No mês de agosto
deixo partes do meu corpo
pelos bares:
sobre a mesa
do inferninho mais triste
meu coração altivo
dentro de um copo
agoniza.
Já perto do banheiro
meus olhos perdidos
erram de porta
e são fritos
na cozinha.
No mês de agosto
não tenho alma
nem outras donzelas
a me salvarem da vida.
No mês de agosto
minha morte
é clara.
Transparente.
por Domingos Barroso
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