Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Paulinho Moska - Pensando em você

Mensagem musical....



Camarão na moranga



Ingredientes


- 1 quilo de camarão médio

- 4 colheres (sopa) de azeite

- 2 dentes de alho

- 1 cebola

- 5 tomates sem sementes

- sal e pimenta a gosto

- 1 lata de creme de leite sem soro

- 300g de requeijão cremoso

- 1 moranga

Modo de Preparo


Retire a tampa da moranga e a seguir, as sementes
Lave e enrole-a em papel alumínio
Leve ao forno e asse por 45 minutos
Reserve
Em uma panela, aqueça o azeite e refogue o alho e a cebola
Junte os tomates picados, a pimenta, o sal e 3 colheres (sopa) de catchup (opcional)
Desligue
Acrescente o creme de leite
A seguir, agregue os camarões aferventados
Cozinhe por aproximadamente 3 a 5 minutos
Reserve
Espalhe o requeijão dentro da moranga reservada
Despeje o creme de camarão
DICA: Substitua o camarão por frango, carne seca, palmito ou cação

Voz

Hora de dormir,
poeta.

A cama box solteira
espera sua alma.

Agradeça às suas amigas muriçocas.
Passaram um longo tempo
esquentando o travesseiro.

Vê se dorme quieto.
As almofadas sobre a estante
apenas sombras da solidão.

Não se esqueça
também de agradecer
aos seus ancestrais
por esse coração distante
parece sumir da caixa torácica.

Não sonhe tão voraz.
Deixe um pouco da carne
para seus fantasmas.

Boa noite,
e esqueça o silêncio
das plantinhas na varanda.

Pensamentos - Victor Hugo



O futuro tem muitos nomes.
Para os fracos é o inalcansável.
para os temerosos, o desconhecido.
Para os valentes é a oportunidade.

O homem pensa.
A mulher sonha.

Pensar é ter cérebro.
Sonhar é ter na fronte uma auréola.

O homem é um oceano.
A mulher é um lago.

O oceano tem a pérola que embeleza.
O lago tem a poesia que deslumbra.

O homem é a águia que voa.
A mulher, o rouxinol que canta.

Voar é dominar o espaço.
Cantar é conquistar a alma.

O homem tem um farol: a consciência.
A mulher tem uma estrela: a esperança.

O farol guia.
A esperança salva.

Enfim, o homem está colocado onde termina a terra.
A mulher, onde começa o céu!!!
Não há nada como o sonho para criar o futuro. Utopia hoje, carne e osso amanhã.

A vida não passa de uma oportunidade de encontro; só depois da morte se dá a junção; os corpos apenas têm o abraço, as almas têm o enlace.

Chega sempre a hora em que não basta apenas protestar: após a filosofia, a ação é indispensável.

Do atrito de duas pedras chispam faíscas; das faíscas vem o fogo; do fogo brota a luz.

Iniciativa é fazermos o que está certo sem ser preciso que alguém nos diga para fazermos tal.

Passamos metade da vida à espera daqueles que amamos e a outra metade a deixar os que amamos.

Victor Hugo

Wilson Simonal



Wilson Simonal de Castro (Rio de Janeiro, 23 de fevereiro de 1938 — 25 de junho de 2000) foi um cantor brasileiro de muito sucesso nas décadas de 1960 e 1970.
Simonal teve uma filha, Patricia, e dois filhos, também músicos: Wilson Simoninha e Max de Castro.

Filho de uma empregada doméstica, Simonal era cabo do Exército quando começou a cantar, nos bailes do 8º Grupo de Artilharia de Costa Motorizado (8º GACOSM), então sediado no Leblon. Seu repertório se constituía basicamente de calipsos e canções em inglês,

Em 1961, foi crooner do conjunto de calipso Dry Boys, integrando também o conjunto Os Guaranis. Apresentou-se no programa Os brotos comandam, apresentado por Carlos Imperial, um dos grandes responsáveis por seu início de carreira. Cantou nas casas noturnas Drink e Top Club. Foi levado por Luiz Carlos Miéle e Ronaldo Bôscoli para o Beco das Garrafas, que era o reduto da bossa nova.

Em 1964, viajou pela América do Sul e América Central, junto com o conjunto Bossa Três, do pianista Luís Carlos Vinhas.

De 1966 a 1967, apresentou o programa de TV Show em Si ...monal, pela TV Record - canal 7 de São Paulo. Seu diretor era Carlos Imperial. Revelou-se um showman, fazendo grande sucesso com as músicas País tropical (Jorge Ben), Mamãe passou açúcar em mim, Meu limão, meu limoeiro e Sá Marina Carlos Imperial, num swing criado por César Camargo Mariano, que fazia parte do Som Três, junto com Sabá e Toninho, e que foi chamado de pilantragem (uma mistura de samba e soul), movimento também idealizado e capitaneado por Carlos Imperial.

Em 1970, acompanhou a seleção brasileira de futebol na Copa do Mundo, realizada no México, onde tornou-se amigo dos jogadores de futebol Carlos Alberto e Jairzinho e do maestro Erlon Chaves.

Nessa época, Simonal era um dos artistas mais populares e bem pagos do Brasil, bastante assediado pela imprensa e pelos fãs. Vivia o auge de sua carreira. Foi o primeiro negro a apresentar sozinho um programa de televisão no país - o “Show em Si...Monal”, dirigido por Carlos Imperial - no qual era acompanhado por César Camargo Mariano, Sabá e Toninho, que formavam o Som 3 .

No início da década de 1970, Simonal foi vítima de um desfalque e demitiu seu contador, Raphael Viviani, o suposto culpado. Este moveu uma ação trabalhista contra o cantor. Em agosto de 1971, Simonal recrutou dois amigos (um deles seu segurança) militares para dar "uma lição" no contador. O contador foi torturado, inclusive com choques elétricos, e teve sua família ameaçada de morte. Afinal, acabou assinando a confissão de culpa no desfalque.

O que Simonal não contava era que a mulher do contador havia dado queixa à polícia pelo sequestro do marido. E quando este voltou para casa, a mulher o convenceu a entrar com outro processo contra Simonal.

Processado sob acusação de extorsão mediante sequestro do contador, Simonal levou como testemunha aquele mesmo policial do Departamento de Ordem Política e Social do então Estado da Guanabara, Mário Borges, que o apontou em julgamento como informante do Dops. Outra testemunha de defesa, um oficial do I Exército (atual Comando Militar do Leste), afirmou que o réu colaborava com a unidade.

Simonal foi julgado culpado pelo sequestro e, em 1972, condenado a uma pena de cinco anos e quatro meses, que cumpriu em liberdade. Nos autos, Simonal era referido como colaborador das Forças Armadas e informante do Dops. Em 1976, em acórdão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, também é referida a sua condição de colaborador do Dops.
"Em sua argumentação final, o ilustre meritíssimo alega que não tem como julgar os agentes do DOPS, já que estávamos vivendo um estado de exceção e, por isso, ele não tinha competência para julgar atos que poderiam ser de segurança nacional, mas Wilson Simonal, que era civil, não tinha esse tipo de “cobertura”, portanto pena de 5 anos e 4 meses pra ele(...) Se em 1971 fosse provado que ele era um colaborador, ele não seria julgado por isso, seria condecorado," escreve o comediante Claudio Manoel, produtor e diretor do documentário "Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei.
O compositor Paulo Vanzolini, no entanto, afirma, em entrevista ao Caderno 2 do Estadão, que Simonal era, de fato, "dedo duro" do regime militar e complementa: Essa recuperação que estão fazendo do Simonal é falsa. Ele era dedo-duro mesmo. Ele "se gabava de ser dedo-duro da ditadura". E segue dizendo que "na frente de muitos amigos ele dizia' eu entreguei muita gente boa'", conclui.
Raphael Viviani, em depoimento para o filme, relata que Simonal estaria no Dops e teria assistido à sua tortura e não teria tido dó.

O jornalista Reinaldo Azevedo atribui o ódio da esquerda brasileira a Simonal a seu aguçado sentido de autodefesa e corporativismo: Tivesse Simonal pertencido à VAR-Palmares ou ao MR-8, assaltado bancos, feito sequestros e matado alguns, sua família estaria agora recebendo pensão e indenização. Se tivesse sobrevivido, seria ministro de Estado. E tocar no seu passado seria de extremo mau gosto
O humoristta Chico Anysio e o jornalista Nelson Motta, dentre outras personalidades, afirmam que até a presente data não apareceu uma vítima sequer das ditas delações de Simonal. O jornal O Pasquim, frente de luta contra a ditadura militar, através de pessoas como Ziraldo e Jaguar, ocupou-se de propagar as acusações que destruíram a carreira de Simonal.`Perguntado por que não havia sido checada a veracidade das informações, Ziraldo disse que não havia motivos para duvidar das fontes.

Simonal caiu em absoluto esquecimento a partir da década de 1980.

"Ele dizia para mim: 'Eu não existo na história da música brasileira'", conta sua segunda mulher, Sandra Cerqueira. Tornou-se deprimido e alcoólatra, vindo a morrer de complicações decorrentes do alcoolismo.

Em 2002, a pedido da família, a Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) abriu um processo para apurar a veracidade das suspeitas de colaboração do cantor com os órgãos de informação do regime militar. A comissão analisou documentos da época, manteve contato com pessoas do meio artístico, como o comediante Chico Anysio e os cantores Ronnie Von e Jair Rodrigues, e analisou reportagens publicadas nos jornais. Em notícia veiculada em 1992 pelo Jornal da Tarde, por exemplo, Gilberto Gil e Caetano Veloso declararam não ter tido problemas de convivência com Simonal.

Além de depoimentos de artistas e de material enviado por familiares e amigos, constou do processo um documento de janeiro de 1999, assinado pelo então secretário nacional de Direitos Humanos, José Gregori, no qual atestava que, após pesquisa realizada nos arquivos de órgãos federais, como o SNI e o Centro de Informações do Exército (CIEx), não foram encontrados registros de que Simonal tivesse sido colaborador, servidor ou prestador de serviços daquelas organizações.

Em 2003, concluído o processo, Wilson Simonal foi moralmente reabilitado pela Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em julgamento simbólico
Desmascarados em público, e sem nunca terem provado as acusações que faziam, os detratores de Simonal ainda tentaram, dez anos após sua morte, condená-lo novamente, apresentando um documento que nunca aparecera antes, e que demonstraria as ligações íntimas de Simonal com o regime militar, mas depois provou-se que tal documento nada mais era do que uma tentativa de Simonal para escapar de um provável processo por agressão a seu contador, invocando, para isto, ajuda oficial da polícia para provar sua inocência.

Segundo Ricardo Alexandre, autor do livro "Nem vem que não tem - a vida e o veneno de Wilson Simonal", há motivos para os detratores de Simonal pensarem que ele era um boneco nas mãos da direita, pois cantou músicas como "Brasil, eu fico". Nõa há notícias, contudo, de uma pessoa concreta que tenha sido delatada por Simonal. Afirma o mesmo Ricardo Alexandre que está coberto de razão quem compreende que foi crucificado pela esquerda numa campanha de difamação, pois foi vítima de uma "mídia inclemente atrás das manchetes".
Em 2009, foi lançado o documentário "Simonal - Ninguém Sabe o Duro que Dei", dirigido por Claudio Manoel (da troupe Casseta & Planeta), Micael Langer e Calvito Leal.

Segundo Cláudio Manuel, Simonal "pagou uma pena dura demais, desproporcional para uma surra, porque sua condenação foi até o fim da vida. Para ele, não teve anistia".

CASTRO, Ruy - Chega de saudade - 1990 - Cia. das Letras - ISBN 9788571641372

"(...) quando surgiu o cantor no Beco das Garrafas, Simonal era o máximo para seu tempo: grande voz, um senso de divisão igual aos dos melhores cantores americanos e uma capacidade de fazer gato e sapato do ritmo, sem se afastar da melodia ou apelar para os scats fáceis".


Wikipédia

Quermesse

Os apaixonados
gostam de namorar
no alto da roda-gigante

porque além do frio na barriga
tem aquele leve balanço
e o grande suspense:

"agora o parafuso solta
se cair a cadeira
vou morrer abraçadinho
ao amor da minha vida..."

Giros, giros e giros
em torno da órbita

lua crescente
céu estrelado

e nunca se rompe
a porca -

balança mesmo no final
quando o homem do parque
com um sádico sorriso
brinda ao casal
o último solavanco.

Levantam-se então os apaixonados
com os olhos bobos de felicidade:

"graças que não caiu a cadeira
por Deus não morremos
eu e o meu amor abraçadinhos
pois ainda tem algodão-doce,
caldo de cana e bingo..."

Corados de tantos beijos,
digo, febris chupões

somem entre multidões
os dois felizardos
trôpegos de paixão
mancos de encantamento.

Mas pouco havia de durar
aquele extasiante namoro:

via-se de longe
as asas de um
o tridente do outro

e a cada passo
e a cada abraço
trocava-se de pele
o fogo do inferno.

Belo e glamouroso
teria sido se o parafuso
cedesse a porca rompesse
a cadeira despencasse
sobre a barraquinha
de cachorro-quente.

Só não aleijasse seu Zé,
o dono: pai de sete crias.

Um pedacinho do Nordeste na Lapa



Todo domingo, a festa Terreirada Cearense leva coco, reisado e forró ao território do samba.
Carnaval chegou mais uma vez, e, por mais empolgado que eu esteja para brincar no maior número de blocos possível, engana-se quem acha que a minha dica de hoje está ligada ao samba.
Apesar de adorar a folia de rua da cidade, gosto de reservar pelo menos um dia do carnaval para fazer algo novo e diferente, e este ano a pedida é, sem dúvida, a Terreirada Cearense.


A festa acontece há um ano na Lapa e nasceu de um grupo de artistas e músicos cearenses
radicados no Rio que queriam, além de reunir amigos, celebrar as suas raízes nordestinas por meio da música. Focada no grupo Geraldo Júnior e Forró de Raiz - que toca um repertório autoral recheado de coco, reisado, cabaçal e, obviamente, forró - , a Terreirada tem um clima animado e romântico de show de quermesse nordestina, que nunca vi por aqui. E me arrisco até a dizer que talvez nem na Feira de São Cristóvão se escute numa só noite a quantidade de ritmos nordestinos diferentes contemplada nessa festa.


De acordo com o próprio Geraldo Júnior, além de resgatar as raízes nordestinas, a Terreirada é também um ato político, que visa a levar à Lapa música brasileira alternativa, diferente da que o bairro está acostumado a ouvir - leia-se principalmente samba.

Tiro mais do que certeiro, pois a Terreirada certamente trouxe um sopro de originalidade às noites do bairro.


Com edições todos os domingos, às 21h, a Terreirada já passou por várias casas da Lapa e seu palco atual é o Centro de Teatro do Oprimido. Neste domingo de carnaval, a festa conta ainda com convidados especiais. Então, abandonem as marchinhas por uma noite e viajem para o Ceará com a Terreirada.

Garanto que, como eu, vocês vão se tornar fregueses.



Terreirada Cearense:
Centro de Teatro do Oprimido. Av. Mem de Sá 31, Lapa - 2232-5826. Dom, às 20h.
Mulheres sete reais e homens dez reais.



João Sette Camara

joaosettecamara@gmail.com.

dentro da ostra sombras invisíveis

Nunca se esqueça
dos sonhos da infância:
bala soft, tênis novo, cinema.

Mesmo quando lhe vier às narinas
o corpo putrefato
de Heráclito de Éfeso
sob esterco.

Ou o forte odor de acetona
das unhas de molho.

Sempre haverá uma madame triste
pensando qual esmalte lhe trará alegria.

Fabuloso Universo
a cada um oferece
a liberdade dos céus
(e não se iluda)
também das trevas.

Os olhos fechados
sem temer a Verdade
você é aquela espécie
de água-viva
sempre jovem
sempre esperta.

Sinta o perfume
do pijama tão usado

do travesseiro úmido
do braço amputado

da comida materna
do cílio preso
entre os dedos -

Mas não se descola o cílio
como então fazer um pedido?

Lave as mãos com suas lágrimas.
O coração entenderá seu desejo.

Estafa

Sobre minha cabeça
anjos decaídos
brincam de espadachim,

lá embaixo
meus peixes míopes
nunca me deixam morrer

para meu deleite
fantasiam-se de golfinhos
em magníficas acrobacias.

Bastam cinco dias
de atestado médico.

Cinco dias.
Apenas cinco dias.

Talvez na numerologia
o múmero cinco seja
o da transmutação.

Oxalá.

Então, ao término,
passarei a ser uma porta.

Não. Uma porta não.
Serei aquela tartaruguinha de pano
a segurar a porta quando bate o vento.

RAPADURA CULTURARTE Nº 02

27 de fevereiro de 2010
Local: Praça da Sé
Horário: 8:30h


Dedicado ao Bairro Pinto Madeira
Tributo a Marinês


1. Artigo: A farsa da romaria e as chamas do caldeirão.
Alexandre Lucas – Leitura: Jorge Carvalho

2. Histórico do Bairro e Medalha de Honra ao mérito.
Apresentações culturais do bairro.

3. Leitura dos Cordéis:
- Valdetário Andrade - Novo Presidente da OAB/CE
Autor: Luciano Carneiro de Lima
- Educação inclusiva requer participação
Autora: Maria do Socorro B. Brito Matos
- Oitenta anos de idade, saúde e dedicação – Irmã Edeltraut Lerch
Autor: José Joel de Souza

4. Homenagem ao Senhor Valdetário Andrade

5. Homenagens: Pedro Francisco Pessoa
Franzé Sousa (Diploma de Honra ao Mérito)
Televisão Verdes Mares – 40 anos (Diploma de Honra ao Mérito)
Irmão Edeltraut Lerch
Primo – Poeta (Diploma de Honra ao Mérito)
Seu Antônio da Bica.
William Brito (Diploma de Honra ao Mérito)
Francisco Rodrigues Correia – Pintor
José Bonifácio Macedo – Jardineiro
Mazinho – 70 anos (01/03/1940)

6. Entrega de 500 (quinhentos) tijolos para a Associação dos Moradores do Sítio Brejinho. Sede em construção.

7. Lembrando os 70 anos de Correinha.


Negar a cultura popular é
rasgar a nossa própria identidade

Eloi Teles

Um país sem cultura popular,
nunca será uma nação

Candéia

Pensamento para o dia 25/02/2010



“Sempre que você se sentir oprimido pelo peso das responsabilidades mundanas e ansiedades e for incapaz de orar a Deus, é porque você tem condenado a si mesmo como indigno ou você pode não ter fé no Senhor. Mas não desista! Você deve desejar e adotar todos os meios para alcançar alegria, paz de espírito e levar uma vida exemplar. Com o dom da vida como um ser humano, não se deve renegar sua própria natureza humana. Você deve resolver firmemente que não irá permitir-se afundar nas profundezas de seres demoníacos ou no nível das bestas! O caminho espiritual pode e irá despertar, reforçar e sustentar seu desejo e resolução!”
Sathya Sai Baba

Bom Sono

Não era tão dilacerante a dor.
O desgosto nem tão imenso.
O poeta não é um fingidor,
um sacana mesmo.

Adorna as palavras,
lambe as feridas,
entre suspiros,
soluços,
uis, ais

mas na verdade
sob atmosfera oculta
sorri cínica a alma
que ninguém olha
nem ao ato fúnebre
que ninguém assiste.

É uma temeridade
enfeitar a cauda
não importa de qual lagartixa

ou a própria se deixa cortar o rabo
ou então logo esquece os guizos
debaixo da escrivaninha.

Sabe aquele ossinho da galinha
graveto bifurcado cabo da baladeira?

Pois esta é a dor poeta,
até uma criança quebra
até um idoso mastiga.

Paul McCartney - Something (Live in Kiev 2008)

Tempo
- Claude Bloc -

Que tempo é esse
que não tem data nem história?
Tempo que me sonda e me espera,
que passa de través
e finge que é engano...
Tempo que aceito em silêncio
como consolo a essa inconstância
Tempo-sintoma de quem não tem o que fazer
e que tudo faz para nunca se perder.

Tempo que se esgueira
nas sendas do passado
e que se acomoda nas lendas que vivi.

Tempo esperado
e que quase nunca chega
como se fosse um verbo
que não sei conjugar.


Claude Bloc