Tadzio é algo inteiramente ambíguo, dentro da tênue limite entre a obsessão pela perfeição e a impossibilidade do alcance. Seguimos um caminho terrível com Aschenbach, sem nenhuma concessão possível; tudo é a desgraça da destruição. A cólera que invade decompõe com muito mais fervor o homem que ama do que corpos menos vorazes pela plenitude. Assim, a impossibilidade da última visão de Tadzio é, sem dúvida alguma, a cena mais bonita do cinema e numa proporção equivalente, uma das mais tristes também.

Morte em Veneza é o filme maior de um gênio, um filme absoluto sobre o amor e o filme definitivo sobre a beleza. Ainda que terrivelmente cruel.



Eu te amo- Chico, Tom e Telma Costa

Pensamento Para Novembro.

Que novembro venha com calor
mas que suportemos.
Que novembro nos traga pelo menos
uma chuva, como aquela de outubro.
Que caiam os primeiros Pequis do meu
quintal.
Que novembro nos dê alguns presentinhos:
Alegria, amor, risos, gargalhadas, paz, visitas
agradáveis (risos)...
Conformação, compaixão, conscientização,
firmeza.
Que apezar de todo calor novembrino, vejamos
ainda um certo verde, azul,amarelo, roxo, os
passarinhos, um ventinho aqui, acolá. Nos es force-
mos, vamos ser feliz de qualquer forma este mês.

Happy November!!!!!!

Tom e Edu - Luiza

Marieta Severo


Marieta da Paixão Severo da Costa (Rio de Janeiro, 2 de novembro de 1946) é uma atriz brasileira. Estreou no teatro com a peça Feitiço de Salem em 1965, ao mesmo tempo que protagonizava na televisão a telenovela O Sheik de Agadir, e, no cinema, a comédia Society em Baby-Doll. Foi casada com o compositor Chico Buarque, com quem teve três filhas (Sílvia, Helena e Luísa). Uma delas, Sílvia, seguiu a mesma carreira da mãe.

Filha de um desembargador, Marieta Severo iniciou-se no teatro em 1965 com as Feiticeiras de Salém. Em 1968, participou do musical Roda Viva, que criticava abertamente o regime militar, e entrou na mira dos agentes de segurança nacional.

À época dos anos de chumbo, acompanhando o marido no lançamento de um álbum em Roma, e grávida de Sílvia, Marieta recebeu notícias de como andava a situação no Brasil e foi aconselhada a não retornar; passou alguns anos neste "auto-exílio" em Roma. Uma curiosidade, é que somente Sílvia, sua 1ª filha, tem outra nacionalidade já que todas as outras filhas são brasileiras e Sílvia, italiana.

De volta ao Brasil, ganhou o o prêmio de melhor atriz no Festival de Gramado de 1986 pelo conjunto de trabalhos: O Homem da Capa Preta, de Sérgio Rezende, Com licença, eu vou à luta (1985), de Lui Farias e Sonho sem Fim (1985), de Lauro Escorel Filho. Anteriormente atuou em filmes como Chuvas de Verão (1978), de Cacá Diegues.

Foi protagonista de "Carlota Joaquina, princesa do Brazil", dirigido por Carla Camurati, um marco da retomada do cinema nacional de qualidade.

No filme "As três Marias" faz uma mulher forte que tem seu marido e dois filhos brutalmente assassinados. Ela convoca então as três filhas para cada uma delas procurar um matador e vingar o pai.

No filme, "Cazuza - O Tempo Não Pára" interpretou Lucinha Araújo, mãe de Cazuza.

No teatro, a peça "A Dona da História" fez muito sucesso, e Marieta viajou por várias cidades brasileiras. O sucesso transformou a obra em filme também contracenado pela atriz.

No teatro, com mais de 40 anos de palco, foi premiada duas vezes com os prêmios Mambembe e Molière e uma vez com o Prêmio Shell.

Demorou a se firmar como intérprete de televisão. Seu primeiro sucesso foi como a "princesa-assassina" de "O Sheik de Agadir"; mas só se consagraria no meio televisivo a partir dos anos 1980, vivendo personagens marcantes como a perigosa e ambiciosa Catarina de "Vereda Tropical" Rede Globo, de 1984/1985, de Carlos Lombardi; a nobre Madeleine de "Que Rei Sou Eu?", também Rede Globo, de 1989, de Cassiano Gabus Mendes); a perversa Elvira de Deus nos Acuda, da Rede Globo, de 1992/1993, de Sílvio de Abreu; e a simpática e sofisticada Alma, de Laços de Família, também da Rede Globo, de 2000/2001, de Manoel Carlos).

De 2001 até os dias atuais, Marieta trabalha no seriado "A Grande Família", exibido às quintas-feiras pela Rede Globo, no qual interpreta brilhantemente a dona-de-casa Dona Nenê, ao lado de Marco Nanini.

Marieta é reconhecida pela crítica como uma das mais competentes atrizes em todos os segmentos de atuação: o palco, o cinema e a TV.

Com o falecimento da atriz Leila Diniz em acidente aéreo em 1972, Marieta Severo criou sua filha Janaína até que o pai, Ruy Guerra, se refizesse da perda.
Apoiou Luiz Inácio Lula da Silva durante todas as suas candidaturas presidenciais, incluída a última em 2006, quando vários artistas decidiram deixar de apoiá-lo em razão do escândalo que ficou conhecido como "mensalão" . Severo fez parte do coro que, em 1989 cantou o jingle "Lula Lá" durante o horário eleitoral gratuito do candidato.
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Visitante - foto by Heládio Teles Duarte


Neste fim de semana, tivemos a grata visita de Melque Teunas. No Pimenta´s, Paulo, Marciano, Rommel, Nêgo Teo, Melque e Luzimar .

Faça a sobremesa ... !



Ingredientes


Massa:


2 colheres ( sopa) de margarina

2 colheres (sopa) de óleo

1 ovo inteiro

2 colheres rasas (sopa) de açúcar

1 pitada de sal

1 colher rasa (sopa) de fermento em pó

Farinha de trigo até a massa desgrudar da mão.


Creme:


1 lata de leite condensado

1 lata de creme de leite

3 gemas

3 copos de leite

1 colher (sopa) de maisena

2 caixinhas de morangos

1 gelatina de morango


Modo de Preparo


Em primeiro lugar faça a gelatina conforme o modo de preparo, e deixe-a na geladeira porque na hora do uso ela deve estar em ponto de clara de ovo pois se estiver líquida, a gelatina penetrará na massa
Depois faça o creme, junte todos os ingredientes e mexa até levantar fervura e voce ver que ele está bem cremoso, cuidado para não deixar empelotar ou grudar no fundo da panela, mexa bastante sem parar
Na hora do uso ele deve estar já frio ou levemente morno
Agora faça a massa junte todos os ingredientes e quando ela estiver no ponto forre um pirex de médio a grande, os mais fundos são melhores
fure a massa com um garfo e asse em fogo médio entre 10 a 15 min
quando dourar está boa, cuidado para não deixar queimar pois a massa fica fina


Montagem da torta:


Massa assada no pirex, deixe esfriar um pouco
Coloque o creme
Os morangos cortados na transversal, coloque eles sobre todo o creme
Agora coloque a gelatina já em ponto de clara, assim ela ficará na superfície
Levar à geladeira por no mínimo 4 horas

Agenda - Por Ana Cecília S. Bastos


Decididamente não me interessam as vãs soluções,

nem as posições corretas

- essas respostas que a gente busca na opinião informada,

antes de conferir os próprios desejos;

tem os dados que o banco ou a polícia já guardam por ofício,

nem como envelhecemos igual

- por força não da idade, mas do hábito.


De todas as perguntas,

só quero reter a centelha.


Desejo saber a que horas do dia encontro no céu esse azul de

............................................................................agora.

Desejo saber a que horas da vida há esse sorriso nos olhos

.......................................................................dos filhos.

Desejo saber quanto dura a paixão pela vida.



Ana Cecília

Foto do dia : A Família Figueirêdo

Foto do acervo de Magali

Resposta ao Desafio

Liduina Belchior disse...
Percebo uma arco-íris de roupas ou tecidos,
secando ao som da brisa,
que às vezes vem mais suave...

Noutras, vem em forma de vento.

Mãos humanas fizeram

algum tipo de trabalho com elas.

E seja qual for, tem suma importância,

pois existe uma história atrás daquele varal.



Socorro Moreira disse...
Vida comum.
Dona de casa, patroa...
Família é caso sério
Suja toda a sua roupa.
Sol, água, anil ...
e essa firmeza de cores ?
O cheirinho de limpeza,
que vai cobrir nosso corpo.
Prometem bons sonhos,
esses lençóis coloridos...
- Prometem noites de amores !

Blandino, o padroeiro dos santos amigos !


Hoje é dia de todos os santos : dia de Sta. Magali , Santa Claude, Sta Glória, Sta Help, Sta Stela ,Sta Edilma , Sta Rosineide , Sta Maria Amélia, São Sávio, São Zé Flávio, Sto .Heládio, São Blandino ,Sto do Vale, e todos os outros !

Hoje é dia da gente pedir graças, uns aos outros: a graça da arte, a graça do sorriso, a graça da paciência, a graça do humor, a graça da prosperidade, a graça do conto, a graça da poesia,a graça da sensatez, a graça da lucidez, a graça da amizade !
Um dia de consciência maior !

Lima Barreto

Afonso Henriques de Lima Barreto era mestiço, filho de um tipógrafo e de uma professora , que morreu quando ele tinha apenas sete anos. Estudou no Colégio Pedro 2o e depois cursou engenharia na Escola Politécnica. Ainda estudante, começou a publicar seus textos em pequenos jornais e revistas estudantis.

Com o agravamento do estado de saúde de seu pai, que sofria de problemas mentais, abandonou a faculdade e passou a trabalhar na Secretaria de Guerra, ocupando um cargo burocrático. Grande cronista de costumes do Rio de Janeiro, Lima Barreto passou a colaborar para diversas revistas literárias, como "Careta", "Fon-Fon" e "O Malho".

Seu primeiro romance, "Recordações do Escrivão Isaías Caminha", foi parcialmente publicado em 1907, na Revista Floreal, que ele mesmo havia fundado. Dois anos depois, o romance foi editado pela Livraria Clássica Editora. Em 1911, Lima Barreto publicou um de seus melhores romances, "Triste Fim de Policarpo Quaresma", e em 1915, a sátira política "Numa e a Ninfa".

Lima Barreto militou na imprensa, durante este período, lutando contra as injustiças sociais e os preconceitos de raça, de que ele próprio era vítima. Em 1914 passou dois meses internado no Hospício Nacional, para tratamento do alcoolismo. Neste mesmo ano foi aposentado do serviço público por um decreto presidencial.

Em 1919 o escritor foi internado novamente num sanatório. As experiências deste período foram narradas pelo próprio Lima Barreto no livro "Cemitério dos Vivos". Nesse mesmo ano publicou a sátira "Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá", inspirada no Barão do Rio Branco, e ambientada no Rio de Janeiro.

Lima Barreto candidatou-se em duas ocasiões à Academia Brasileira de Letras. Não obteve a vaga, mas chegou a receber uma menção honrosa. Em 1922 o estado de saúde de Lima Barreto deteriorou-se rapidamente, culminando com um ataque cardíaco. O escritor morreu aos 41 anos, deixando uma obra de dezessete volumes, entre contos, crônicas e ensaios, além de crítica literária, memórias e uma vasta correspondência. Grande parte de seus escritos foi publicada postumamente.

UOLEDUCAÇÃO

Pensamento para o Dia 01/11/2009


“As pessoas imaginam que a espiritualidade significa meditar em Deus, banhar-se em águas sagradas e visitar santuários, mas esse não é o significado correto da espiritualidade. A espiritualidade consiste em destruir a natureza animal no homem e despertá-lo para sua consciência Divina. A espiritualidade pressupõe reconhecer que suas múltiplas capacidades emanam do Espírito, e não da mente, utilizando-as, então, para obter força espiritual. A espiritualidade significa reconhecer que todos os poderes vêm do Divino.”
Sathya Sai Baba

Dia de todos os Santos


A festa do dia de Todos-os-Santos é celebrada em honra de todos os santos e mártires, conhecidos ou não. A Igreja Católica celebra a Festum omnium sanctorum a 1 de novembro seguido do dia dos fiéis defuntos a 2 de novembro. A Igreja Ortodoxa celebra esta festividade no primeiro domingo depois do Pentecostes, fechando a época litúrgica da Páscoa. Na Igreja Luterana o dia é celebrado principalmente para lembrar que todas as pessoas batizadas são santas e também aquelas pessoas que faleceram no ano que passou. Em Portugal, neste dia, as crianças costumam andar de porta em porta a pedir bolinhos, frutos secos e romãs.

No Brasil o dia de "Todos os Santos" é celebrado no dia 01 de novembro e o de "Finados" no dia 02 de novembro. O dia de todos os santos, no Brasil dito: dia de finados [errado porque a celebração é a mesma e com a mesma designação em toda a Igreja, com o objetivo de suprir quaisquer faltas dos fiéis em recordar os santos nas celebrações das festas ao longo do ano]. Esta tradição de recordar (fazer memória) os santos está na origem da composição do calendário litúrgico, em que constavam inicialmente as datas de aniversário da morte dos cristãos martirizados como testemunho pela sua fé, realizando-se nelas orações, missas e vigílias, habitualmente no mesmo local ou nas imediações de onde foram mortos, como acontecia em redor do Coliseu de Roma. Posteriormente tornou-se habitual erigirem-se igrejas e basílicas dedicadas em sua memória nesses mesmos locais.

O desenvolvimento da celebração conjunta de vários mártires, no mesmo dia e lugar, deveu-se ao facto frequente do martírio de grupos inteiros de cristãos e também devido ao intercâmbio e partilha das festividades entre as dioceses/eparquias por onde tinham passado e se tornaram conhecidos. A partir da perseguição de Diocleciano o número de mártires era tão grande que se tornou impossível designar um dia do ano separado para cada um. O primeiro registo (Século IV) de um dia comum para a celebração de todos eles aconteceu em Antioquia, no domingo seguinte ao de Pentecostes, tradição que se mantém nas igrejas orientais.

Com o avançar do tempo, mais homens e mulheres se sucederam como exemplos de santidade e foram com estas honras reconhecidos e divulgados por todo o mundo. Inicialmente apenas mártires (com a inclusão de São João Baptista), depressa se deu grande relevo a cristãos considerados heróicos nas suas virtudes, apesar de não terem sido mortos. O sentido do martírio que os cristãos respeitam alarga-se ao da entrega de toda a vida a Deus e assim a designação "todos os santos" visa celebrar conjuntamente todos os cristãos que se encontram na glória de Deus, tenham ou não sido canonizados (processo regularizado, iniciado no Século V, para o apuramento da heroicidade de vida cristã de alguém aclamado pelo povo e através do qual pode ser chamado universalmente de beato ou santo, e pelo qual se institui um dia e o tipo e lugar para as celebrações, normalmente com referência especial na missa).

Segundo o ensinamento da Igreja, a intenção catequética desta celebração que tem lugar em todo o mundo, ressalta o chamamento de Cristo a cada pessoa para o seguir e ser santo, à imagem de Deus, a imagem em que foi originalmente criada e para a qual deve continuar a caminhar em amor. Isto não só faz ver que existem santos vivos (não apenas os do passado) e que cada pessoa o pode ser, mas sobretudo faz entender que são inúmeros os potenciais santos que não são conhecidos, mas que da mesma forma que os canonizados igualmente vêem Deus face a face, têm plena felicidade e intercedem por nós. O Papa João Paulo II foi um grande impulsionador da "vocação universal à santidade", tema renovado com grande ênfase no Segundo Concílio do Vaticano.

Nesta celebração, o povo católico é conduzido à contemplação do que, por exemplo, dizia o Cardeal John Henry Newman (Venerável ainda não canonizado): não somos simplesmente pessoas imperfeitas em necessidade de melhoramentos, mas sim rebeldes pecadores que devem render-se, aceitando a vida com Deus, e realizar isso é a santidade aos olhos de Deus.

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