Minha alma é uma vasta estepe
queimada pela lua
verdejante sob orvalho
dentro de um aquário
sem água
sem peixinhos coloridos.
Se não cuido bem
de mim mesmo
como proteger um passarinho
cujo céu é o seu infinito?
Devo tão somente
abraçar o primeiro caracol
ir deitado sobre sua corcunda
a passos lentos
ofegante
quase morrendo.
6 comentários:
Buñuel,
Sem querer, me lembrei dessa música, e comecei a cantar ...
"Sentado na calçada
de canudo e canequinha
Tim blec tim blim
Eu vi um garotinho
tim blec tim blim
Fazendo uma bolinha
Tiblec tim blim
Bolinha de sabão.
Ploct !!!!"
Você se lembra? Então, cante comigo !"Quem canta seus males espanta", e fazer bolinhas de sabão também é muito bom para esquecer as mágoas.
Um terno abraço
Corujinha
Corujinha Baiana,
acabei de fazer uma plástica
no poema, ou melhor,
fiz bolinhas de sabão.
Carinhoso abraço,
adoro o seu olhar
sobre meus versos.
Gosto de fazer "brincadeirinhas" com seus versos, mas quero deixar bem claro, que isso não significa que eu subestime toda a emoção que há neles.Pelo contrário,antes de "brincar", tento lhes dar uma interpretação, e o que ocorre é que, muitas vezes, fico enternecida com o que eles me transmitem.
Outro abraço pra você
Corujinha
Por que você fez isso ? Não era essa a minha intenção.Foi uma pena !!!!!
Não, Corujinha Baiana, por favor,
não se martirize: já ia mexer mesmo.
Só que havia seu comentário, e caiu muito bem, a imagem das bolinhas de sabão.
O poema que escrevo nunca vive isento da lâmina da faca.
Às vezes, acerto da proporção da gordura extraída.
Em outras situações, acabo deixando o poema enfermo,
então excluo.
Como disse anteriormente,
gosto do seu olhar
debruçado sobre meus versos.
Abraço carinhoso.
Domingos,
Impressionante como nas coisas mais inesperadas encontra a magia das palavras brincadas em versos.
Bolinhas bem lembradas e bem aceitas de imediato.
Muito bom ler você !
Abraço !
Postar um comentário