Sabemos que a
virada de ano não passa de um limite cronológico, mas movidos pela tradição damos
a essa passagem o clima que almejamos: fazer brindes, vestir o branco, comer
lentilha, distribuir louros, dentre outras crendices e simpatias.
Movidos por
superstições e contagiados pela oportunidade de um novo começo, consideramos
muitas vezes que talvez seja a hora de mudar. E a mudança vai brotando pouco a
pouco da consciência que se concretiza na química que nasce da união: coração e
mente.
Para muitos, quem
sabe, seja a hora de parar de fumar, de recuperar a boa forma, de buscar o novo
trabalho, de comprar um carro, de encontrar a cara-metade, de morar na casa
própria... Tanta coisa! Melhor seria, porém, que, ao mesmo tempo, tivéssemos
olhos para as conquistas abstratas, para a renovação dos nossos valores e prioridades.
Sabemos que a
felicidade tão buscada não é um bem material como muitos insistem em imaginar, mas
um estilo de vida que se adota e se preserva em cada atitude, em cada
pensamento, em cada palavra. Seguimos, no entanto, nossa estrada, muitas e
muitas vezes, como meros passageiros rumo a destinos incertos, imaginando que
essa felicidade esteja fora dos nossos domínios, esquecendo-nos de olhar para
dentro de nós mesmos onde poderíamos percebê-la tão próxima e tão emaranhada em
nossas emoções.
Que o Ano Novo
exerça essa magia e esse poder de nos induzir à reflexão e que o respeito seja
a moeda essencial nas nossas relações humanas. Que o mundo resgate o dom de se renovar
e se reinventar em suas verdadeiras evoluções, sem maquiar as atitudes que nos
fazem reféns de sonhos vazios.
Claude Bloc
Um comentário:
Claude,
Gostei demais!
Vamos a virada!
Beijo!
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