O que é um poeta
sem o olhar distante?
Por isso, baby
alimento bem o tempo
ao descascar a laranja:
suspiro, deixo a faca
de leve beirar a unha,
viajo dividindo os gomos.
Às vezes peço a Deus
que o meu dedo trema
e a faca corte,
arda, doa,
jorre sangue.
Teria outra lembrança tua:
o piso da cozinha marcado
a pingos vermelhos.
E pelo que vejo seguindo esses pingos
chegaria à igreja (missa das seis)
e suplicaria ao padre
um pouco de vinho.
O bastante para eu fazer um sermão
em dezessete sílabas.
(e beijar as mãos dos desvalidos
lavar os pés da moça mais cheirosa
jogar moedas de ouro aos bêbados da porta)
Se o padre me negasse o vinho
eu não lhe confessaria meus pecados.
(e são tantos e tão bonitos)
sem o olhar distante?
Por isso, baby
alimento bem o tempo
ao descascar a laranja:
suspiro, deixo a faca
de leve beirar a unha,
viajo dividindo os gomos.
Às vezes peço a Deus
que o meu dedo trema
e a faca corte,
arda, doa,
jorre sangue.
Teria outra lembrança tua:
o piso da cozinha marcado
a pingos vermelhos.
E pelo que vejo seguindo esses pingos
chegaria à igreja (missa das seis)
e suplicaria ao padre
um pouco de vinho.
O bastante para eu fazer um sermão
em dezessete sílabas.
(e beijar as mãos dos desvalidos
lavar os pés da moça mais cheirosa
jogar moedas de ouro aos bêbados da porta)
Se o padre me negasse o vinho
eu não lhe confessaria meus pecados.
(e são tantos e tão bonitos)
Um comentário:
Domingos,
Vou combinar com Claude e iremos novamente lhe ver, poeta.
Grande abraço !
E a poesia com a sua maestria única.
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