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"Penetra surdamente no reino das palavras.
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Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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Colaboração:Claude Bloc


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domingo, 26 de setembro de 2010

A Praça dos Oitizeiros - Por Magali de Figueiredo Esmeraldo

Quando chegamos à Praça da Sé, mesmo em qualquer hora do dia, temos para o nosso bem estar, uma agradável brisa que nos protege do calor. Tudo isso devido à preservação dos oitizeiros. Essas árvores estão ali há bastante tempo. Elas dão sombra para o transeunte que deseja sentar no banco dessa praça acolhedora, além de liberar o oxigênio necessário para purificar o ar que respiramos. Como todas as praças do Crato, a Praça da Sé é muito bonita e bem conservada.

Hoje só se fala na preservação do meio ambiente. Observamos que os governantes cratenses, ao longo dos anos, preservaram e ajudaram ao meio ambiente, deixando os oitizeiros fazerem o seu papel para tornar a vida das pessoas que se dirigem a praça, mais saudável, prazerosa e livre do calor do sol. Além do mais, é obrigação das pessoas que dirigem a nossa cidade e de todos nós, cuidarmos do futuro do nosso planeta, deixando as árvores vivas e nos beneficiando com o seu oxigênio.

A sombra dos oitizeiros abrange toda a praça. Se uma pessoa decidir fazer caminhada, poderá fazê-la em qualquer horário, pois as árvores formam um verdadeiro teto ao redor da praça. O Crato tem a vantagem de ter belas praças que embelezam a cidade e dão melhores condições de vida à sua população.

Lembro-me que na minha infância, a Praça a Sé era a praça das crianças, dos adolescentes, estudantes, namorados e de todos os cratenses. Houve época que tinha até um lago com jacaré para divertir as crianças, embora fosse assustador.

Na festa da Padroeira, todos freqüentavam a praça à tardinha e à noite para aproveitar o parque de diversões. Hoje também ainda continua sendo a praça dos cratenses.

Tenho boas lembranças do tempo que estudava no Colégio São João Bosco e, após as aulas, eu, meus colegas e minhas colegas, nos reuníamos abaixo da sombra de um oitizeiro para conversarmos. Mesmo sendo hora de sol quente, estávamos protegidos do calor pelas sombras das antigas árvores. Gostava tanto desses momentos que me esquecia do tempo e algumas vezes eu chegava em casa, atrasada para o almoço. Meu pai reclamava, pois ele queria a família reunida durante as refeições.

Muitos casais, há anos casados, namoraram nos bancos da Praça da Sé, às sombras dos oitizeiros. Eu e Carlos tivemos o privilégio de ter passado horas e horas nos bancos dessa praça no período de férias, conversando enquanto nos conhecíamos melhor. Nesses momentos matávamos a saudade do tempo de separação, quando ele tinha que viajar para Salvador, onde estudava. Por isso, um primo de Carlos até brincava com ele, dizendo que ele recebia a chave da praça do leiteiro e a entregava ao guarda noturno. A Praça da Sé era a praça dos namorados. E hoje, ainda é?

Por Magali de Figueiredo Esmeraldo

11 comentários:

Daniel Boris (Jacques) disse...

Boas lembranças Magali, pois foi essa praça danada, que me deu a minha mulher até hoje,não sei se reclamo ou agradeço,risos.
Amo minha mulher,e tenho alem do seu
amor,uma segunda família.
Beijos querida, em você e no Carlos.

Jacques Bloc Boris

socorro moreira disse...

Belas lembranças, Magali. Amei !


Abraços.

socorro moreira disse...

Belas lembranças, Magali. Amei !


Abraços.

Liduina Belchior disse...

Magali,

Adorei tudo que escreveu sobre a praça da sé.
A lua lá ainda é dos namorados.
Namorei, sim, ali. Como também assisti muita novena e missa campais.Levei meus filhos para rodarem nos parquinhos, na época dos festejos da Padroeira. E vi a minha história se repetir, quando Papai nos levava também.

Grande Abraço querida amiga: Liduina.

Anônimo disse...

Obrigada Jacques, Socorro, e Liduína. Todos nós temos boas recordações daquela praça. Obrigada pelos comentários.

Abraços

Magali

Carlos Eduardo Esmeraldo disse...

Querida Magali

Mesmo recebendo a "chave da Praça da Sé do leiteiro e a entregando ao Guarda Noturno", foi lá que planejamos toda a nossa vida futura, nos mínimos detalhes. Por isso somos muito felizes. Parabéns pela lembrança e pelo belo texto!
Beijos!

Claude Bloc disse...

Magali,

Hoje é meu dia de locomoção. Cheguei a Sobral há pouco e só agora vi seu texto.

Seu texto foi muito bem composto e apontou para um detalhe que é muito relevante: os oitizeiros - que acompanharam nossa jornada cratense e abrigaram muitos amores nascentes e crescentes.

Essas árvores são testemunhas da História do Crato.

Beleza de composição.

Abraço saudoso,

Claude

Anônimo disse...

Carlos,

Devemos muito aqueles bancos da Praça da Sé e aos oitizeiros que nos davam sombra, pois só assim podemos conversar sobre nossa vida futura. Esse futuro que hoje é nosso presente vivido com amor e harmonia.

Beijos.

Magali

Anônimo disse...

Obrigada Claude. Suas palavras são um grande estímulo para mim. Desejo uma boa semana para você.

Abraços.

Magali

Stela disse...

Magali:
você e essas lembranças que são de todos nós que curtimos muito a praça da Sé...
você fala de um jeito tão gostoso de se ouvir, e aí vamos mergulhando no túnel do tempo... e somos de novo meninas, mocinhas, e quantos sonhos! e quantas brincadeiras e quantas risadas não demos na praça da Sé!!!
Adoro me lembrar desse tempo de "irresponsabilidade", de descompromisso, de namoros, de festas e carrocéis.

Outra coisa: quanto à louvação aos oitizeiros, eu assino embaixo.
Ah bom, eu assino tudo dessa tua crônica. E te agradeço.
Saiba que, mesmo quando não comento teus escritos, aprecio-os.
Abraços poéticos.
stela

Anônimo disse...

Obrigada Stela, suas palavras foram muito importantes para mim. Parece que estou ouvindo as nossas risadas, quando vínhamos da aula, em direção a Praça da Sé. Foram tempos inesquecíveis.

Um abraço

Magali