CORDEL DA DESPEDIDA DE DIDI E IZAIRA
Dona Izaira Silvino
Esposa de seu Didi
Formam um casal divino
Gente igual eu nunca vi
Todos dois celebram o canto
Do som que descobre o manto
Das coisas que já vivi
Quando esta terra esquecida
Se lembrar de quem perdeu
A injustiça ensandecida
Lembrará do que esqueceu
Cariri perdeu dois vultos
Que indiferente aos insultos
Tem na mala o que aprendeu
Cavaquinho e bandolim
Violão pandeiro e voz
Estiquei meu alfinim
Num andamento veloz
O amor nasce da graça
Nesta vida tudo passa
Mesmo quando estamos sós
Não vou falar da saudade
Que vai arder no futuro
Nem deixar que a soledade
No banzo em mim faço um furo
Encontros e despedidas
Jamais serão esquecidas
Posso afirmar e até juro
Quando o indizível falar
Na pausa do som parado
Zé Limeira irá cantar
A lingua do abirobado
Que esqueceu que essa gente
Faz de conta que não sente
O sofrer de ser calado
Esposa de seu Didi
Formam um casal divino
Gente igual eu nunca vi
Todos dois celebram o canto
Do som que descobre o manto
Das coisas que já vivi
Quando esta terra esquecida
Se lembrar de quem perdeu
A injustiça ensandecida
Lembrará do que esqueceu
Cariri perdeu dois vultos
Que indiferente aos insultos
Tem na mala o que aprendeu
Cavaquinho e bandolim
Violão pandeiro e voz
Estiquei meu alfinim
Num andamento veloz
O amor nasce da graça
Nesta vida tudo passa
Mesmo quando estamos sós
Não vou falar da saudade
Que vai arder no futuro
Nem deixar que a soledade
No banzo em mim faço um furo
Encontros e despedidas
Jamais serão esquecidas
Posso afirmar e até juro
Quando o indizível falar
Na pausa do som parado
Zé Limeira irá cantar
A lingua do abirobado
Que esqueceu que essa gente
Faz de conta que não sente
O sofrer de ser calado
Ulisses Germano
Um comentário:
Ulisses,
Ficamos felizes quando você nos aparece com estes presentes.
A rima transborda em significados.
Abraço,
Claude
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