Voltando pra casa
- Claude Bloc -
Retomei minha jornada. Nada me consome mais do que ficar parada. Claro, há momentos em que a gente precisa estar consigo mesmo/a, mas, depois, me deixo vencer pela ânsia de produzir, de ir adiante. A inércia me dá a sensação de estar doente, então transgrido essa lei e me mexo. Trabalho!
Neste final de semana fui novamente cumprir a missão que assumi. Pela segunda vez fui a Campos Sales e Potengi para dar aulas de Inglês. A jornada é dura, mas depois de cumpri-la vem aquela sensação gostosa de dever cumprido e a alma se renova.
A estrada em certos momentos é um colírio para os olhos. Neste período de chuvas (ou pós-chuva), o verde se espalhha por toda parte e a Chapada azula as emoções da gente. A natureza agradece e se enfeita.
A viagem é passageira. Embala os sonhos. De vez em quando, as curvas entortam o sono da gente e se espremem por entre uma cerca viva de folhagens e pendões. O acostamento estreita a estrada e a limita num retorcido trajeto. Pela janela o frescor afaga os rosto e os cabelos dos passageiros.
Nas imediações de Nova Olinda, quando se vai em direção ao Crato, começa a agonia. Um infindável zigue-zague leva as conduções a serpentearem pelas estradas esburacadas e quase intransitáveis. Os topiqueiros, peritos nessa estrada, conseguem livrar alguns sopapos, mas algumas vezes o tranco é inevitável. E o clima sonolento da serra desperta na gente.
E é tanta a vontade de chegar em casa que, de repente, já se alcança a descida. E lá se vêm as Guaribas e a Batateira... e logo a gente chega nas ladeiras... No centro. No Pimenta. Em casa.
Claude Bloc
2 comentários:
Minha irmã se você cair no buraco desse e pegar celular,me liga que vou te buscar,rssss, beijos
Claude,
Que você tenha forças para chegar ao final dessa sua missão e continuar postando belas fotos como a do canjoão.
Beleza de texto e imagens.
Abraços
Aloísio
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