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Carlos Severiano Cavalcanti (Fazenda Monte, Campina Grande, 31 de julho de 1936) é um poeta brasileiro.
Alfabetizado já na adolescência, viveu restrito à zona rural até os quinze anos, migrou para Pernambuco aos dezesseis, aprimorando seu aprendizado e ingressando no comércio de tecidos. Voltando à Paraíba, transferiu-se para Guarabira, onde tornou-se empresário do ramo têxtil.
Por sua atividade comercial e social naquela cidade, recebeu o título de Cidadão guarabirense, em 1967. Voltou a Pernambuco, onde reside atualmente. Retomando o estudo, formou-se Bacharel em Comunicação social, sendo, posteriormente, professor universitário de Comunicação Social na faculdade onde se graduara.
APELOS
(a Paulo Dantas e Gilberto de Hazaña de Godoy)
Pelos varais premidos da favela,
retalhos multicores da penúria
tremulam apontando para a incúria
da farta sociedade paralela.
Poderes insensíveis à lamúria
amargam os efeitos da sequela:
fechando porta e sem abrir janela
são vítimas também da imensa fúria.
Esse contraste traz desequilíbrio
na luta desigual entre o ludíbrio
e a dura realidade da carência.
E nos varais as roupas tremulando
são mãos desidratadas apelando
na busca de conter a vioência.
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