Esta é a primeira vez que abordo o assunto aqui. No primeiro semestre ele foi exposto e a campanha de José Serra o usou à exaustão. Há dois dias o assunto foi soterrado, em razão dos incidentes aqui em Campo Grande, entre uma bolinha de papel e um rolo de fita crepe. Trata-se da apuração da Polícia Federal sobre a quebra do sigilo fiscal de sua filha, genro e de figuras do PSDB, que inexplicavelmente fora vazado para a Folha de São Paulo.
Fora a nota do PSDB que põe tudo no colo da campanha da Dilma, nenhuma outra pessoa da campanha de Serra e nem o próprio acrescentou nenhum fato novo. O mais completo do ponto de vista deles é a própria nota do PSDB. Mas aí o tema se torna relevante, foi abafado pela tomografia, mas é puro fio de eletricidade desencapado e aparentemente por um erro de Eduardo Jorge (EJ como é conhecido) que é o arrecadador financeiro da Campanha Serra.
A advogada dele teve acesso ao processo ainda na fase final de apuração e “vazou” para o jornal Folha de São Paulo que fez a matéria com a mesma volúpia do caso da bolinha de papel. Resultado, a chefia da Polícia Federal resolveu dar uma nota com os principais fatos da apuração e o problema passou a ser esquecido rapidamente pela “imprensa amiga”.
O que revela a apuração até agora: quem encomendou a quebra ilegal do sigilo foi o repórter Amaury Jr. a pedido do jornal o Estado de Minas Gerais. O Amaury fora escolhido pela capacidade de investigar crimes financeiros e por já ter feito reportagens que denunciavam esquemas milionários de corrupção no colo dos tucanos, especialmente de gente próxima a Serra.
A motivação da investigação era de uma reação a um suposto esquema montado por Serra ainda governador de S. Paulo e em disputa com Aécio Neves pela candidatura do PSDB. O esquema seria montado pelo Deputado Marcelo Itagiba, ex-policial federal, que montara um esquema de segurança para Serra no tempo dele Ministro da Saúde. Iriam apurar os “podres” de Aécio Neves para impedi-lo de disputar com Serra.
Há quem aponte algumas matérias feitas na Folha de São Paulo como a primeira evidência do esquema Itagiba: uma possível agressão de Aécio numa namorada aqui no Rio. Finalmente o Aécio desistiu e a contra-ofensiva ao esquema de Serra foi desmontada pelo jornal O Estado de Minas. O Amaury Jr. foi contatado por Luiz Lanzetta, que tinha uma empresa prestadora de serviço para Dilma. Ele (o Amaury) tinha notícias de que o esquema Serra estava com as miras voltadas para Dilma.
Nisso alguém teve acesso ao conteúdo da investigação de Amaury e vazou para a Veja. A revista divulgou e assim nasceu a idéia força da campanha tucana do vazamento dos dados fiscais da filha do candidato. Em nenhum momento a campanha petista usou as informações, mas a oposição tomou o campo todo.
Mas aí a trama desvendou-se: mais do que uma deslealdade da campanha Dilma, o problema era a briga entre dois bicudos de alto escalão. Agora ninguém entende bem os motivos de EJ reacender a vela ao diabo, promovendo a nota da PF que só serve para piorar as relações entre Serra e Aécio. Logo agora que Serra necessita tanto das Alterosas.
Fora a nota do PSDB que põe tudo no colo da campanha da Dilma, nenhuma outra pessoa da campanha de Serra e nem o próprio acrescentou nenhum fato novo. O mais completo do ponto de vista deles é a própria nota do PSDB. Mas aí o tema se torna relevante, foi abafado pela tomografia, mas é puro fio de eletricidade desencapado e aparentemente por um erro de Eduardo Jorge (EJ como é conhecido) que é o arrecadador financeiro da Campanha Serra.
A advogada dele teve acesso ao processo ainda na fase final de apuração e “vazou” para o jornal Folha de São Paulo que fez a matéria com a mesma volúpia do caso da bolinha de papel. Resultado, a chefia da Polícia Federal resolveu dar uma nota com os principais fatos da apuração e o problema passou a ser esquecido rapidamente pela “imprensa amiga”.
O que revela a apuração até agora: quem encomendou a quebra ilegal do sigilo foi o repórter Amaury Jr. a pedido do jornal o Estado de Minas Gerais. O Amaury fora escolhido pela capacidade de investigar crimes financeiros e por já ter feito reportagens que denunciavam esquemas milionários de corrupção no colo dos tucanos, especialmente de gente próxima a Serra.
A motivação da investigação era de uma reação a um suposto esquema montado por Serra ainda governador de S. Paulo e em disputa com Aécio Neves pela candidatura do PSDB. O esquema seria montado pelo Deputado Marcelo Itagiba, ex-policial federal, que montara um esquema de segurança para Serra no tempo dele Ministro da Saúde. Iriam apurar os “podres” de Aécio Neves para impedi-lo de disputar com Serra.
Há quem aponte algumas matérias feitas na Folha de São Paulo como a primeira evidência do esquema Itagiba: uma possível agressão de Aécio numa namorada aqui no Rio. Finalmente o Aécio desistiu e a contra-ofensiva ao esquema de Serra foi desmontada pelo jornal O Estado de Minas. O Amaury Jr. foi contatado por Luiz Lanzetta, que tinha uma empresa prestadora de serviço para Dilma. Ele (o Amaury) tinha notícias de que o esquema Serra estava com as miras voltadas para Dilma.
Nisso alguém teve acesso ao conteúdo da investigação de Amaury e vazou para a Veja. A revista divulgou e assim nasceu a idéia força da campanha tucana do vazamento dos dados fiscais da filha do candidato. Em nenhum momento a campanha petista usou as informações, mas a oposição tomou o campo todo.
Mas aí a trama desvendou-se: mais do que uma deslealdade da campanha Dilma, o problema era a briga entre dois bicudos de alto escalão. Agora ninguém entende bem os motivos de EJ reacender a vela ao diabo, promovendo a nota da PF que só serve para piorar as relações entre Serra e Aécio. Logo agora que Serra necessita tanto das Alterosas.
3 comentários:
Zé do Vale,
É verdade que essa "praga" (Eduardo Jorge) é cearense ???
Não consegui achar esta informação.
abraços
José do Vale
"O cearense Eduardo Jorge Caldas Pereira, de 58 anos, é um fenômeno da vida pública. Sua trajetória no Congresso Nacional é incomparável. Aos 22 anos, militante dos movimentos de esquerda, passou num concurso para datilógrafo no Senado. Em menos de dois anos se tornou peça-chave na elaboração do Orçamento da União. À época, o então senador Mem de Sá chegou a fazer um discurso em plenário louvando o brilhantismo "daquele datilógrafo". Sua reputação lhe rendeu carta branca para implantar o Prodasen, o serviço de processamento de dados do Senado, e sugerir a criação de cargos, como o de assessor parlamentar. Paralelamente, passou a colecionar amigos e informações. Dono de memória invejável vangloria-se de declamar artigos inteiros da Constituição e do regimento interno do Congresso sem titubear".
(Revista VEJA - Edição 1 658 - 19/7/2000)
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