O medo é um temor que eu temo tanto,
O qual me dá terror quando há tormento,
E usando o meu mais triste sentimento
Conduzo o meu cantar a um triste canto.
Sentindo uma agonia, eu me levanto
Com medo de viver um vão momento,
E vendo o meu pavor soprar ao vento
Eu colho uma aflição da qual me espanto.
Da morte, que é fatal, não sinto medo!
Nem mesmo, ela chegando bem mais cedo,
Pois vejo, o fim da vida, algo banal.
Porém, da dor insana, mais frequente!
Eu sinto um medo forte, internamente,
Um medo quase fora do normal.
Um comentário:
Magnólia,
Esse texto de Sávio ficou mesmo um primor, pois retrata através de versos decassilábicos, o lado mais frágil do ser humano: o medo da dor.
Obrigada por postá-lo aqui
Abraço,
Claude
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