Criadores & Criaturas
"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata."
(Carlos Drummond de Andrade)
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sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Amor imponderável - Por Socorro Moreira
Os filósofoa da Batateira e a física se revolucionando - José do Vale Pinheiro Feitosa
Chico abre o comunicado: com satisfação anuncio que o mundo é igual. Que as coisas são diferentes entre si, mas iguais em todos os lugares do espaço. Já sabíamos das ilhas de nebulosas, que elas se repetiam até os confins de suas fugas em expansão do universo. Mas agora já se conhecem tantos planetas fora do sistema solar, que a banalidade é como feijão no prato. Mas agora tudo ficou mais afirmativo ainda. Foi descoberto um planeta fora da via láctea. O que existe aqui, também existe lá, e o que existe lá acontece além.
Mitonho toma a palavra para perguntar qual o significado exato desta igualdade.
É que nada é especial. Não existem escolhidos. Se eu sou negro como sou e você tem cara de índio como tem e Chico Breca cara de branco como é, nada acaba nesta pluralidade. Lá adiante existem tantos outros negros, índios e brancos como nós aqui. É isso.
Chambaril apenas comenta: só precisa ser assim no de comer.
Reunião curta? Qual o quê! Zé de Dona Maria tem algo a comunicar também. E bote fala difícil é sobre o Colisor de Hádrons. Nem olhem para o lado com esta cara de enfado. Zé já está dizendo: os caras estão conseguindo, acelerando átomos de chumbo, formar um plasma extremamente quente e denso. Um plasma que é uma sopa de partículas que já não se atraem mais. Assim é possível entender como funciona a força que atrai as partículas na massa dos átomos. A rapidez com que estão chegando aos segredos do infinitamente pequeno vai gerar um mundo muito diferente de tudo que conhecemos. Um mundo com energia abundante, mas uma civilização extremamente organizada para que as partes não desagreguem.
A relação entre a física a sociedade humana estava por demais evidentes quando Chico Preto resolveu antecipar a sua fala da próxima reunião. Ele disse: cientistas conseguiram obter átomos de antimatéria. Como vocês sabem a antimatéria é a imagem invertida da matéria: têm massa idêntica à sua partícula, mas com carga elétrica inversa. Mas o danado é que não tem motivo para a escolha do universo: tem mais matéria do que antimatéria, pois esta é instável e logo desaparece. Onde tudo se transforma, existe algo que desaparece. Então os cientistas conseguiram capturar e examinar átomos de anti-hidrogênio em laboratório. Isso tem uma implicação imensa, pois comprova o que a teoria já descobrira que existia, além de demonstrar que é possível criar condições usando os elementos do mundo para provocar algo que apenas se imagina ter existido no início dos tempos. Ao trazer o início para o meio, não estão dando conta que estão embaralhando a linha do tempo das coisas. Se repetimos o princípio agora, é que este princípio não é substrato findo. Ou seja, a linha não seria mais de princípio e fim. Estes, o princípio e o fim, apenas passariam a mera categoria de convenção.
Pois ontem eles desceram o morro com a cabeça dando nó em pingo d´água.
estou vendo no seu texto
no seu verso avexado
de abraço roxeado
de saudade rodeado
estou vendo seu apreço
sua pressa seu enredo
sua conta que arredonda
a partilha toda pronta
releve, não tenha pressa
rabisque um novo poema
receito nova compressa
outro unguento mais preciso
da Vida, um doce dilema
ser espelho sem Narciso
Frases famosas de Tolstói
Tolstói
Dia 20 de Novembro- Parabéns, Sophia !
19 de Novembro - Por Norma Hauer
Getúlio Macêdo e Lourival Faissal - Por Norma Hauer
PERFIL DE AMIGOS -POR SOCORRO MOREIRA
Mas que almoço indigesto! – Por Carlos Eduardo Esmeraldo
Na Semana Santa de 1965, a convite de Wedner, conheci Alagoinhas. Bem depressa fiquei encantado com a beleza da cidade, pois me lembrou o nosso querido Crato. Cidade quase do mesmo tamanho da nossa, igualmente limpa, bem arborizada, repleta de praças acolhedoras com jardins bem cuidados. Além do mais, o português Agostinho Ribeiro da Silva, meu quinto avô pelo lado Esmeraldo, se fixou em Alagoinhas, tão logo chegou ao Brasil ai pelo final do século XVII. Além de tudo isso, fui distinguido com fidalguia pela hospitalidade dos pais de Wedner.
Foi uma semana inesquecível em que vivemos noitadas memoráveis. Depressa fiz amizade com dois jovens de Alagoinhas, ex-colegas de Wedner: Zenon e Homero, que posteriormente foram meus colegas na Escola Politécnica. Como a maioria dos baianos, eles tocavam violão e Homero tinha uma excelente voz. E todas as noites eu os acompanhava em serenatas pelas ruas da cidade até altas horas. Durante o dia, as moças pediam para que eles fizessem serenata na rua em que elas moravam.
No domingo pela manhã, dia do nosso retorno a Salvador, o senhor Lourival, pai do Wedner, me perguntou se eu já havia comido carne de sariguê. Perguntei a ele o que era sariguê, pois nunca ouvira tal nome. E ele me respondeu que era uma pequena caça que havia em abundância por lá e que iria ao mercado para comprá-la.
Achei o almoço delicioso. A carne preparada ao molho parecia com galinha cozida no caldo. Comi e ainda repeti.
Quando terminei o almoço, o pai do Wedner me perguntou por que no Ceará a gente não comia sariguê. Respondi que não existia essa caça em nossa terra. Ele então me disse que tinha, e que sariguê era conhecido no Ceará por “cassaco” ou “gambá”. Passei o resto da tarde contendo a reviravolta do meu estômago.
Mas sariguê não foi o único prato indigesto que degustei na minha vida. Quando trabalhava na Coelce, tinha como atribuição principal o atendimento aos políticos de todas as cores e ideologia um tanto quanto paupérrima. Então me especializei em engolir “sapos”. Por isso faço questão de passar longe de um cururu. E por segurança, não aceito comidas exóticas, pois pode ser que em algum lugar cachorro ou macaco tenham nomes que sugiram algo bem apetitoso.
Por Carlos Eduardo Esmeraldo
Bacalhau gratinado ao molho de alcaparras
Ingredientes
* • 800 g de lombo de bacalhau
* • ½ xícara (chá) de alcaparras
* • 1 colher (chá) de pimenta-do-reino moída na hora
* • 1 colher (sopa) de suco de limão
* • 1 colher (sopa) de vinagre de maçã
* • 8 colheres (sopa) de azeite de oliva
* • 100 g de cebola pérola
Fonte: Revista Água Na Boca
A ESPADA DE DIOMEDES - COLABORAÇÃO DE EDMAR CORDEIRO
Aprendizes da Vida, Operários do Nada
PARA FAZER CRÍTICA NÃO TEM LIMITE
Antes pensava que lutava sozinho, mas noto que tenho seguidores em meu caminho.
Encontrei apoio moral do meu irmão Carlos Esmeraldo, engenheiro, professor que me deixou glorificado com as suas encorajadoras palavras que me vêem incentivar para continuar na luta e seguir com esperança o meu combate em defesa do Crato.
Ambicionava encontrar outra corrente de homens dignos e que queiram elevar o espírito diante da transfiguração de cidadão cratense. Por isso, desejo encontrar com amigos que venham auxiliar-me e levar o barco para fora das águas revoltas.
O que mais me impressiona é ver o Crato gigante e associado ao desenvolvimento que se faz, tornar-se estranho quando se vê a falta de decisão desses políticos que perambulam para lá e para cá, estendendo a mão mirrada aos políticos “inimigos da cidade”, dizendo “amém”, e entregando os pontos com muita facilidade.
Agora mesmo, fico com medo do retorno de um político pré-histórico que vive zanzando nas praças, falando mal de administrações passadas, como se a dele fosse uma figuração importante que fez medo do Crato cair na bancarrota e ficar perdido no seio da sociedade.
Em tempos passados, Crato sofreu da síndrome de homens despreparados para exercerem as funções políticas.
Procuro relembrar alguns homens do passado, já que foram notáveis em seu trabalho. Deixaram marcas indeléveis. Bem que queria vislumbrar o Crato de outrora.
Quero ver o Crato bem alumiado e enaltecido, forçando o cratense a lutar sem medo, gritando quando for preciso, com o desejo de transformá-la em modelo e que não venha cair no mesmo erro do passado, sem coragem de viajar, sem luta e sem arrojo.
Aqui todos são vítimas da perfídia, da discórdia e da calúnia, já que fica isolado dos benefícios governamentais que esperam transformar a cidade no mesmo modelo dos tempos passados, sem luta, apática e desencorajada.
E lembro-me das revoltas dos governadores pertencentes aos estados detentores do pré-sal que, por causa de uma simples perda de royalties alvoroçaram-se com gritos estridentes, reclamando seus direitos.
E agora, o perguntamos: por que esses políticos não lutam em defesa da terra? Por que se calam quando encontram os mais simples obstáculos? Por que em vez de trabalhar pelo filho da terra, preferem dar seu palpite pelo simples fator de permanecerem submissos aos açoites dos poderosos? Por que não reagimos a esses cruéis inimigos, virando as costas, mandando irem pescar em outro lugar?
Infelizmente, essas figuras do Crato estão esquecidas porque o homem pré-histórico acomodou o cratense moderno, amoldando-o à sua maneira, fez-se calar diante dos momentos sombrios e das dificuldades crescentes e que empurram o Crato para cair no abismo do esquecimento.
Crato, 19 de novembro de 2010.
Fragatas aos céus - José do Vale Pinheiro Feitosa
Só romper esta força onipresente, é um feito de sublimação desta nossa sólida vida. Horas passava, à sombra da minha casa, com o rosto voltado para o céu azul, olhando os urubus naquelas alturas. Transportando-me em imaginação para o que viam, os largos horizontes que ultrapassavam estas visões rotineiras do imediato mundo.
No Rio de Janeiro levei algum tempo para me despir do planar dos urubus. É que por aqui, especialmente nas zonas costeiras, planava outro tipo de ave. Mais leve e de maior altitude que aqueles urubus, que se apartavam do grupo e iam mais alto que o alto de todos. Levei tempo para me despir, mas desde o primeiro minuto lhe vi como uma ave de formato diferente: as asas eram anguladas e a cauda bifurcada.
Vendo aquele planador estranho tomava como referência os pterodáctilos das profundezas do tempo. Mas os seres voadores iam às alturas. Sobre os céus do Rio de Janeiro. Eram as Fragatas, Tesourões ou João Grande, que habitam as ilhas costeiras como o arquipélago das Cagarras. Que tem semelhança com nome substantivo “cagarraz” o mesmo que mergulhão e também de uma ave que habita a ilha da madeira, mas não se encontra nas Américas. O mais provável, até por que sua primeira notação foi num mapa francês (1730), com o nome de Ilha Cagade e depois um mapa português com o nome de Ilha Cagado. Na verdade o arquipélago é tingido de branco por tanto cálcio dos dejetos das aves comedoras de peixes.
As fragatas pertencem a uma das cinco famílias da ordem dos Pelecaniformes. A família fregatidae tem coloração geralmente preta, asas muito longas, estreitas e angulosas, além das caudas bifurcadas como uma tesoura. São aves de menos peso por unidade de superfície da asa. Os ossos são pneumáticos, leves e elásticos e elas nunca pousam na água pois encharcam rapidamente e nem nas praias. Descansam pousadas em ilhas, empoleiradas ou sobre rochas. E o mais espetacular dos sonhos, descansam planando.
A fragata que vive no Rio de Janeiro é a Fragata magnificens, e confirmo o sentimento do ornitólogo que assim a nomeou. Elas podem atingir 106cm de comprimento e suas asas têm uma envergadura que supera 2m. Na última quarta feira, num dia de chuvas, com tempo de suspender coisas leves nos ares, fui visitar um amigo no Leblon e da varanda do apartamento dele meus sentimentos voaram. Arrebatados do rés do chão das conversas políticas e técnicas.
Centenas de fragatas magnificens, em grupos como as praças do interior em noite de festas, em alturas distintas e separados no espaço generoso do céu. Elas giravam em eixos imaginários em cada grupo. Tomavam os céus do Rio de Janeiro entre o Leblon e o Morro Dois Irmãos. Aquilo efetivamente era um Avatar da natureza, por sobre o concreto armado e distante das pedras onde descansam. Mas não repetirei a ciência: as fragatas não descansavam. Elas festejavam a oportunidade do ar ascendente e nele tirava a seiva lúdica do viver. O lúdico esquecido nesta danação do trabalho cá embaixo entre os homo sapiens.
"FLORESIAS" EM PROSAS E VERSOS - AUTORES DIVERSOS - EDIÇÃO ESPECIAL DO CARIRICATURAS
Pensamento para o Dia 19/11/2010
“A essência das virtudes, bons pensamentos e amor deve ser oferecida a Deus como um fruto cultivado pelo seu próprio Sadhana (exercício espiritual). O mundo será beneficiado por um indivíduo que tenha boa conduta. Se começa a pegar fogo em uma árvore na floresta, esse fogo não irá parar depois de queimar essa única árvore. O fogo irá se espalhar e queimar a floresta inteira. Do mesmo modo, se há um indivíduo que possui más qualidades, ele irá danificar toda a comunidade, além de se arruinar. Por outro lado, se houver uma árvore que esteja carregada de flores perfumadas, ela irá preencher toda a região com boa fragrância. Da mesma maneira, se houver um indivíduo com um nobre código de conduta, ele não somente irá melhorar a si mesmo, mas também irá melhorar toda a sociedade ao redor dele através de sua boa conduta.”
Sathya Sai Baba
Caos interior- reforma exterior ! - Por Socorro Moreira
"Mestre, meu Mestre".Por Margareth Monteiro.
Meu Mestre
"Mestre, meu mestre!
Na angústia sensacionista de todos os dias sentidos,
Na mágoa quotidiana das matemáticas de ser,
Eu, escravo de tudo como um pó de todos os ventos,
Ergo as mãos para ti, que estás longe, tão longe de mim!" (Fernando Pessoa)
É mesmo feliz o Homem Marçano?
Enxergar e ver são ações realizadas sem a intencionalidade de quem as pratica. Não exigem reflexão mental, nem análise do objeto. Por isso, nenhuma angústia traz ao Homem. Enquanto, olhar, perceber, conhecer, analisar, criticar, julgar e optar é ações que incitam a dúvida, gerando angústia na alma humana. Enquanto aquelas trazem à alma certeza mediata, estas promovem incertezas ante o desconhecido.
Qual a melhor forma de viver? E qual traz felicidade, livrando das "angústias sensacionistas de todos os dias"?
Não será melhor sofrer a "mágoa cotidiana" à qual o conhecer arremessa o homem, do quer ser um "escravo de tudo como um pó de todos os ventos", inconsciente, sem a percepção de que está indo na correnteza da vida, participando, sim, porém, moldado ao interesse alheio?
O incauto carrega um fardo. Todavia, desconhece sua própria capacidade de conduzi-lo. Ademais, não tem noção de seu volume e dimensões. Já o curioso, melhor dizendo, investigador da realidade em que está incluso, este sabe o que está conduzindo e é conhecedor do volume, tamanho e ainda questiona a sua origem e a utilidade no viver humano.
Na historicidade humana, quem não esperou acontecer, mas fez acontecer, este fez parte, faz parte e sempre fará parte de uma minoria sofredora.
É fascinante a angústia humana frente ao desconhecido.
Margareth Lima
Lembra de seu primeiro Baú? Por:Manoel Severo
Ainda lembro quando Gabriel, meu filho mais velho completou seus dez anos, comemoramos juntamente com o aniversário do irmão Pedro que fazia sete anos. Todas as providências tomadas e lá chegou o esperado momento do pôr-do-sol, com ele também chegavam os primeiros convidados, o lugar estava muito bonito, o esmero da decoração enchia nossos olhos, mas havia algo que não me agradava tanto, na verdade fui induzido e quase obrigado a aceitar aquele instrumento intruso na decoração de entrada da pequena festa: Um grande e largo baú de papelão... Lugar para minha surpresa que teria um guardião quase que eterno: O pequeno Gabriel.
Claro que quem chegasse teria que passar pelos incômodos porteiros, o Baú e evidentemente, Gabriel. Não gostaria de estar na pele de quem não teve tempo de comprar o presente ou a famosa lembrancinha... Um horror! Na verdade os anjos da guarda acabaram vendo essa situação antes de tudo e o fato é que todos levaram seus presentinhos, e Gabriel ali, impassível, “acocorado” ao lado do dito e inesquecível “baú da felicidade...” Se eu soubesse disso não teria contratado palhacinhos, mesa com motivo do He Man, enfim, apenas o querido e imponente Baú.
Quem não tem uma história parecida para contar? Puxa Vida! Quantos presentes ganhamos durante nossa vida? Talvez tenhamos ganhado tantos que não percebemos o valor de cada um deles, nem tão pouco sabemos diferenciá-los, usá-los, agradecer por cada um deles. Presentes sempre nos remetem a mais sublime de todas as virtudes: Gratidão.
Presentes quase sempre nos deixam felizes. Todos? Bem, nem todos, menos aqueles sob forma de um belo e maravilhoso “cavalo de madeira”... Será que desses precisamos manter distância? Mas até esses têm sua razão, sua história, sua missão.É uma pena que depois de tanto tempo ainda não conseguimos perceber o quanto recebemos a cada dia, a cada minuto, cada segundo.
Como não sentir o valor de tudo isso?
Todos quando fomos criados já nascemos dentro do próprio “baú”, e que baú! como pode comportar tanta coisa? Fechemos os olhos e visualizemos o nosso baú, e todos os presentes que ganhamos a cada momento. Consegue perceber? Que bom! Mudei de idéia, talvez o baú tenha sido e será sempre o personagem principal.Viva o baú nosso de cada dia!
Vida! Esse é o maior e mais sublime presente de todos.
Por:Manoel Severo
AVE DE RAPINA - Marcos Barreto de Melo
Você chegou sorrateiro
Naquela madrugada fria
Sem estrela e sem luar
E o dia nasceu cinzento
Sem ter o sol a brilhar
Veio trazendo na bagagem
Dias de amargo sabor
E noites de escuridão
Com o seu jeito indigesto
Marcado por cada gesto
Ao nascer de um novo dia
Ainda tentou me envolver
Com um aceno de paz
Querendo me alegrar
Mas, eu não acreditei
Pois conheço o teu passado
Sei de tudo que é capaz
Ao passar de cada dia
Você foi se revelando
Demonstrando a sua ira
E num gesto traiçoeiro
Num momento de descuido
Colheu tudo o que queria
Não sei se foi por maldade
Ou mesmo por vaidade
De quem procura um troféu
Para exibir lá no céu
Você levou minha prenda
E por isso eu te detesto
Deixando aqui meu protesto
Maldito mês de agosto
Marcos Barreto de Melo
Fotos: pés de Ricardo Rocha
Gato (de Elvira - em D. Quintino - CE)