Peço desculpa ao Armando por insistir no assunto e pondero que apenas estou fazendo uma postagem e não nos comentários como ele fez por que a postagem original já está muito antiga dada a grande atividade do blog. Este assunto é fundamental. A carga tributária e os serviços prestados à população. Além de outras atividades como fomento e criação de infraestruturas para instalação de capacidade produtiva. A tendência do Estado é que se avalie a eficiência de todas as políticas.
O Armando Rafael contestou o que escrevi não como idéia, mas como confronto de dados. Inclusive apresentou uma série de exemplos emblemáticos de situações precárias na manutenção de estradas, saúde e educação. E aí temos que considerar dois fatores: a) há uma inércia na classe média tradicional ao procurar sempre suas próprias soluções, independente do Estado, através do desembolso próprio em serviços privados e b) há sub-financiamento em diversas atividades estatais.
O Armando não abordou o que falei sobre a carga tributárias através de impostos indiretos pois aí é que se encontra o espírito do meu texto: os ricos não pagam o que deveriam em impostos. Aliás o meu texto tem por base pesquisa comparativa mundial. A qualidade de quem paga e como deve ser pago o imposto é a discussão, não a repetição de que a carga é muito alta. Aliás até aconselho que se leia o Delfim Neto sobre o mesmo assunto, embora partindo da idéia que a carga tributária é alta no conjunto do PIB.
Aí reside o argumento da Folha de São Paulo, do Estado de São Paulo, do Globo e, claro, da Veja e do Afif. Toma-se a carga tributária como um todo e não a questão de quem deve pagar mais e quem deve pagar menos. Mas é bom que se veja a que números da Folha de São Paulo está falando. Leia a tabela abaixo:
Carga Tributaria Mundial
Pais | % | País | % | País | % |
Suécia | 51,1 | Brasil | 38,1 | Portugal | 34,5 |
Dinamarca | 50,6 | Polônia | 37,9 | Grécia | 33,7 |
Finlândia | 46,2 | Rep.Checa | 37,4 | Turquia | 32,1 |
França | 46,0 | Canadá | 37,4 | Irlanda | 31,9 |
Bélgica | 45,4 | Hungria | 37,0 | Holanda | 31,7 |
Áustria | 44,3 | Reino Unido | 36,6 | Austrália | 29,9 |
Itália | 43,0 | Islândia | 35,4 | EUA | 29,0 |
Luxemburgo | 42,1 | N. Zelândia | 35,1 | Japão | 27,6 |
Noruega | 41,8 | Espanha | 35,1 | Coréia Sul | 23,9 |
Alemanha | 40,1 | Suíça | 35,1 | México | 16,5 |
FONTE: Forbes Global / OCDE e Recita Federal ( Brasil)
*Carga medida s/ PIB
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