Andei pelos caminhos da política. Na planície em que as partes de afastam.
E ela dizia: poesia.
No contraste entre o vale e as montanhas. E ela publicava um poema.
Quando eu dizia disputa, ela versejava.
Se falasse em vitória, ela rimava.
E quando disse movimento, ela colhia uma flor de maracujá peroba.
No alto da Chapada do Araripe.
Daí, nesta manhã, o encontro na rua Jardim Botânico:
E ela dizia: poesia.
No contraste entre o vale e as montanhas. E ela publicava um poema.
Quando eu dizia disputa, ela versejava.
Se falasse em vitória, ela rimava.
E quando disse movimento, ela colhia uma flor de maracujá peroba.
No alto da Chapada do Araripe.
Daí, nesta manhã, o encontro na rua Jardim Botânico:
Nossos olhares separados,
Na esquina de cada lado,
Com mel todo esparramado,
O dela no outro perfumado.
Meu olhar descobriu,
O dela, num lance, seduziu.
Enquanto o sinal nos separava,
Meu olhar ao dela se juntava,
Em simbiose digestiva,
O meu intrusivo,
O dela eruptivo.
O verde moveu os olhares,
O meu? Farol de milha!
O dela, véu em oração.
Passou de pálpebras abaixadas,
Toda exposição de corpo nu,
Assim como sempre fazem,
Na distância nos laçam,
Perto, trêmulas se acalmam,
Por meu olhar em ebulição,
O dela, guia da liturgia da fusão.
Um comentário:
O momento é político , em clima de copa !
Fico brincando de poesia , catando-a , nas trilhas do passado.
Viajo, só pra ficar na janelinha , e me dispersar , no desenho indefinido das nuvens.
Sempre chego em algum canto, de preferência , num jardim botânico, onde posso achar, cruzar, no verde olhar.
Minha alma se espalha , mas não perde o rumo, nem pede a luz, que já brilha há anos.
Cativa, seduzida ,penso no correr dos dias, que o meu voto é um ponto !
Vou por aí, por aqui... Passeio nos blogs de Noblat e Augusto Nunes... Mas é teu linguajar que informa o que não enxergo, e preciso tanto !
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