Cacaso
(Antônio Carlos Ferreira de Brito)
Descartes
Não há
no mundo nada
mais bem
distribuído do que a
razão: até quem não tem tem
um pouquinho
Fatalidade
A mulher madura viceja
nos seios de treze anos de certa menina morena.
Amantes fidelíssimos se matarão em duelo
crepúsculos desfilarão em posição de sentido
o sol será destronado e durante séculos violas plangentes
farão assembléias de emergência.
Tudo isso já vejo nuns seios arrebitados
de primeira comunhão.
Lar doce lar
(para Maurício Maestro)Minha pátria é minha infância:
por isso vivo no exílio
Em 2002 é lançado o livro "Lero-Lero", com suas obras completas.
Os poemas acima foram extraídos da publicação "Inimigo Rumor 8", Viveiro de Castro Editora, Rio de Janeiro – 2000, págs. 06 a 19.
Um comentário:
Socorro,
Este poema de Cacaso, "Lar doce lar", é tudo que eu gosto.
Abraços
Aloísio
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