O falecido general Olympio Mourão Filho não era apenas um homem inteligente e visionário. Era um profeta! Pensando nele, me vêm agora à lembrança dois provérbios: “O tempo é mesmo o Senhor da razão” (como diz a Bíblia) e “Nada como um dia atrás do outro”, como diziam nossos avós...
Quantas vezes, nos últimos oito anos, uma minoria ínfima de brasileiros – que não engrossou o bloco do ôba-ôba reinante no Brasil no governo Lula – foi criticada pelos deslumbrados petistas. Estes achavam que o ex-presidente era mesmo O Cara e a partir dele a história do Brasil começara a ser reescrita. Aquela minoria apenas enxergava e alertava quanto ao rumo errado que nosso país começava a mergulhar fundo. Debalde! Falou mais alto a bajulação. Prevaleceu o achincalhamento aos que pensavam diferente.
Amizades foram desfeitas porque fazer restrição a algumas decisões do “Cara” era crime de lesa-pátria!
Esta semana li – não com prazer, mas preocupado – artigo publicado no Estadão, de onde pincei as frases a seguir transcritas:
“Agora, às voltas com renitente inflação gerada pela farra fiscal que fez Lula popular e elegeu Dilma, vivem (os governistas) momento difícil e não têm bode expiatório para execrar”...) “Lula melou as mãos de petróleo, alardeando autossuficiência que jamais houve. Mágico de circo, "trouxe" o pré-sal para o presente, dando a impressão de que os benefícios seriam para o hoje, quando mil dúvidas, a começar pelo marco regulatório, rondam o êxito das operações” (...) “Hoje a dívida pública é mais que o dobro da que herdaram (os petistas em 2003): R$ 1,7 trilhão” (...) “Temo turbulências. Que a democracia saia vencedora de qualquer desafio que se anteponha à sua consolidação plena”.
Tudo isso me fez lembrar o livro “A verdade de um Revolucionário”, publicado em 1978, de autoria do general Olympio Mourão Filho, que escreveu: "Ponha-se na Presidência da República qualquer medíocre, louco ou semianalfabeto, e vinte e quatro horas depois a horda de aduladores estará à sua volta, brandindo o elogio como arma, convencendo-o de que é um gênio político e um grande homem, e de que tudo o que faz está certo. Em pouco tempo transforma-se um ignorante em um sábio, um louco em um gênio equilibrado, um primário em um estadista. E um homem nessa posição, empunhando as rédeas de um poder praticamente sem limites, embriagado pela bajulação, transforma-se num monstro perigoso".
Algo mais precisa ser acrescentado?
Texto e postagem de Armando Lopes Rafael
Algo mais precisa ser acrescentado?
Texto e postagem de Armando Lopes Rafael
2 comentários:
O nosso querido Armando Rafael mantém firme o seu papel de adversário dos três últimos governos brasileiros. Até aí, nada demais, o Armando esteve a favor de outros governos, como todos estão sempre contra ou a favor de algum. Agora querer transformar o General Mourão Filho num Profeta é um pouco forçar a barra para cair de porrete na cabeça do Lula. O velho gorila como era chamado, nos idos de 64, pelos adversários era bom de atender aos governantes. Foi sob comando do governador golpista Magalhães Pinto que saiu de Juiz de Fora, com a tropa formada essencialmente pela Polícia Militar de Minas Gerais para derrubar o Presidente João Goulart. Depois, ressentido por não pegar em nenhuma alça do poder, deu para fazer muchocho com o poder até como prova da insignificância do rápido pijama que lhe aplicaram. Por isso o general até se presta para carregar a alça do desejo da inflação necessária à oposição exercida pelos jornais brasileiros, pois partidos de oposição não funcionam, apenas brigam. O Armando tem marcado estilo antilulista até para lembrar o isopor que o "paraiba" carregava na cabeça como faz outro "paraiba" qualquer numa praia de Santos. Não deixa de ser uma forma de discutir política: com um isopor na cabeça.
José do Vale:
Apesar dos nossos pensamentos serem divergentes, reconheço que você tem elegância e espírito democrático ao discordar dos seus oponentes.
Que bom se todos agissem assim.
Cordial abraço,
Armando
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