Meus caros Carlos e Magali,
Acabei de receber em envelope, pelo correio, um pedaço muito importante, significativo e feliz da minha vida que a correria e responsabilidades presentes nos fazem olvidar, mas que ao ir direto às páginas 47 e percorrer a Dom Quintino no sentido da Coronel Antonio Luiz cheguei na minha casa, vizinha à do seu Zé Camilo e D. Eulina... E pouco abaixo da casa da minha querida professora D. Rosinha Esmeraldo. De passagem, respondi à chamada na minha escola, onde sou apresentado às primeiras letras e aos números da tabuada, cuja associação devo fazer de “carreirinha”, sob pena perder a hora do lanche com uma broa comprada na bodega do seu Pedro Coelho, pai das professoras Elizeth, Zilmar ou Maria Lima que, não tinham contemplação com os garotos que priorizavam o bosque (hoje Parque Municipal) a jogar bola e bila. Essas lembranças eclodem com uma tempestade de emoções à medida que você vai me re-apresentando àquelas personagens e, aos poucos vou me apercebendo que conheci todos esses lugares e pessoas e, assustado, me lembro que também percorri e vivi todos esses lugares e pessoas.
Uma tristeza e enorme sentimento de culpa por ter permitido que a vida se interpusesse entre mim e eles. Lembro-me de quando cliente de Dr. Aníbal, vizinho de frente da minha bisavó, na João Pessoa, procurava marcar minhas obturações no primeiro horário para fugir ao cansaço do competente profissional, que ao final do dia já pedalava a sua broca com menor velocidade e a dor era de lascar...
Lembro-me das tertúlias, sim. Do footing da Siqueira Campos, do Tênis Clube, da Exposição, das internas do Santa Teresa, inclusive de Tereza Neuma, interna por quem nutri forte paixão.
A Dom Quintino é sua, mas a Cel. Antonio Luiz, onde morei em duas casas é minha pelas mesmas razões que a Dom Quintino é sua...
Agradeço enormemente pela tristeza e saudade que sinto agora e nutro a esperança de um dia sentarmos no patamar da Sé para aprofundarmos esse sentimento.
Por aqui vou continuar meu passeio, minha saudade e lembranças com Armando Rafael, Emerson Monteiro, Zé do Vale, João Marni, Stela Siebra, Olival Honor e outros.
Magali, Vocês me evocaram tanta coisa boa. Lembrei-me do Louro, do Zé Ricardo, até do seu Zé Eurico. Dr. Aníbal e D. Eneida que sempre me trataram tão bem e de forma tão carinhosa que são inolvidáveis. Você tem razão, venere-os, pois eles se fizeram merecedores.
Meu caro amigo, esse livro me deu insônia, só conseguí dormir após as 2.00h, depois de vagar por todos os cantos e partilhar com todos os autores, a maioria conhecida, todas as emoções. Os escritos me evocaram muitas saudades e bateram o bolor das minhas lembranças juvenis. Foram gatilhos pra deflagrar outras que jaziam nas partes menos acessíveis do meu coração. Foi um citytour virtual, mas de colorido forte e nítido que não imaginava reproduzir.
É alentador saber que no nosso “Cratinho de açúcar” ainda se cultiva o gosto pela cultura e nisso e no humor rico e instantâneo percebo que continuamos sendo insuperáveis.
Quanto à publicação da minha mensagem, não sei se o escrito vale, mas se conseguiu transmitir o profundo sentimento que me invadiu, ela é sua, faça com ela o que achar conveniente.
Muito obrigado. Desejo a vocês e família um grande abraço e que nunca lhes falte as bênçãos divinas.
Um forte e fraternal abraço,
Eberth
Acabei de receber em envelope, pelo correio, um pedaço muito importante, significativo e feliz da minha vida que a correria e responsabilidades presentes nos fazem olvidar, mas que ao ir direto às páginas 47 e percorrer a Dom Quintino no sentido da Coronel Antonio Luiz cheguei na minha casa, vizinha à do seu Zé Camilo e D. Eulina... E pouco abaixo da casa da minha querida professora D. Rosinha Esmeraldo. De passagem, respondi à chamada na minha escola, onde sou apresentado às primeiras letras e aos números da tabuada, cuja associação devo fazer de “carreirinha”, sob pena perder a hora do lanche com uma broa comprada na bodega do seu Pedro Coelho, pai das professoras Elizeth, Zilmar ou Maria Lima que, não tinham contemplação com os garotos que priorizavam o bosque (hoje Parque Municipal) a jogar bola e bila. Essas lembranças eclodem com uma tempestade de emoções à medida que você vai me re-apresentando àquelas personagens e, aos poucos vou me apercebendo que conheci todos esses lugares e pessoas e, assustado, me lembro que também percorri e vivi todos esses lugares e pessoas.
Uma tristeza e enorme sentimento de culpa por ter permitido que a vida se interpusesse entre mim e eles. Lembro-me de quando cliente de Dr. Aníbal, vizinho de frente da minha bisavó, na João Pessoa, procurava marcar minhas obturações no primeiro horário para fugir ao cansaço do competente profissional, que ao final do dia já pedalava a sua broca com menor velocidade e a dor era de lascar...
Lembro-me das tertúlias, sim. Do footing da Siqueira Campos, do Tênis Clube, da Exposição, das internas do Santa Teresa, inclusive de Tereza Neuma, interna por quem nutri forte paixão.
A Dom Quintino é sua, mas a Cel. Antonio Luiz, onde morei em duas casas é minha pelas mesmas razões que a Dom Quintino é sua...
Agradeço enormemente pela tristeza e saudade que sinto agora e nutro a esperança de um dia sentarmos no patamar da Sé para aprofundarmos esse sentimento.
Por aqui vou continuar meu passeio, minha saudade e lembranças com Armando Rafael, Emerson Monteiro, Zé do Vale, João Marni, Stela Siebra, Olival Honor e outros.
Magali, Vocês me evocaram tanta coisa boa. Lembrei-me do Louro, do Zé Ricardo, até do seu Zé Eurico. Dr. Aníbal e D. Eneida que sempre me trataram tão bem e de forma tão carinhosa que são inolvidáveis. Você tem razão, venere-os, pois eles se fizeram merecedores.
Meu caro amigo, esse livro me deu insônia, só conseguí dormir após as 2.00h, depois de vagar por todos os cantos e partilhar com todos os autores, a maioria conhecida, todas as emoções. Os escritos me evocaram muitas saudades e bateram o bolor das minhas lembranças juvenis. Foram gatilhos pra deflagrar outras que jaziam nas partes menos acessíveis do meu coração. Foi um citytour virtual, mas de colorido forte e nítido que não imaginava reproduzir.
É alentador saber que no nosso “Cratinho de açúcar” ainda se cultiva o gosto pela cultura e nisso e no humor rico e instantâneo percebo que continuamos sendo insuperáveis.
Quanto à publicação da minha mensagem, não sei se o escrito vale, mas se conseguiu transmitir o profundo sentimento que me invadiu, ela é sua, faça com ela o que achar conveniente.
Muito obrigado. Desejo a vocês e família um grande abraço e que nunca lhes falte as bênçãos divinas.
Um forte e fraternal abraço,
Eberth
6 comentários:
Como a correspondência anexo do meu ex-colega do Diocesano e estimado amigo Ebert Duarte, nota-se que a brilhante idéia de comemorar o primeiro aniversário do Blog Cariricaturas irá contribuir para um maior entrelaçamento entre os cratenses que ganharam outras terras e fazer o blog mais conhecidol
Eberth,
O tempo passou mas as nossas lembranças ficaram guardadas. Existem muitos pontos que se interceptam , normal, em se tratando de encontros de pessoas da mesma geração . Fico feliz que o Cariricaturas tenha chegado até você, filho de uma das nossas mestras queridas e inesquecíveis : Dona Haidê.
Chegue pra nossa roda , e conte também as suas histórias. Esse blog virou point de todos nós ; amigos e conhecidos...Novos e antigos !
Um abraço !
Carlos Eduardo,
Esse depoimento só nos engrandece e enobrece. Cabe-nos nessas palavras uma grande quota de alegria.
Quando digo que o amor das pessoas pelo Crato e pela gente do Crato é diferente dos demais, acredite... (risos).
Abraços a você, Magali e ao Eberth pelo retorno à tribo.
Claude
Eberth Ribeiro,
É com muita alegria que recebo atraves do Cariricaturas as suas lembranças, saudades e impressões sobre esta tribo.
O Cariri entrelaçado de amor ao Crato e a sua gente.
Junte-se a nós passe a ser um escritor para o nosso prazer maior.
Envie o seu e-mail e receberá automaticamente o poder de postar seus escritos junto a todos nós.
Nem sei se recordas de mim, mas gostaria de trocar mais conhecimentos com voce.
Abraços em nome de todos os que fazem o Cariricaturas !
Eita que esse livro tem trazido muita gente querida pra junto, para recebermos o abração da nossa chapada do Araripe!
Tô achando tão bom!
Eberth,
Suas palavras representam bem a que o livro se destina. Conseguiram, pois, ocasionar a emoção da saudade de um tempo eterno, a vida em Crato de toda uma geração espalhada pelo mundo.
Abraço.
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