Desprendo-me
no cansaço
de todas as coisas
gritando a dor
em cada milímetro
de minha tez.
Onde o suor latejante
de veias vazantes
molham-me
em um torpor
translúcido
na noite infindável.
E ergo-me
no amanhecer
tal qual
uma fênix,
que ainda chamuscada
ergue-se de sua
urna mortuária.
Entro na manhã
serena
escaldante
e transpasso
passo a passo
o zumbi-ido
das horas
esperando
a morte eminente
ou o salvador alienígena
dos milênios transcritos
em cada degrau
dos cromossomos
que de tanto helicoidar-se
enroscou-se entre
o infinito início
e o interminável fim.
3 comentários:
bRAVO !
De um sopro,
veemente
sem trégua.
Belo poema,
abraço.
Obrigado a vcs!!!!
Postar um comentário