Máscaras
- Claude Bloc -
Sinto-me atriz neste palco da vida
Nesse palco só meu.
Vivo!
Repito as falas de minhas personagens
Depois de tantos ensaios frustrados
De tanto sonho (des)encantado.
Em cada cena a perfeição
A brancura dos dias
Crescentes
Crescentes
Incorporando as imagens que escolhi,
Na sonolência do tempo.
Em cada fala
Eu me perco para renascer outra
Sempre uma de cada vez
e mais uma vez, vou repassando meu papel...
Último ato e a platéia aplaude o desfecho:
O drama e a comédia de uma vida inteira.
Arrasto-me pelo cenário e no final da trama
Arranco num átimo as máscaras que não vivi
E volto a ser eu mesma, no camarim.
Claude Bloc
4 comentários:
Eu,na soleira do camarim,espero impacientemente,que tire a máscara,o ruge,a fantasia e todos pendurocalhos, para receber minha irmã de volta,mesmo sabendo que amanhã tem outro ato.
Claude é isso aí.Toda vez que leio algo assim fico numa tremenda expectativa e encontrar outro igual logo ali à frente. Preciso. Na exata medida de quem professa a literatura como conhecimento e quem a pratica como vida.
Bacura,
Você sempre estará comigo e eu com você, pois, meu mano querido, você é uma das pessoas que mais entende da minha alma e do meu coração...
Abração e beijo na bochecha rosada (risos)
Tua mana
José do Vale,
Mais vale a vida e as diversas facetas a que somos remetidos a professar e desempenhar.
No desempenho da profissão visto-me de sobriedade e firmeza, de riso afável e generoso. De presteza e exemplar conduta.
No processo da minha vida particular busco permitir que o sentimento prevaleça sem me atropelar, sem obscurecer a racionalidade necessária para não desmantalar as possibilidades de ser feliz, dentro dos meus limites.
NO resto, a poesia reina em mim...
Me comanda e eu procuro domá-la talhando as palavras, refenestrando o espaço e mergulhando num pocesso produtivo para não desvanecer, para vibrar, para poder desvendar minha alma com sinceridade.
Abraço,
Claude
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