Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Atenção leoninos !

Caracteristicas Astrológicas do Signo de Leão

Signo de Leão Quinto signo astrológico do zodíaco, situado entre Câncer e Virgem e associado à constelação de Leo.

Seu símbolo é um leão. Forma com Áries e Sagitário a triplicidade dos signos do Fogo. É também um dos quatro signos fixos, juntamente com Touro, Escorpião e Aquário.

Com pequenas variações nas datas dependendo do ano, os leoninos são as pessoas nascidas entre 22 de Julho e 22 de Agosto.

Palavras chaves que definem o Leonino:
Vitalidade, Nobreza , Generosidade, Afetuoso , Arrogante, Vaidoso , Dominador.

Elementos:
Um dos principais conceitos-chave para a Astrologia é o de Elemento. Os Elementos são os componentes básicos da estrutura do Universo. Eles representam os estados de energia fundamentais da manifestação.

Seu Signo é do Elemento Fogo: este Elemento expressa-se por atividade, energia e busca de conhecimento e identidade. A ação é o fator base do Fogo. Ele é o que ajuda a criação, dá vida e aquece quando moderado. E é poder que queima, destrói, seca e ofusca quando excessivo.

Quando o Sol está num signo do elemento Fogo a expressão da identidade é naturalmente viva, enérgica e calorosa.

Sol em Leão: "Sou aquilo que manifesto".
O auto-conhecimento passa pela expressão criativa do ego, em função do próprio indivíduo (é auto-referenciado). É generoso e brilhante, mas pode ter um toque de egocentrismo e arrogância.

Interpretação:
Domínio, autoridade e ambição. Integridade, fidelidade e sinceridade. A tendência a liderar é inata. As afeições são profundas e duradouras.

http://www.esoterikha.com/mapa_astral/caracteristicas_leao.php

Acordar no recordar - por Socorro Moreira





o tempo brinca comigo
vivo  o dejá vu
acordo e adormeço
num sonho contínuo
teu olhar me espreita
teu sorriso me enamora
depois  a imagem some
e o meu coração vazio
habita uma nova história.
Desisto de esperar 
um milagre que não volta !

Michelangelo Antonioni



Michelangelo Antonioni (Ferrara, 29 de setembro de 1912 — Roma, 30 de Julho de 2007) foi um cineasta italiano.



Graduou-se em economia na Universidade de Bolonha. Chegando a Roma em 1940 estudou no Centro Sperimentale di Cinematografia na Cinecittà, onde conheceu alguns dos artistas com quem acabou cooperando nos anos futuros; entre eles Roberto Rossellini.

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Ingmar Bergman


Ernst Ingmar Bergman (Uppsala, 14 de julho de 1918 — Fårö, 30 de julho de 2007) foi um dramaturgo e cineasta sueco.

Estudou na Universidade de Estocolmo, onde se interessou por teatro e, mais tarde, por cinema. Iniciou a carreira em 1941, escrevendo a peça teatral "Morte de Kasper". Em 1944, desenvolveu o primeiro argumento para o filme "Hets". Realizou o primeiro filme em 1945, "Kris".

Seus trabalhos lidam geralmente com questões existenciais, como a mortalidade, a solidão e a fé. Suas influências literárias provêm do teatro: Henrik Ibsen e August Strindberg.

Teve um romance com Liv Ullmann, com quem teve uma filha. Dirigiu a atriz em dez filmes, começando por Persona.

Talvez o melhor comentário sobre Ingmar Bergman tenha partido de Jean-Luc Godard: "O cinema não é um ofício. É uma arte. Cinema não é um trabalho de equipe. O diretor está só diante de uma página em branco. Para Bergman estar só é se fazer perguntas; filmar é encontrar as respostas. Nada poderia ser mais classicamente romântico". (Jean-Luc Godard, "Bergmanorama", Cahiers du cinéma, Julho – 1958).

O diretor e roteirista morreu em sua casa em Fårö aos 89 anos, de forma tranqüila – segundo sua filha, Eva Bergman – e, coincidentemente, no mesmo dia em que faleceu Michelangelo Antonioni.

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Isaurinha Garcia


Isaura Garcia, mais conhecida como Isaurinha Garcia, (São Paulo, 26 de fevereiro de 1923 — São Paulo, 30 de agosto de 1993) foi uma das maiores cantoras da MPB, e, com mais de cinquenta anos de carreira, foi considerada a Edith Piaf brasileira. Gravou mais de trezentas canções.Entre seus maiores sucesos está a música "Mensagem".

Foi casada com Walter Wanderley, organista de muito sucesso, que renovou a bossa nova com seu talento e até hoje está presente em trinta países.

Sobrinha do célebre pintor paulista Giuseppe Pancetti, começou sua carreira em 1938, depois de um concurso promovido pela Rádio Record, tendo sido contratada no mesmo ano pela emissora paulista. Neste começo de carreira, inspirava-se em Carmen Miranda e Aracy de Almeida.

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Luís da Câmara Cascudo


Luís da Câmara Cascudo (Natal, 30 de dezembro de 1898 — Natal, 30 de julho de 1986) foi um historiador, folclorista, antropólogo, advogado e jornalista brasileiro.

Passou toda a sua vida em Natal e dedicou-se ao estudo da cultura brasileira. Foi professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O Instituto de Antropologia desta universidade tem seu nome. Pesquisador das manifestações culturais brasileiras, deixou uma extensa obra, inclusive o Dicionário do Folclore Brasileiro (1952). Entre seus muitos títulos destacam-se: Alma patrícia (1921), obra de estréia, Contos tradicionais do Brasil (1946). Estudioso do período das invasões holandesas, publicou Geografia do Brasil holandês (1956). Suas memórias, O tempo e eu (1971) foram editadas postumamente. Quase chegou a ser demitido por estudar figuras folclóricas como o lobisomem.

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Paul Anka



Paul Anka (Ottawa, 30 de Julho de 1941) é um cantor e compositor canadense de origens síria. Tornou-se cidadão estadunidense em 1990.

Mário Quintana



Mário de Miranda Quintana (Alegrete, 30 de julho de 1906 — Porto Alegre, 5 de maio de 1994) foi um poeta, tradutor e jornalista brasileiro.



PROJETO DE PREFÁCIO

Sábias agudezas... refinamentos...
- não!
Nada disso encontrarás aqui.
Um poema não é para te distraíres
como com essas imagens mutantes de caleidoscópios.
Um poema não é quando te deténs para apreciar um detalhe
Um poema não é também quando paras no fim,
porque um verdadeiro poema continua sempre...
Um poema que não te ajude a viver e não saiba preparar-te para a morte
não tem sentido: é um pobre chocalho de palavras.

Mario Quintana

Os Beija-flores Doam Sangue

O abismo não deixará de existir.
Os monstros, os levianos, os tolos
hão de prosseguir a jornada do mal.

Haverá dias cinzentos, vazio, tristeza.
Sonhos exaustos com estigmas.

Pensaremos até em dizer adeus mundo velho.
Cortar pulsos, tomar comprimidos.

Se houvesse uma árvore disponível:
uma forca.

O tempo continuará sem sentido.
Muitas vezes (uma longa parte dele)
trará aquele desânimo e aquela
louca e triste vaidade.

Mas te digo:
o milagre brilha aos nossos olhos
quando criamos uma ponte com alguém
feita de arco-íris, algodão-doce, jasmim.

Mesmo sentindo enjoo
e pensando ser a pessoa
(naturalmente)
de outro planeta.

Luz

Desde tempos imemoriais já se apregoava : a sala de visitas é o coração de uma casa. Receber bem, recepcionar, sempre se mostrou muito mais arte que técnica. Com a explosão da atividade comercial , hoje já englobando campos virtuais, impensáveis em tempos passados, a sutileza no receber, no acolher, percebeu-se ter uma íntima relação, não só com o fazer amigos , mas também fidelizar clientes. A arte do acolhimento bebe no riacho da sedução. Quem recepciona, assim, deve carregar consigo segredos de diplomata, técnica de dança do ventre, sutileza de gueixa, paciência de monge. Imaginem, então, caros leitores, quando o recepcionista encontra-se ao largo do portão da vida e tem a grata função de fazer adentrar todos numa imensa morada chamada terra ? Pois , esta é a nobre função dos obstetras, dos parteiros : entreabrirem um mundo prenhe de possibilidades e desafios para a vida que explode no vagido de tantos bebês atônitos com a luz incandescente e ofuscante do novo, do belo, do misterioso. Poucas especialidades médicas são tão gratificantes, poucas carregam consigo tanto poder de refazer o gênesis e repovoar o planeta.
Pois este texto de sábado, amigos, é sobre um desses recepcionistas exímios e que, nesses dias, cumprida a missão, abriu a porta do quintal deste mundo para ser acolhido no grande pomar ao lado. Chamava-se Tarcísio Pinheiro e toda a cidade o conhecia, até porque muitos e muitos das atuais gerações foram por suas mãos conduzidos ao milagre da vida. Mais de quarenta e cinco anos de trabalhos dedicados, sem interrupção, num entreabrir incessante das fronteiras do ser, para um sem número de caririenses. Não bastasse isso, fez-se ainda cirurgião do mais fino jaez, um clínico de faro aguçado, qualidades desenvolvidas em tempos em que a medicina ainda carecia de especialistas nas mais diversas áreas. Advindo da seminal Faculdade da Bahia, a primeira do Brasil, Dr. Tarcísio trazia consigo uma sólida formação humanística e ética. E, mais que tudo, trouxe todo o seu conhecimento, adquirido com árduas penas, para junto do seu povo, da sua gente. Profissional do mais fino trato, atendia a todos com uma presteza exemplar. Assumindo inúmeros cargos : diretor de Hospital, Chefe de Perícia, Médico de Saúde Pública; nunca se soube de reclamações dos seus fiéis pacientes ao seu trabalho. Não bastasse isso, desempenhou ainda uma profunda atividade social na cidade, inserindo-se na atividade agro-pecuária e desenvolvendo ainda uma ativa participação na vida política do Crato. Fez parte de uma heróica geração de médicos que, a partir dos anos 60, revolveram os horizontes de uma Medicina ainda de fortes tons empíricos, para os largos caminhos do cientificismo : Dr. Humberto Macário, Dr. José Ulisses Peixoto, Dr. Ebert Fernandes Teles, Dr. Maurício Teles, Dr. Fábio Esmeraldo, Dr. Tarcísio Pierre, Dr. Eldon Cariri, Dr. Luciano Brito, Dr. Mozart Magalhães, Dr. Elígio Abath, Dr. Valdir Oliveira, Dr. Hugo Barreto e muitos outros.
Estupefatos, diante da fragilidade da vida, parecemos todos tristes e cabisbaixos, sem perceber que são tênues e quase imperceptíveis os limites entre a corda bamba e o abismo; entre a luz e o breu; entre o ser e o não ser. O fogo que nos faz brilhar é o mesmo que nos queima, lentamente, a cera da vela da existência. Quanto mais brilho emitimos, mais vida consumimos. O que fica ? A persistente lembrança do brilho que iluminou tantos caminhos e veredas . Ela nos consola em pensar que quem ofereceu tanta luz aos que chegavam ao vestíbulo deste mundo; deve ser recebido, com fogos de artifício, do outro lado da porta do quintal que dá para o pomar.

J. Flávio Vieira

Atitudes no bem - Emerson Monteiro

A Terra é nossa casa, eis o título adotado pelo cantor, compositor e instrumentista Nando Cordel para desenvolve um projeto que visa acordar no coração das crianças, jovens e adultos, a riqueza das boas maneiras: o respeito, a humildade, o carinho, a moral, a gentileza... chamando atenção para que cada um olhe o outro como irmão.
Tal iniciativa ganha espaço na educação de crianças e adolescentes, sobretudo na atualidade, quando cresce no Brasil campanha para conter a violência na educação dos filhos. Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina o projeto de lei que modifica o artigo 18 do Estatuto da Criança e do Adolescente. Com a modificação, ficará vedado aos pais adotar castigos físicos para disciplinar ou punir os filhos.
Esse projeto de lei de autoria do Executivo federal, que depende agora da aprovação do Congresso Nacional, restringe inclusive as mínimas ações de punição, desde, por exemplo, simples palmadas, vistas até então, por alguns educadores, como medidas profiláticas de combate aos hábitos nocivos, na primeira fase da vida infantil.
Diante, pois, da necessidade premente de métodos inovadores que venham suprir os instrumentos usados na formação básica, o artista Nando Cordel sai, numa firme cruzada pedagógica pelo Nordeste, utilizando-se de belas cartilhas destinadas a crianças e educadores, enfocando áreas essências da prática diária nas escolas e no lar.
Temas quais escovação dos dentes, uso de linguagem apropriada, asseio, religiosidade, sinceridade, obediência e outros, são apresentados de modo didático nesse material.
Sempre demonstrando preocupação com a adoção dos valores positivos, este pernambucano nascido em Santo Agostinho vem visitando as secretarias de educação dos municípios, visando ampliar os frutos dessa tarefa que soma às apresentações musicais destinadas à propagação do conceito da Paz entre as pessoas.
Artista versátil, consagrado fenômeno de inspiração literária e musical, este menestrel se identifica com a gente do Ceará, e, no Cariri, vem prestigiando o trabalho dos Anjos Solidários – Cevema, em Juazeiro do Norte, a consolidar sua história de 25 anos de um talento consagrador.
Além desta campanha em prol do aperfeiçoamento da educação infantil, Nando Cordel também pretende deflagrar um movimento visando aumentar as doações de órgãos humanos, ora em andamento, com músicas e apresentações.
São estas, portanto, boas e possíveis finalidades da arte engajada no corpo da sociedade, quando seus ídolos abraçam causas nobres e retribuem à altura o carinho e a predileção do grande público ao seu trabalho. Dignas de nota as atuais providências de Nando Cordel nesta nova fase de sua carreira artística.

Lembrando Anísio Silva

Por Norma Hauer

VICTOR BACELAR - 28 DE JULHO -
Ainda lembrando a data de 28 de julho, quero relembrar VICTOR BACELAR, considerado o primeiro cantor da Bahia a vir tentar a vida artística no Rio de Janeiro, nascido em 28/07/1911.
Convidado por César Ladeira, ingressou na Rádio Mayrink Veiga onde Ladeira o denominou "A Voz de Ouro que a Bahia nos Mandou".

Entretanto, antes de Victor, aqui esteve o cantor conhecido como BAIANO, que, em 1916, gravou o considerado 1° samba" Pelo Telefone", de autoria (duvidosa) de Donga. Mas naquela época ainda não se conhecia o rádio (introduzido em 1923), assim, Victor Bacelar foi o primeiro baiano a se apresentar no rádio (na Mayrink Veiga), onde César Ladeira o denominou "A Voz de Ouro que a Bahia nos mandou".

Depois da Mayrink, Victor Bacelar apresentou-se na Tupi, na Nacional, na Globo... e também em cassinos, ao lado de artistas internacionais, como Pedro Vargas.
Suas apresentações nos Cassinos da Urca e Icaraí foram sucessos.

Foi Victor Bacelar que apresentou Dorival Caymmi a César Ladeira, quando aqui ele chegou em 1939.
A primeira gravação de Adelino Moreira ("Meu Castigo") foi gravada por Victor Bacelar, que também apresentou Adelino a Nelson Gonçalves.

Começando a gravar na Victor, VICTOR BACELAR , posteriormente, gravou em quase todas as gravadoras aqui existentes.
Algumas gravações de Victor Bacelar :"Miss Brasil", de Wilson Batista e Jorge de Castro (em homenagem a Marta Rocha, também baiana);"O Grito de Uma Raça", da trilha sonora do filme "Rio-Zona Norte);"Não sei se é Castigo";"Valsa da Formatura", de Lamartine Babo e muitas outras.
Victor Bacelar também se apresentou nas extintas TVs Tupi e Rio.

VICTOR BACELAR faleceu em 10 de junho de 2006, sem completar 95 anos.

Fernando Lobo - por Norma Hauer

FERNANDO LOBO - 26 DE JULHO
Foi em Recife, no dia 26 de julho de 1915 que FERNANDO LOBO nasceu e onde compôs suas primeiras músicas, a maioria frevos, o que era natural, por ser de Pernambuco.
O interessante é que quase todos foram gravados por cantores aqui do Rio de Janeiro.
Em 1937, "Mentira", com Raul Torres (de São Paulo); em 1938 "De Quem Você Gosta", com Almirante; em 1939" Alegria", com Nuno Roland; em 1941 "Não Faltava Mais Nada", com Gilberto Alves.
Já em 1947 gravou seu primeiro samba "Saudade", em parceria com Dorival Caymmi; em 1949, com Francisco Alves, gravou um de seus primeiros grandes sucessos"Chuvas de Verão ", posteriormente regravado por outros cantores; em 1950, para o carnaval de 1951: "Zum, zum", com Dalva de Oliveira, em homenagem a um aviador que falecera em acidente aéreo, seu amigo Carlos Eduardo de Oliveira.

No mesmo ano, um novo sucesso"Chofer de Praça", com Luiz Gonzaga. Em 1951, "Amor de Ontem", com Newton Teixeira, gravado por Carlos Galhardo.
Em 1952, lançando Nora Nei ao estrelato, gravou "Ninguém me Ama", naquele estilo "fossa", em parceria com Antonio Maria.
Em 1957 Jorge Veiga gravou "Palhaço".
Mas quero registrar aqui seu sucesso no carnaval de 1950, gravação de Linda Batista e ainda hoje relembrado em blocos carnavalescos: "Nega Maluca". Até fantasias foram lançadas sobre o tema.

Aqui está a letra humorística de
NEGA MALUCA
Co-autor: Evaldo Rui
Gravação original de Linda Batista

"Tava" jogando sinuca
Uma nega maluca,
e apareceu.
Vinha com o filho no colo
E dizia pro povo que o filho era meu
(Não senhor)

Há tanta gente no mundo,
Mas meu azar é profundo
Veja você, meu irmão.
A bomba estourou na minha mão.
Tudo acontece na vida
Eu que nem sou do amor
Até parece castigo
Ou então influência da cor.

Fernando Lobo faleceu em 22/12/1996, aqui no Rio ,mas deixou um grande "fruto", seu filho Edu Lobo.

Norma

Anísio Silva - por Norma Hauer


Ele nasceu em 29 de julho de 1920, em uma fazenda no interior da BAHIA, no distrito de Rio de Santo Antõnio, município de Caetité, hoje Calulé.
Como alguém de um lugar até hoje pouco conhecido, venho "ancorar" no Rio de Janeiro? Pois ANÍSIO SILVA veio "descobrir" o Rio e aqui ficou, onde se destacou como cantor a partir de 1952.
Sua primeira gravação, porém ocorreu na Odeon, com o LP "Sonhando Contigo", em 1957. No ano seguinte gravou "Quero Beijar-te as Mãos", de Lourival Faissal.
Em 1959, seu maior triunfo:"Alguém me Disse", de Jair Amorim e Evaldo Gouveia, que lhe deu o primeiro "Disco de Ouro" que um cantor brasileiro recebeu.
Em 1962, no LP "O Romântico", mais um grande sucesso:"Ave Maria dos Namorados", ainda de Jair Amorim e Evaldo Gouveia, responsáveis por outros sucessos de ANÍSIO SILVA.

Em 1963, "Só Penso em Ti" e "Canção do Amor que Vivi", novas conquistas.
Afastou-se um pouco e em 1967 gravou o LP "Retorno".

No ano seguinte, despediu-se das gravações para dedicar-se a uma casa noturna; não mais retornou aos discos, vindo a falecer em 18 de fevereiro de 1989, aqui no Rio de Janeiro, aos 68 anos.

Um de seus filhos ( Vini Silva) é produtor artístico e cultural aqui no Rio de Janeiro.

Norma

Imagens da festa do cariricaturas- acervo de Joaquim Pinheiro


A menina Isabella, reconhecida escritora aos 9 anos de idade, ao lado da Bisa , Dona Almina Arraes
Avô e neta, escritores do nosso "Em verso e prosa", num momento de autógrafo. O colo ainda é o lugar preferido de Isabella, mas a sua  sensibilidade poética  já assumiu um lugar nas letras.
Isabella Pinheiro entre a avó paterna ,Dra. Expedita Gonçalves Torres , e a proteção da Bisa .

“PPP” – José Nilton Mariano Saraiva

Qual o significado da sigla PPP ??? O que representa essa “ruma” de uma mesma consoante, juntas e enfileiradas ??? Será alguma misteriosa fórmula miraculosa de rejuvenescimento ??? Ou o passaporte de aprovação no próximo vestibular ??? Você já leu algo a respeito, mas momentaneamente não está lembrado ??? Ou nunca ouviu mesmo falar do que se trata ??? Despreocupe-se, relaxe e goze; não estamos falando de nenhum indecifrável e revolucionário código secreto usado por terroristas árabes visando detonar o planeta Terra, tampouco a sonhada senha que lhe abrirá as portas do céu ou mesmo a temível chave para decifrar os insondáveis enigmas do inferno.
Na realidade, “PPP” é tão somente a abreviatura da expressão “Parceria Público-Privada”, um artifício de política econômica que visa juntar esforços e recursos público e privado, objetivando um determinado investimento produtivo, normalmente no longo prazo e em projetos de infra-estrutura.
Pois bem, ao terceirizar a programação e área destinada aos shows da Expocrato, o poder público municipal sub-repticiamente (ou não ???) acabou por firmar algo parecido com uma PPP, embora de forma um tanto quanto atabalhoada e deletéria, já que outorgando amplos e irrestritos poderes à abusada e sequiosa iniciativa privada para, desumanamente, explorar a população e enfiar-lhe goela abaixo certas xaropadas forrozeiras intragáveis, a preços aviltantes.
E aí acontece algo curioso: temos dois distintos eventos em um só local (na parte de “cima” e na de “baixo”), dois díspares mundos absolutamente conflitantes num espaço reduzido, cada um com o seu respectivo público, divorciados e alheios um a outro; de um lado, um exército peso-pesado de jovens, com a corda toda, com gás pra dar e vender, notívagos por natureza (já que viciados em “pegar o sol com a mão”) e que só aparecem no recinto da “Expocrato” na hora dos shows e já devidamente
“turbinados/calibrados” das badalações de final de tarde do Granjeiro e adjacências (tal qual morcegos sanguinolentos, durante o dia se recolhem, parecem ter verdadeiro pavor à luz solar); na outra ponta, um significativo e nada desprezível contingente de pessoas simples e peso-leve, que vai ao “parque” durante o dia pra passear, levar a criançada pra ver a bicharada (bois, cachorros, galinhas e por aí vai), rodar no carrossel, na roda-gigante e por aí vai, comer filhós, charutos e tais, tomar uma geladinha ou simplesmente rever os amigos chegantes de outras plagas e colocar o papo em dia.
Pois bem, no momento em que a “conversa-mole” (recorrente) volta à tona, no tocante à “relocalização” da Expocrato lá pras bandas daquela cidade vizinha (o Governo do Estado quer porque quer, por cima de pau e pedra, nos impingir tal castigo), numa clara tentativa de esvaziá-la, sepultando de vez a única festa que ainda nos rende mídia, prestígio e dividendos sócio-econômico-finaceiros, tomamos a liberdade de sugerir o desmembramento dos dois mundos, e que presumivelmente atenderia aos interesses de gregos e troianos, a saber: 1) a arena de shows, embora constando da programação-divulgação oficial da festa, continuaria terceirizada (já que a prefeitura não tem o mínimo interesse em assumir), seria desmembrada e transferida para um local preferencialmente fora da cidade (lá pras bandas do São José e entorno), previamente escolhido pela Prefeitura Municipal, que para tanto criaria uma estrutura mínimo-básica necessária (e não tão cara) para recepcionar artistas, público e barraqueiros; com clientela cativa e numerosa, sedenta de diversão, disposta a ir onde o barraco for armado e transpirando adrenalina por todos os poros, os riscos de insucesso serão mínimos e assim os promotores continuarão a ganhar rios de dinheiro (aqui em Fortaleza, por exemplo, algumas casas de shows se localizam literalmente dentro do mato e clientes não faltam, de segunda a domingo); 2) já a exposição de animais, carros, artesanato, parque de diversão infantil, stands de bancos, desfiles e por aí vai, freqüentada pelo mortal-comum (sem pressa e sem stress), ficaria no “velho parque”, para deleite daqueles “saudosistas” que se acostumaram a freqüentá-la num ambiente de paz e tranqüilidade, encontros e reencontros, furtivas paqueras e inolvidáveis recordações.
O reflexo imediato de tal providência se faria sentir de imediato: as reclamações dos moradores vizinhos em relação ao barulho acabariam, os doentes do Hospital São Francisco teriam o sossego que reclamam, o transito certamente fluiria dentro dos conformes (acabando com os terríveis congestionamentos e buzinaços) e, até, se acabaria de vez com a absurda exploração nos estacionamentos disponíveis no entorno do parque.
E o melhor: o nosso “parque de exposição” continuaria lá, imponente, firme e forte, como uma referencia positiva e orgulhosa de todos que amam o Crato.

Texto e postagem: José Nilton Mariano Saraiva

Mimos

Chegarei em casa
antes que anoiteça
e bem antes que abras
a porta

o macarrão já enfraquecido
lânguido dentro da água
o molho no prato decorado

e uma jarra fresquinha
sobre a mesa.

Ouvirei teus passos
lá na garagem cansados

subindo os degraus
(pior) ardendo os pés.

Deixarei que dês apenas
o primeiro drible de corpo

e me lançarei contra
teus embrulhos, papéis,
fardos e a bolsa de couro.

Tu cairás no sofá
suspirando de alívio

enquanto eu debruçado
nas tuas sandálias
tiro-as dos teus pezinhos
beijo a parte mais vermelha

inicio de imediato
aquela massagem.

Fecharás os olhos
(entreabertos diria)

e antes que acordes
terei posto na mesa
o teu banquete.

Verás uma toalha nova
e sobre ela aquela flor
do dia dos namorados

fora do vaso
úmida, elegante.

Tu (meio brava,
meio esquecida do tempo)

perguntarás o que faz
aquela flor molhando
a casa toda.

Pegarei a bendita flor,
enlaçarei entre teus cachos.

Tu me pedirás desculpas.
Darás um beijo nos meus
trêmulos lábios.

Algo parecido com lágrima
gotejará do olho esquerdo.
Preso pela lua

Claude Bloc

***

Não vá para longe
Quero contar-te toda minha história
E entender esta saudade em mim

Quero ver
Se ainda sabes olhar-me como antes,
E se nas tuas mãos ainda restam
O tom e a tez da manhã

Eu te confesso
Tenho medo
Do silêncio desta sala...
Tenho medo deste soluço do vento
Entrecortado e sentido...

Portanto, não vá pra longe
Fica por perto como antigamente,
e deixa-te ficar
Entre a saudade e o cansaço,
preso pela lua e pelo meu abraço.


Reflexão - Por Liduína Vilar


O nosso futuro é o resultado das escolhas que fazemos a todo momento de nossa vida.
Certamente você não pretende ser rígido como o carvalho oco que tomba na tempestade.Vai preferir,com certeza,ser flexível como o bambu que se curva sob a mesma e sobrevive.
Ninguém pode julgar os sentimentos humanos (ou pelo menos não deve),mas oferecer ajuda para que cada um possa se conhecer e se querer bem. Quando alguém pede "socorro" a um profissional ou amigo, em geral, necessita simplesmente da oportunidade de FALAR.Uma pessoa bem treinada é alguém que pode dividir seu sofrimento, sua raiva, seu medo, suas lembranças dolorosas,sua culpa e seus conflitos.
Quanto mais reprimimos os nossos sentimentos menos energia teremos para nossa própria identidade.
Para nos realizarmos, para dar sentido a nossa vida, necessitamos buscar a auto transcendência, ou seja: viver para algo além de nós mesmos, que nos sublime como lutar por um ideal, entregar-se a uma causa ou a uma pessoa.
Na verdade, as formas mais poderosas de dar são imateriais. As doações de carinho, atenção, afeto, apreço, amor são as mais preciosas e não custam nada.Assim, quanto mais você dá, mais recebe, porque mantém a abundância do universo circulando em sua vida.
.
Pensem nisso sempre; em qualquer época do ano.

Liduina Belchior Vilar.

Pássaros e Homens - Por Liduína Vilar




Pássaros e Homens

Hoje levantei-me,saudei o novo dia e falei baixinho para ele ser aquele dia!
Fui até o jardim reverenciar as plantas,as flores ,a velha Acácia que está secando de tão
idosa,alguns pendões que em breve desabrocharão,senti o cheiro da grama ainda
verde......
Mas de repente vi algo que me deixou em desalento:um pássaro de penas
arroxeadas visivelmente sem vida pela a ação da minha gata Branquinha
que brincava com ele como se fosse um brinquedo lúdico.
Ai pensei:que paradoxo! Fauna destruindo fauna...Isso é mais comum nos
humanos.
Mas continuei minha contemplação à natureza que existe dentro do meu habitat
entre muros de cimento salpiscado. E me alegrei ao ver outros pequenos pássaros
cantando e vivendo,celebrando à vida, o universo e a continuação do existir.
E pensei nos pássaros pais e nos mesmos ainda filhotes.No carinho do casal
ovíparo ao preparar aos poucos(trazendo no bico) galhos secos para assim
construir o ninho de amor de seus futuros rebentos;suas crias.
E quando estão prontos para nascer,quebram aquela casca,
nascem indefesos e os pais os lançam para o primeiro vôo em direção
à liberdade,a maturidade.
O Pai humano não é tão diferente:recebe seus filhos,orienta-os e ama-os.
E espera como os pássaros ,alçarem seus primeiros vôos rumo a independencia
e amadurecimento.
E continuando minha meditação e contemplação matinal,lembrei do dia dos Pais e
reverencio e parabenizo a todos pela grande chance que a vida lhes deu
de serem simplesmente mas apaixonadamente PAPAIS!!!
Los Padres el dia feliz!


Liduina Vilar.
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