SONETO I
Agonizavam os rastros de novembro.
E os meus ossos, cansados das neblinas,
do�am, no concerto das esquinas
da cidade, onde um dia, ainda me lembro,
penetrou-se de escuro a minha alma,
quando um c�o, a ladrar contra o sol-posto,
mordeu o lado oculto do meu rosto
e deixou seus sinais � minha palma.
Lembro-me que era de tarde. Ainda chovia.
O eco dos espelhos conduzia
meus passos que jaziam pelas ruas.
Havia o som da �gua que ca�a.
E no horizonte, al�m da agonia,
um cemit�rio de meninas nuas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário