Criadores & Criaturas
"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata."
(Carlos Drummond de Andrade)
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sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Dia do Idoso 01-10-2011
Muito Prazer Terceira Idade - Por: João Marni
Precisamos refazer a idéia de que estamos tão somente a caminho do fim, num processo inexorável de deterioração. Por que necessariamente agora, com cabelos brancos e experiência, está o idoso em declínio e não em transformação, - como tudo na vida? Onde é próprio da senilidade, mora o encanto. É imperativo para a felicidade dos que alcançam este degrau, que viajem com a vida, tal e qual fruto maduro que cai, apenas transferindo sua energia para outra estrutura; como a água do jarro jogada no riacho: não tem mais a forma do jarro, fazendo parte agora do riacho, pois somos águas correntes, inquietas. Não é o começo do fim, mas a busca por novos oceanos...
A vida se encerra quando finda a juventude? Por falar nisso, quando é mesmo que ela, a juventude, acaba? Um amigo confessou-me que não foi a percepção da perda da elasticidade da pele, nem os cabelos brancos e escassos, mas a dor que sentiu quando, em um certo dia, sentou em cima de suas próprias bolas! Disse-me também que há vantagens de ordem prática chegar-se à velhice: podemos competentemente, com as mãos trêmulas, espalhar canela em canjica, andar nos coletivos sem ter que pagar e, vez por outra, engolir um “azulzinho” e torcer pelo resultado. Não precisamos mais temer a vastidão do futuro.
O idoso encontra-se naquela fase em que os homens, naturalmente, afastam-se do culto ao corpo, e aproximam-se da filosofia, condição muito mais exuberante! Seria sábio e interessante não interferirmos na obra escultural, dinâmica e natural que é o corpo humano, de onde somos inquilinos. Para que cirurgia plástica “embelezadora”? Quer ser sua própria ficção, desconhecendo-se? O corpo paulatinamente perde a agilidade e a força, a expressão corporal muda do pulo do gato para o compasso lento e sereno. A visão diminui a acuidade, avisando que não se precisa mais ir à caça, mas ficar mais próximo da família. A audição também não é mais acurada, um prêmio para que não se ouçam mais tantas coisas vãs. Ter ótima memória apenas para fatos do passado distante, provavelmente serve para que se tenha melhor capacidade de reflexão da vida, sendo motivo de grande alegria poder rememorá-la quando não machucamos deliberadamente as pessoas com as quais nos relacionamos. Se a elas provocamos sofrimento, as lembranças são o preparo para o pedido de perdão. Recomenda-se que em conversa com ele (o idoso), puxemos por assuntos históricos, fatos de há muito tempo, onde sua memória encontra-se intacta e pode fazê-lo fluente.
A libido diminui, afinal para que reproduzir agora, se não dá para acompanhar o desenvolvimento do rebento? E quão patético é querer a performance dos vinte anos! Fica-se mais seletivo, a energia é usada com parcimônia e melhor distribuída em atividades também prazerosas e sociáveis, como ler, curtir os amigos, a natureza, a companheira, voltar a brincar fazendo a alegria dos netos, para os quais pode-se confeccionar antigos brinquedos!
Embora aparente fragilidade lá adiante, o ser humano se aborrece mais facilmente e é capaz de fazer valer suas vontades, bastando que lhe faltem com o respeito ou não compreendam sua rotina com seus objetos em seu cantinho predileto. Nesta fase gosta de segurar a mão da amada e dizer-lhe tudo, quase sem falar nada.
Se por coisas do destino tiver que ir para longe do convívio familiar, num abrigo, é bom que se diga que o experiente não é frágil como um cristal, nem se acaba aos cacos, mas não dispensa o polimento e que não se deve jogá-lo ao chão! Está apenas mais próximo de devolver sua "vestimenta", pois permitiu-lhe Deus que a usasse até o rompimento das malhas, abrigando um espírito, este sim, do interesse divino. É lamentável que um ser tão doce seja tratado de forma ingrata e desrespeitosa, num Brasil para poucos, com uma aposentadoria irrisória ter que enfrentar filas enormes na madrugada em busca de uma assistência médica caótica, ter que suplementar a renda trabalhando, quando os pés já não lhe obedecem mais e, pior, sem emprego para os seus descendentes, vê-los beliscar seus parcos ganhos, num estímulo à preguiça e à exploração. Este ser deveria chegar ao pódium da vida vivendo-a plenamente e não apenas suportando-a, mas elaborando-a sempre, com alegria.
ORAÇÃO DO IDOSO - (João Marni de Figueirêdo)
Ó mãos, sagradas mãos, de pregos transpassadas,
Ergam-me pela manhã no despertar,
Conduzam-me por todo o dia,
Afaguem-me nas minhas dores,
Devolvam-me ao leito à hora do recolhimento,
E, por ocasião do meu final, abracem-me para todo o sempre
Por: João Marni de Figueiredo
Ele vem aí, não demora não, ele vem aí com uma vassoura na mão! - José do Vale Pinheiro Feitosa
Tiririca, Doutor Honoris Causa -- por Armando Lopes Rafael
A questão carcerária - Emerson Monteiro
Um dia, pelas ruas de Mangaratiba, cidade litorânea do Rio de Janeiro, visualizei o passeio dos detentos da Ilha Bela, antigo presídio hoje desativado. Quadro marcante, cortejo de homens válidos, corpulentos, em marcha batida, controlados por guardas e cães, a percorrer trechos daquela cidade. Alguns traziam consigo peças de artesanato de própria fabricação, oferecidas aos circunstantes por preços ocasionais. A cena ficou gravada para voltar ao pensamento quando, como agora, enfeixo a intrincada crise penitenciária brasileira. Aqueles zumbis, de olhos vazios, trajes encardidos, quais reses de tosquia, trastes da culpa, apenas arrastavam o tropel do destino à luz da vontade dos homens.
E revivo também a sensação cotidiana dos noticiosos quando exploram o mundo cão. São raros os meses em que deixam de ocupar o cardápio as rebeliões nas celas, com registros de fugas, incêndios, perdas de vidas e homicídios.
Tais aspectos percebidos significam o estrangulamento do sistema penal; refletem a estrutura da sociedade como um todo, onde deficiências indicam muito chão ainda para percorrer até a perfeição final do processo vida.
Cheira mesmo a repetição dizer que as cadeias, quais viveiros de pássaros indomáveis, converteram-se no campus da monstruosa universidade do crime, imagem conhecida, onde os apenados ali encaram desafios primitivos junto de outros em condições físicas e morais deploráveis. Daí, qual onda avassaladora, estranho relacionamento impõe e multiplica a morbidez de seres vencidos, depois lançados às sarjetas, num ciclo de miséria que aumenta os custos do subdesenvolvimento mórbido.
Intenções honestas de resolver o problema, contudo, não eliminam o atraso dessa área, vistas experiências nos países ricos, mesmo sabidas quantas falhas lá também persistem.
Planos que se cogitem devam sempre vincular a participação efetiva da força de trabalho reclusa às celas, estagnando a capacidade produtiva. Em resposta, as sentenças assim deixariam de inutilizar a mão de obra prisioneira, sobrando ao Estado o mérito de soluções criativas e geração de riqueza, alimentando e estabilizando as contas da instituição punitiva, além de profissionalizar quem chegar, de comum, sem ofício. As prisões agrícolas demonstram a viabilidade desta idéia.
Restam imaginar perspectivas novas para problema tão arcaico. O gesto de segregar aos calabouços, sem outras preocupações racionais, apenas mascara uma chaga que transborda de dor e clama decência. Compromisso pesa, pois, sobre todos os ombros, sabendo que o zelo da liberdade vem assegurado como atributo essencial, dom divino que cabe manter, sobretudo a quem necessita desde criança das poucas e limitadas oportunidades vitais.
A consagração de Lula pela intelectualidade francesa
Antes, durante e depois, Lula foi ovacionado por estudantes brasileiros, na mais calorosa recepção da escola desde Mikhail Gorbachev. A cerimônia foi realizada do auditório do instituto, com a presença de acadêmicos franceses e de quatro ex-ministros de seu governo: José Dirceu, Luiz Dulci, Márcio Thomaz Bastos e Carlos Lupi. Vestido de toga, o ex-presidente chegou à sala por volta de 17h30min, acompanhado de uma batucada promovida por estudantes. Ao entrar no auditório, foi aplaudido em pé pela plateia, aos gritos de "Olé, Lula". Em seguida, tornou-se o primeiro latino-americano a receber o título da Sciences-Po, já concedido a líderes políticos como o tcheco Vaclav Havel.
Em seu discurso, o diretor do instituto, Richard Descoings, se disse "entusiasta" das conquistas obtidas pelo Brasil no mandato do petista. "O SENHOR LUTOU PARA QUE O BRASIL ALCANÇASSE UM NOVO PATAMAR INTERNACIONAL", disse, completando: "NÃO É MAIS POSSÍVEL TRATAR DE UM ASSUNTO GLOBAL SEM QUE AS AUTORIDADES BRASILEIRAS SEJAM CONSULTADAS".
Autor do "elogio" a Lula - o discurso em homenagem ao novo doutor -, o economista Jean-Cluade Casanova, presidente da Fundação Nacional de Ciências Políticas, LAMENTOU QUE A EUROPA NÃO TENHA UM LÍDER "DE TRAJETÓRIA POLÍTICA TÃO ILUMINADA". Cssanova pediu ainda que Lula aproveitasse sua viagem para "DAR CONSELHOS AOS EUROPEUS" SOBRE GESTÃO DE DÍVIDA, DÉFICIT E CRESCIMENTO ECONÔMICO.
Lula aceitou o desafio e encarnou o conselheiro. Em um discurso de 40 minutos, citou avanços de seu governo, citando a criação de empregos, a redução da miséria, o aumento do salário mínimo e a criação do bolsa família e elogiou sua sucessora, Dilma Rousseff. "Não conheço um governo que tenha exercido a democracia como nós exercemos", afirmou, no tom ufanista que lhe é característico. Então, lançou-se aos conselhos. Primeiro criticou "uma geração de líderes" mundiais que "passou muito tempo acreditando no mercado, em Reagan e Tatcher", e recomendou aos líderes da União Europeia que assumam as rédeas da crise com intervenções políticas, e não mais decisões econômicas. "Não é a hora de negar a política. A União Europeia é um patrimônio da humanidade", reiterou.
ANDREI NETTO, CORRESPONDENTE - Agência Estado
Lula em Paris: imprensa brasileira dá vexame
Por que Lula e não Fernando Henrique Cardoso, seu antecessor, para receber uma homenagem da instituição?
Começa assim, acreditem, com esta pergunta indecorosa, a entrevista de Deborah Berlinck, correspondente de "O Globo" em Paris, com Richard Descoings, diretor do Instituto de Estudos Políticos de Paris, o Sciences- Po, que entregou o título de Doutor Honoris Causa ao ex-presidente Lula, na tarde desta terça-feira.
Resposta de Descoings:
"O antigo presidente merecia e, como universitário, era considerado um grande acadêmico (...) O presidente Lula fez uma carreira política de alto nível, que mudou muito o país e, radicalmente, mudou a imagem do Brasil no mundo. O Brasil se tornou uma potência emergente sob Lula, e ele não tem estudo superior. Isso nos pareceu totalmente em linha com a nossa política atual no Sciences- Po, a de que o mérito pessoal não deve vir somente do diploma universitário. Na França, temos uma sociedade de castas. E o que distingue a casta é o diploma. O presidente Lula demonstrou que é possível ser um bom presidente, sem passar pela universidade".
A entrevista completa de Berlinck com Descoings foi publicada no portal de "O Globo" às 22h56 do dia 22/9. Mas a história completa do vexame que a imprensa nativa sabuja deu estes dias, inconformada por Lula ter sido o primeiro latino-americano a receber este título, que só foi outorgado a 16 personalidades mundiais em 140 anos de história da instituição, foi contada por um jornalista argentino, Martin Granovsky, no jornal Página 12.
Tomei emprestada de Mino Carta a expressão imprensa sabuja porque é a que melhor qualifica o que aconteceu na cobertura do sétimo e mais importante título de Doutor Honoris Causa que Lula recebeu este ano. Sabujo, segundo as definições encontradas no Dicionário Informal, significa servil, bajulador, adulador, baba-ovo, lambe-cu, lambe-botas, capacho.
Sob o título "Escravocratas contra Lula", Granovsky relata o que aconteceu durante uma exposição feita na véspera pelo diretor Richard Descoings para explicar as razões da iniciativa do Science- Po de entregar o título ao ex-presidente brasileiro.
"Naturalmente, para escutar Descoings, foram chamados vários colegas brasileiros. O professor Descoings quis ser amável e didático (...). Um dos colegas perguntou se era o caso de se premiar a quem se orgulhava de nunca ter lido um livro. O professor manteve sua calma e deu um olhar de assombrado(...).
"Por que premiam a um presidente que tolerou a corrupção", foi a pergunta seguinte. O professor sorriu e disse: "Veja, Sciences Po não é a Igreja Católica. Não entra em análises morais, nem tira conclusões apressadas. Deixa para o julgamento da História este assunto e outros muito importantes, como a eletrificação das favelas em todo o Brasil e as políticas sociais" (...). Não desculpamos, nem julgamos. Simplesmente, não damos lições de moral a outros países.
"Outro colega brasileiro perguntou, com ironia, se o Honoris Causa de Lula era parte da ação afirmativa do Sciences Po. Descoings o observou com atenção, antes de responder. "As elites não são apenas escolares ou sociais, disse. "Os que avaliam quem são os melhores, também. Caso contrário, estaríamos diante de um caso de elitismo social. Lula é um torneiro-mecânico que chegou à presidência, mas pelo que entendi foi votado por milhões de brasileiros em eleições democráticas".
No final do artigo, o jornalista argentino Martin Granovsky escreve para vergonha dos jornalistas brasileiros:
"Em meio a esta discussão, Lula chegará à França. Convém que saiba que, antes de receber o doutorado Honoris Causa da Sciences Po, deve pedir desculpas aos elitistas de seu país. Um trabalhador metalúrgico não pode ser presidente. Se por alguma casualidade chegou ao Planalto, agora deveria exercer o recato. No Brasil, a Casa Grande das fazendas estava reservada aos proprietários de terra e escravos. Assim, Lula, silêncio por favor. Os da Casa Grande estão irritados".
Desde que Lula passou o cargo de presidente da República para Dilma Rousseff há nove meses, a nossa grande imprensa tenta jogar um contra o outro e procura detonar a imagem do seu governo, que chegou ao final dos oito anos com índices de aprovação acima de 80%.
Como até agora não conseguiram uma coisa nem outra, tentam apagar Lula do mapa. O melhor exemplo foi dado hoje pelo maior jornal do país, a "Folha de S. Paulo", que não encontrou espaço na sua edição de 74 páginas para publicar uma mísera linha sobre o importante título outorgado a Lula pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris.
Em compensação, encontrou espaço para publicar uma simpática foto de Marina Silva ao lado de Fernando Henrique Cardoso, em importante evento do instituto do mesmo nome, com este texto-legenda:
"AFAGOS - FHC e Marina em debate sobre Código Florestal no instituto do ex-presidente; o tucano creditou ao fascínio que Marina gera o fato de o auditório estar lotado".
Assim como decisões da Justiça, criterios editoriais não se discute, claro.
Enquanto isso, em Paris, segundo relato publicado no portal de "O Globo" pela correspondente Deborah Berlinck, às 16h37, ficamos sabendo que:
"O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi recebido com festa no Instituto de Estudos Políticos de Paris - o Sciences- Po _, na França, para receber mais um título de doutor honoris causa, nesta terça-feira. Tratado como uma estrela desde sua entrada na instituição, ele foi cercado por estudantes e, aos gritos, foi saudado. Antes de chegar à sala de homenagem, em um corredor, Lula ouviu, dos franceses, a música de Geraldo Vandré, "para não dizer que eu não falei das flores.
"A sala do instituto onde ocorreu a cerimônia tinha capacidade para 500 pessoas, mas muitos estudantes ficaram do lado de fora. O diretor da universidade, Richard Descoings, abriu a cerimônia explicando que a escolha do ex-presidente tinha sido feita por unanimidade".
Em seu discurso de agradecimento, Lula disse:
"Embora eu tenha sido o único governante do Brasil que não tinha diploma universitário, já sou o presidente que mais fez universidades na história do Brasil, e isso possivelmente porque eu quisesse que parte dos filhos dos brasileiros tivesse a oportunidade que eu não tive".
Para certos brasileiros, certamente deve ser duro ouvir estas coisas. É melhor nem ficar sabendo
Earth, Wind and Fire - After the love has gone
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Cacete: lá e cá - José Nilton Mariano Saraiva
Quinta-feira (29.09.11): pela manhã, em Fortaleza, na casa que deveria ser do povo (Assembléia Legislativa), antes da votação do “piso” para os professores da rede estadual de ensino (em greve), a despreparada e truculenta polícia de Cid Gomes baixa o cacete, sem dó nem piedade (e o sangue jorrou), em alguns dos indefesos barnabés que, pacificamente, reivindicavam melhorias.
Quinta-feira (29.09.11): à noite, certamente que avisado que a matéria e imagens da estapafúrdia e covarde agressão seriam veiculadas no Jornal Nacional (para todo o Brasil), no intervalo, após a “chamada” da matéria por William Bonner, Cid Gomes aparece afável e com um sorriso de Mona Lisa, a tecer loas sobre a prioridade do seu governo ao setor educacional (desdizendo o que as imagens mostrariam em seguida). E podem esperar que amanhã cedinho os jornais de Fortaleza veicularão “matéria paga” pelo Governo do Estado, de páginas inteiras, tentando justificar o injustificável.
Perguntas: Até quando os “valentes”, arrogantes e prepotentes Ferreira Gomes vão “cantar de galo”, aqui e alhures, com todo mundo dizendo amém ??? Será que o povo do Crato vai ter coragem de sufragar o candidato apoiado por Ciro Gomes pra prefeito, já que ele próprio recebeu no Crato 11.000 votos para Deputado Federal, nunca fez nada pela cidade e quando lá aparece é pra atingir moralmente homens e mulheres (trabalhadores) de bem ???
Professores são tratados a "Pauladas" em plena Assembléia Legislativa
Voltamos à era da Ditadura Militar ?
A confusão começou pouco antes de uma entrevista coletiva que comando de greve daria sobre a paralisação da categoria. Os professores teriam tentado invadir o plenário, mas foram contidos pelos policiais. “Lamentamos a situação, porque queríamos evitar a votação de mensagem do governo sobre melhorias salariais, mas que traz elementos que não atendem ao nível médio. Tudo estava tranquilo e seríamos recebidos na Casa para dialogar. Fecharam acessos da Casa e o conflito ficou generalizado”, informou acusou Anízio Melo, presidente do Sindicato Apeoc.
Desde a manhã desta quarta-feira (28), docentes estão em Vigília pela Educação, acampados na AL. Para pressionar os deputados a votarem contra projeto de lei que cria nova tabela de salário para a categoria, três professores decidiram entrar em greve de fome, por tempo indeterminado. Clésio Mendes, professor do Liceu estadual de Maracanaú; Laura Lobato, professora do Caic Maria Alves Carioca; e Cláudio Monteiro, professor das escolas estaduais Plácido Aderaldo Castelo, Michelson Nobre da Silva e Patativa do Assaré, protestam em nome da categoria. Eles pretendem intensificar a manifestação, chamar a atenção da população e sensibilizar os professores que já desistiram do movimento.
Os docentes voltaram à AL após saber que o governador Cid Gomes (PSB) havia enviado a proposta de nova tabela, com regime de urgência para votação da mensagem, o que significa que ela pode ser votada a qualquer momento. Segundo os sindicalistas, a proposta não atende os anseios da categoria, pois, além de violar a carreira do magistério, gera prejuízos na aplicação da Lei do Piso.
A manifestação marca a posição contrária à remuneração proposta pelo Governo do Estado, que, segundo os professores, contraria a Lei 12.066 de Cargos, Carreiras e Salários. Os professores rejeitam as mudanças afirmando que a proposta divide a categoria em duas classes e cobram a implantação do Piso com repercussão para toda a categoria. Uma nova assembleia, marcada para a próxima sexta-feira (30/09), no Ginásio Paulo Sarasate, definirá os novos rumos da greve.
De Fortaleza,
Carolina Campos
Fonte: Portal Vermelho
Fotos – Frank Costa
Pensamento para o Dia 29/09/2011
“Para se concentrar eficientemente, coloque sua atenção em uma forma que lhe dá contentamento. Sente-se em postura de lótus (padmasana) e fixe os olhos na ponta do seu nariz. No início, pratique a meditação por um minuto; em seguida, por três minutos. Poucos dias depois, tente por seis minutos e depois de algum tempo, durante nove minutos. Assim, a concentração deve ser reforçada de forma gradual, sem pressa indevida. Lentamente, a mente pode ser mantida por até meia hora; essa disciplina deve ser desenvolvida de forma constante. Com a prática, a mente ficará fixa e o poder de concentração aumentará. Para atingir a concentração e adquirir unidirecionalidade, você deve se submeter a algum nível de esforço. Você deve fixar sua mente no Senhor e manter fora do plano mental todos os outros pensamentos. Por realizar tal exercício constantemente, sua visão estará firmemente fixa no Senhor que reside em seu coração. Isto é, na verdade, o objetivo, a fruição plena da meditação.”
Sathya Sai Baba
"Prioridade: EDUCAÇÃO" - José Nilton Mariano Saraiva
Discurso de Luiz Inácio Lula da Silva quando do recebimento do título Doutor Honoris Causa – Sciences Po - Paris, França - 27 de setembro de 2011
Minhas amigas e meus amigos,
É uma grande honra, para mim, receber o título de Doutor Honoris Causa do Instituto de Ciências Políticas de Paris. Honra que se torna ainda maior por eu ser o primeiro latino-americano a recebê-lo. Estou profundamente grato à direção da Sciences Po e a todos os seus professores, funcionários e alunos por me conferirem uma láurea tão prestigiosa. Esta casa, a um só tempo humanística e científica, é reconhecida e admirada no mundo todo por seus elevados propósitos e pela excelência do seu corpo docente e discente. É uma instituição que representa de modo exemplar o compromisso da França com a liberdade intelectual, a dignidade da política e o aperfeiçoamento permanente da democracia. Representa essa França consciente de suas conquistas materiais e espirituais, ciosa de seus valores civilizatórios, mas nem por isso menos aberta a povos e mentalidades diferentes, à compreensão do outro. Essa França insubmissa e libertária que, durante séculos, inspirou – e continua de alguma forma inspirando – a trajetória de muitos países, entre eles o Brasil. Essa França que, desde o século 18 até os dias atuais, é tão relevante para o Brasil, seja no terreno das idéias políticas e sociais, seja na esfera da educação e da cultura, seja no que se refere às parcerias produtivas e tecnológicas.
Minhas amigas e meus amigos,
Mais do que um reconhecimento pessoal, acredito que este título de Doutor Honoris Causa é uma homenagem ao povo brasileiro, que nos últimos anos vem realizando, de modo pacífico e democrático, uma verdadeira revolução econômica e social, dando um enorme salto histórico rumo à prosperidade e à justiça. Depois de prolongada estagnação, o Brasil voltou a crescer de modo vigoroso e continuado, gerando empregos, distribuindo renda e promovendo inclusão social. Deixamos para trás um passado de frustrações e ceticismo. Os brasileiros e as brasileiras voltaram a acreditar em si mesmos e na sua capacidade de resolver problemas e superar obstáculos, por mais difíceis que sejam. Graças a um novo projeto de desenvolvimento nacional, com forte envolvimento da sociedade e intensa participação popular, conseguimos tirar 28 milhões de pessoas da miséria e levamos 39 milhões de pessoas para a classe média, no maior processo de mobilidade social da nossa história. Em oito anos e meio foram criados 16 milhões de novos empregos formais. O salário mínimo teve um aumento real de 62%, e todas as categorias de trabalhadores fizeram acordos salariais com ganhos acima da inflação. Além disso, implantamos vários programas de transferência direta de renda, dos quais se destaca o Bolsa Família, que é o principal instrumento do Fome Zero e, no final do ano passado, beneficiava 52 milhões de pessoas. Dessa forma, a desigualdade entre os brasileiros atingiu o menor patamar em 50 anos. Nos últimos dez anos, a renda per capita dos 10% mais ricos aumentou 10%, enquanto a dos 50% brasileiros mais pobres teve um ganho real de 68%. O consumo se ampliou em todas as classes, mas no segmento popular cresceu sete vezes. Os pobres passaram a ser tratados como cidadãos. Governamos para todos os brasileiros e não apenas para um terço da população, como habitualmente acontecia. Acreditamos firmemente que o desenvolvimento econômico precisa estar a serviço da redução das desigualdades sociais, sem paternalismo, promovendo a inclusão das pessoas mais pobres à plena cidadania. Acreditamos, igualmente, que isso pode, deve e será feito sem que se descuide do equilíbrio macroeconômico, combatendo com firmeza a inflação.
Minhas amigas e meus amigos,
Ao mesmo tempo que resgatávamos grande parte de nossa dívida social, trabalhamos para modernizar o país, preparando-o para os desafios produtivos e tecnológicos do século 21. Investimos fortemente em educação, pesquisa e desenvolvimento. Orgulho-me de ter criado 14 novas universidades federais e 126 extensões universitárias, democratizando e interiorizando o acesso ao ensino público. Também lançamos o Reuni, um programa para fortalecer o ensino público universitário, com a valorização dos docentes. Ele contribuiu para que dobrássemos o número de matrículas nas instituições federais. Mas não ficamos restritos a isso e instituímos o Prouni, um sistema inovador de bolsas de estudo em universidades particulares. Com ele, garantimos que 912 mil jovens de baixa renda pudessem cursar o ensino superior. E a oportunidade não foi desperdiçada: os jovens com bolsas do Prouni têm-se destacado em todas as áreas, liderando em muitos casos os exames nacionais de avaliação feitos pelo Ministério da Educação. Ou seja, bastou uma chance e a juventude brasileira deu firme resposta ao mito elitista segundo o qual a qualidade é incompatível com a ampliação das oportunidades.
Também me orgulho muito de termos inaugurado 214 novas escolas técnicas federais, que criaram possibilidades inéditas de formação profissional para a juventude. A boa qualidade do ensino na rede de escolas técnicas federais também abre as portas para as universidades, mesmo para quem trabalha durante o dia inteiro, porque durante o meu governo aumentamos o número de vagas nos cursos universitários noturnos. Esses jovens têm que CONTINUAR SONHANDO, têm que lutar para conquistar o doutoramento, para trabalhar nos diversos centros de pesquisa e desenvolvimento tecnológico que existem no Brasil. Deixamos de considerar a educação como um gasto para tratá-la como investimento que muda a vida das pessoas e do país. Por isso, em meus dois mandatos, triplicamos o orçamento do Ministério da Educação, que saltou de 17 bilhões de reais para 65 bilhões de reais em 2010.
Essas mudanças eram imprescindíveis, pois a garantia de acesso à educação de qualidade, da pré-escola aos cursos de pós-graduação, é um dos principais instrumentos para promover a igualdade social, combater a pobreza e assegurar um desenvolvimento econômico, científico e tecnológico sustentável em longo prazo. A EDUCAÇÃO FOI COLOCADA COMO PRIORIDADE ESTRATÉGICA PARA O PAÍS. O investimento público direto em educação passou de 3,9% do Produto Interno Bruto em 2000 para 5% em 2009. E, agora, a presidenta Dilma Rousseff assumiu o compromisso de ampliar o investimento em educação progressivamente até atingir 7% do Produto Interno Bruto.
Minhas amigas e meus amigos,
O Brasil já tem muito a mostrar no segmento de pesquisa e desenvolvimento. A Lei da Inovação, aprovada em dezembro de 2004, incentivou as universidades a compartilhar seus projetos de pesquisa e desenvolvimento com as empresas públicas e privadas, para alavancar a inovação tecnológica no ambiente produtivo. O número de cientistas envolvidos em pesquisa e desenvolvimento passou de 126 mil em 2000 para 211 mil em 2008. E o número de patentes depositadas no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) cresceu de 21 mil em 2000 para 280 mil em 2009. Além disso, o governo federal destinou 41 bilhões de reais ao setor de pesquisa e inovação no período de 2007 a 2010, através do Programa de Aceleração do Crescimento.
Minhas amigas e meus amigos,
Uma das preocupações do meu governo – e que continua a ser um firme compromisso da presidenta Dilma – foi garantir que o crescimento econômico e os investimentos estruturantes fossem sustentáveis do ponto de vista ambiental. Nos últimos anos, o Brasil superou a falsa contradição que opunha o desenvolvimento à sustentabilidade ambiental. Nesse período, a taxa de desmatamento caiu 75%.
Em nosso governo, fixamos como meta reduzir as emissões de CO2 entre 36% e 39% até 2020. Esse compromisso foi incorporado à Política Nacional de Mudanças Climáticas, apresentada em Copenhague, em dezembro de 2009, e posteriormente transformada em lei pelo Congresso Nacional.
O Brasil é uma referência no enfrentamento dos desafios ambientais do século 21, pois é responsável por 74% das unidades de conservação criadas no mundo desde 2003. Também alcançamos recentemente o menor nível de desmatamento dos últimos 22 anos.
Minhas amigas e meus amigos, Os avanços que conquistamos nos últimos anos foram possíveis porque praticamos intensamente a democracia. Não nos limitamos a respeitá-la – o que é um dever – mas levamos suas possibilidades ao limite, promovendo um amplo processo de participação social na definição das políticas públicas. Estabelecemos uma nova relação do Estado com a sociedade, na qual todos os setores sociais foram ouvidos, mobilizados, e puderam discutir não somente com o governo, mas também entre eles próprios. Multiplicaram-se os canais de interlocução da sociedade com o Estado, o que contribuiu de modo decisivo para que crescimento econômico e desenvolvimento social caminhassem juntos. Para tanto, realizamos 74 conferências nacionais entre 2003 e 2010, precedidas por reuniões em níveis municipal e estadual , que contaram com a presença de cerca de 5 milhões de pessoas. Discutimos e aprofundamos nessas conferências temas importantes: do meio ambiente à segurança pública; dos transportes à diversidade sexual; dos direitos dos indígenas às políticas de telecomunicações; da igualdade racial à política nacional de saúde , dentre muitos outros. Conselhos de políticas públicas, com ampla representação popular, foram criados junto a todos os ministérios. Em outras palavras, apostamos decididamente na política. Porque sempre acreditamos na força da política como promotora da emancipação individual e coletiva. A participação política é o melhor antídoto contra a alienação e as tentações autoritárias.
Eu próprio sou produto da política. A luta sindical me deu a convicção de que era necessário incorporar os trabalhadores às decisões políticas. Foi por isso que, em 1980, criamos o Partido dos Trabalhadores, que em menos de 20 anos tornou-se o maior partido de esquerda da América Latina e chegou à Presidência da República. Também construímos a maior a central sindical da América Latina, a Confederação Única dos Trabalhadores. Tenho a plena convicção de que os problemas da sociedade só podem ser resolvidos com mais democracia e mais envolvimento da sociedade no exercício do poder.
Minhas amigas e meus amigos,
O Brasil não está sozinho nessa trajetória virtuosa, que reuniu democracia, desenvolvimento econômico e justiça social. A esperança progressista do mundo, hoje, navega no vento que sopra do Sul. A América do Sul não é mais o estuário dos problemas do mundo, e sim a mais promissora fronteira da luta pela justiça social em nosso tempo. Sem os países em desenvolvimento, não será possível abrir um novo ciclo de expansão que combine crescimento, combate à fome e à pobreza, redução das desigualdades sociais e preservação ambiental. No momento em que se está constituindo um mundo multipolar, a América do Sul afirma a sua presença no plano internacional, renovando a confiança em si e na capacidade de seus povos de construir um destino comum de democracia e crescimento econômico com inclusão social. Vivemos numa região de paz. Não há ódio religioso entre nós. Os governantes de todos os nossos países foram eleitos em pleitos democráticos e com ampla participação popular. A democracia é o nosso idioma comum.
Minhas amigas e meus amigos,
Avançamos muito no Brasil nos últimos anos. Ampliamos a inclusão social e a democracia se fortalece cada vez mais. Elegemos, pela primeira vez na nossa história, uma mulher para a Presidência da República. Fizemos muito, mas ainda há muito por ser feito. E o governo da presidenta Dilma Rousseff assume esta responsabilidade. Lançou o programa Brasil sem Miséria para erradicar totalmente a extrema pobreza. Fortaleceu a área da educação, ao ampliar o programa e ensino técnico e aumentar o número de bolsas de estudos no exterior. O lançamento de uma nova política industrial, com o programa Brasil Maior, fortalecerá a inovação e a competitividade. Por último, quero enfatizar que o conhecimento e a informação são cada vez mais importantes para o aprimoramento espiritual da Humanidade e também para viabilizar o progresso econômico e o bem-estar dos povos. O governante que não enxerga isso, não está preparado para governar uma Nação. Governante que não sonha não transmite esperança. Agradeço novamente à Science Po por ter sido agraciado o título de Doutor Honoris Causa e estou honrado por fazer parte do seleto grupo de pessoas que mereceram esta honra.
Muito obrigado.
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Universidade de Periferia ?
IEP Institut d'Etudes Politiques de Paris | |
Lema | Sciences-Po |
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Fundação | 25 de janeiro de 1872 |
Tipo de instituição | Pública |
Docentes | 1.400 |
Total de Estudantes | 6.700 |
Localização | Paris |
Página oficial | http://www.sciences-po.fr |
Universidades da França |
O Institut d'études politiques de Paris (IEP de Paris) é uma escola pública francesa de ensino superior, usualmente chamada Sciences Po Paris pelos alunos. A escola foi criada em 1872 por Émile Boutmy, posteriormente a Guerra franco-prussiana com objetivo de criar, educar e desenvolver uma nova elite francesa. A escola era inicialmente uma escola de Ciências Políticas chamada "École libre des sciences politiques".
Como uma das mais prestigiadas grandes écoles francesas, a Sciences Po destaca-se entre os mais renomados e fecundos centros de estudo superior da Europa.
Atualmente os principais ensinos são os seguintes: economia, ciências políticas, direito, relações internacionais, administração, marketing, finanças, comunicação, comercialização, jornalismo, recursos humanos e estudos europeus.
[editar] Organização
[editar] Gestão
A Sciences-po Paris é gerenciada pela Fondation nationale des sciences politiques (FNSP), fundação privada de utilidade pública.
[editar] Diretores
- 1945–1947 : Roger Seydoux
- 1947–1979 : Jacques Chapsal
- 1979–1987 : Michel Gentot
- 1987–1996 : Alain Lancelot
- Desde 1996 : Richard Descoings
[editar] Diplomas
Atualmente a escolaridade da Sciences-Po tem duração de 5 anos para os 2 primeiros ciclos superiores. Os alunos obtêm a graduação após a conclusão do segundo ciclo. O terceiro ciclo é composto por cursos de "master" e "doutorado".
[editar] Alunos
Veja alguns alunos importantes da Sciences-po Paris (Fonte: Annuaire des anciens élèves de Sciences-Po)
[editar] Lista de primeiros-ministros da França diplomados de Sciences-Po Paris
- Raymond Barre (diplomado em 1948): primeiro-ministro entre o 26 de Agosto de 1976 e o 21 de Maio de 1981
- Laurent Fabius (diplomado em 1969): primeiro-ministro entre o 17 de Julho de 1984 e o 20 de Março de 1986
- Jacques Chirac (diplomado em 1954) : primeiro-ministro entre o 20 de Março de 1986 e o 10 de Maio de 1988
- Michel Rocard (diplomado em 1952): primeiro-ministro entre o 10 de Maio de 1988 e o 15 de Maio de 1991
- Edouard Balladur (diplomado em 1950): primeiro-ministro entre o 29 de Março de 1993 e o 18 de Maio de 1995
- Alain Juppé (diplomado em 1968): primeiro-ministro entre o 18 de Maio de 1995 e o 3 de Junho de 1997
- Lionel Jospin (diplomado em 1959): primeiro-ministro entre o 3 de Junho de 1997 e o 6 de Maio de 2002
[editar] Lista de presidentes da República francesa diplomados de Sciences-Po Paris
- Jacques Chirac (diplomado em 1954) : presidente entre 1995 e 2007
- François Mitterrand : presidente entre 1981 e 1995
Sorbonne Paris Cité
Sorbonne Paris Cité is a higher education and research alliance (Pôle de Recherche et d’Enseignement Superieur, PRES) established on February 10, 2010. It is a Public Institution for Scientific Cooperation bringing together four Parisian universities and four higher education and research institutes:
- Sorbonne Nouvelle University - Paris 3
- Paris Descartes University
- Paris Diderot University
- Paris 13 University
- Institute of Physics of the Globe (IPGP)
- National Institute of Oriental Languages and Civilizations (INALCO)
- Sciences Po (Institute of Political Science), Paris
- EHESP School of Public Health
These renowned institutions have decided to join forces in order to meet the challenges facing cutting edge research and academia in a changing world.
Its wide spectrum of disciplines, its international visibility and its high ranking research units make of Sorbonne Paris Cité a leading academic alliance with long term commitments to excellence:
- Fostering knowledge-driven initiatives, in the fields of economic development, public policy, or the democratic access to culture;
- Taking an innovative and active part in international research and encouraging interdisciplinarity;
- Setting up cutting edge teaching programs at the undergraduate, graduate and post-graduate levels;
- Developping research driven training programs geared to future decision makers;
- Offering students improved living conditions and an up to date teaching environment for Paris and the greater Paris area.
For more information about Sorbonne Paris Cité ...
An assemblage of the foundation documents
-- The statutes of Sorbonne Paris Cité (Loi du 18 avril 2006 portant création des PRES and décret du 10 février 2010 portant création de Sorbonne Paris Cité)
-- La convention constitutive
-- Le règlement intérieur
An overview on the organization of Sorbonne Paris Cité
Sorbonne Paris Cité presents itself by means of its organigram, its Administration Committee and its Scientific and Pedagogical Committee.
Repondo a verdade da informação abaixo: Lula “doutor” pela Sorbonne? – por Armando Lopes Rafael
lula : Sexto Título de Doutor, agora na Sorbonne
Será que o entreguista do FHC desta vez corta os pulsos? Tomara que sim!
E viva o nosso Doutor!
Ivan
Lula recebendo o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Coimbra
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/pra-que-discutir-com-madame
Pra que discutir com madame
Enviado por luisnassif, sex, 09/09/2011 - 09:19
O comentário do Marco Antonio me lembrou uma coluna que escrevi em 8 de agsoto de 1994 a respeito da afirmação de Ruth Escobar:
Por Marco Antonio L
LULA recebe o título de Doutor Honoris Causa na Sorbonne
Ele chegou lá. Dia 27 agora, Lula recebe o título de doutor honoris causa na Sorbonne. Desembarca no mesmo solo sagrado do saber que pisou Jean-Paul Sartre, Claude Lévi-Strauss e FH. A informação é de Ancelmo Góis de O Globo.
Vai faltar Lexotan lá nas bandas do Higienópolis
LUÍS NASSIF - 08/08/1994
Prá que discutir com madame?
Na sexta-feira passada Brasil e França experimentaram momentos de grande perplexidade, enquanto em um salão de chá paulistano discutia-se a relevante questão: é melhor um Sartre ou um encanador para presidente da República?
As máquinas pararam na França, houve sensível aumento na mortalidade infantil no Nordeste, todos aguardando que aquelas almas femininas, reunidas no salão renascentista, conseguissem solucionar o mais estimulante desafio intelectual com que se depararam: é "in" ou "out" estabelecer tais diferenças?
A atriz atroz, defensora interessada de todos os intelectuais que assumiram a presidência nas últimas décadas, garantiu que é "in". A namoradinha do Brasil, boazinha como ela só, rebateu que é "out".
Grandes banqueiros foram tirados do trabalho por esposas preocupadas, presentes ao ágape, para que repartissem com elas essa grande dúvida, mais estimulante que um vírus eletrônico no Selic.
Sociólogos petistas e tucanos se engalfinharam no campus, entupiram as seções de cartas dos jornais, assaltantes interromperam assaltos, o trânsito engarrafou, os juros subiram, o mercado parou, enquanto não se resolvia a relevante questão, capaz de, por si, ou definir as eleições presidenciais ou resolver a questão da falta de água.
No cemitério existencialista, uma caveira olhou para a outra e comentou preocupada: "Que não é sério, a gente sabia, mas precisavam me envolver nisso?".
Filósofo "out"
Não há informações se Ortega y Gasset costumava filosofar em chás beneficentes ou se desenvolveu alguma especialização em encanamentos. Há dúvidas até, se vivo fosse, se seria convidado para o festim, posto que filósofo espanhol não é tão "in" quanto um francês.
Se fosse, certamente acharia de um provincianismo feroz, a atriz atroz. Mas ficaria com o encanador, porque conhecia suficientemente os seus – os intelectuais – para não levá-los a sério, fora do mundo das idéias.
Em ensaio clássico sobre Mirabeau – relançado recentemente pela Editora Universidade de Brasília, e que me foi presenteado por um intelectual raro, porque compromissado com a ação – Gasset traça um perfil precioso da espécie.
Não peça a um intelectual que se comprometa com a ação – diz ele. Quando pensa em tomar alguma atitude, imediatamente bate uma dúvida que, até ser removida, matou a iniciativa. O intelectual sempre vai tratar de levantar uma indagação acerca de sua atitude, para dispor do álibi para nada fazer. Utiliza a idealização da realidade como desculpa para o imobilismo.
Em outras palavras, se estourar o encanamento de sua casa, ou se precisar de um presidente da República, não conte com um intelectual. A não ser depois que ele tiver resolvido todas suas perplexidades acerca da conveniência ou não de se envolver em um trabalho de encanador – e depois que a água tiver levado seu último cristal.
Curto e grosso como ele só, o encanador petista encerrou a discussão com uma verdade definitiva: sem encanador essa mulherada não se vira sozinha, sem sociólogo, se vira.
Na rua, um velho passou assobiando antigo samba brasileiro, do grande compositor existencialista Janet de Almeida: "Madame diz que a raça não melhora/ que a vida piora/ por causa do samba/ (...) Madame tem um parafuso a menos/ só fala veneno/ ai meu deus que horror!"
Para ler outras matérias bem porretas, visite o 'Carcará' - http://carcara-ivab.blogspot.com