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"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
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"

(Carlos Drummond de Andrade)

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sábado, 16 de outubro de 2010

Dia do Professor - Por Norma Hauer


OSWALDO DINIZ MAGALHÃES

Ele nasceu exatamentye no dia do professor, em 15 de outubro de 1904.
Seu nome OSWALDO DINIZ MAGALHÃES.

Entretanto, foi em São Paulo que ele se formou em Educação Física e iniciou sua carreira como professor de ginástica através do rádio.

Hoje existe a "mania" de "trabalhar" o corpo e sabemos o quanto é importante o exercício físico, mas, há 78 anos, quando OSWALDO DINIZ MAGALHÃES começou seu programa "Ginástica pelo Rádio", pouca gente dava importância a esses exercícios.

Ele começou em São Paulo em 1932; em 1934 estreou na Rádio Mayrink Veiga; quando a Rádio Nacional foi inaugurada, em 1936, transferiu-se para esta emissora, passando depois pelas Rádios Globo, MEC e Rio de Janeiro, onde parou, após 40 anos de atividade, em 1972.

Quando completou 25 anos em seu metiê, os rádios-ginastas se cotizaram e mandaram erguer uma estátua de corpo inteiro, na Praça Saenz Peña, onde se pode vê-lo, com um corpo perfeito, de quem, praticava exercício. Esse corpo ele manteve até o fim da vida, aos 93 anos de idade.

Como rádio não é televisão, portanto não tem imagem, ele idealizou dois mapas com os quais acompanhávamos suas aulas. Um dos mapas era para exercícios "com um bastão" (que podia ser um cabo de vassoura) e outro para exercícios livres.

Ele iniciava suas aulas com as palavras "sempre a postos pelo Brasil" , citava um pensamento positivo e começava com uma marcha para "aquecer"; dava início a exercícios leves, daí partindo para os mais "pesados". Terminava, também, com uma marcha, sempre acompanhado por um pianista de nome Jorge de Souza Paiva.

Era tão bom acordar cedo (às 6 horas)´praticar os exercícios, tomar um banho gostoso e cada rádio-ginasta seguir para suas atividades normais, que poderiam ser na escola ou no trabalho.

OSWALDO DINIZ MAGALHÃES faleceu em 26 de janeiro de 1998, aqui no
Rio de Janeiro, aos 93 anos.

Estamos comemorando o "Dia do Professor, esperando que todos tenham hoje um dia MARAVILHOSO.
Mas terão?
Nossas professoras são normamente as primeiras pessoas fora de nosso núcleo familiar que "entram " em nossa vida e que aprendemos a respeitar . Comumente o primeiro dia na Escola (ou na creche) é sempre de dúvidas e até tremores, mas as meiguice e paciência, de nossas professoras, faz-nos aproximar delas e acabamos por não mais temer aquele ambiente estranho com várias pessoas também estranhas.

Afinal, professores fazem parte de muitos anos de nossa vida. A eles devemos um aprendizado útil para todo e sempre

Hoje, adultos, compreendemos quanto eles foram o alicerce de nossa vida.

Mas...hoje eles são desrespeitados, primeiro recebendo um salário irrisório, pela responsabilidade que têm de enfrentar. O Estado paga pessimamente; o Município paga um pouco melhor e a União é que mais dá valor a essa classe IMPORTANTÍSSIMA.

Quanto aos colégios particulares, cada um adota um pricípio. Sei que o Colégio São Bento (o melhor do Rio de Janeiro, segundo o exame do ENEM) é, talvez, o que melhor pague a seus professores. E seus alunos saem de lá prontos a enfrentar qualquer Vestibular.

Hoje, os professores, são mal pagos e enfrentam alunos que os desrespeitam e, se os pais forem comunicados de qualquer "abuso" de um aluno, ainda ficam contra o professor, isso quando não os agridem.
Tenho uma sobrinha que é professora do Colégio Pedro II (federal) que já teve de enfrentar mãe de aluno "bagunceiro", mas soube "segurar a barra". Ela diz que é preciso aprender a lidar com as mães, que consideram seus "filhinhos" "bonzinhos e injustiçados".

Este dia é considerado "feriado escolar". E por que? Um dos motivos é para evitar que crianças pobres se sintam constrangidas por não poder ofertar presentes para suas professoras. Isso acontecia quando havia aulas nesse dia.
Hoje, sem aula, isso acabou.

PROFESSORA
Autores Jorge Faraj e Benedito Lacerda
Gravação original de Sílvio Caldas


Eu a vejo todo dia
Quando o sol mal principia
A cidade a iluminar.
Eu venho da boemia
E ela vai, quanta ironia
Para a escola trabalhar

Louco de amor no seu rastro
Vagalume atrás de um astro
Atrás dela eu tomo o trem
E no trem das professoras
Em que outras vão sedutoras
Eu não vejo mais ninguém

Essa operaria divina
Que lá no subúrbio ensina
As criancinhas a ler
Naturalmente condena
Na sua vida serena
O meu modo de viver

Condena por que não sabe
Que toda culpa lhe cabe
De eu viver ao deus dará.
Menino querendo ser
Para com ela aprender
Novamente o beabá


Norma

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