Criadores & Criaturas



"Penetra surdamente no reino das palavras.
Lá estão os poemas que esperam ser escritos.
Estão paralisados, mas não há desespero,
há calma e frescura na superfície intata.
"

(Carlos Drummond de Andrade)

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... Por do Sol em Serra Verde ...
Colaboração:Claude Bloc


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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Minha Cara Claude Bloc - José do Vale Pinheiro Feitosa

Minha cara Claude,

Esse começar que lembra ser protocolar não o é. E nem quer falar de preço elevado, apenas quer expressar a singularidade que é você. Que não existe por atributos de fora, mas essencialmente por um existir de propriedades especificamente pessoais. Essa é você, com o cabedal de tua família, com a apreensão da Serra Verde, que embora comuns à Dominique e ao Jacques, em você tem um tom reconhecido. Nem mais ou menos que eles, nem superior ou inferior, essencialmente esse modo gostoso de se tomar conhecimento por seus textos como aconteceu e ainda acontece.

Essa é a cara Claude dos blogs do Cariri. Como uma Guantanamera e seu mote de acalentar versos. Tanto pode ser um José Marti quanto uma notícia versejada a respeito de um girassol que caiu no asfalto junto ao canteiro em que a planta floria. A cara Claude que nunca pedirá licença para se manifestar e com a qual jamais existirá uma voz que a afaste dos seus leitores. Onde os leitores estiverem.

A cara Claude dos versos que atravessam madrugadas. A menina que brilha de alegria e nos deixa alegre com suas histórias de ensino, com a singeleza do relato de uma pós-graduação e as danações do sofrimento acadêmico. A adolescente que partiu e jura que está de volta ao seu vale de nascença. A andarilha das BRs esburacadas ora aqui, noutra ali e, depois, muito depois.

A mulher dos ensaios plásticos. Que parece ter aprendido nos cadernos de desenho de Huber, que era um artista como ela e o Jacques. Que fotografa e verseja com as imagens, que trás certa nostalgia de vesperal, mas nunca deixa que nas manhãs seguintes a tenhamos no clicar do Cariricaturas ou noutro blog da região.

E antes de terminar, minha cara Claude, volto para você com toda a liberdade que você tem comigo. Lembra de uma vez que você me perguntou por que me admiti humilde diante a virulência de pensamentos críticos? Agora chegou a minha melhor explicação para aquele momento.

O mais genuíno orgulho que tive nas minhas reflexões não foi imaginar que o sol nasce por minha causa, como muita gente, com complexo de Chantecler, imagina. Foi exatamente imaginar-me equivalente ao humus da terra. Aquele em que as plantas nascem, crescem e se reproduzem. Afinal não existe animal sem planta, na cadeia entre o primo e o segundo, é certo que o vegetal tem precedência. E a ele o húmus, ou seja, o verdadeiro sentido da humildade.

Mas ninguém imagine que estou pedindo isso à Claude, apenas me explico com os termos de antão. Não estou. Apenas gosto do que faz a Claude aqui no Cariricaturas. Exatamente por isso. E a quero de volta. Isso pode não ser muito, mas é o que quero.

2 comentários:

socorro moreira disse...

Faço minhas as palavras do José do Vale.
Claude é um pilar de grande importância no Cariricaturas.

jair rolim disse...

Precisa dizer mais alguma coisa. Teria um sábio para acrescentar algo.
Volta Claude, volta.
Beijos
Jair Rolim