Criadores & Criaturas
"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata."
(Carlos Drummond de Andrade)
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FOTO DA SEMANA - CARIRICATURAS
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quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Cais - Paulo Viana
PACIÊNCIA...
Na verdade, a paciência é um exercício da virtude cristã, são asas que nos permitem voar acima de sentimentos negativos que tentam se impregnar em nossos pensamentos. É o esforço de calar em nós um gesto inadequado. É guardar o silêncio numa prática voluntária e abster-se das ebulições da impaciência.
Ter paciência é o esforço de escutar o outro sem que se apague o sorriso, pois paciência é amor.
Um Cariri cinzento - Emerson Monteiro
Repassassem dizeres dos jornais, achariam nisso um futebol que mexeu com as pessoas que buscaram futebol no final de semana, e alimentavam sonhos de sucesso no esporte coletivo em nosso Cariri. As notas, no entanto, pelos cantos perdidos de páginas apressadas, falavam solteiras que dormiram cedo na solidão a dois das multidões alvoroçadas no estádio. E horas do expediente ganharam só dinheiro de sobrevivência na educação dos filhos, bilhetes de loteria, folhas de pagamento, impostos e taxas, esforçados nas horas do expediente do pão, suor, rosto, etc.
Ando pouco mais e encontro as histórias dos valores nas questões políticas estrangeiras, parlamentos convulsos, praças cheias, câmbios de países europeus atolados nas dívidas ilusórias... O desejo antigo de falar nas flores que iluminam casas e pessoas, belezas de gerações ensaiando gritos de vitória travados no ar. Jovens, ruas e monumentos perto das férias dos oceanos agitados... Alegres janelas iluminadas... Vozes cheias de possibilidades nascidas em forma de viver feliz da multidão de chances, no Céu daqui da Terra.
Bom, isso de admitir clima novo de inverno, corações e presentes... Crer nas letras e nos vocábulos que falam de transformação, e animar o mundo pelas folhas arrancadas dos sempre calendários mil que viajam na eterna Felicidade.
A PRIMEIRA IMPRESSÃO FICOU PARA SEMPRE - Por Edilma Rocha
Pensamento para o Dia 30/11/2011
“O que existe é apenas aquele que percebe tanto o sonho como o estado de vigília - o "Eu". Conheçam tal "Eu" e reconheçam que "Eu" é o mesmo que "Ele" (Deus). Você pode saber isso apenas por intensa disciplina espiritual, que não é maculada por raiva, inveja e ganância - os vícios que brotam do ego. Você deve observar cuidadosamente e controlar esses vícios. Quando você fica com raiva, você age como se estivesse possuído por um espírito do mal; seu rosto torna-se feio e assustador. Como a lâmpada vermelha piscando quando o perigo se aproxima, os olhos e o rosto ficam vermelhos e agem como um aviso para você. Preste atenção a esse sinal e silenciosamente fuja para um lugar solitário. Não dê vazão livre a palavras maliciosas. Uma vez que você cresce em sabedoria, o ego irá naturalmente cair. Portanto, desenvolva sabedoria e diferencie a natureza efêmera de todas as coisas objetivas. Então, o ego terá uma morte natural no campo do seu coração e você alcançará a salvação.”
Sathya Sai Baba
Romantik und das ewige Selbst*
O filosofo francês Rousseau, a partir das publicações de seus livros: Confissões e Os Devaneios do Caminhante Solitário, ele contrapunha toda a realidade racional da época do Iluminismo. Investigou de forma subjetiva, uma perspectiva antes abandonada por variados filósofos, à concentração e apuração do Eu.
A natureza (entende-se por razão dos sentimentos) era o ponto de partida para a fortificação do movimento romancista alemão. Acreditava Rousseau, que ao voltar-se para si, o homem construiria a sua base de conhecimento de sua realidade intrínseca perante o mundo exterior e seus conflitos:
‘Deixei, pois, de lado a razão, e consultei a natureza, isto é, o sentimento interior, que se dirige a minha crença, independentemente da razão. ’ (GUINSBURG. J, p.80, O Romantismo (.) ROUSSEAU, Carta de 1758 a Vernes)
Sendo assim o sentimento se constituiria como a razão do individuo. Já que esta necessitaria primeiramente do sentimento para existir, ou seja, é preciso o homem sentir primeiramente para depois racionalizar. Acreditando assim que o desenvolvimento do homem se daria a partir do conhecimento interior.
O grande dilema do Romantismo seria as idéias filosóficas de Johan Gottlieb Fichte, no livro intitulado, Fundamentos de toda Teoria da Ciência. Onde a explicação para a realidade tinha um viés metafísico, não podendo ser considerado um fato estático, mas dinâmico capaz de induzir o individuo a uma ação concreta. O que Fichte denominava de ‘Eu, uma autoconsciência pura. ’
Este Eu se tratava, da pura subjetividade do homem, em especial da época romântica. Considerado como divino, infinito e absoluto, já que partia da pura criação interior sem influências extramentais. Ele acreditava que a realidade de cada ser era singular e individual.
O que nos permite dizer que se tratava de um princípio, no qual permitia compreender a realidade do eu (intrínseca) ao do mundo (exterior) a partir do esforço de conhecer a si mesmo internamente.
*O romantismo e o seu eu eterno
http://cronicascp.blogspot.com
Texto produzido pelo estudante do 5º período de Letras da Universidade de Pernambuco, Wagner Bezerra Pontes
Coroa do Advento foi colocada na Catedral de Crato
Por que a forma circular da guirlanda?
Porque o círculo não tem princípio, nem fim. É interpretado como sinal do amor de Deus que é eterno: sem princípio e sem fim. O círculo simboliza também o amor do homem a Deus e ao próximo que nunca deve chegar ao fim, se acabar. O círculo ainda traz a ideia de um "elo de união" que liga Deus e as pessoas, como uma grande "Aliança".
Ramos verdes
Verde é a cor que representa a esperança, a vida. Deus quer que esperemos a sua graça, o seu perdão misericordioso e a glória da vida eterna no final de nossa vida terrena. Os ramos verdes lembram as bênçãos que sobre os homens foram derramadas por Nosso Senhor Jesus Cristo, em sua primeira vinda entre nós e que, agora, com uma esperança renovada, aguardamos a sua consumação, na segunda e definitiva volta dEle.
Quatro velas
O advento tem quatro semanas, cada vela colocada na coroa simboliza uma dessas quatro semanas. No início a Coroa está sem luz, sem brilho, sem vida: ela lembra a experiência de escuridão do pecado.
À medida em que vamos nos aproximando do natal, a cada semana do Advento, uma nova vela vai sendo acesa, representando cada uma delas uma aproximação mais iminente da chegada até nós daquele que é a luz desse mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é quem dissipa toda escuridão, é quem traz aos nossos corações a reconciliação tão esperada entre nós e Deus e, por amor a Ele, a "paz na Terra entre os homens de boa vontade".
Com esse tempo de preparação, quer a Igreja ensinar-nos que a vida neste vale de lágrimas é um imenso advento e, se vivermos bem, isto é, de acordo com a Lei de Deus, Jesus Cristo será nossa recompensa e nos reservará no Céu um belo lugar, como está escrito: "Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou, tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que O amam" (1Cor 2, 9). (JSG)
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Aumento do diabetes - Emerson Monteiro
Nas Américas Central e do Sul, existem 25 milhões de pessoas acometidas pelo mal. Em face da urbanização e da mudança na idade da população, os números aumentarão em cerca de 60% até 2030. O Brasil dispõe da maior incidência, com 12,4 milhões de diabéticos, seguindo-se Colômbia, Venezuela e Argentina.
O problema clínico ora considerado se relaciona à insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas para o transporte de glicose, por via sanguínea, até os tecidos do corpo humano. O excesso de açúcar no sangue é uma condição crônica, enquanto a produção deficiente de insulina, ou uma resistência excessiva à sua ação, ocasiona níveis elevados de glicose no sangue.
Dois tipos principais do diabetes ocupam o terrível escore. O tipo 1, de início prematuro, vinculado a problemas na produção de insulina; e o tipo 2, com início mais tardio e relacionado com fraca resposta do organismo à insulina.Dado importante nisso tudo: Medidas simples, como alimentação balanceada e atividades físicas previnem o diabetes tipo 2. O diabetes também pode ser ocasionado por carência de insulina, pela resistência a esse hormônio ou por ambas as razões.
O diabetes tipo 2, tipo mais comum da afecção, compreende a maioria dos casos. Ocorre geralmente em adultos, mas cada vez mais os jovens vêm sendo diagnosticados da doença. O pâncreas não produz a insulina suficiente para manter normais os níveis de glicose no sangue, de comum porque o corpo não responde bem à insulina. Muitas pessoas não sabem que estejam acometidos do diabetes tipo 2, mesmo sendo doença grave. Nisto, o tipo 2 do diabetes está se tornando corriqueiro devido o aumento de casos de obesidade e de ausência da prática de exercícios físicos.
Em face da gravidade deste assunto, aqui relacionei alguns itens médicos divulgados pela mídia, no propósito de avisar dos riscos severos das alimentações improvisadas e fora de controle, sobretudo quanto ao uso excessivo do açúcar e outros elementos portadores de glicose adotados indiscriminadamente nos dias de hoje.
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
domingo, 27 de novembro de 2011
A espada de Simón Bolívar -- por Marcelo Siqueira
Ela foi entregue, por exemplo, a Fidel Castro e pouco tempo depois o ditador cubano estava fora do poder, vítima de doença até agora nunca detalhada. Nestor Kirchner, da Argentina, foi outro agraciado para pegar na espada e já bateu as botas. Outros presidentes que afagaram a espada de Simón Bolívar: o paraguaio, Fernando Lugo teve câncer. E o africano Mugabe também.
O próprio Chaves, que começou essa história toda, está apelando agora para a “medicina” de Cuba nos tratamento de quimioterapia. A mídia já notícia que o tratamento dele na ilha-prisão não surtiu o efeito esperado.
E agora até nosso ex-presidente Lula, outro que pegou na espada, está em tratamento de um câncer na laringe!
Depois que Chaves fez a cerimônia ocultista e passou a oferecer a tal espada para os líderes mundiais o feitiço está retornando contra os “feiticeiros”.
sábado, 26 de novembro de 2011
AGENDA CULTURAL - Grande Show Musical com Diversos Artistas na Praça da Sé, neste Domingo
Diversos artistas do Cariri estarão se apresentando em um grande show musical na Praça da Sé, em Crato.
O Encerramento da Terceira Guerrilha do Ato Dramático Caririense será feita com muita música de qualidade. Após mais de 15 dias de apresentações de peças teatrais, neste domingo ( 27 ), sob a coordenação do maestro Lifanco, diversos artistas caririenses se apresentarão na Praça da Sé num show dedicado à PAZ.
SAIBA MAIS
A Terceira Guerrilha do Ato Dramático Caririense é um evento anual coordenado pelo dramaturgo Cacá Araújo, e se constitui na principal e mais legítima vitrine das artes cênicas produzidas no Cariri cearense. O evento é resultante de construção cotidiana que envolve companhias e grupos de teatro, dança, circo e música, movidos pela necessidade de afirmação, respeito, inclusão, valorização e desenvolvimento, em que se destaca a dramaturgia e a encenação caririenses como fortes e significativos elementos identitários do povo nordestino e brasileiro.
O evento tem apoio do BNB, BNDES e Prefeitura Municipal do Crato, e simboliza o esforço em fomentar oportunidades de crescimento profissional, geração de renda e difusão dos símbolos culturais que identificam o povo e sua história.
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
CRATENSES ANGUSTIADOS
Autor: Pedro Esmeraldo
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
As fotos de Heládio Teles Duarte
Já estamos vivenciando o encanto da temporada natalina.
Em Crato, tão logo o sol se põe, podemos ver as luzes natalinas nas varandas das casas, nas fachadas dos prédios e nas copas das árvores...
O Posto Nossa Senhora de Fátima – que abriga o no seu complexo o Bar Cantinho do Pimenta – foi decorado para lembrar o Natal.
Quem passa em frente ao local se depara com os galhos das árvores repleto de luzes. Todas bonitas, todas reluzentes!
Lembrando que esta é uma temporada de luz, de benquerença e fraternidade entre as pessoas...
Foto: Heládio Teles Duarte
Texto: Armando Lopes Rafael
Pensamento para o Dia 24/11/2011
“A paz é um estado de espírito que está bem dentro de seu próprio eu. Ela emana do coração da pessoa. Há reação, ressonância e reflexo para tudo no mundo. Somente quando há ódio em si que você verá ódio nos outros. Às vezes, mesmo que ninguém lhe faça mal, você tenta machucar os outros. Faça o que fizer aos outros, você definitivamente experimentará o resultado dessa ação e o que quer que ouça ou experimente é tudo devido à reação, reflexo e ressonância de suas próprias ações e sentimentos; os outros não são responsáveis por isso. Você esquece essa verdade simples e lamenta: "fulano de tal está me acusando ou causando dor em mim ou me machucando", e assim por diante. Muitas vezes você tende a lutar e ferir os outros. A partir de hoje, sempre os ajude, nunca faça mal a ninguém. Siga sua consciência; ela o ajudará a manifestar qualidades nobres.”
Sathya Sai Baba
Dom Pedro II e o Líbano -- por Lody Brais (*)
Depois de visitar o patriarca da Igreja Maronita, Boulos Mass'ad, em Bkerke, o magnânimo imperador brasileiro dirigiu-se às cidades de Chtaura e Zahle. No dia seguinte, visitou os templos de Baco, Júpiter e Vênus em Baalbek. Durante a viagem, dom Pedro II muito incentivou o fluxo emigratório para o Brasil. Desde então a história da comunidade líbano-brasileira está entrelaçada com o desenvolvimento deste País nos últimos 130 anos.
Calcula-se que existam atualmente cerca de 8 milhões de libaneses e descendentes destes no Brasil. É o maior número de imigrantes do Líbano no mundo. Sua presença é notável nos diversos setores de atividade: são médicos, artistas, esportistas, intelectuais, empresários, políticos... Todos participando do crescimento do País, lado a lado com brasileiros natos e imigrantes de outras partes do mundo, e assim contribuindo para a formação e o engrandecimento da Nação brasileira.
(*) Lody Brais é presidente da Associação Cultural Brasil-Líbano em São Paulo.E-mail:brasil.libano@gmail.com
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Duas reflexões – por dom Henrique Soares da Costa (*)
O Ditador da Venezuela, Hugo Chávez, está com câncer e seu estado é grave. Não lhe resta muito de vida. Ele tinha um projeto de poder eterno na Venezuela: tanto mal fez ao seu país, destruindo as instituições nacionais, aparelhando o Estado, criando uma máquina ditatorial e despótica de corrupção e demagogia, perseguindo e escarnecendo da Igreja, arrogando-se até em deus... Chávez é conhecido pela empáfia, a fanfarronice, a petulância... Segundo fontes seguras, corre o risco de sequer estar vivo em outubro do ano próximo para concorrer nas eleições...
José Luís Zapatero, o socialista primeiro-ministro da Espanha, que fez mais que ninguém nos últimos anos no seu país para erradicar os traços de cristianismo da sociedade espanhola, perdeu miseravelmente as eleições no último domingo. Seu infame projeto virará vento; seu poder fugiu-lhe das mãos; a Igreja continuará, mesmo após a sua morte...
Não quero dizer que estes personagens infelizes estão sendo castigados. Não! Longe de mim pensar isto, pois gente muito boa, grandes amigos de Cristo também sofrem, perdem eleições e adoecem gravemente. O que desejo salientar é bem outra coisa: estes personagens demonstraram desprezo por Deus, embriagados de si próprios e se julgaram acima do próprio Deus, como senhores do bem e do mal.
(*) Dom Henrique Soares da Costa, Bispo Auxiliar de Aracaju (SE).
Convite para lançamento do livro do Dr. Wellington Alves de Sousa
Livro : Inventário de Poesias
Autor - Wellington Alves ( Ton-Ton)
Apresentação : J. Flávio Vieira
Performance / Leitura de Poemas : Luiz Carlos Salatiel
Data - 25 /11/11 ( Quinta-Feira)
Local : Auditório do SESC / Crato
Hora - 19 Horas
(enviado por e-mail por Dr. José Flávio Vieira)
GRATA RECORDAÇÃO
Pedro Esmeraldo
No início dos anos 30, meu pai iniciou o plantio da cana de açúcar no Sítio São José. Considerando-me uma pessoa privilegiada, pois tive a sorte de conviver no meio da bagaceira, já que meu pai possuía dois engenhos, um em Crato e outro no município de Barro-CE.
Deixou-me como legado um patrimônio auspicioso que foi a educação. Esse engenho teve início em 1930. A princípio, de forma rudimentar, movido a tração a bois. No meio da década de 30, mudou para o engenho a vapor que perdurou até a vinda da energia elétrica de Paulo Afonso no ano de 1970, quando desapareceu o predomínio da rapadura que foi substituído pelos alimentos sofisticados dos tempos modernos.
Quando passo pelas ruínas do antigo engenho, no sítio pau seco, neste município, tenho grandes recordações daqueles tempos áureos de minha infância. Há mais ou menos 50 anos era um lugar aprazível, aconchegante e que favorecia uma relação harmoniosa de paz de espírito.
Convivi naquele local no meio de pessoas humildes, com comportamentos inusitados, constituído de várias naturezas, com semblante rústico, precisando de muita sutileza no equilíbrio emocional, decorrente da fadiga pela luta árdua e das canseiras diárias.
Meu pai, um cidadão sério, agricultor arrojado, praticava as atividades agrícolas por vocação. Sabia projetar com equilíbrio o trabalho agrícola. Conduzia com perfeição as manhas dos trabalhadores, mas manejava com altivez e bom senso crítico. Livrava-se dos perigos, utilizando palavras hábeis. Fugia com muita tranqüilidade das pessoas ardilosas que o obrigavam a se comportar com o máximo grau de bondade que o respeitavam e o obedeciam com sinceridade as suas ordens.
Como já relatei acima, meu pai, homem destemido e hábil, tinha o cuidado de colocar trabalhadores certos nos lugares certos.
Autodidata por natureza, dirigia com perfeição e conhecimento todos os trabalhos inerentes ao campo agrícola, saindo-se muito bem nessa atividade espinhosa, levando com brilhantismo e com direção arejada a luta do campo; sempre acompanhado de trabalhadores experientes, a fim de adquirir melhoria de produtividade, já que desejava aumentar o seu patrimônio dentro da tecnologia aperfeiçoada.
Seus trabalhadores tinham uma conduta séria e de comportamento exemplar, por isso granjeou muitas amizades, projetando bom desempenho, mostrando que com trabalho sério e honestidade o homem chega a ter sucesso em seu serviço.
Esses trabalhadores rudes que mais guardo na recordação da minha memória, são vistos pelo seu comportamento zombeteiro que foram indubitavelmente os cambiteiros: eram irrelevantes com procedimentos duvidosos, senhores absolutos, anarquistas, visto que desrespeitavam a pessoa humana. Tornavam-se figuras intolerantes em seus trabalhos com a posição de homens irregulares no campo de transporte de cana do brejo para o engenho. Nem tudo era desprezo para essa classe de trabalhadores rudes já que desempenhavam com muita satisfação à sua tarefa.
Trabalhavam sem cessar, como prestadores de serviço, pois tinham por obrigação conduzir com 5 (cinco) animais atrelados com arreios rústicos, como: cangalha, peça de madeira artesanal que seria colocada no lombo do animal, revestido de forro e pano de algodão e coroa de frade, embutido com produto cactáceo existente nas caatingas do nordeste, cilha (fita de couro que prendia a cangalha na barriga do animal), focinheira (espécie de cabresto) para facilitar o manejo dos animais, rabichola, que prendia a cauda do animal à cangalha, cambitos, peça de madeira que facilitava o transporte da cana.
Devido à rusticidade do trabalho, os cambiteiros se tornavam intolerantes pelos habitantes aos arredores dos engenhos. Ninguém gostava de sua conduta. Possuidores de comportamento repreensível, tornavam-se os intolerantes comprovados pela anarquia que, por natureza, ninguém o suportava de bom grado, eram os zombeteiros, intrigantes, quando iam pela estrada se desesperavam e não queriam saber quem viesse a sua frente; se a pessoa não se submetesse ao seu comportamento cairia no ridículo. Certa vez, observava uma cena que me deixou intrigado e que sempre preservei em minha memória esse comportamento desses anarquistas que vou relatar neste trabalho: um dia, chegava ao engenho um senhor de tez branca, querendo conhecer o movimento do engenho, mas de jeito afeminado, foi logo observado pelos cambiteiros o seu andar duvidoso: ai então um deles gritou: olha pessoal, como ele é delicado! Aí a vaia comeu de esmola e aos gritos o pobre homem saiu desesperado sem nunca mais pisar em bagaceira. Apenas desejei lembrar e repassar para os amigos como era o regime dos cambiteiros que ainda hoje sinto saudades dos velhos tempos de outrora que não voltam mais e jamais poderão ser substituídos por este modernismo desequilibrado e algumas vezes intolerante.
segunda-feira, 21 de novembro de 2011
Une pensée...
"Un penseur avec un coeur, j'apelle ça un poète. S'il vole les coeurs et transforme des mots est crée la poésie. C'est plutôt un magicien, qu'avec peu ou rien, apporte l'amour à notre vie..."
NO AR - Claude Bloc
AQUARELAS - Por Edilma Rocha
domingo, 20 de novembro de 2011
Pela primeira vez no triângulo CRAJUBAR, a BANDA ONE, cover do U2 da cidade de Fortaleza, vem nos brindar com mais um grande evento produzido pela SERTÃO POP PRODUÇÕES. Será uma noite memorável, recheada de muito som, luz, pessoas bacanas e alto astral. Um show que promete acontecer e marcar no calendário de eventos do Cariri. O TERRAÇUS Bar e Petiscaria vai ser o cenário dessa festa. O local já está consagrado como de ótima estrutura para esse estilo de evento.
O primeiro lote de ingressos antecipados estarão a venda a partir de amanhã (19/11), nos seguintes locais:
CRATO:
LOJA LARAS - Esquina da Praça da Sé, em frente ao MUSEU HISTÓRICO.
PRODUTORA SERTÃO POP - Rua Araripe - 163 (beco do Padre Lauro, segundo quarteirão)
TERRAÇUS Bar e Petiscaria
JUAZEIRO
PORÃO DO ROCK - ao lado da Prefeitura Municipal.
AVALON LOCADORA - Rua Padre Cícero, 740 - centro
OS INGRESSOS ANTECIPADOS CUSTAM R$ 15,00
INFORMAÇÕES:
3521.5398 - 9666.9666 - 8824.2131
OBS: O TERRAÇUS Bar e Petiscaria fica localizado no triângulo do Grangeiro, distante 1km do Clube Recreativo Grangeiro.
A história do pato
(conto da tradição popular)
Havia dois irmãos que visitavam seus avós no sítio, nas férias.
Felipe, o menino, ganhou um estilingue para brincar no mato. Praticava sempre, mas nunca conseguia acertar o alvo.
Certa tarde viu o pato de estimação da vovó... Em um impulso atirou e acabou acertando o pato na cabeça e o matou. Ele ficou chocado e triste! Entrou em pânico e escondeu o pato morto no meio da madeira!
Beatriz, a sua irmã viu tudo, mas não disse nada aos avós.
Após o almoço no dia seguinte, a avó disse: "Beatriz, vamos lavar a louça”.
Mas ela disse: " Vovó, o Filipe me disse que queria ajudar na cozinha". E olhando para ele sussurrou: "Lembra-se do pato?" Então o Felipe lavou os pratos. Mais tarde o vovô perguntou se as crianças queriam pescar e a vovó disse: "Desculpe, mas eu preciso que a Beatriz me ajude a fazer o jantar.”.
Beatriz apenas sorriu e disse, "Está bem, mas o Filipe me disse que queria ajudar hoje", e sussurrou novamente para ele, "Lembra-se do pato?”.
Então a Beatriz foi pescar e Filipe ficou para ajudar.
Após vários dias o Filipe sempre ficava fazendo o trabalho da Beatriz até que ele, finalmente não aguentando mais, confessou para a avó que tinha matado o pato.
A vovó o abraçou e disse: "Querido, eu sei... eu estava na janela e vi tudo, mas porque eu te amo, eu te perdoei. Eu só estava me perguntando quanto tempo você iria deixar a Beatriz fazer você de escravo!”.
Qualquer que seja o seu passado, ou o que você tenha feito... (mentir, enganar, seus maus hábitos, ódio, raiva, amargura, etc.)... Seja o que for... Você precisa saber que Deus estava na janela e viu tudo como aconteceu.
Ele conhece toda a sua vida... Ele quer que você saiba que Ele te ama e que você já está perdoado. Ele está apenas querendo saber quanto tempo você vai deixar o diabo fazer de você um escravo.
Deus só está esperando você pedir perdão.
Ele não só perdoa...Ele esquece...
DIA NACIONAL DA CONSCIENCIA NEGRA
A Abolição
No caminho que se percorreu até a Abolição da Escravatura, muitos fatos foram de fundamental importância para a concretização deste movimento. As rebeliões, as fugas, os quilombos, os trabalhos mal executados ou não cumpridos eram formas de manifestações dos negros que esbarravam em uma legislação rígida e um aparelho repressivo bem constituído que sufocavam as revoltas e impediam a concretização dos ideais de liberdade dos escravos.
O processo de emancipação aspirado pelos negros só ganhou força a partir da segunda metade do século XIX quando o protesto de alguns setores da classe dominante se juntou à luta dos negros.
Mas, devemos levar em conta que essa política emancipacionista ocorreu de forma progressiva, devido a resistência dos fazendeiros escravocratas que eram a base de sustentação política da monarquia.
O primeiro passo neste processo de liberdade ocorreu em 1871, quando foi aprovada a Lei do Ventre Livre que estabelecia que os filhos de escravos que nascessem no Império seriam considerados livres. Na verdade, esta lei só beneficiava de fato os senhores de escravos já que estes proprietários deveriam criar os menores até os oito anos, quando poderia entregá-los ao Governo e receber uma indenização; ou mantê-los consigo até os 21 anos, utilizando seus serviços como retribuição pelos gastos que tivera com seu sustento. A questão é que esta lei não foi cumprida na realidade, pois poucos escravos eram libertados, fazendo com que a situação dos negros continuasse a mesma e por isso, os fazendeiros que em um primeiro momento atacaram a lei, acabaram defendendo-a depois.
Somente em 1878, tomou corpo o movimento abolicionista, liderado por pessoas como Joaquim Nabuco, José do Patrocínio, André Rebouças, Luís Gama e Joaquim Serra, ou seja, pessoas que tinham participação dos setores agrários não vinculados à escravidão e da classe média urbana, e principalmente intelectuais, profissionais liberais e estudantes universitários.
Mudanças sociais como a introdução do trabalho assalariado, as atividades industriais e o crescimento da população livre ( por volta de 1890 chegava a 522.000 só no Rio de Janeiro) e a urbanização intensificaram o movimento abolicionista que estava mais concentrado nas cidades. Nelas os abolicionistas promoviam conferências, quermesses, festas beneficentes e comícios em praças públicas. Fundaram jornais, clubes associações encarregadas de difundir suas idéias, como a Sociedade Brasileira contra a Escravidão, o Clube Abolicionista dos Empregados do Comércio e a Sociedade Libertadora da Escola de Medicina.Além disso, em 1884, a escravidão foi abolida no ceará, no Amazonas, já que estas eram províncias menos vinculadas ao sistema escravista.
Nas províncias de grande concentração de escravos como Rio de Janeiro e São Paulo, as tensões entre senhores e abolicionistas aumentavam. Fato que contribuiu para que em 28 de setembro fosse sancionada pelo imperador a Lei Saraiva-Cotegipe, conhecida também como Lei dos Sexagenários, que concedia liberdade aos escravos com 60 anos ou mais (mas estes eram obrigados a trabalhar para os senhores durante três anos ou até completarem 65 anos) e previa um aumento do Fundo de Emancipação, destinado a promover a imigração.
E somente no dia 13 de maio de 1888 a princesa Isabel, que substituía o imperador, assinou a Lei Áurea, que libertava “incondicionalmente” cerca de 750.000 escravos (cerca de um décimo da população negra do país).
Na realidade, o que vemos é que em termos sociais, a Abolição mais especificamente para os negros não significou liberdade efetiva, pois ela se transformou, entre outras coisas, em preconceito racial e exclusão social.
A regra geral para os ex-escravos foi a não-integração à sociedade burguesa. Ele não tinha condições de concorrer com o imigrante, melhor qualificado tecnicamente. Os planos dos abolicionistas em relação à integração do escravo não se concretizaram. Os negros foram atirados no mundo dos brancos sem nenhuma indenização, garantia ou assistência e a grande maioria deslocou-se para as cidades, onde os aguardavam o desemprego e uma vida
(WWW.unicamp.br)
História do Dia Nacional da Consciência Negra
Esta data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também um forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.
Importância da Data
A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira.
A abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888. Porém, os negros sempre resistiram e lutaram contra a opressão e as injustiças advindas da escravidão.
Vale dizer também que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de cor branca. Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados hérois nacionais. Agora temos a valorização de um líder negro em nossa história e, esperamos, que em breve outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo e por nossa história. Passos importantes estão sendo tomados neste sentido, pois nas escolas brasileiras já é obrigatória a inclusão de disciplinas e conteúdos que visam estudar a história da África e a cultura afro-brasileira.
(WWW.suapesquisa.com)
Pensamento para o Dia 19/11/2011
“Vemos atualmente no mundo desordem, violência e conflito. Para curar esses males é preciso descartar o egoísmo, a ganância e outras características ruins, e elevar-se acima da natureza animal. É por meio da caridade (altruísmo) que você alcança a pureza. Com pureza de coração você pode alcançar a Unidade que levará, então, à Divindade. A morada da vida humana deve ser construída sobre a caridade, a pureza, a unidade e a Divindade. As mulheres desempenham um papel crucial em cultivar esses quatro pilares. Verdade, sacrifício e paz são qualidades predominantes nas mulheres. Uma boa esposa é de importância apenas para o marido, enquanto uma boa mãe é um patrimônio nacional. Apenas mães dedicadas podem oferecer à nação filhos que se esforçarão para o grande futuro do país. Boas e tolerantes mães, que cuidam da pureza e do crescimento espiritual dos seus filhos e do bem-estar da comunidade, são a necessidade atual. ”
Sathya Sai Baba
A flor atirada - Emerson Monteiro
Nessa hora, contudo, sentiu fraquejarem as forças, e viu-se rendido dominado de pranto convulso. Daqueles despreparados, que exercitavam instintos vingativos, outra atitude jamais esperaria além de jogarem pedras para ferir corpos e eliminarem existências físicas. De quem jogara a flor, porém, que, então, demonstrava conhecer algo mais a propósito dos ensinos e das práticas fiéis, aguardava maior sinceridade, no mínimo saindo na defesa dos ideais superiores. Negara, fraquejara, isto sim.
Às vezes sentimentos de nostalgia sujeitam atingir pessoas que sentem a força da autenticidade, ainda que distingam o tanto que lhes resta de chegarem às relíquias sagradas, assunto principal dos religiosos.
Existem situações em que discípulos deixam de lado a prática do Amor para aceitar fugas de lazer, esportes, vícios e acomodação. Nisso, esquecem a coerência e os pressupostos que adotam em nome do caminho de Deus, demonstração de abandono e pouca sinceridade interior que deixam patentear.
Aquele que jogou a flor no instante no martírio do árabe lapidado, mesmo que pretendesse cumprir gesto de solidariedade e reconhecimento na hora extrema do testemunho, permaneceu vinculado às sombras da covardia, sabedor de conceitos, no entanto sem praticá-los de verdade.
Não poucos agem de qual jeito, motivo, inclusive, da parábola do festim de bodas contada por Jesus, dos muitos chamados e poucos os escolhidos. Chamados às hostes do Bem todos somos. Raros, talvez raríssimos, exercitam a feliz oportunidade, razão das dores de saber o quanto adiante ainda sofrerão presos àas malhas pegajosas de transes imediatos.
Invés de jogar flores nas homenagens tardias, caberá cultivá-las no íntimo do coração e exalar o justo perfume através dos campos do dever.
sábado, 19 de novembro de 2011
UM MOVIMENTO ANTI-SEPARATISTA
Crato-CE, 19/11/2011.
Autor: Pedro Esmeraldo
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Patrimônio Histórico de Crato: a capela de Santa Teresa -- por Armando Lopes Rafael
Pouca gente sabe: essa capela é propriedade da diocese do Crato, e está, há longos anos, sob a custódia da Congregação das Filhas de Santa Teresa, que souberam conserva-la em toda a sua originalidade.