Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS

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terça-feira, 8 de novembro de 2011

CICLO DA VIDA - Por Edilma Rocha


Vejo o ciclo
da vida se fechar,
como uma missão cumprida...

O semblante é de dor
o sorriso sem vida
os olhos sem cor
da vida sofrida...

Quando tudo cala,
a morte chega devagar
sem barulho sem vulto
deita e fica
a espreitar...

Toma seus corpos
adormecidos
e espera sem pressa
suas vidas levar...

Mas,
despertam outra vez e
a morte foge depressa...
Arrastam seus corpos lentos
pelo caminho da casa
sem pressa...

São dois
homem e mulher
com almas tristes e sofridas
a espera de mais um dia
para completar
o ciclo da vida...

E assim seguem
sem forças
a espera de um amanhã
que será curto ou longo
no cochilar do divã...

VELHAS TINTAS

- Claude Bloc -


Meus momentos
São tantos
São muitos
São infinitos "vai-e-vem"
que me conduzem
à velha casa

em que cresci...
 

Guardo em mim
fotos que tenho na memória
ranhuras de um tempo
em seu delicioso deslizar...
E ainda consigo sentir

o cheiro das velhas tintas
no ensejo dos novos tempos.

 

E vez por outra,
de vez em quando,
ouço velhas histórias
que o tempo traz de volta
na velha casa em que cresci.



 Claude Bloc

ARTISTA NA INFANCIA - Por Edilma Rocha


Artista de 4 anos vende quadros a US$ 10 mil em Nova York


Uma menina de quatro anos de idade se tornou a artista profissional mais jovem a assinar uma exposição na "Galeria Agora", em Nova York.


Aelita Andre é autora de nove quadros que, segundo os organizadores, já estão sendo vendidos a preços que alcançam US$ 10 mil.


Filha de pais artistas, a menina desenvolveu desde cedo a veia artística. A diretora da galeria, Angela Di Bello, diz que a artista é " Consistente e desenvolveu um estilo próprio". As pinturas dela têm "equilíbrio", diz, " Acho que é expressionismo abstrato, mas também surrealismo pela forma como ela insere objetos nos seus trabalhos".


O pai da menina, Michael Andre, diz que a filha vê a arte de forma "Inocente", sem a influência e a intimidação dos movimentos artísticos.


Para a menina, a motivação artística é que pintar a faz se sentir "Especial".


Fonte - Notícias artísticas da atualidade


Carta de João Paulo II aos Jovens

Na sua visão de um espírito iluminado, o agora Beato João Paulo II falava dos santos de hoje, o santo de calças jeans e tênis

(Postado por Armando Lopes Rafael)

"Precisamos de Santos sem véu ou batina. Precisamos de Santos de calças jeans e tênis. Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos.
Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que  "ralem" na faculdade.
Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade.
Precisamos de Santos modernos, Santos do século XXI com uma espiritualidade inserida em nosso tempo.
Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais.
Precisamos de Santos que vivam no mundo se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo. Precisamos de Santos que bebam Coca-Cola e comam hot dog, que usem jeans, que sejam internautas, que escutem disc man.
Precisamos de Santos que amem a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um refri ou comer pizza no fim-de-semana com os amigos.
Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de esporte.
Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros.
Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo mas que não sejam mundanos".

Papa João Paulo II.

ELEGÂNCIA



As atividades cotidianas nos nossos dias estão levando o ser humano a um inexplicável isolamento. Quase a totalidade dos nossos atos estão ligados ao mundo virtual. Nos tornamos pessoas solitárias e talvez, por isso, nos tornamos pessoas frias. O respeito ao ser humano foi relegado à seara das coisas secundarias nas nossas vidas. O homem precisa voltar a ser mais humano, menos solitário, mais social e mais sociável. O texto abaixo trata de uma característica que raramente encontramos nos dias de hoje. A elegância.

"Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.
É uma elegância desobrigada.
É possível detecta-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam, nas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detecta-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas, nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detecta-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante você fazer algo por alguém e este alguém jamais saber disso...
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante o silêncio, diante de uma rejeição.
Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo.
É elegante a gentileza...
Atitudes gentis, falam mais que mil imagens.
Abrir a porta para alguém... é muito elegante.
Dar o lugar para alguém sentar... é muito elegante.
Sorrir sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma...
Olhar nos olhos ao conversar é essencialmente elegante.
Pode-se tentar capturar esta delicadeza pela observação,
Mas tentar imita-la é improdutiva.
A saída é desenvolver a arte de conviver, que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado brucutu, que acha que “com amigo não tem que ter estas frescuras”.
Educação enferruja por falta de uso.
E, detalhe: não é frescura."

Toulouse Lautrec

do site www.pensador.uol.com.br//pensador.INFO

A Marquesa de Santos -- por Armando Lopes Rafael


Numa viagem que fiz a São Paulo tive oportunidade de conhecer o Pátio do Colégio. Trata-se do lugar histórico mais importante da capital paulista. Naquele local foi reconstruído – em 1954 –  o colégio dos jesuítas, tal como existia no início da cidade de São Paulo. Naquele colégio viveu e lecionou o Beato José de Anchieta.

Lembro-me como se fosse hoje. Passando, por acaso, numa rua atrás do Colégio, vi, surpreso, um bonito casarão(foto acima) e lá uma placa indicando que o mesmo pertencera a Domitila de Castro Canto e Melo, a famosa Marquesa de Santos. Bom esclarecer que a marquesa é vista, ainda hoje, por seus conterrâneos,  como uma pessoa caritativa para com a pobreza da São Paulo antiga.

O preâmbulo acima foi necessário para transcrever a notícia abaixo, publicada na edição desta terça-feira,  8 de novembro, no jornal “Folha de S.Paulo”. A conferir.

Solar da Marquesa de Santos, no centro de São Paulo, reabre para visitação
Depois de três anos de obras, o Solar da Marquesa de Santos, ao lado do Pateo do Collegio, no centro da capital paulista, reabre para visitação no dia 19. Na inauguração, a mostra será sobre a própria marquesa Domitila de Castro Canto e Melo, célebre amante de Dom Pedro 1º, com exposição de seus objetos pessoais. A marquesa de Santos foi dona do imóvel de 1834 a 1867 e as festas que promovia se tornaram famosas. Depois de sua morte, em 1867, o solar sofreu reformas que mudaram a estrutura original.
Segundo a prefeitura, não foi possível fazer um restauro que reproduzisse características originais de qualquer uma das épocas de ocupação do solar. Por isso, optou-se por preservar elementos importantes de cada uma das modificações mais antigas. O restauro do casarão do século 18 custou R$ 2 milhões e 700 mil reais.”

Parabéns ao governo e ao povo da capital paulista por conservarem o seu patrimônio histórico- arquitetônico. Isso deveria servir de exemplo para as demais cidades brasileiras.

Armando Lopes Rafael