Sem você
são velhas as manhãs,
longas as tardes,
e apagado o luar ...
Sem você sou moldura cega
num espelho quebrado pelos anos,
porto sem cais,
embarcação sem leme ,
uma ponta de cigarro apagada num cinzeiro...
Sem você sou apenas esse vulto sem perfil
debruçado numa pequena poça d' água.
Um comentário:
Que poema mais lindo !
E como diria você... "Mil vezes lindo !"
O bom das ausência é que elas se ocupam com poesias.
Já dizia a canção de Mário Lago : " Atire a primeira pedra, aquele que não sofreu por amor".
Mas não falo de sofrimento... Falo de ausências. A gnete procura o rastro, o perfume , a toalha molhada , a xícara suja de café ,
o chinelo no pé da cama , e tudo isso só existe na lembrança !
Rosa, eu descobri que amava a poesia, ainda quase menina,e justo , nos teus versos !
Um grande abraço, amiga !
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