A sola do sol
sobre meu couro cabeludo.
Dorzinha de cabeça
que há de me acompanhar
pelo resto da noite
quiçá pelo resto da vida.
Meu anjo da guarda sabe
até onde suporto
meu deserto florido.
Não direi nada ao travesseiro.
O porquê de lhe bater tão forte.
Espremer sua fronha na parede.
Torcê-lo.
Meu anjo da guarda só admira
minha nuca pulsando inquieta.
Sonhando com uma cibalena.
Sonhando com uma ampola de morfina.
A sola do sol no final de fevereiro
é furada.
Faz um estrago danado
lá dentro da minha alma.
Queima meu juízo.
Me faz pensar sandices.
Bem mais que o comum dos dias.
4 comentários:
Ficar um carnaval inteiro no meio da mata de Guaramiranga sem internet, é ficar sem as maravilhas que você escreve.
Bom estar de volta !
Foi muito bom acompanhar teu trajeto aqui estes dias. Quando o silencio muitas vezes marcava presença.
Abraço,
Claude
Claude,
saiba que também
ao me bater o silêncio
tinha eu teus versos
como companhia...
Carinhoso abraço.
Edilma,
eu que me sinto privilegiado
por ter como cúmplice
uma alma tão sensível...
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