Inaugural
Um quase desejo de estar grávida neste mês de maio.
De transformações que trespassem meu corpo,
sem piedade.
Rotações e movimento, e que sejam inexoráveis.
Mover-se em trânsito para o que seja novo.
Não me contenho mais em mim, presa de peles e moldes de lembranças que passaram e se vingam de mim.
Da estória que não foi narrada, da canção que se calou.
Quero largar essa pele e inventar outras novas,
palavras que me tomem e desesperem.
por Ana Cecília
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