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Estão paralisados, mas não há desespero,
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"

(Carlos Drummond de Andrade)

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Colaboração:Claude Bloc


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domingo, 17 de outubro de 2010

Os “fantasmas” de Serra – José Nilton Mariano Saraiva

A tentativa de desconstrução e enxovalhamento da candidata petista Dilma Rousseff foi ardilosa e detalhadamente planejada nos sombrios e lúgubres laboratórios subterrâneos do PSDB, e posteriormente difundida a gregos e troianos pelo candidato oficial do partido à Presidência da República, José Serra.
Embora extemporânea e claramente despropositada, pretendia-se estancar a sangria de votos e a queda nas pesquisas associando, desonestamente, a opinião pessoal da mulher Dilma Rousseff, a respeito do aborto, com uma possível política de governo, na perspectiva da sua eleição.
De nada adiantaram os desmentidos da candidata petista, mostrando que a matéria era de exclusiva competência legislativa (do Congresso Nacional) e que, particularmente, não tinha nenhuma intenção de encaminhar, se eleita, qualquer projeto de mudança na lei vigente. O estrago estava feito, já que, além da campanha sórdida veiculada na Internet por partidários do PSDB, membros da ultraconservadora cúpula da Igreja Católica (sempre eles), insuflados por segmentos da mídia adeptos do golpísmo, recomendaram aos padres, bispos e multiplicadores outros a difusão sistemática do “perigo” de se eleger alguém que era “contra a vida”. A partir de então, a profusão de homilias descredenciadoras e a distribuição de “santinhos” exalando ódio, no recinto e saída dos templos católicos, virou uma febre.
Além do que, para “ajudar” nessa campanha terrorista, a esposa de José Serra, a chilena Mônica Serra, em suas incursões pelos bolsões de pobreza da periferia das grandes cidades (Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, por exemplo) tratava de por fogo na fogueira e apimentar a questão, ao sugerir maldosa e cinicamente que se eleita a candidata Dilma Rousseff iria “...matar criancinhas”.
Eis, porém, que surge um depoimento contundente, com nome completo, endereço e CPF (de uma eleitora de Marina Silva, residente no sudeste brasileiro) que afirmou, confirmou e se pôs à disposição para repetir onde for necessário (e se possível arranjar outras testemunhas), que sua então professora universitária, Mônica Serra, anos atrás ilustrava suas aulas com “detalhes” sobre sua tragédia pessoal, ao ter que praticar espontaneamente o aborto num determinado período da sua vida (com a concordância do marido ???).
E aí nos vem a lembrança de que, quando participou do debate da TV Bandeirante, o sempre falante candidato José Serra estranha e repentinamente emudeceu, mumificou-se, perdeu a voz (teria lembrado de algo comprometedor do passado ???), quando a candidata Dilma Rousseff, crispando de indignação, cobrou-lhe explicações sobre o que sua esposa difundira irresponsavelmente (que ela, Dilma, era a favor de “matar criancinhas”). Serra, covardemente (ou convenientemente), não defendeu a esposa (faltou-lhe argumentos ???).
A expectativa, agora, é de como se comportará o senhor José Serra ao atentar que a “suspeita” por ele lançada sobre o posicionamento “teórico” da mulher Dilma Rousseff a respeito do aborto, possivelmente já se materializara (na “prática”, de verdade), lá atrás, dentro da sua própria casa. Ou será que ele atravessa um preocupante momento amnésico ??? Será ???
Enquanto isso, a imprensa toda está atrás da senhora Mônica Serra, que, estranhamente, se mandou, no auge da campanha do marido, pra passear em sua terra natal, o Chile (saudades da família ???). Sem data prevista de retorno. Pode ???
E o "coerente" Serra ainda vai ter que responder e explicar direitinho sobre o tal do “Paulo Preto”, presumível arrecadador de fundos da sua campanha (que ele categoricamente afirmara não conhecer e, um dia depois, após as ameaças do mesmo em abrir o bocão, imediatamente lembrou-se e lhe teceu loas mil).
Como se vê, é fantasma que não acaba mais na vida do José Serra.

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