Criadores & Criaturas
"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata."
(Carlos Drummond de Andrade)
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sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Cromo
Cromo
A garça branca ergue muito o pescoço
E olha do alto, solene, a vaca preta.
A vaca pasta com resignação
O capim verde à beira do mato.
Perto, com seus espinhos, um pé de limão.
A água corre escondida, não muito longe.
Um tucano passa agitado, aos gritos.
Dois coqueiros se ajeitam entre as árvores.
Nuvens brancas esparsas no céu azul
Lembram a paina das paineiras nuas
Ou a lã das ovelhas tosquiadas.
Quase as ouço balir à distância.
Os cavalos pastam sossegados:
Sabem que o verde nunca terá fim.
Os cachorros descansam à sombra
E prossegue o trabalho das formigas.
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A B. Lopes. Eu era quase criança quando conheci os "cromos" de B. Lopes. Depois, quando comecei a fazer poesia, fiz algums "cromos" à maneira de B. Lopes - ou que eu pretendia que fossem à maneira, quando eram apenas péssimos. Dia 27 de julho último escrevi este poema e ocorreu-me o nome Cromo – somente então me ocorreu que muitos poemas que tenho escrito poderiam ter esse nome, usado por B. Lopes. Bom. Não tenho intenção de ser "moderno", nem "inovador". Sem nenhuma intenção premeditada, escrevo cromos, como B. Lopes, embora à minha maneira.
Se alguém quiser comparar, conhecer ou recordar: http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/rio_de_janeiro/b_lopes.html
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Um comentário:
É bom começar o dia com a poesia de Brandão !
Abraços, grande poeta !
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