Todas as manhãs ele passa, e eu o acompanho,
como se vigiasse, um dos meus sonhos,
que a carroça carrega, nem sei pra onde.
Um dia o desencontro virá.
Um passante ou um olhar
Dormirá debaixo ou em cima de um capim.
As borboletas presas se libertarão, num voo livre,
em busca de uma flor, que eu nem sei se existe.
Todos os dias ele passa com seu fardo, já pesado,
passos arrastados,
e o meu olhar também se arrasta, em busca de um rastro,
que há muito se perdeu, no corredor da vida.
Pra onde vão os nossos pensamentos roubados pelos sonhos?
Transformados em vida, numa cena repetida, dia a dia...
Desenrolado presente, infinita vontade
Finito caminho, céu e sol... e só !
Nenhum comentário:
Postar um comentário