Com muita garra e audácia,
tento descrever assim;
me recordo da farmácia,
do grande Doutor Rolim.
E tudo me vem bem perto;
o café de João Gualberto,
a grande Casa Abraão,
as marchinhas de Audizio,
quiosque de seu Anfrizio,
lá na praça da Estação.
O velho Zeba alfaiate!
ninguem esquece jamais;
um general no combate,
na luta dos carnavais.
Animava com bravura,
o Clube da Rapadura;
quando eu era menino.
Meu velho pai, um gigante
naquela luta incessante,
ao lado de Balduino.
A pensão de Hermes Lucas,
a feiura de Ramiro,
seu Sá e suas sinucas,
fecho os olhos e admiro.
Embora nada mais tendo,
inda hoje vou vivendo,
pois me foi um tempo bom.
E agora é que alguem se assusta:
a velha Maria Augusta,
Zé Alves e Odilon.
De tanta coisa me lembro,
e a tudo dou importância;
e com saudade relembro,
tudo que vi na infância.
Essas belezas do Crato,
que com saudade retrato,
não me saem da memória,.
E esse peito, bem meu,
é um verdadeiro museu,
do que ficou na memória.
A Provincia Edições - por Jurandir Temóteo
Encerro aqui estes versos de improviso do poeta Dedé, gravados para uma publicação de um livro intitulado, DEDÉ DE ZEBA o poeta do Crato, no ano de 2006.
Criadores & Criaturas
"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata."
(Carlos Drummond de Andrade)
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3 comentários:
Ei, Edilma,
Essa colatânia de textos é boa demais. Atente para o ritmo, cadência, rima e para a riqueza das informações.
Demais!
Abraço,
Claude
Claude ,
Esse livro é maravilhoso !
Descobrimos nele um Crato antigo recheiado de casos e pessoas interresantes.
Jurandir Temóteo e Dedé estão de parabéns.
Beijos !
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