Sobre minha cabeça
anjos decaídos
brincam de espadachim,
lá embaixo
meus peixes míopes
nunca me deixam morrer
para meu deleite
fantasiam-se de golfinhos
em magníficas acrobacias.
Bastam cinco dias
de atestado médico.
Cinco dias.
Apenas cinco dias.
Talvez na numerologia
o múmero cinco seja
o da transmutação.
Oxalá.
Então, ao término,
passarei a ser uma porta.
Não. Uma porta não.
Serei aquela tartaruguinha de pano
a segurar a porta quando bate o vento.
3 comentários:
Essa tartaruginha de pano ao pé porta me é familiar...
KKKKKK.......
Bravo poeta !
Buñuel,
Sempre achei "essas tartaruguinhas" muito mais simpáticas do que aqueles trava-portas de ferro, mesmo os dourados.
Um terno abraço
Corujinha
Edilma e Corujinha Baiana,
duas almas espertas, sensíveis, instigantes, exploradoras das sete visões da Poesia...
Carinhosos abraços.
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