Criadores & Criaturas
"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata."
(Carlos Drummond de Andrade)
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quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Docinhos de festa
Amanhã é um novo dia !
A novidade foi a visita de Edilma, entusiasmada com os preparativos do Salão de Outubro. A moça pensa, e faz !
Informou que 73 peças serão expostas. Alguns artistas da terra ficaram de fora, não quiseram participar , mas o evento tem sucesso garantido !
Crato está nublado , segura a chuva da manga e do caju, quase por maldade.
Ainda há pouco quando desci pra descongelar a carne do almoço, pensei em repassar-lhes meu cardápio para o dia de amanhã:
Bater no liquidificador:
2 ovos
1/2 xícara de óleo
2 xícaras de leite
1 colher (sopa) de manteiga
4 colh. (sopa) de queijo ralado
1 colher (chá) de fermento em pó
1 pitada de sal
Farinha de trigo (até obter consistência de
mingau grosso)
Recheio:
1 prato (normal) de cebola picada
3 tomates s/pele e s/semente picados
1 colher (sobremesa) de orégano
2 colh. (s) salsa/cebolinha picadas
100 grs. de azeitonas picadinhas
100 grs. de mussarela picada
100 grs. de provolone ralado grosso
2 colh. (s) de azeite
Misture tudo.
Modo de fazer: despeje a massa num refratário untado,
espalhe a salada de cebola por cima e leve para assar.
700 gr de alcatra em bifes
1 xícara(s) (chá) de óleo de soja
5 unidade(s) de batata em rodelas
2 unidade(s) de cebola em rodelas
500 gr de repolho em pedaços grandes
1 caixinha(s) de Molho de tomate
1 xícara(s) (chá) de azeitona verde picada(s)
quanto baste de sal
quanto baste de pimenta-do-reino preta
quanto baste de salsinha picada(s)
2 xícara(s) (chá) de água
Franz Liszt
Catherine Deneuve
Que vergonha, meu Deus! ser brasileiro
e estar crucificado num cruzeiro
erguido num monte de corrupção.
Antes nos matavam de porrada e choque
nas celas da subversão. Agora
nos matam de vergonha e fome
exibindo estatísticas na mão
Estão zombando de mim. Não acredito.
Debocham a viva voz e por escrito.
É abrir jornal, lá vem desgosto.
Cada notícia
- é um vídeo-tapa no rosto.
Cada vez é mais difícil ser brasileiro.
Cada vez é mais difícil ser cavalo
desse Exu perverso
- nesse desgovernado terreiro.
Nunca te vi tamanho abuso.
Estou confuso, obtuso,
com a razão em parafuso:
a honestidade saiu de moda,
a honra caiu de uso.
De hora em hora
a coisa piora:
arruinado o passado,
comprometido o presente,
vai-se o futuro à penhora.
Me lembra antiga história
daquele índio Atahualpa
ante Pizarro - o invasor,
enchendo de ouro a balança
com a ilusão de o seduzir
e conquistar seu amor.
Este é um país esquisito:
onde o ministro se demite
negando a demissão
e os discursos são inflados
pelos ventos da inflação.
Valei-nos Santo Cabral
nessa avessa calmaria
em forma de recessão
e na tempestade da fome
ensinai-me
- a navegação.
Este é o país do diz e do desdiz,
onde o dito é desmentido
no mesmo instante em que é dito.
Não há lingüistica e erudito
que apure o sentido inscrito
nesse discurso invertido.
Aqui
o dito é o não-dito
e já ninguém pergunta
se será o Benedito
Aqui
o discurso se trunca:
o sim é não,
o não, talvez,
o talvez,
- nunca.
Eis o sinal dos tempos:
este é o país produtor
que tanto mais produz
tanto mais é devedor.
Um país exportador
que quanto mais exporta
mais importante se torna
como país
- mau pagador.
E, no entanto, há quem julgue
que somos um bloco alegre
do "Comigo Ninguém Pode",
quando somos um país de cornos mansos
cuja história vai ser bode.
Dar bode, já que nunca deu bolo,
tão prometido pros pobres
em meio a festas e alarde,
onde quem partiu, repartiu,
ficou com a maior parte
deixando pobre o Brasil.
Eis uma situação
totalmente pervertida:
- uma nação que é rica
consegue ficar falida,
- o ouro brota em nosso peito,
mas mendigamos com a mão,
- uma nação encarcerada
doa a chave ao carcereiro
para ficar na prisão.
Cada povo tem o governo que merece?
Ou cada povo
tem os ladrões que a enriquece?
Cada povo tem os ricos que o enobrecem?
Ou cada povo tem os pulhas
que o empobrecem?
O fato é que cada vez mais
mais se entristece esse povo
num rosário de contas e promessas,
num sobe e desce
- de pranto e preces
Ce n'est pas un pays sérieux!
já dizia o general.
O que somos afinal?
Um país pererê? folclórico?
tropical? misturando morte
e carnaval?
- Um povo de degradados?
- FIlhos de degredados
largados no litoral?
- Um povo-macunaíma
sem caráter nacional?
Ou somos um conto de fadas
um engano fabuloso
narrado a um menino bobo,
- história de chapeuzinho
já na barriga do lobo?
Por que só nos contos de fadas
os pobres fracos vencem os ricos ogres?
Por que os ricos dos países pobres
são pobre perto dos ricos
dos países ricos? Por que
os pobres ricos dos países pobres
não se aliam aos pobres dos países pobres
para enfrentar os ricos dos países ricos,
cada vez mais ricos,
mesmo quando investem nos países pobres?
Espelho, espelho meu!
há um país mais perdido que o meu?
Espelho, espelho meu!
há um governo mais omisso que o meu?
Espelho, espelho meu!
há um povo mais passivo que o meu?
E o espelho respondeu
algo que se perdeu
entre o inferno que padeço
e o desencanto do céu.
Oswald Andrade
Deuses falsificados - Emerson Monteiro
Para onde se voltar, um fantoche aguarda com dentes amolados os espectadores desavisados da humana comédia. Postiças estatuetas de bronze enxameiam nas telas e prateleiras de um carrossel hipnótico grosseiro. Desde os cravos das ferraduras aos penteados exóticos, os pretensiosos seres da espécie deitam e rolam embriagados, nos canteiros das praças e matas dos lugares, alheios às verdades superiores que nasceriam de cada consciência sinceros fossem.
A tal idolatria corresponde aos vícios. Bebidas, refrigerantes gasosos, comprimidos, cigarros, pó e alimentos excitantes, constrangem o corpo, invadem mercantis e lojas, danificam as engrenagens originais da natureza e multiplicam os atendimentos médicos insuficientes dos postos de saúde. Apelos visuais apressados, poluição de não ter tamanho nem respeito à paisagem, que apenas resiste, coberta de sacos plásticos derramados ao vento, nos momentos mais inconvenientes das fotografias desfocadas. A mão do homem tinta de cinza o quadro maravilhoso do céu, agora de pálidos neons, lotado de painéis melados de óleo e graxa, ícones dedicados aos deuses de motores e máquinas trepidantes. Isto sem falar nas paixões enebriantes dos esportes radicais. O próprio futebol das jogadas geniais resume-se hoje em coices e pernadas violentas, afã dos times de chegar na cabeça das chaves suadas dos campeonatos, corridas estafantes e dramáticas das taças de plástico a lágrimas desencantadas. E os deuses da guerra e suas macaquices ideologias, doutrinas falsificadas ao sabor dos senhores das armas e munições. Lembrar os metais reluzentes das lanchas nesse mar de volkswagens em que se reverteram as cidades, escolas neuróticas de sobreviventes apavorados.
Ah, esses deuses artificiais de um mundo das massas... A quem rezar nossos credos? Onde depositar nossas apreensões, nos tempos da desobediência? Para seguir caminhando, eis quantos caminhos andar livres das armadilhas do vício, de ilusões dos bônus e ofertas, brindes e ardis, no passo monótono de pesados camelos arrastados nas fitas envelhecidas de corujões e madrugadas.
Seguir, no entanto, rebanhos do destino que nós somos, artífices da perfeição... Pisar com cuidado lamas e atoleiros, olhos abertos ao Deus verdadeiro que reside no certo das certezas, profetas soberanos dos endereços da Luz, autores dos astros e das existências eternas imperecíveis. Saber, no entanto, afastar o joio do trigo e desejar para sempre o melhor em tudo.
O Boi botou em Mestre Alfredo
Tudo neste mundo está submetido ao crivo afunilado da ampulheta. Tudo é efêmero, etéreo, transitório. A roupa mais linda e deslumbrante que vestimos hoje é a cafonice de amanhã. A verdade mais cristalina de agora será a mentira deslavada da aurora seguinte. O certo-errado, o ético-criminoso, o santo-profano, o belo-feio, a virtude-pecado precisam ser cuidadosamente datados. A beleza feminina no Século XIX apresentava-se como uma figura de Botero, hoje como a noiva do marinheiro Popeye: a Olívia Palito. A virgindade, antes de ontem adorada como top de linha, hoje se cadastra nos livros do IBAMA. Zeus e Júpiter há poucos séculos deuses furiosos e de poder incomensurável, agora dormem placidamente nos livros de Mitologia. Tudo muda, tudo passa, as coisas são fluidas e escorrem para o ralo do tempo, sem que ao menos demos conta disso.
Assim também são as palavras. Elas envelhecem e ficam caducas como as pessoas que as pronunciam. Expressões tão significativas outrora como : “Furado que só tábua de Pirulito”; “Mais lascado que pauzinho de rolete”; “Tremendo mais que Toyota em ponto Morto”, “ Mais melado que balcão de Correio”... quem diabos mais sabe o que é isto nas novas gerações? Rolete, Tábua de Pirulito, Ponto Morto ? E os Correios agora se melam por outras causas. Há poucos anos , quando uma pessoa entendia por fim uma situação qualquer, dizia : “ Ah, agora caiu a ficha!” Era uma referência às fichas utilizadas nos orelhões, agora já comandados pelos cartões telefônicos.
Aqui no Cariri, existiam muitas expressões nossas : “Botou, como o Boi botou em Mestre Alfredo!” ;”Eu sou como pequi verde, não abro de jeito nenhum!”; “Mais conhecido que arrastado de penico”; “Mais desmantelado que o PTB de Nova Olinda”. Pois é : O tempo botou em Mestre Alfredo sem nenhuma pena, aposentou o penico e o seu arrastado, abriu o pequi em banda e desmantelou definitivamente o já desmantelado PTB da terra do Mestre Expedito do Couro.
A imagem que se vê hoje projetada é apenas a realidade momentânea, uma pequeníssima amostra de uma infinitude de outras que se sucederão. Suas crenças, seus valores, suas verdades são apenas grãos num celeiro de possibilidades universais. Só existe uma coisa perfeitamente imutável neste mundo : a Mudança.
J. Flávio Vieira
Juca Chaves
Juca Chaves (nome artístico de Jurandyr Czaczkes; Rio de Janeiro, 22 de outubro de 1938) é um compositor, músico e humorista brasileiro.
Recebido por e-mail
IMPORTANTE :
NÃO ACREDITEMOS EM POLÍTICO – por Pedro Esmeraldo
Crato, 19/10/2010
Texto de autoria de Pedro Esmeraldo
A produção de contaminantes do solo - José do Vale Pinheiro Feitosa
Outro dia eu lia sobre os difamadores anônimos. Aqueles por trás de um método de campanha, que sem escrúpulos se escondem, especialmente na internet. Mas aí eu pensei. Espere aí, o conteúdo do que recebo pode ter sido elaborado nos porões, mas o e-mail de quem passou, os comentários de quem postou, os textos que postaram estão identificados (eu sei dos tais Troll, das páginas Fake). Não são anônimos: são pessoas da nossa convivência, que desejam nosso reconhecimento contínuo. E, então, pergunto: como te reconhecerás amanhã na calma dos dias comuns? Esperas que tudo seja simplesmente na cesta do esquecimento do vale tudo? Será que muito mais do que um material perecível estiveste dando repasse a um lixo tóxico que contaminará o ambiente por muitos anos?
Para dar mais argumentos a estes parágrafos, posto abaixo trechos de uma artigo de Maria Inês Nassif, publicado no Valor:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria colocar um outro item no rol "nunca antes na história desse país": nunca se usou tanta difamação num processo eleitoral como contra a candidata Dilma Rousseff, aproveitando-se dos preconceitos que já vêm embutidos no pacote mulher, petista, ex-militante da luta armada, ex-doente de um câncer, divorciada etc. Até que Dilma fosse candidata, sinceramente, eu achava que todo o estoque de preconceitos havia sido usado contra Lula nas campanhas de 1989, 1994, 1998 e 2002: operário, sem curso universitário, de origem nordestina. Os preconceitos da elite brasileira, no entanto, têm a insuperável capacidade de se superar.
Estoque parecia ter sido usado todo contra o operário Lula
Os excessos, todavia, têm limites. Existe uma linha muito tênue entre o medo que causa a difamação e a repulsa ao difamador. A artilharia pesada contra Dilma tende a torná-la vítima, daqui para 31 de outubro. Outra coisa é a maré. Dos dois candidatos, é Serra quem surfa contra a onda. O resultado nacional do primeiro turno não traz nenhum grande recado de desaprovação ao governo que Dilma representa. O presidente Lula, em nenhum momento da campanha eleitoral, teve reduzidos os seus índices de aprovação - e , ao que tudo indica, mantém uma capacidade de transferência inédita na história republicana brasileira.
O outro fator que pode favorecer Dilma, nessas duas últimas semanas antes do pleito, é que a agressividade da campanha do adversário tem produzido movimentos sólidos de unidade em torno da candidatura Dilma Rousseff, por parte de uma esquerda que estava dispersa desde 2002 e que à margem da militância partidária. O PT, que passou pelo processo de institucionalização e burocratização, tem vida partidária o ano todo mas perdeu capacidade de mobilizar massas, voltou a atrair contingentes que haviam se descolado do partido. Existe um óbvio receio do discurso pré-64 que foi a tônica da campanha tucana - e a reação é a unidade em torno de Dilma.
Esse é o movimento que detecto agora. Pode ser que não aconteça nada disso - a análise política, não raro, deixa escapar movimentos subterrâneos e súbitos. Pode ser que a nova classe média, que incha o meio da pirâmide social brasileira por conta da distribuição de renda ocorrida na última década, tenha se contaminado pelo conservadorismo próprio de classe, por medo da queda social. Mas, sinceramente, acho que, assim como milhões de brasileiros superaram a linha da pobreza, moveram-se também para fora de uma rigorosa linha de preconceito. O Brasil é conservador, mas não o foi quando decidiu eleger Lula, em 2002, e reeleger Lula, em 2006. O desejo de continuidade, se prevalecer nessas eleições e eleger Dilma, não terá nada de conservador, perto do discurso assumido pelo "candidato da mudança".
Maria Inês Nassif é repórter especial de Política. Escreve às quintas-feiras
COMPOSITORES DO BRASIL
“Quando eu abrir minha garganta
Essa força tanta
Tudo que você ouvir
Esteja certa
Que estarei vivendo”
(Sangrando)
GONZAGUINHA
Por Zé Nilton
Senti na pele o que era estar frente a frente com Luiz Gonzaga Jr. Sabia do seu jeitão de distante, irônico e de pavio curto. De fato, o homem nos recebeu com uma frieza de arrepiar. Chegamos cedo à casa ao lado do Parque Asa Branca, em Exu, nas primeiras chuvas de janeiro. Avisado, lá vinha aquele vulto esticadão, magro e de cabeça pendida às vezes para o lado, às vezes para trás. Observei demais seu trajeto desde a porta que dava para o alpendre até a porteira. Mesurou-nos com um - bom dia a todos -, com uma voz contida, com um olhar furtivo passando por sobre nós, com uma mão em trajeto de arco apontando o caminho do alpendre.
Manuel Edmilson do Nascimento, segundo reitor da URCA. Admirável é sua postura. Simpático, tranqüilo, voz pausada, mansa e suave. De mão desses atributos abre solenemente a reunião.
Eu reparava de olhos grudados na figura do grande compositor brasileiro. Ele puxava sem cessar a ponta do bigode, entre baforadas de cigarro e tragos de cerveja fria. Ele ouvia atentamente o seu interlocutor. Ele foi se desmascarando da personagem difícil e complicada de quem eu ouvira falar.
Já eram afável e solto os seus gestos. E eu viajando nas imagens daquele homem – menino guerreiro – nascido no Morro de S. Carlos, criado por estranhos e filho de Luiz Gonzaga. Então, nas músicas, no palco e no calor dos (des) encontros a carga do que passou pesava e Gonzaga Jr. era só brutalidade, irreverência e desconfiança. Mas ali, na casa de seu velho e querido pai, frente à cortesia e inteligência de Dr. Edmilson, Gonzaguinha mostrou doçura e compreensão.
Senti seu entusiasmo ao falar dos projetos para o Parque Asa Branca. Cheio de vida eram suas perspectivas para o futuro. Não dá para dizer com palavras quão belo era o território de sua face ao gesticular projeções para a cultura e o meio ambiente regionais, a partir do Parque e Museu Gonzagão.
Igualmente guardei lembranças de um homem inteligente e conhecedor profundo das coisas do mundo. Suas análises sobre a cultura brasileira e nordestina me impressionaram pela profundidade de quem detém o conhecimento teórico-prático da realidade.
Ao sair daquele recanto haurido por luminosidades da natureza e da inteligência humana, ouvi da professora Maria Sarah Esmeraldo Cabral, responsável pelo encontro, distintos elogios à pessoa de Gonzaguinha. Sarah o disse um humanista.
O tempo amadurece. Estava ali o poeta e músico da MPB inteiro, resultado das somas de tudo que juntou, desde os festivais universitários de que participou, da geração cultural e musical de que foi um ativista e renovador, do compositor consagrado e representante da moderna linguagem da MPB, e agora prenhe de tudo isso, ávido por oferecer sua capacidade a serviço de seu povo.
Numa manhã do final de abril daquele ano, 1991, quando as chuvas vão deixando a natureza grávida de opimos frutos, nos deixou Gonzaguinha. E tudo do que disse para nós, na casa de seu pai, foi deixado para trás.
Ficou a sua música, rica em temática, em ritmos, em sons.
Uma pequena parte dela será lembrada no programa Compositores do Brasil, desta quinta-feira, a partir das 14 horas, na Rádio Educadora do Cariri.
Na sequencia:
COMPORTAMENTO GERAL, de Gonzaguinha com Gonzaguinha
UM HOMEM GUANDO CHORA, (guerreiro menino) de Gonzaguinha com Gonzaguinha
UM ABRAÇO TERNO EM VOCÊ, VIU MÃE, de Gonzaguinha com Gonzaguinha
ESPERE POR MIM, MORENA, de Gonzaguinha com Leila Pinheiro e Gonzaga Jr.
UM LINDO LAGO DO AMOR, de Gonzaguinha com Gonzaguinha
GERALDINOS E ARQUIBALDOS, de Gonzaguinha com Simone
EXPLODE CORAÇÃO, de Gonzaguinha com Maria Bethania
COMEÇARIA TUDO OUTRA VEZ, de Gonzaguinha com Quarteto em Cy
VIVER E NÃO TER A VERGONHA DE SER FELIZ, de Gonzaguinha com Gonzaguinha
GALOPE, de Gonzaguinha com MPB4
O PRETO QUE SATISAFAZ (feijão maravilha), de Gonzaguinha com as Frenéticas
E VAMOS A LUTA, de Gonzaguinha com Gonzaguinha
Quem ouvir verá!
Programa compositores do Brasil
Rádio Educadora do Cariri
Na web: www.radioeducadoradocariri.com)
Acesse: www.blogdocrato.com
Todas às quintas-feiras, de 14 as 15 horas
Produção, pesquisa e apresentação de Zé Nilton
A tempestade de areia, a poliomielite e o arco-íris de Brasília - José do Vale Pinheiro Feitosa
Brasília é alvo de preconceitos. Não é a única morada dos políticos. Eles se originam nos estados e passam a semana na capital no exercício dos seus mandatos. Ela é uma cidade nacional, brasileiros de todos os recantos. Tem um sotaque próprio: nem só goiano ou mineiro.
Desde a Erradicação da Varíola que a humanidade sabe que as vacinas podem, a depender do vírus, do modo de transmissão e da eficácia, erradicar doenças. É o caso da poliomielite que matava e deixava milhões com lesões motoras irreversíveis. O último caso de poliomielite no Brasil na Paraíba, a 19 de março de 1989. Nas Américas, ocorreu no Peru, em agosto de 1991.
Há pouco mais de uma semana e meia a capital federal sentiu os tremores de terra acontecidos numa região de Goiás. Não teve danos maiores, mas aquilo oferece instabilidade ao abalar o próprio conceito de firme que é o solo. Isso aqui para nós neste continente sem sismos. Logo depois outro susto natural: uma névoa de areia vermelho do planalto central cobriu a cidade. Os carros acenderam os faróis e o panorama tornou a visão turva na distância.
Um sentido maior para aquele primeiro fato. No mundo globalizado não basta controlar a vigilância epidemiológica e sanitária nos estados e províncias, as fronteiras entre países se abriram. A poliomielite continua em curso na Índia, Paquistão, Nigéria e Afeganistão. Em 2010 já aconteceram 706 casos de poliomielite contra 1.126 neste momento, em 2009. Mais de 570 destes foram nos países que já haviam conseguido erradicá-la e agora tiveram surtos originados em países endêmicos: foi o caso de Angola. O Tajiquistão (por influência do Afeganistão) só este ano já teve 458 casos. Por conta da crise e do “cansaço” dos agentes financiadores da campanha de erradicação, a OMS já tem um rombo de US $ 810 milhões (31%) num orçamento de US $ 2,6 bilhões necessários para combater a pólio no período de 2010 a 2012.
Ontem um sol casando com uma neblina poética, um arco-íris inteiro, de 180º, tomou os céus da capital federal. Eram as cores abobadas a relembrar o elevado chão do Brasil Central, a coroar o Plano Urbanístico singular da cidade e dar um toque ancestral à modernidade arquitetônica de suas linhas. Se isso já vale uma vida, mas vale ainda o povo da capital.
De uma sensibilidade, também singular. O brasiliense é um tipo específico, tem o mote das questões pós-modernas, com a religiosidade difusa, um amor pelo estilo de vida e, principalmente, pela alternativa ao modo de fruir alimentos, conversas, fazer canções e ciência. Por isso soube do “Arco-Íris”: funcionários do Senado Federal, de suas janelas de trabalho capturaram a imagem lá fora, mas que certamente pousaram sobre suas almas como um superlativo aos termos da tempestade de areia.
Agora uma explicação. Este texto, a rigor, tem um pouco da Globo News, mas se deve essencialmente ao Luiz Carlos Pelizarri Romero, assessor de Saúde do Senado. Apenas fiz a costura dos termos.
Dóris Monteiro
François Truffaut
Signos -Coloaboração mde Edmar nCordeiro
Confiante e entusiasta.
Divertido.
Ama um desafio.
EXTREMAMENTE impaciente.
Às vezes egoísta.
Fusível curto (enfurece facilmente).
Vivido, inteligência apaixonada e afiada.
Gosta de sair.
Perde interesse depressa - facilmente entediado.
Egoístico.
Inteligente
Mandão
Corajoso e afirmativo.
Tende a ser físico e atlético.
VIRGEM - O Perfeccionista
Dominante em relações.
Conservador.
Quer ter sempre a última palavra.
Argumentativo.
Preocupado.
Muito inteligente.
Antipatiza com barulho e caos.
Ansioso.
Trabalhador.
Leal.
Bonito.
Fácil de falar.
Difícil de agradar.
Severo.
Prático e muito exigente.
Frequentemente tímido.
Pessimista.
ESCORPIÃO - o Intenso
Muito enérgico.
Inteligente.
Pode ser ciumento e/ou possessivo.
Trabalhador.
Grande beijador.
Pode ficar obsessivo ou reservado.
Guarda rancor.
Atraente.
Determinado.
Amores que dão em relações longas.
Falador.
Romântico.
Pode ser às vezes egocêntrico.
Apaixonado e emocional.
LIBRA - o Harmonizador
Agradável a todos os que estão em sua companhia.
Indeciso.
Tem um sex appeal sem igual.
Criativo, enérgico e muito social.
Odeia estar só.
Calmo, generoso.
Muito amoroso e bonito.
Gosta de flertar.
Cede muito facilmente.
Tende a deixar para depois.
Muito crédulo.
9 anos de sorte se você encaminhar.
AQUÁRIO - o Amado
Otimista e honesto.
Doce personalidade.
Muito independente.
Inventivo e inteligente.
Amigável e leal.
Pode parecer não emotivo.
Pode ser um pouco rebelde.
Muito teimoso, mas original e sem igual.
Atraente no lado de dentro e fora.
Personalidade excêntrica.
11 anos de sorte se você encaminhar.
GÊMEOS - o Tagarela
Inteligente e engenhoso.
Parece estar sempre de saída, muito falador.
Vivo, enérgico.
Adaptável mas com necessidade de se expressar.
Argumentativo e franco.
Gosta de mudança.
Versátil.
Ocupado, mas às vezes nervoso e tenso.
Fofoqueiro.
Pode parecer superficial ou incoerente.
Só e sujeito a mudança.
Bonito fisicamente e mentalmente.
5 anos de sorte se você encaminhar.
LEÃO - O chefe
Muito organizado.
Precisa de ordem nas vidas deles/delas - como estar em controle.
Gosta de limites.
Tende a assumir tudo.
Mandão.
Gosta de ajudar os outros.
Social e gosta de sair.
Extrovertido.
Generoso, amável.
Sensível.
Energia criativa.
Confiantes neles próprios.
Bons amantes.
Fazer a coisa certa é importante para Leão.
Atraente.
CÂNCER - O Protetor
Emocional.
Pode ser tímido.
Muito amoroso e gentil.
Bonito.
Sócios excelentes para toda a vida.
Protetor.
Inventivo e imaginativo.
Cauteloso.
Tipo de pessoa sensível.
Necessidade de ser amado pelos outros.
Magoa-se facilmente, mas simpático.
.
PEIXES - o Sonhador
Bom coração e pensativo.
Muito criativo e imaginativo.
Pode ficar reservado e vago.
Sensível.
Não gosta de detalhes.
Sonhador e irreal.
Simpático e amoroso.
Desinteressado.
Bom beijador.
Bonito.
CAPRICÓRNIO - O Paciente
Pessoa agressiva e sábia.
Prático e rígido.
Ambicioso.
Tende a estar bonito.
Humorístico e engraçado.
Pode ser um pouco tímido e reservado.
Frequentemente pessimistas.
Tendem a agir antes de pensar e podem ser às vezes pouco amigáveis.
Guarda rancor.
Gosta de tudo que é diferente
Gosta de competição...
Obtêm o que eles querem.
TOURO - o Resistente
Encanta, mas é agressivo.
Pode parecer enfadonho, mas não é.
Trabalhador duro.
Amável.
Forte, tem resistência.
Seres sólidos e estáveis e seguros dos modos deles/delas.
Não procuram atalhos.
Orgulhosos da beleza deles/delas.
Pacientes e seguros.
Fazem grandes amigos e dão bons conselhos.
Bom coração.
Amam profundamente - apaixonados.
Expressam-se emocionalmente.
Propenso a temperamento - acessos de raiva ferozes.
Determinado.
Cedem aos seus desejos frequentemente.
Muito generoso.
SAGITÁRIO - O otimista
Favorece o ego.
Orgulhoso.
Gosta de luxo, e de jogar.
Social, gosta de sair.
Não gosta que lhe imponham responsabilidades.
Frequentemente fantasia.
Impaciente.
Aventureiro
Tem muitos amigos.
Coquete, gosta de flertar.
Conquistador e "galinha" enquanto não se apaixona de verdade.
Não gosta de seguir regras.
Às vezes é hipócrita.
Inconsequente, vive se arrependendo do que fala.
Antipatiza com espaços apertados e roupas apertadas.
Não gosta que duvidem dele.
Bonito por dentro e por fora.