Conheci Zé Ricardo ainda era pequenininha. Como irmão de Magali, sempre o via circulando pela casa ou indo brincar pelas redondezas. Apesar da inquietude interior, sempre transpareceu uma placidez grande na hora de conversar e de encarar a vida.
Mais adiante, enveredou pela medicina, casou-se, teve uma filha linda - Elka - e três netinhas que sempre acompanho pelas fotos.
A vida nem sempre lhe devolveu a doçura que carregava nas palavras e nos gestos, mas fez dele, esse homem sempre tímido, que soube cativar os amigos e cultivar uma sincera empatia com aqueles a quem queria bem.
De uns tempos para cá, sua vida foi uma constante luta contra a doença que o consumia. Refugiava-se entre os entes queridos para suportar aquele estado doloroso que tinha que debelar, mas sempre seguiu em frente até que Deus compadeceu-se e o chamou para junto de Si.
Ao meu amigo Zé Ricardo, meu último abraço. À familia a quem tanto quero bem, meus sinceros sentimentos de solidária dor.
Abraços sentidos,
Claude Bloc
4 comentários:
Claude:
De forma sintética e clara, você descreveu – muito bem – a trajetória terrena de José Ricardo de Figueiredo.
Parabéns pela felicidade com que se houve na elaboração do seu texto!
Certamente Deus, pela intercessão de Maria Santíssima, juntamente com a misericórdia de Jesus Cristo e a graça do Espírito Santo, já apagaram eventuais falhas humanas de José Ricardo.
E este, chegando diante deles deverá ter dito:
“Senhor! Não temo a vossa fúria nem incompreensão; sei que me criastes meio terra – meio céu, havereis de me julgar como amor de pai, entendendo meus conflitos e minhas fraquezas humanas”.
Que Deus já tenha concedido a José Ricardo o lugar da luz e da paz!
Prezados amigos Claude e Armando
Vocês descreveram com muita precisão a vida de José Ricardo.
Ele morreu como viveu, sem importunar as pessoas. Apesar de lutar há cinco anos contra um câncer, não se prostou, alimentava-se e vestia-se com as próprias mãos. Uma das metástes que invadiu o seu cérebro, o jogou ao leito no final da tarde da última sexta-feira, deixando-o em coma por menos de quatro horas.
No momento em que o caixão com o corpo dele estava sendo levado ao túmulo, o Dr. João Martins, um dos mais destacados cirugiões de Fortaleza, disse que José Ricardo viveu intensamente com alegria, e soube cultivar amigos, pois essa alegria que vinha de seu interior, nada mais era que o grande amor que ele tinha pela vida e pelos seus semelhantes.
Agradeço em meu nome e em nome de Magali, e demais familiares as homenagens que vocês prestraram a ele.
Carlos e Magali
Lembro-me de Zé Ricardo e seu irmão, Luís, brincando de bola, de batina, na casa do Lameiro. Registro isso para homenagear o grande Zé Ricardo!
Obrigada Claude. Fiquei muito emocionada. A saudade sera eterna.
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